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LIÇÃO 7
A
legou um velho erudito da Bíblia que, proporcionalmente, a 2ª Epís-
tola aos Coríntios contém mais sermões do que qualquer outro livro
da Bíblia. Sua avaliação, não obstante muito pessoal, demonstra as
riquezas espirituais que podem ser achadas nesta epístola. Sem dúvida, ne-
nhuma outra epístola trata com mais profundidade da glória e do método de
ministrar o Evangelho.
Esta carta é uma das mais pessoais de Paulo, constituindo-se num tipo
de autobiografia do apóstolo, com o propósito de fazer sua defesa e do seu
ministério, face àqueles que o criticavam considerando-o indigno do apostolado.
Nesta Lição, estudaremos os capítulos 1 a 3. À medida que a estudar-
mos, veremos como Paulo considera o seu próprio ministério. As verdades
colhidas destes capítulos são importantes para qualquer obreiro. Aprendemos
sobre a importância do sofrimento em nossa vida e ministério. Veremos que o
ministério cristão deve ser sincero, honesto e irrepreensível.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. Introdução à 2ª Epístola aos Coríntios
2. Um Ministério de Sofrimentos
3. Um Ministério de Sinceridade
4. Um Ministério de Lágrimas, Perdão e Triunfos
5. O Ministério de Uma Nova Aliança
6. O Ministério de Uma Nova Aliança (cont.)
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LIÇÃO 7: O CARÁTER DO MINISTÉRIO DE PAULO 111
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ao concluir o estudo desta Lição, você deverá ser capaz de:
1. Expor o valor das características da 2ª Epístola aos Coríntios;
2. Relatar por que Deus permite o sofrimento na vida de seus filhos;
3. Alistar as três razões porque Paulo disse que será sempre since-
ro no seu ministério;
4. Explicar a importância das lágrimas, na vida do obreiro cristão;
5. Contrastar a diferença vital do ministério, entre a Lei no Antigo
Testamento e o ministério do Evangelho, no Novo Testamento;
6. Definir “liberdade”, conforme o ensino de Paulo, em 2 Coríntios
3.17.
LIÇÃO 7: O CARÁTER DO MINISTÉRIO DE PAULO 112
TEXTO 1
século I. Pelo contrário, esta epístola deve nos levar a imitar a vida de Paulo,
e assim, de coração clamar a Deus: “concede-me graça tal que eu possa ser
aquilo que Paulo foi em Cristo!”
As horas difíceis de Paulo
Para entendermos devidamente esta carta devemos vê-la no contexto da
inquietação e sofrimentos que a antecederam.
Pouco antes de Paulo escrever esta carta, ele passou talvez pela experi-
ência mais difícil do seu ministério. Enfrentou decepção, apreensão e doen-
ça física. “Porque, chegando nós à Macedônia”, escreve, “nenhum alívio
tivemos; pelo contrário, em tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores
por dentro.” (2Co 7.5). Conforme disse certo escritor: “Corinto parecia estar
em total revolta. A Galácia estava se desviando para um falso evangelho. Por
pouco escapara ele do populacho enfurecido de Éfeso.”
As palavras do apóstolo são “... porquanto (a tribulação) foi acima das
nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já
em nós mesmos, tivemos a sentença de morte...” (2Co 1.8,9). As condi-
ções, portanto, eram incríveis. Parecia que sua vida e obra estavam desmo-
ronando e chegando ao fim. Nunca se sentira tão desamparado, tão abatido,
tão desanimado e tão desesperançoso. E, no meio de tudo isto, Tito não
aparecia com notícias da igreja de Corinto (2Co 2.13).
Tito finalmente chegou com a notícia de que os crentes coríntios esta-
vam ao lado de Paulo. Mesmo assim, a situação ainda era muito difícil. Seus
oponentes declararam que a mudança dos planos de Paulo demonstrava que
ele não era digno de confiança e que não era sincero. Acusaram-no, além
disto, de covardia, por não ter vindo, e de inferioridade porque não aceitava
ser sustentado pela igreja. Disseram que sua aparência não agradava e que
sua fala era simples e fraca. Alegaram que Paulo não tinha carta de recomen-
dação de Jerusalém por causa do seu ponto de vista contrário a respeito da
Lei. Até mesmo o acusaram de desonestidade e de objetivos egoístas. Tudo
isto era para subverter a sua autoridade.
Estes são os antecedentes desta carta tão comovente e espiritualmente
profunda que o Espírito Santo inspirou a Paulo. É uma carta de um missioná-
rio que está lutando em prol do verdadeiro Evangelho de Cristo e contra a
tentativa sistemática e astuta de subversão da sua autoridade em Corinto.
LIÇÃO 7: O CARÁTER DO MINISTÉRIO DE PAULO 114
TEXTO 2
UM MINISTÉRIO DE SOFRIMENTOS
(2Co 1.1-11)
TEXTO 3
UM MINISTÉRIO DE SINCERIDADE
(2Co 1.12-24)
Neste Texto, temos a defesa de Paulo contra a acusação de que ele era
falso. Temos ainda conhecimento do princípio espiritual que regia sua vida,
que era vivê-la na convicção absoluta da certeza das promessas de Deus.
erente do que atribuir hipocrisia ao apóstolo cuja vida inteira estava sendo
dedicada ao serviço e proclamação de Jesus Cristo.
2. Porque Paulo creu e disse: “amém” (v. 20). Paulo tinha certeza
das promessas de Deus e vivia na total convicção da certeza delas, portanto,
disse “amém” (entregou-se em obediência total), na sua alma, a todas elas (v.
20). Com este “amém” o próprio caráter de Deus é comunicado à sua vida.
Ele está ensinando simplesmente que qualquer homem nascido de novo que
diz “amém”, sem hesitação, a qualquer coisa que Deus diz, ordena ou prome-
te, é um homem a cuja vida foi comunicado o caráter divino do Espírito Santo.
A fidelidade de Deus passa a fazer parte do espírito desse homem. Logo, a
acusação de fingimento a tal homem, é completamente absurda.
3. Porque Paulo tornou-se uno com Cristo (vv. 21,22). Esta união
com Cristo operou quatro aspectos em Paulo:
a) Confirmou. É Deus quem o estabeleceu. Como o apóstolo
não seria de confiança e honesto?
b) Ungiu. Esta é a unção do Espírito Santo que Paulo recebeu
para o desempenho do seu encargo apostólico. Foi enviado para pregar e
abrir os olhos às nações, de maneira que se voltassem das trevas para a luz e
da potestade de Satanás para Deus (At 26.18). Para esta tarefa, Paulo foi
ungido, assim como Cristo o fora. A todos quantos Deus escolhe para serem
Suas testemunhas, Deus outorga a unção do Espírito. (Ler 1Jo 2.20,27).
c) Selou. Ter em si o selo divino é ter também a ideia de
identificação. É como imprimir o caráter divino na personalidade humana. O
selo imprime sua semelhança sobre qualquer coisa que ele toca. No caso do
selo divino, trata-se da marca da possessão divina. (Ler Ef 1.13).
d) Penhor. Deus deu a Paulo o penhor do Espírito no seu
coração. O termo penhor significa uma quantia dada como entrada, numa
transação comercial, como garantia de que o custo total do objeto será pago
mais tarde. Este penhor é identificado como sendo “as primícias do Espírito”
(Rm 8.23), sendo isso a própria vida espiritual do crente. Logo, nossa vida
externa, de justiça, é a evidência do Espírito e uma garantia de que algum dia
veremos a Cristo e experimentaremos a Sua própria vida em toda a Sua
plenitude. (Ler 2Co 5.5)
LIÇÃO 7: O CARÁTER DO MINISTÉRIO DE PAULO 118
TEXTO 4
O quadro que Paulo aqui retrata é baseado num antigo costume romano.
Sempre que um general voltava vitorioso de uma batalha, era realizado um
desfile público para honrá-lo. A parada militar era repleta de glória, queimava-
se muito incenso e os cativos trazidos eram expostos publicamente à vista de
todos. Assim, para Paulo, a vida de vitória era:
1. Uma vida de cativeiro (v. 14). Paulo que anteriormente tinha sido
inimigo de Deus, foi conquistado e preso por Ele. Agora, publicamente está
sendo mostrado a todo o mundo. Destarte, Paulo teve a vitória mediante o
cativeiro, e a liberdade, na sujeição. Mesmo assim, este cativeiro não era
forçado, mas da sua própria vontade. Para Paulo, ser acorrentado a Cristo
era a maior das bênçãos.
LIÇÃO 7: O CARÁTER DO MINISTÉRIO DE PAULO 121
TEXTO 5
outro, vivifica. Como é que a Lei nos mata? Ela faz-nos saber que somos
pecadores. A letra mata porque por meio dela o homem peca conscientemen-
te. Ele a conhece mas não tem poder para guardá-la; logo, transgride-a. O
resultado desta transgressão da Lei de Deus é morte e condenação. A Lei lhe
mostra como ele é (mau e pecador), mas não lhe dá poder para transformar-
se.
É a esta altura que entram o Espírito e o Evangelho. O Espírito Santo
produz o desejo e o poder para cumprir “a letra”.
Consequentemente, nosso ministério é o do Espírito, e, “... o espírito
vivifica.” (v. 6). Essa grande obra vem da sua força interna vivificante. Ele
entra no coração do pecador e o vivifica, regenera e dá vida. Ele provê o
elemento que a Lei não podia prover — o desejo e o poder de cumprir o
mandamento de Deus.
Devemos ter cuidado a esta altura. Não devemos pensar que a antiga
aliança só continha letra e nada do Espírito. Havia na época da Lei aqueles
que confiavam em Deus e suas promessas e que permaneciam fiéis à Sua
aliança. Criam em Deus, e eram vivificados pelo Espírito. Isto, porém, não era
comum, e conforme Paulo aqui mostra, e o escritor aos Hebreus declara,
agora temos “... superior aliança instituída com base em superiores promes-
sas.” (Hb 8.6).
TEXTO 6
to, e isto significa liberdade. O Espírito traz liberdade que os judeus não
tinham: a liberdade da escravidão espiritual. Em Gálatas 5.1, Paulo diz: “Para
a liberdade foi que Cristo nos libertou...”. Esta liberdade faz-nos livres da
condenação da Lei. Significa ser livre do medo, do pecado e do mundo, e não
liberdade para pecar. Não é liberdade para fazer o que queremos, mas sim, a
liberdade para fazer o que devemos. É o dom da graça de Deus, mediante a
qual temos o querer e o poder para rompermos com a sujeição ao pecado e
viver nossa vida para Deus.