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Arq. Paulo Ormindo de Azevedo
Por outro lado, o direito autoral do arquiteto não pode se contrapor ao do usuário
(consumidor) da arquitetura, especialmente no que se refere à proteção da vida,
da saúde e segurança (janelas inadequadas, escadas, rampas e guarda-corpos
inseguros etc) como estabelece o Código do Consumidor (Inciso I do Art. 6o e
Seção I do Cap. IV). Neste caso, cabe ao usuário, exigir a revisão das falhas de
projeto e na sua omissão mandar corrigir, mesmo depois de construído, sem
constituir isso ofensa ao direito autoral.
De um modo geral, a Lei 9.610 não faz referencia ao plagio nem a sua
penalização. Este é a nosso ver uma das maiores falhas a lei atual,
especialmente com as facilidades de reprodução de textos e imagens
disponibilizados na internet. O artigo 33 da Lei 9.610 diz apenas:
Ninguém pode reproduzir obra que não pertença ao domínio público, a pretexto
de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor.
Vamos convir que a questão é muito mais complexa nos campos da música, das
artes plásticas, da arquitetura e da ciência. Não podemos deixar de caracterizar
o plagio em arquitetura, para que seu julgamento não fique sujeito
exclusivamente a subjetividade de um juiz, que na maioria dos casos não
conhece as especificidades dessas atividades.
Títudo IV, Capitulo III – (alterar seu título e acrescentar os artigos seguintes):
1
- Para uma melhor compreensão das propostas e modificações sugeridas, grafamos essas com
itálico.
2
- A idéia é ampliar este capitulo atendendo às áreas da arquitetura, urbanismo e design. Mas
devem ser mantidos os artigos 77 e 78, relativos ás artes plásticas.
3
- Este dispositivo visa formalizar as relações do autor do projeto com o empreendedor e
tacitamente o reconhecimento de seu direito moral e patrimonial.
4
Art. – É assegurado ao autor de estudo preliminar ou anteprojeto de
arquitetura ou urbanismo seu desenvolvimento, bem como executar as
modificações solicitadas pelo contratante durante sua execução ou após a
conclusão da obra5.
- A explicitação da autoria é exigida na literatura, na música, no áudio visual, mas
sistematicamente omitida no caso da arquitetura.
5
- O novo artigo visa coibir a adulteração da obra do autor por terceiros e é uma explicitação do
que estabelece o Inciso IV do Artigo 24 da Lei 9.610.
6
- Neste artigo pretendemos reprimir prática comum na indústria imobiliária, com grande
prejuízo para os autores do projeto e os usuários, na medida em que um mesmo projeto é utilizado em
orientações e situações topográficas as mais diversas com grandes prejuízos para os futuros moradores.
7
- Pretende-se com esse artigo dar proteção ao design brasileiro e sistemas de pré-fabricação,
como os desenvolvidos por Lelé e outros colegas.
Paragrafo Unico – Considera-se plágio em arquitetura a reprodução de pelo
menos dois dos seguintes atributos do projeto ou construção - partido,
funcionalidade e forma, ainda quando os materiais, detalhes, texturas e cores
sejam diversos8.
8
- A caracterização do plágio na arquitetura, urbanismo e design reduz a subjetividade da questão
por parte dos juízes.
9
- Trata-se do respeito a um direito de co-autoria muitas vezes não reconhecido nas corporações,
no serviço público e nos grandes escritórios de arquitetura e urbanismo.
10
-Incluímos outras atividades intelectuais como o urbanismo e o design, reordenadas de forma
mais sistemática, e substituímos a expressão “obras plásticas” por “peças gráficas”, a nosso ver mais
apropriada.
11
- É puramente uma exigência da sistematização.
(acrescentar)
12
- Na atual legislação e mesmo na proposta do MinC o plágio, cada vez mais comum na produção
acadêmica, não está caracterizado nem criminalizado.
13
- Estamos estendendo a penalização às obras de arquitetura e urbanismo, mediante seu
embargo.