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CRISTIANISMOS: CONFLITOS NA IGREJA PRIMITIVA

Paulo, que no início de Atos aparece ao lado de Barnabé (11,25; 13,12), em


segundo plano, vai aos poucos ganhando proeminência. A dupla “Barnabé e Saulo
(11,30; 12,25; 13, 2.7), torna-se, em 13,43 “Paulo e Barnabé” (cf. 13,43.50; 14,3;
15,2.22.35-36). Em listra, durante sua primeira viagem missionária o “apóstolo
dos gentios” é comparado a Hermes, “porque era ele quem trazia a palavra”
(14,12). Paulo é eloquente, culto, dotado de um notável espírito de liderança e
ainda possui cidadania romana. A sofisticação teológica de suas cartas não passou
despercebida por Pedro, que chegou a confessar que possuem “algumas coisas
difíceis de entender” (2Pe 3,16).

O capítulo 15 de Atos marca a primeira grande controvérsia entre os cristãos. Na


cidade de Antioquia, na Síria, alguns judeus convertidos estavam ensinando que
os homens não circuncidados não seriam salvos (15,1). Uma reunião em
Jerusalém (que ficou conhecida como Concílio de Jerusalém) com a participação
dos apóstolos e presbíteros foi organizada a fim de resolver a questão.

O livro de Atos registra que Pedro e Tiago discursaram no concílio. O primeiro


disse que o jugo da Lei não deve ser imposto aos discípulos (At 15,10). Tiago segue
na mesma linha, mas faz algumas ressalvas: “abstenham-se de comida
contaminada pelos ídolos, da porneia, da carne de animais estrangulados e
do sangue” (At 15,20). Aparentemente se refere aos preceitos presentes em Lv
17,10; 19,26 (sangue); 17,7 (alimento sacrificado a outros deuses) e 18,6-23
(relações sexuais ilícitas).

Ele explica o motivo das proibições: “Pois, desde os tempos antigos Moisés é
pregado em todas as cidades, sendo lido nas sinagogas todos os sábados”. Ao que
parece tais recomendações visam facilitar a convivência entre judeus e gentios
convertidos ao cristianismo. Mas isso não fica claro. O apego de Tiago aos
costumes judaicos deixou sua impressão nos textos no Novo testamento. Note
que ele usa o termo “sinagoga” (Tg 2,2) e não “ekklesia” para se referir aos locais
de reunião dos destinatários de sua carta.

A ênfase que Tiago dá às obras também chama a atenção. Suas doutrinas parecem
entrar em confronto direto com o ensinamento paulino (Por isso Lutero classifica
Tiago como “epístola de palha”). Mas Lucas não cita nenhum atrito entre Pedro e
Tiago com Paulo. Após o concílio de Jerusalém os discípulos se deslocam
para Antioquia (cf. At 15,30). Lá algo importante acontece. É preciso ler com
atenção o que nos diz Paulo na sua carta aos gálatas.

Paulo tem uma posição clara: “ninguém é justificado pela prática da lei, mas
mediante a fé em Jesus Cristo” (Gl 2,16). Ele diz que enfrentou Pedro face a face
por sua atitude condenável (Gl 2,11). O motivo: Pedro comia com os gentios, mas
se afastava deles após a chegada de “alguns da parte de Tiago” (v. 12). Paulo diz
mais: “até Barnabé se deixou levar” (v. 14). De um lado Paulo. Do outro Pedro,
Tiago e Barnabé. Anote isso e voltemos a Atos.

Atos também fala de um desentendimento de Paulo com Barnabé em Antioquia


(15,36), mas apresenta outro motivo: Barnabé queria levar João Marcos na
segunda viagem missionária, mas Paulo se opôs, alegando que ele os havia
abandonado na Panfília (15,38). Aqui algo fica evidente. Além de Pedro, Tiago e
Barnabé, o “apóstolo nascido fora do tempo” também se desentendera com João
Marcos. Paulo, um homem difícil. O motivo da separação entre Paulo e Barnabé
parece ser duplo: divergências após (?) o concílio de Jerusalém (Gálatas) e recusa
da companhia de João Marcos (Atos).

Reflita a respeito do texto acima, leia Gl 1,6; 2,3-6 e tente interpretar a passagem
abaixo:

AS DUAS ALIANÇAS: HAGAR E SARA

Gl 4,21-31 Dizei-me, vós que quereis estar debaixo da Lei, não ouvis vós a Lei?
22 Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um da serva e outro da livre. 23

Mas o da serva nasceu segundo a carne; o da livre, em virtude da promessa. 24


Isto foi dito em alegoria. Elas, com efeito, são as duas alianças; uma, a do monte
Sinai, gerando para a escravidão: é Hagar

25(porque o Sinai está na Arábia), e ela corresponde à Jerusalém de agora, que de


fato é escrava com seus filhos. 26 Mas a Jerusalém do alto é livre e esta é a nossa
mãe, 27 segundo está escrito:

Alegra-te, estéril, que não davas à luz,


põe-te a gritar de alegria,
tu que não conheceste as dores do parto,
porque mais numerosos são os filhos da abandonada
do que os daquela que tem marido.

28Ora, vós, irmãos, como Isaac, sois filhos da promessa. 29 Mas como então o
nascido segundo a carne perseguia o nascido segundo o espírito, assim também
agora. 30 Mas que diz a Escritura? Expulsa a serva e o filho dela, pois o filho da
serva não herdará com o filho da livre. 31 Portanto, irmãos, não somos filhos de
uma serva, mas da livre.

ABRAÃO
Hagar Sara
Ismael Isaque
Filho da carne filho da promessa
Sinai Jerusalém
Serva livre
Judeus cristãos

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