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3 – MODAIS DE TRANSPORTES
Qual o melhor modal? - Transporte rodoviário, aéreo, marítimo, ferroviário? Para cada rota
há uma possibilidade de escolha, que deve ser feita mediante uma analise profunda de
custos, muito além de uma simples análise do custo baseada em peso por quilometragem
(Kg/Km). Para cada ligação no canal logístico, cada modo apresenta vantagens particulares.
Escolha de Modais;
Decisões sobre propriedade da frota;
Seleção e negociação com transportadores;
Política de consolidação de cargas.
Principais decisões em curto prazo:
Planejamento de embarques;
Programação de veículos;
Roteirizarão;
Auditoria de fretes;
Gerenciamento de avarias.
Seleção da Modalidade de Transporte:
A seleção da modalidade de transporte depende de dois fatores primordiais:
a) A diferença entre o preço de venda do produto na origem e no local de consumo, fator
este conhecido.
b) O custo de transporte entre o centro de produção do produto e o local de consumo, fator
que para ser calculado depende de dois aspectos:
I. Característica da carga a ser transportada: envolve tamanho, peso, valor unitário, tipo de
manuseio, condições de segurança, tipo de embalagem, distancia a ser transportado, prazo
de entrega e outros.
II. Características das modalidades de transporte: condições da infra-estrutura da malha de
transportes, condições de operação, tempo de viagem, custo e frete, mão-de-obra envolvida
e outros.
Também influem na seleção da modalidade de transporte outros fatores:
a) Tempo: cada modalidade apresenta um tempo diferente em função de suas próprias
características
b) Custo: cada modalidade tem seu componente de custos, que determina o valor do frete.
c) Manuseio: cada modalidade está sujeita a determinadas operações de carga e descarga,
nas quais a embalagem permite facilitar o manuseio, reduzir perdas e racionalizar custos.
d) Rotas de viagem: cada modalidade envolve maior ou menor numero de viagens, podendo
a empresa adotar o transporte intermodal sempre que o custos do transporte possam ser
racionalizados.
O transporte representa um dos elementos mais importantes na composição dos custos
logísticos de uma empresa. Segundo BALLOU(1998), o transporte é capaz de absorver
entre 33,3 e 66,6% dos custos logísticos totais. Surge, então, a necessidade de se entender
os fundamentos do transporte e sua influência no desempenho logístico da empresa.
O Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC, 2002) classifica o
Sistema de Transporte quanto à forma em:
Modal: envolve apenas uma modalidade (ex.: Rodoviário);
Intermodal: envolve mais de uma modalidade (ex.: Rodoviário
e Ferroviário);
Multimodal: envolve mais de uma modalidade, porém, regido por um único contrato;
Segmentados: envolve diversos contratos para diversos modais;
Sucessivos: quando a mercadoria, para alcançar o destino final, necessita ser
transbordada para prosseguimento em veículo da mesma modalidade de transporte (regido
por um único contrato).
Todas as modalidades têm suas vantagens e desvantagens. Algumas são adequadas para um
determinado tipo de mercadorias e outras não. Segue descrição sucinta dos diversos
modais.
Tipos de Modais
RODOVIÁRIO
O transporte rodoviário apresenta baixo custo inicial de implantação, exigindo apenas a
construção do leito, uma vez que os veículos pertencem a terceiros. Trata-se do sistema de
transporte mais utilizado no país, apesar de registrar elevado custo operacional e excessivo
consumo de óleo diesel. Possui grande flexibilidade operacional, permitindo acessos a
pontos isolados. Apresenta grande competitividade para o transporte de cargas dispersas,
isto é, não concentradas na origem ou no destino e o de curtas distâncias, onde seu maior
custo operacional é compensado pela eliminação de transbordos. O transporte rodoviário na
América do Sul é regido pelo Convênio sobre Transporte Internacional Terrestre entre
Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru, firmado em Santiago do Chile,
1989. Esse convênio regulamenta os direitos e obrigações no tráfego regular de caminhões
em viagens entre os países consignatários (MDCI 2002). No Brasil algumas rodovias ainda
apresentam estado de conservação ruim, aumentando os custos com manutenção dos
veículos. Além disso, a frota é antiga e sujeita a roubo de cargas.
VANTAGENS
FERROVIARIO
O transporte ferroviário possui um custo de implantação elevado, não apenas pela exigência
de leitos mais elaborados, como também pela aquisição simultânea do material rodante,
constituído de locomotivas e vagões. Apresenta baixo custo operacional e pequeno
consumo de óleo diesel, em relação ao transporte rodoviário. Não apresenta grande
flexibilidade, operando através de pontos fixos, caracterizados por estações e pátios de
carga, sendo muito competitivo no transporte de cargas com origem e destinos fixos e para
longas distâncias, onde os transbordos realizados na origem e no destino são compensados
pelo menor custo do transporte. O transporte ferroviário na América do Sul também é
regido pelo Convênio sobre Transporte Internacional. O transporte ferroviário é adequado
para o transporte de mercadorias agrícolas, derivados de petróleo, minérios de ferro,
produtos siderúrgicos, fertilizantes, entre outros.
VANTAGENS
Adequado para longas distâncias e grandes quantidades de carga;
Menor custo do transporte.
DESVANTAGENS
Diferença na largura das bitolas;
Menor flexibilidade no trajeto;
Necessidade maior de transbordo.
DUTOVIARIO.
O transporte dutoviario é feito através de tubos (dutos), baseando se na diferença de
pressão. Sua utilização privilegia materiais fluidos, tal como gases, líquidos e sólidos
granulares. O sistema apresenta elevado custo de implantação e baixo custo operacional.
Possui pequena flexibilidade, operando apenas entre pontos fixos, que são as estações de
bombeamento e recalque. No entanto, o transporte dutoviário registra muita
competitividade para o transporte em alta velocidade de grandes quantidades de fluidos.
VANTAGENS
Alta confiabilidade, pois possui poucas interrupções;
Pouco influenciado por fatores meteorológicos.
DESVANTAGENS
Número limitado de serviços e capacidade.
MARITIMO
O transporte marítimo apresenta baixo custo de implantação e de operação. Apesar de
limitado às zonas costeiras, registra grande competitividade para longas distâncias.
Necessita de transporte complementar, o que pode torná-lo inadequado para algumas rotas.
O transporte marítimo é o modal mais utilizado no comércio internacional. Possibilidade de
navegação interior através de rios e lagos.
VANTAGENS
Maior capacidade de carga;
Carrega qualquer tipo de carga;
Menor custo de transporte.
DESVANTAGENS
Necessidade de transbordo nos portos;
Longas distâncias dos centros de produção;
Menor flexibilidade nos serviços aliado a freqüentes congestionamentos nos portos.
HIDROVIÁRIO E AQUAVIÁRIO
O transporte hidroviário apresenta baixo custo de implantação, quando da ocorrência de
uma via natural. Tal custo, no entanto, aumenta bastante se houver necessidade de
construção de canais, barragens e eclusas, por exemplo. Seu custo operacional, pequeno em
vias perenes de grande calado, aumenta de maneira sensível em vias de baixo calado e de
utilização sazonal, onde não é possível operar em períodos de seca. Apresenta baixa
velocidade operacional e alcance limitado ao curso natural da via utilizada. Atinge
excelente competitividade quando satisfeitas as condições de via natural, perene e de
grande calado.
VANTAGENS
Custos de perdas e danos são considerados baixos.
DESVANTAGENS
Costuma ser mais lento que o modo ferroviário;
Disponibilidade e confiabilidade são fortemente influenciadas pelas condições
meteorológicas.
AEROVIÁRIO
O transporte aeroviário apresenta baixo custo de instalação e elevado custo operacional.
Registra grande flexibilidade e permite o acesso a pontos isolados do país, com alta
velocidade operacional. É o meio ideal para o transporte de mercadorias de grande valor e
de materiais perecíveis em situações excepcionais. Algumas dessas situações são
catástrofes, guerras e epidemias. Devido a seu elevado custo operacional, o transporte aéreo
não é apresentado como alternativa, limitando-se sua utilização a casos específicos. É o
transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes ou com
urgência na entrega.
VANTAGENS
É o transporte mais rápido;
Não necessita embalagem mais reforçada (manuseio mais cuidadoso);
Os aeroportos normalmente estão localizados mais próximos dos centros de produção.
DESVANTAGENS
Menor capacidade de carga;
Valor do frete mais elevado em relação aos outros modais
4 – Transporte combinado e transporte segmentado:
Sistema intermodal e multimodal no planejamento do transporte
A logística pode ser definida como o conjunto de processos capaz de satisfazer os desejos dos
clientes e as necessidades dos produtores ao mesmo tempo que consome o menor custo possível.
Dentre os processos utilizados pela logística, o transporte e o que consome algo em torno de 30%
do custo de produção de quase todos os produtos. E, dependendo da estratégia ou eficâcia de
implementação do item transporte, este índice pode chegar a ser maior.
Ainda, na logística, os transportes são classificados de acordo com sua modalidade em:
1. Terrestre - rodoviário, ferroviário e dutoviário;
2. Aquaviário - marítimo, fluvial e lacustre;
3. Aeroviário - aéreo
e, quanto à forma se classificam em:
Em 1993, o conceito da intermodalidade foi definido como: "a movimentação de bens de uma única
unidade de carregamento, que usa sucessivos modais de transporte sem manuseio dos bens na
mudança de um modal para outro", pela European Conference of Ministers of Transport.
O livro Intermodal Freight Transportation (1995) define o transporte multimodal como: "o
transporte realizado por mais de um modal, caracterizando um serviço porta-a-porta com uma série
de operações de transbordo realizadas de forma eficiente e com a responsabilidade de um
único prestador de serviços através de documento único. Para o transporte intermodal que utiliza
contêiner, a carga permanece no mesmo contêiner por toda viagem”.
No Brasil existe a Lei nº 9.611 de 19 de fevereiro de 1998 que dispõe sobre a prática do Operador
de Transporte Multimodal (OTM). Esta lei define o transporte multimodal de cargas como aquele
regido por um único contrato, utilize duas ou mais modalidades de transporte desde a origem até o
destino.
Questões fiscais e de infra-estrutura estadual impedem que esta lei se torne realidade. Alguns
estados representados pelas suas Secretarias de Fazenda, argumentam que são prejudicados na
sua arrecadação de ICMS para tentar impedir sua efetivação. E há ainda questões infra-estruturais
como: a deficiência de portos e dos terminais para integração entre modais. O que deixa de ser
uma questão puramente de estrutura logística e passa a ser mais um gargalo político.
Os tipos de produtos transportados principalmente por mais de um modal são os de baixo valor
agregado: cimento, grãos e minério de ferro, por exemplo. Aqui no Brasil, para produtos de maior
valor, o transporte, usando mais de um modal, é bastante novo.
No planejamento do transporte, o uso de um ou outro sistema tem que ser avaliado e projetado
para atender os menores custos e o máximo desempenho. Custos de transportecomo 30% do
custo do produto, convenhamos, é muito. Os operadores logísticos e os próprios produtores têm
que saber dimensionar e reconhecer quais as opções possíveis para transporte até os CDs, os
clientes.
ACOMODAÇÃO CARGAS
Os aspectos relacionados com a acomodação adequada de cargas nos veículos de transporte
rodoviário envolvem diversos princípios e regras práticas, bem como procedimentos que
devem seguir a legislação pertinente.
a) no eixo dianteiro
Se a carga estiver com a maior parte do seu peso recaindo sobre o eixo dianteiro, pode
sobrecarregá-lo, tornando a direção pesada e, com isso, prejudicando a dirigibilidade do
veículo.
b) No eixo traseiro
Se a carga estiver concentrada no balanço traseiro, pode provocar excesso de peso no eixo
traseiro e falta de peso no dianteiro, tornando a direção leve, com aderência insuficiente.
Em aclives ou depressões da via, pode-se, em casos extremos, perder o contato das rodas
dianteiras com o solo.
c) No caso de semi-reboques
Se a carga estiver incidindo acentuadamente sobre o eixo motriz do caminhão-trator,
ocorrerá sobrecarga e desgaste dos pneus, ocasionando má estabilidade do conjunto.
Se a carga estiver incidindo na parte traseira do semi-reboque, pode haver falta de aderência
das rodas propulsoras do veículo-trator e desgaste excessivo dos pneus do semi-reboque.
O facho de luz dos faróis só proporcionará uma iluminação eficiente e segura se o veículo
estiver com a carga corretamente distribuída.
Havendo sobrecarga no eixo traseiro, o facho de luz ficará alto, comprometendo sua
eficiência.
Se o eixo dianteiro estiver sobrecarregado, o facho de luz ficará baixo, reduzindo a área
iluminada à frente do veículo, comprometendo sua segurança.
Para cada um dos cenários foi executado o módulo de roteirização do TransCAD®, que
gerava três saídas diferentes: (i) um relatório geral indicando o número de rotas criadas,
duração total (tempo e distância) de cada uma delas, capacidade utilizada e ociosa da frota;
(ii) a roteirização propriamente dita, contendo, para cada uma das rotas, a seqüência de
visitas aos clientes, com tempos e distâncias a serem cumpridos, desde a saída do CD até o
retorno ao mesmo; (iii) um mapa contendo o traçado e as paradas de cada rota. A Tabela 3
apresenta os principais resultados da roterização dos sete cenários, que serão analisados, na
seqüência. A título de exemplo, a Tabela 4 apresenta o itinerário da Rota 4 do Cenário 1 e a
Figura 1 apresenta o mapa dessa rota, com os clientes e seqüência de atendimento.
Tempo T. de Tempo Distância Rotas Distância Clientes Utilização
Cenário total da espera líquido da total (km) geradas por veículo não média da
rota (hs) (hs) rota(hs) (km) atendidos frota (%)
1 48,08 -- 48,08 949,1 4 237,3 0 73
2 31,92 -- 31,92 1344,1 4 336 57 18
3 74,17 -- 74,17 2710 11 246,4 3 82
4 38,12 -- 38,12 780,9 3 260,3 0 97
5 32,30 -- 32,30 438,9 1 438,9 0 94
6 36,03 -- 36,03 652,3 2 326,1 0 98
7 43,26 10,15 33,11 458,0 2 229 0 84
Tabela 3 – Resultados das roteirizações
Itinerary Report
a) Coleta e Entrega
No caso de veículos que executam serviços de coleta e entrega de mercadorias, tais como:
cigarros, jornais, revistas, produtos alimentícios, encomendas e correspondências, torna-se
mais difícil efetuar uma correta distribuição de peso por eixo, uma vez que os veículos são
carregados ou descarregados ao longo do trajeto.
Tomando-se como exemplo o caso da distribuição de mercadorias, considera-se que o
veículo, ao iniciar uma viagem, encontra-se totalmente carregado e com uma distribuição
correta de peso sobre os eixos.
Porém admitindo-se que a descarga seja feita pela porta traseira do veículo, pode ocorrer
uma concentração de carga no eixo dianteiro, à medida que as entregas forem sendo
efetuadas.
O mesmo processo ocorre de maneira inversa nos serviços de coleta, quando o veículo vai
sendo carregado a partir de sua parte dianteira.
Uma solução para evitar os problemas de distribuição da carga no veículo é elaborar
roteiros levando em conta o volume de entregas ou coletas, procurando com isso utilizar o
veículo o menor tempo possível com um dos eixos sobrecarregado.
c) Cargas líquidas
Os líquidos têm a propriedade de ocuparem o volume que lhes é oferecido. O veículo, ao
enfrentar aclives e declives ou ao descrever curvas, poderá ter sobrecarga num dos eixos,
devido à acomodação instantânea dos líquidos. Para atenuar este problema, os tanques
devem ser providos, internamente de quebra-ondas.
d) Cereais e Granel
Este tipo de transporte tem um comportamento parecido com o dos líquidos,
proporcionando uma distribuição uniforme ao longo da plataforma de carga, apesar de ter
maior resistência à auto-acomodação.
Quando o trajeto tiver muitos aclives e declives, assim como muitas curvas horizontais,
poderá ocorrer sobrecarga nos eixos e nas laterais do veículo devido ao acúmulo dos grãos.
Este problema pode ser minimizado com a instalação de anteparos, com função semelhante
à dos quebras-ondas empregados nos tanques. É importante também cobrir a carroceria
com lona ou encerado, para evitar a perda de carga durante o trajeto.
f) Animais
Por se tratar de carga viva, mesmo quando a caminho do abate, os animais devem ser
transportados com cuidados especiais.
Para este tipo de transporte, existem carroçarias especialmente desenvolvidas que
proporcionam segurança e integridade aos mesmos.
Outro cuidado diz respeito ao modo de conduzir o veículo, pois, em curvas, os animais
podem ser projetados contra as paredes laterais da carroçaria. Nas acelerações e frenagens
ou aclives e declives, também existe o risco de comprimi-los contra as paredes traseira ou
frontal da carroçaria.
Para minimizar este problema, as carroçarias devem ser dotadas de divisórias que reduzam
a compressão dos animais e, ao mesmo tempo, evitem o deslocamento do centro de
gravidade do caminhão.
Quanto ao embarque e desembarque deste tipo de carga, devem ser previstas rampas de
acesso, com inclinação máxima de 30 graus ou, então, plataforma elevatória.
g) Contêineres
Os veículos transportadores de contêineres devem ter dispositivos de apoio e fixação na
carroçaria, semi-reboque ou reboque.
Quando a carga for de baixa densidade, não há preocupação com o peso e sim com o
máximo aproveitamento volumétrico do contêiner.
Quando, porém, se têm cargas mais densas, deve-se verificar o limite de peso bruto
estabelecido para o contêiner. Este limite imposto pelas normas ISO, não é, porém, a única
restrição. É preciso considerar também a capacidade máxima de tração e os pesos máximos
por eixo admitidos no transporte rodoviário, o que depende do veículo a ser utilizado.
A carga colocada no contêiner deve ter seu peso aplicado sobra a maior área e extensão
possíveis, evitando-se concentrar forças em alguns pontos do piso, principalmente nas
extremidades. O centro de gravidade da carga deve estar o mais próximo possível do centro
do piso do contêiner.
h) Cargas Longas
As cargas longas não devem ser transportadas em veículos cuja carroçaria não ofereça as
condições necessárias de acomodação e segurança.
Para o transporte de postes, tubos e vergalhões, por exemplo, as carroçarias devem dispor
de malha metálica para proteção da cabina e berços de apoio com sistema de amarração da
carga.
Para transportar cargas longas e de peso elevado, como estruturas metálicas, toras, pré-
moldados, etc., deve-se utilizar semi-reboques especialmente desenvolvidos para esta
finalidade, inclusive com comprimentos variáveis (extensíveis), que possibilitam a correta
distribuição do peso sobre os diversos eixos.
j) Vidros
Vidros planos devem ser transportados em pé, ligeiramente inclinados, na posição mais
baixa possível, para não comprometer a estabilidade do veículo e também para facilitar o
seu carregamento e descarregamento.
As carroçarias devem dispor de dispositivos de fixação e apoio adequados para que os
vidros não sejam danificados durante o transporte.
Conceito de Carga Unitizada
A carga unitizada é um conjunto ou grupo de objetos mantidos como uma unidade de carga
em um transporte entre uma origem e um destino.
A carga unitizada pode ser grande ou pequena: isto vai depender da situação, e não há nada
mais adequado do que a combinação de embalagens ou itens como uma unidade simples, a
fim de facilitar a estocagem e expedir a movimentação, quer por meio de rodas na base da
carga, quer por equipamento mecânico.
A dimensão da carga unitizada deve ser aquela que se enquadre em todas as modalidades de
transporte, tais como: caminhões, vagões ferroviários e contêineres marítimos.
A dimensão da carga unitizada deve permitir suficiente espaço livre, de modo que o
funcionário possa carregar e descarregar rapidamente a unidade.
2. Suspendendo a carga
A carga é suspensa com a ajuda de um gancho. O fato de a carga suspensa não ser
movimentada rigidamente e requerer um cuidado maior no carregamento é compensado
pela maior liberdade de movimentos, que pode ser uma vantagem na movimentação em
recintos apertados. Existem também outros dispositivos de elevação, como, por exemplo,
imãs e ventosas.
Existem vários métodos de carga unitizada, cada qual correspondendo a um tipo específico
de unitizador. Todos eles apresentam características típicas, não só quanto às vantagens e
desvantagens, mas, principalmente, quanto aos equipamentos de movimentação e às
especificações de transporte.
Os principais são:
1. Carga auto-unitizada.
2. Carga paletizada.
3. Carga pré-lingada.
4. Carga contentorizada.
5. Carga conteneirizada.
Auto-unitização
1. Cintamento
É o sistema pelo qual vários volumes são presos uns aos outros por meio de cintas, arames
ou fitas, formando uma unidade de carga. O tipo de cinta mais usado é o de aço, mas, hoje,
o emprego de fitas sintéticas está ganhando adeptos.
2. Blocagem
Diversos produtos, como blocos de alvenaria ou embalagens resistentes, podem ser
empilhados, de forma que se tenha, na pilha, aberturas para a introdução de garfos de
empilhadeira ou lingas de içamento.
As caixas de papelão podem ser arrumadas para formar seu próprio unitizador, permitindo a
movimentação por empilhadeiras. Os métodos mais comuns empregam um reforço de
cartão, papelão corrugado ou fibra. Um deles consiste em deixar, de cada lado da fileira
inferior, espaço correspondente a meia caixa, para a introdução dos garfos da empilhadeira.
3. Enfardamento
Mercadorias de grande volume podem ser acondicionadas em forma de fardos.
Os fardos são constituídos de materiais que podem ser prensados, como algodão ou fibras
de aniagem, e contidos por fitas (cintas) de aço ou de materiais sintéticos. Em alguns casos,
o material pode receber um envoltório têxtil, para maior proteção sob o cintamento.
Polpa de celulose e sucata também são prensados e cintados com cintas de aço de alta
resistência e elasticidade. Este cintamento pode ser combinado com cintas de içamento.
Carga paletizada
A diferença entre utilizar ou não a paletização pode afetar o ciclo de distribuição, desde o
fornecedor da matéria-prima até o cliente.
Os paletes são, usualmente, uma plataforma para apoio e acondicionamento de carga, com
dimensões padronizadas, possuindo dispositivos para apoio de garfo de empilhadeira ou
outro equipamento.
madeira
metais: chapa de aço, alumínio.
papelão e fibra.
plástico.
borracha.
A área de aplicação dos paletes tem aumentado muito nos últimos anos. Inicialmente
empregados na movimentação interna em fábricas, armazéns e depósitos, hoje
acompanham a carga por toda a cadeia de distribuição.
Também emprega-se o sistema de “compra direta do palete”. Neste caso ele é adquirido
junto com os materiais.
Os paletes para fins especiais podem apresentar diversas configurações. Seu projeto e
construção dependem exclusivamente de sua aplicação específica e, assim, eles podem
apresentar grandes variações entre si.
Tambores e barris de cerveja criam problemas de paletização que são solucionados por
paletes especialmente projetados para estas aplicações. Algumas cervejarias utilizam
paletes de madeira compensada e caibros com reentrâncias onde se encaixam as cintas
metálicas dos barris. Estes ficam na posição horizontal, permitindo o empilhamento de três
fileiras de barris por palete, o que aumenta a utilização do espaço de armazenagem e reduz
os custos de movimentação.
Embalagem
A embalagem possui um impacto significativo sobre o custo e a produtividade dentro dos sistemas logísticos.
Seus custos mais evidentes se encontram na execução de operações automatizadas ou manuais de
embalagem e na necessidade subsequente de descartar a própria embalagem. A embalagem pode ser
visualizada tanto dentro do sistema logístico total e seu papel nos mercados industrial e de consumo; as
três principais funções da embalagem (utilidade e eficiência de manuseio, proteção contra avarias e
comunicação); e materiais de embalagem tradicionais, tecnologias emergentes e implicações ambientais
Todo produto químico deverá trazer no lado externo de sua embalagem suas
características físicas e químicas, bem como o cuidado com o seu manuseio, a
maneira correta de transportá-lo e principalmente como deve ser armazenado e
também o que fazer em caso de intoxicação com o produto.
Todo produto com qualidade deve conter em sua embalagem todos estes dados.
Produtos químicos sem qualquer identificação externa não deve ser manipulado nem
como teste. Sua identificação deve ser completa, clara e objetiva.
“Quando não conhecemos a substância química não devemos manuseá-la, pois não
saberemos agir quando esta substância estiver prejudicando nosso organismo.”
Âmbito Nacional
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
Cargas pré-lingadas
A vantagem destas lingas em relação aos paletes é seu menor custo. Além disso, podem
retornar sem carga, ocupando muito pouco espaço, o que não ocorre com os paletes.
As lingas usadas podem ser descartáveis ou não, e as mais comuns são tiras de fibra
sintéticas como nylon e poliéster. Usa-se também cabo de aço ou fibra ou corrente.
As cargas transportadas em sacos e fardos são as que apresentam melhores condições para a
unitização com lingas. As caixas, em princípio, não devem ser utilizadas nesta forma,
porque o encurvamento observado nas mesmas, devido à ação das lingas, pode danifica-las.
Em relação à freqüência do uso, as lingas podem ser reutilizáveis ou descartáveis.
A movimentação da carga pré-lingada é feita apenas por içamento. Este pode ser feito por
empilhadeiras equipadas com acessórios especiais.
Cargas contenedorizadas
O contenedor é um acessório:
Especialmente projetado para conter as peças em uma posição determinada. Pode
ter rodas para garantir mobilidade;
Freqüentemente equipado com reentrâncias, hastes ou orifícios, para orientar as
peças, ou com divisores entre camada, para facilitar a movimentação, inspeção, etc.;
Destinado a conter a carga com segurança, permitindo fácil carregamento e
descarregamento;
De caráter durável, suficientemente resistente para suportar uso repetitivo;
Adequado à movimentação mecânica e ao transporte por diferentes equipamentos;
Com capacidade de carga bruta superior a 500kg;
Não constituindo embalagem de carga transportada.