Вы находитесь на странице: 1из 8

1

AULA 01 – EQUAÇÕES NÃO LINEARES


1. Introdução

Um dos problemas mais frequentes na modelagem matemática, dentro das engenharias, é o de calcular as
raízes de equações da forma 𝑓(𝑥) = 0, onde 𝑓(𝑥) pode ser uma função algébrica (polinômio em 𝑥) ou
transcendente quando envolver funções trigonométricas, logarítmicas, exponenciais, entre outras. Exemplos:

 Equação de Kepler para órbitas de satélites:


𝑀 = 𝑥 − 𝐸𝑠𝑒𝑛𝑥;

 Fluxo em tubulações:
𝑐5 𝐷5 + 𝑐1 𝐷 + 𝑐0 = 0;

 Tempo de subida em amplificadores eletrônicos com acoplamento R-C com estágios em cascata:
𝑇2
𝑔(𝑇) = 1 − (1 + 𝑇 + ) 𝑒 −𝑇
2

 Determinação da inclinação inicial no lançamento de projéteis:


𝜃 𝑠𝑒𝑛𝛼. 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝑡𝑔 ( ) =
2 𝑔𝑅
− 𝑐𝑜𝑠 2 𝛼
𝑣2

 Relação do fator de atrito para escoamento de partículas fibrosas em suspensão com o número de
Reinolds:
1 1 5,6
= ( ) 𝑙𝑛(𝑅𝐸√𝑓) + (14 − )
√𝑓 𝑘 𝑘

2. Raízes de f(x)

A solução de uma equação f(x) = 0 (também chamada de raiz) é um valor numérico de x que satisfaz à
equação. Graficamente, conforme figura abaixo, a solução é o ponto onde a função f(x) cruza ou toca o eixo
x. Uma equação pode não ter solução ou ter uma ou várias raízes (possivelmente muitas).

2.1 Teorema de Bolzano (1781-1848)


Seja f(x) uma função contínua que assume valores de sinais opostos nos extremos do intervalo [a,b],
ou seja f(a).f(b) < 0. Então,  𝑥̅ ∈ [𝑎, 𝑏] 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒 𝑓(𝑥̅ ) = 0.
2

2.2 Uma raiz num intervalo (a,b)


Sob a condição do teorema anterior, se f’(x) existir e se f’(x) preservar sinal dentro de (a, b), então este
intervalo contém um único zero de f(x).

x x

Definição 1: Se f:[a,b]  IR é uma função dada, um ponto 𝑥̅ ∈ [𝑎, 𝑏] é um zero (ou raiz) de f se
𝑓 (𝑥̅ ) = 0.

Observação: Uma forma de se isolar as raízes de f(x) usando resultados anteriores é tabelar f(x) para
vários valores de x e analisar as mudanças de sinal de f(x) e o sinal da derivada nos intervalos em que
f(x) mudou de sinal.

Exemplo: Considere a função f(x) = x3 – 9x + 3, verifique em quais intervalos f(x) apresenta raízes.

x - -100 -10 -5 -3 -1 0 1 2 3 4 5
f(x) - - - - + + + - - + + +

Sabendo que f(x) é contínua  x  IR e observando as variações de sinal, podemos concluir que cada
um dos intervalos I1 = [-5,-3], I2 = [0,1] e I3 = [2,3] contém pelo menos um zero de f(x). Como f(x) é
polinômio de grau três, podemos afirmar que cada intervalo contém um único zero de f(x); assim,
localizamos todas as raízes de f(x).

Exemplos:

1. Seja f(0,)  IR. Determinar as raízes de f(x) = ln x.

Note que f(0,5) . f(1,5) < 0. Portanto,


existe uma raiz no intervalo (0,5;1,5).
Como f(x) intercepta o eixo Ox num
único ponto 𝑥̅ = 1 é a única raiz de
f(x).
3

2. Seja f(x) = x3 – 3x2 + 1. Verifique graficamente o teorema de Bolzano no intervalo [-1,3].

Note que f(-1).f(0) < 0, f(0).f(1) < 0 e


f(1).f(3) < 0. Portanto, no intervalo
(-1;3) f(x) possui três raízes nesse
intervalo.
x1 x3
x2

x - -100 -10 -5 -3 -1 0 1 3 4 5
f(x) - - - - - - + - + + +

3. Seja f:[0,2]  IR. Determine as raízes de f(x) = cos x.


4

2−2)
4. Determine em que intervalos a equação 𝑓 (𝑥 ) = (𝑥 + 1)2 𝑒 (𝑥 − 1 = 0 apresenta raízes.

3. Método da Bissecção

Considere o intervalo [𝑎,𝑏] para o qual 𝑓(𝑎).𝑓(𝑏) < 0. No método da Bissecção, calcula-se o valor da função
𝑓(𝑥) no ponto médio do intervalo [𝑎,𝑏], que chamaremos de 𝑥1. Portanto, tem-se três possibilidades:

 Primeiramente, seria muito bom se o valor de 𝑓(𝑥1) fosse nulo, pois não seria necessário fazer mais
nada;
 Como segunda possibilidade, se 𝑓(𝑎).𝑓(𝑥1) < 0, então 𝑓 tem uma raiz entre 𝑎 e 𝑥1. O processo deve
ser repetido neste novo intervalo [𝑎,𝑥1], obtendo um novo ponto médio, 𝑥2;
 Finalmente, sobra a possibilidade de 𝑓(𝑎).𝑓(𝑥1) > 0, logo a raiz está entre 𝑥1 e 𝑏. O processo deve ser
repetido neste novo intervalo [𝑥1 ,𝑏], obtendo um novo ponto médio 𝑥2.

x1 x2
x3
5

A repetição do método é chamada iteração e as aproximações sucessivas são os termos iterados. Assim, o
método pode ser descrito pelo seguinte algoritmo:
Algoritmo da bissecção:
𝑎+𝑏 < 0, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑏 = 𝑥𝑘
Para k = 1, 2, 3,... faça: 𝑥𝑘 = se 𝑓 (𝑎). 𝑓(𝑥𝑘 ) {
2 > 0, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑎 = 𝑥𝑘

4. Critério de Parada (CP): para obter-se uma raiz com uma determinada precisão pré-fixada 𝜀, deve-se,
durante o processo iterativo, efetuar o seguinte teste: se
|𝑥𝑘+1 − 𝑥𝑘 |
<𝜀
|𝑥𝑘+1|
então 𝑥𝑘+1 é a aproximação da raiz procurada, onde  é uma precisão pré-fixada; 𝑥𝑘+1 e 𝑥𝑘 são duas
aproximações consecutivas para 𝑥̅ . Normalmente 𝜀 = 10−𝑚 , onde m é o número de casas decimais
corretas que se deseja.
6

5. Fluxograma da bissecção

Bissecção

func=f(a)

raiz=(a+b)/2

fraiz=F(raiz)

Func*fraiz<0 Sim

Não

a= raiz

func=F(raiz)

CP <  Sim raiz=(a+b)/2

Não

return
7

Exemplos:
2−2)
1. Determine a raiz entre [0,1] da equação 𝑓 (𝑥 ) = (𝑥 + 1)2 𝑒 (𝑥 − 1 = 0, com três casas decimais
de precisão  = 10-3. Utilize quatro casas decimais.
2−2) 2)
(𝑥 + 1)2 𝑒 (𝑥 = 1  (𝑥 + 1)2 = 𝑒 (2−𝑥

xk

k a b xk f(xk) Sinal Sinal CP


f(a) f(xk)
1

6
8

10

11

Exercícios:
2. Para a função f(x) = x – cos x, delimite um intervalo I = [a,b] tal que f(a).f(b) < 0, em seguida determine
o menor zero positivo com precisão  = 10-2. Utilize quatro casas decimais.
Resposta: 𝑥̅ = 0,7383
3. Seja a função f(x) = x3 + 3x – 1, delimite um intervalo I = [a,b] tal que f(a).f(b) < 0, em seguida
determine o menor zero positivo com precisão  = 10-2. Utilize quatro casas decimais.
Resposta: Existe apenas uma raiz real 𝑥̅ = 0,3106 e está localizada no intervalo (0; 0,5).

Вам также может понравиться