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DIFERENÇA DE DOGMA, DOUTRINA E COSTUMES

DIFERENÇA
DOGMA, DOUTRINA E COSTUMES

O ponto fundamental de qualquer religião é o seu conceito acerca de Deus. A teologia define, conceitua e
organiza as revelações contidas nas Escrituras. Os dogmas, as doutrinas e a religião estão interligados de modo
recíproco, de tal forma que é impossível ter um conjunto de doutrinas não dogmátizadas. Esses termos, ainda
correspondentes, não são idênticos. Por isso, se faz necessário observarmos a diferença, e até mesmo a possível
relação, entre dogma, doutrina, costume e religião.

DOGMA

1.1 Definição

A palavra “dogma” deriva do grego “dokeō”[1], sendo usado no Novo Testamento com o sentido de “mandamento, decreto,
ordenança” (Lc 2.1; At. 16.4; 17.7; Ef 2.15; Cl 2.14). No aspecto filosófico, dogma redere-se às “afirmações doutrinárias que expressam o ponto de
vista oficial de um mestre ou escola filosófica em particular”.
Um dogma religioso é uma verdade bíblica baseada sobre a autoridade, oficialmente formulada por qualquer assembleia eclesiástica.
A primeira vez que a igreja aprovou declarações “dogmáticas” foi no Concílio de Nicéia, em 325 d.c, ocasião em que a consubstancialidade do
Filho com o Pai foi declarada como uma confissão de fé.
A consubstancialidade do Filho com o Pai é o dogma segundo o qual o Pai e o Filho são uma mesma
substância, ou seja, iguais, o que significa que ambos são Deus.
Na Idade Média, a igreja Católica Romana desenvolveu o conceito do depositum fidei (“depósito de fé”), conceito este que
sustentava que à igreja era confiada um depósito de verdades, cujas ramificações podiam ser licitamente desenvolvidas pela igreja. Finalmente, através
do Concílio de Trento (1545-63) e o primeiro Concílio do Vaticano (1870), os pronunciamentos dagmáticos da igreja (católica) passaram a ser
consideradas infalíveis. Então, o dogma era visto, no catolicismo romano, até mesmo antes desta reforma, como uma verdade cujo conteúdo objectivo é
revelado por Deus e definido pela igreja.[2]
Os reformadores se posicionaram contrariamente a esta visão católica, e sustentavam que todos os dogmas devem ser confrontados com a
revelação de Deus nas Sagradas Escrituras. Karl Barth disse: “A Palavra de Deus está tão acima do dogma quanto os céus estão acima da terra”.[3]
Para os reformadores, fé é confiança pessoal em Deus, e relacionamento com Ele mediante Jesus Cristo, e o necessariamente o as-sentimento
àquilo que a igreja ordena que seja crido.[4]
Dogma veio significar uma sentença de verdade doutrinária. Este, por sua vez, foi reconhecido como sendo de alto valor eclesiástico, sem,
contudo qualquer reivindicação à infalibilidade.

1.2 Credo Dogmático

Credo[5] dogmático[6] é uma declaração da doutrina tal como diz as Escrituras Sagradas. O credo dogmático, determinada pela sã doutrina, é
um fundamento indiscutível da teologia cristã. Apesar de exis-tirem fragmentos do Credo dos Apóstolos, a primeira declaração dogmática universal
ocorreu em 325 d.c., no Concílio de Nicéia, onde o Filho foi declarado igual ao Pai.

1.3 Dogmas Heresiológicos

Dogmas Heresiológicos são afirmações contrárias às Escrituras. Muitas declarações dogmáticas são
propensas a distorcer as escrituras. Alguns exemplos são:

a) Dogma ariano (325 d.C)


Nega as duas naturezas de Cristo.
b) Dogma mariológico (Concílio de Latrão – 1198)
Afirma que Maria é sempre virgem e mediadora.
c) Dogma Russelita (Testemunhas de Jeová)
Afirma que Satanás deu origem à doutrina da Trindade.

DOUTRINA

A palavra “doutrina” procede do grego “didaskō”[7] e significa “ensino ou instrução”.


Doutrinas não verdades fundamentais da Bíblia, dispostas de for-ma sistemática. São revelações da
verdade como se encontra nas Escrituras. O Novo Testamento usa o termo de forma genérica para referir-se a
qualquer tipo de ensino ou instrução. Como por exemplo:

a) Doutrina dos fariseus (Mt 16.12);


b) Doutrina dos homens (Mc 7.7);
c) Doutrina dos apóstolos (At 2.42);
d) Doutrina de demônios (1 Tm 4.1);
e) Doutrina de Deus (Tt 2.10);
f) Doutrima de Cristo (2 Jo 9).

Entretanto, há um padrão doutrinário estabelecido pelos apóstolos, conhecido como “sã doutrina” (1 Tm
1.10), “boa doutrina (1 Tm 4.6), “doutrina de Cristo” (2 Jo 9). Quando estudamos o texto de Hebreus 6.1-2 que
entendermos tratar-se de uma forma universal e sistemática das doutrinas de Cristo.

DOGMA DOUTRINA

É a declaração do homem a-cerca É a revelação da verdade so-bre


da verdade apresentada em um um tema teológico em par-ticular,
credo: como se encontra nas Escrituras:
a) Pode ser humana ou influ- [1]
ência demoníaca (1Tm 4.1;
Cl 2.22); a) É divina (2 Tm 3.16; 2Pe
b) Seus assuntos podem se 1.19-21);
contrapor; b) É coerente nos assuntos (Jo
c) Quando não enganosa, é 10.35);
suscetível ao erro; c) É verdadeira (Sl 119.86; Jo
d) Alguns dogmas baseiam-se 17.17);
em interpretações equi- d) Existe a aprovação das
vocadas dos textos das Escrituras e do Espírito
Escrituras, sendo, muitas, Santo (1 Co 2.4-10);
vezes, desprovi-dos do a-val e) É a revelação de Deus e
das mesmas (2 Pe 1.20); seu relacionamento com
e) É a declaração do homem suas criaturas expostos nas
acerca da verdade. Escrituras.

COSTUME

O termo “costume”, como o conhecemos, deriva de dois termos latinos: “com”, que significa totalmente; e “suescere”, que significa acostumar-
se com. Logo, temos a definição “algo que alguém fica acostumado”. O correspondente em grego é “ethos”[9], de onde deriva a pa-lavra ética, que
significa a conduta costumeira de um povo.[10]
Seguindo uma definição do dicionário, os costumes, numa sociedade específica, são práticas de comportamentos prescritos, do ponto de vista
moral. Atitude ou valor social consagrado e que se impõem aos indivíduos do grupo e que se transmite através de gerações.[11]
A partir dessas definições podemos concluir que “costume” é tudo aquilo que um grupo, a partir de uma
evolução histórica-cultural, acredita e afirma ser a melhor forma de conduta e comportamento para o coletivo,
regendo, assim, a vida disciplinar diária daquela sociedade.
Podemos ainda avaliar, a partir da análise de Champlin[12], a conceituação de costumes segundo as ópticas filosóficas e religiosas.
Vejamos:

a) Na Filosofia
De acordo com as teorias humanistas e relativas, os cos-tumes formariam a base da ética. Dentro da
teoria do com-sensus gentium (consenso comum), os costumes dos povos formar-se-iam mediante
consenso coletivo, porquanto refle-tiam as leis naturais e a verdade. A partir desta teoria, algu-mas
sociedades tendem por considerar os seus costumes como se fossem universais. No entanto, a ética
absolutista e ateísta nega que os costumes sejam a base da verdadeira a-ção ética. Antes, essa base
vem de alguma fonte externa ao homem, como por exemplo, Deus e a Bíblia, de tal modo que os
homens receberiam as regras do certo e errado da parte de algum poder mais alto do que eles, e não
dos costumes fixados através das experiências do dia-a-dia.

b) Na Religião
O costume é uma questão meramente humana, embora pos-sa estar apoiada nas leis naturais e nos
impulsos da consci-ência, estando assim em harmonia com a vontade de Deus. Por outro lado os
costumes podem ser totalmente perversos, acompanhando a natureza pecaminosa do homem. Por
conseguinte, um dito popular, que peca pela raiz, é aquele que diz: “A voz do povo é a voz de Deus”.
Na verdade, em face da natureza pecaminosa e rebelde do homem, definitivamen-te a voz do povo
corresponde a voz de Deus; antes, geralmente contraria a vontade revelada de Deus. É precisamente
por isso que o evangelho é pregado ao mundo inteiro, conclamando os homens ao arrependimento, ou
seja, à mudança de atitude mental.
A ética alicerça-se sobre as leis naturais e sobre a revelação divina, mas jamais sobre os costumes
sociais, partem eles de onde partirem. Podemos então perceber que um costume geralmente é um
conceito que parte do censo comum, mas isso não significa que seja a verdade Absoluta.
De forma alguma estamos sugerindo que o costume gire sempre em torno do erro. O que pretendemos
afirmar é que o costume jamais estará acima da verdade Escriturística, e sim que ele apenas é básico
para elaboração de um sistema ético. Se assim não for, os costumes tornam-se dogmas, fazendo,
assim, os conceitos serem obrigatórios, autoritários. A verdade é sempre maior do que qualquer
costume.
Infelizmente, não são todos que compreendem este fato e acabam por tornar os seus costumes como
sendo “a verdade”, passando a fazer com que estes sejam a tradição de determinado grupo. A questão
da tradição vem à tona, na presente discussão, porque todas as denominações são, na verdade,
resultantes de tradições que professam.
O teólogo Antônio Gilberto, com maestria, nos aponta pelo menos três diferenças básicas entre
doutrina bíblica e costumes humano, quais sejam:

A doutrina é divina;
Quanto à origem
O costume é humano;
A doutrina é universal;
Quanto ao alcance
O costume é local;
A doutrina é imutável;
Quanto ao tempo O costume é temporário;[13]

É certo que as doutrinas bíblicas geram os bons costumes, mas os costumes não geram doutrinas bíblicas.
Há igrejas que têm um somatório imenso de bons costumes, mas são rasas no conhecimento das doutrinas. O
prejuízo desse comportamento é que seus membros naufragam com facilidade no mar de heresias, justamente
por não terem o lastro espiritual da Palavra.

RELIGIÃO

No grego do Novo Testamento, o vocábulo “thrēskeía”[14] é traduzido por “religião” (At 26.5) e “culto” (Cl 2.18). Lactâncio, antigo escritor cristão,
afirmou que a palavra “religião” era procedente do verbo latino “religare” que significa “tornar a ligar” e traduz a ideia de um “religamento das relações
rompidas pelo pecado entre o homem e Deus”. Entretanto, essa afirmação tem sido contestada, pois segunto Teixeira, o particípio de “religare” dá o
sentido de “pessoas piedosas, prestando culto e reverência a deuses”, o que este relacionado com o significado do original grego.[15]
Isto posto, religião relaciona-se às atividades que liga o homem a Deus numa determinada relação (At
25.19; 18.15; 26.3,5; Tg 1.26,27).

Relação Entre Teologia e Religião

Teologia é o conhecimento acerca de Deus, enquanto que religião é a prática que formalizou esse
conhecimento. Religião e Teologia devem coexistir na verdadeira experiência cristã; todavia, na prática, às vezes
acham-se distanciadas de tal maneira que é possível ser teólogo sem ser verdadeiramente religioso e, por outro
lado, ser verdadeira-mente religioso sem possuir um conhecimento sistemático doutrinário.

“Se conheces estas coisas, feliz serás se as observares”, é a mensagem de Deus aos que lidam com a
Teologia.
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que
maneja bem a palavra da verdade.” (2 Tm 2.15); é a mensagem de Deus ao homem espiritual.

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