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APOSTILA DE EXERCÍCIOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

E. E. F. GERARDO CORREIA LIMA


Professor: Carlos Eugênio Sombra Moreira
LIÇÃO 1
A Última Crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou
adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito
mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher
da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser
vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer um flagrante de esquina,
quer nas palavras de uma criança ou num incidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção
do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se
repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e Estou sem assunto. Lanço
então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao
longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se
acentuar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido
pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de
curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno da mesa a instituição tradicional da
família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o
garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe
limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve,
concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados,
a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O
homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho — um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua
frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno da mesa um
pequeno ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de
uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os
observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela
serve a coca-cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o
queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito
compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “parabéns pra você, parabéns pra
você…”
Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as
duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no
cabelo, limpa o farelo de bolo que lhe cai no colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. De súbito, dá comigo a observá-lo, nossos olhos se
encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar
e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
(Fernando Sabino. In: Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1979-1980.)

1.(D10) Que tipo de narrador o texto “A última crônica” apresenta? Justifique sua resposta.

2. (D10) Retire do primeiro parágrafo as informações abaixo:


a) Quem entra no botequim? b) Onde fica o botequim?
c) Em primeiro lugar, entra no botequim para quê? d) Na verdade, o que ele faz nesse lugar?
e) O que ele deseja?
3. (D10) Sobre o trecho: “Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da
família, célula da sociedade.”, responda:
a) Quem são esses “três esquivos”? b) Onde eles estão?
c) Levante hipóteses a respeito do que eles estão fazendo ali.

4. (D1) O que o pai pede ao garçom?


5. (D11) No trecho “A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a
aprovação do garçom.”, explique a ansiedade da mãe ao esperar a aprovação do garçom.
6. (D11) Por que o garçom não aprovaria o pedido do pai?
7. (D9) Observe que ao descrever a cena que está diante dos olhos, o narrador-personagem questiona: “Por
que não começa a comer?” Por quê? Levante hipóteses.
8. (D10) Há no texto uma passagem que denota claramente a pobreza dos personagens. Qual? Comente-a.
9. (D15) Que sentimentos o autor expressa para com a personagem-menina, ao usar os diminutivos:
arrumadinha, negrinha, menininha, fitinha -?
10. (D13) Explique o que sentiu o narrador-personagem quando o pai sorri para ele. “Dá comigo de súbito, a
observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas
acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.”

LIÇÃO 2
RETRATO

Eu não tinha este rosto de hoje,


assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília Meireles

1. (D6) O tema do texto é


(A) a consciência súbita sobre o envelhecimento. (B) a decepção por encontrar-se já fragilizada.
(C) a falta de alternativa face ao envelhecimento. (D) a recordação de uma época de juventude.

2. (D3) No verso: Eu não tinha estas mãos sem forças... Podemos inferir
(A) as forças das mãos acabaram por causa da idade. (B) as mãos não tinham forças na juventude.
(C) as mãos tinham forças na juventude. (D) as forças das mãos não se acabaram.

3. (D19) Leia: “A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes. A
chuva encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu
cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva
de canivetes. [...]” Todas as frases do texto começam com "a chuva". Esse recurso é utilizado para
(A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade. (B) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva. (D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.

Observe e leia a tirinha.


4. (D5) A resposta de Magali demonstra:
[ ] alegria. [ ] tristeza. [ x ] aborrecimento. [ ] indiferença.

TROCA DE LIVROS
Sabe promovendo um troca-troca
aquele livro que você já leu literário imperdível.
várias vezes e está paradão Para começar a ler lá
lá na estante, esperando mesmo, o museu oferece a
alguém que dê atenção a ele de novo? sua biblioteca, num
Que tal trocá-lo cantinho especial. O
por outro – e, assim, endereço do museu é Praia
ganhar outra história para do Caju 385, e a biblioteca
ler e se divertir? Pois até o está aberta de terça a
dia 30, o Museu da Limpeza Urbana – sexta-feira, sempre das 9h
Casa de Banho D. João VI está às 16h.
GLOBINHO – Sábado, 21 de março de 2009.
5. (D12) Podemos dizer que o texto tem a finalidade de:
(A) causar emoção no leitor. (B) apresentar um ponto de vista.
(C) dar informações sobre um evento. (D) vender um produto pouco divulgado.

6. (D2) O pronome “você” na segunda linha do texto se refere:


(A) ao autor. (B) ao leitor. (C) a D. João VI. (D) ao visitante.

7. (D1) O texto faz menção a uma:


(A) visita a biblioteca. (B) visita ao museu. (C) troca de livros. (D) venda de livros.

LIÇÃO 3

Os namorados da filha

Moacyr Scliar
Quando a filha adolescente anunciou que ia dormir com o namorado, o pai não diz nada. Não a recriminou,
não lembrou os rígidos padrões morais de sua juventude. Homem avançado, esperava que aquilo acontecesse
um dia. Só não esperava que acontecesse tão cedo.
Mas tinha uma exigência, além das clássicas recomendações. A moça podia dormir com o namorado:
─ Mas aqui em casa.
Ela, por sua vez, não protestou. Até ficou contente. Aquilo resultava em inesperada comodidade. Vida
amorosa em domicílio, o que mais podia desejar? Perfeito.
O namorado não se mostrou menos satisfeito. Entre outras razões, porque passaria a partilhar o abundante
café da manhã da família. Aliás, seu apetite era espantoso: diante do olhar assombrado e melancólico do
dono da casa, devorava toneladas do melhor requeijão, do mais fino presunto, tudo regado a litros de suco de
laranja.
Um dia, o namorado sumiu. Brigamos, disse a filha, mas já estou saindo com outro. O pai pediu que ela
trouxesse o rapaz. Veio, e era muito parecido com o anterior: magro, cabeludo, com apetite descomunal.
Breve, o homem descobriria que constância não era uma característica fundamental de sua filha. Os
namorados começaram a se suceder em ritmo acelerado. Cada manhã de domingo, era uma nova surpresa:
este é o Rodrigo, este é o James, este é o Tato, este é o Cabeça. Lá pelas tantas, ele desistiu de memorizar
nomes ou mesmo fisionomias. Se estava na mesa do café da manhã, era namorado. Às vezes, também
acontecia ─ ah, essa próstata, essa próstata ─ que ele levantava à noite para ir ao banheiro e cruzava com um
dos galãs no corredor. Encontro insólito, mas os cumprimentos eram sempre gentis.
Uma noite, acordou, como de costume, e, no corredor, deu de cara com um rapaz que o olhou apavorado.
Tranquilizou-o:
─ Eu sou o pai da Melissa. Não se preocupe, fique à vontade. Faça de conta que a casa é sua.
E foi deitar.
Na manhã seguinte, a filha desceu para tomar café. Sozinha.
─ E o rapaz? ─ perguntou o pai.
─ Que rapaz? ─ disse ela.
Algo lhe ocorreu, e ele, nervoso, pôs-se de imediato a checar a casa. Faltava o CD player, faltava a
máquina fotográfica, faltava a impressora do computador. O namorado não era namorado. Paixão poderia
nutrir, mas era pela propriedade alheia.
Um único consolo restou ao perplexo pai: aquele, pelo menos, não fizera estrago no café da manhã.

1. (D2) No texto procure uma palavra que possa substituir os termos grifados nas frases abaixo.
a) “Não a censurou, não lembrou os rígidos padrões morais de sua juventude.”
b) “Encontro inusitado, mas os cumprimentos eram sempre gentis.”
2. (D9) Qual é o tipo de crônica escrita por Moacyr Scliar?
3. (D10) Essa crônica contém elementos predominantemente narrativos. Agora localize no texto cada um
desses elementos.
a) Situação inicial: b) Conflito: c) Clímax: d) Desfecho :
5. (D10) Quais são os personagens desse texto?
6. (D10) Qual o cenário onde a história acontece?
7. (D11) Por que o pai da jovem era realmente um homem avançado?
8. (D6) Qual é o tema retratado nessa crônica?
9. (D12) Qual o objetivo desse texto?
10. (D10) Como se apresenta o narrador nessa crônica?
11. (D10) Como o narrador conseguiu tornar o cômico o equívoco do pai, no final do texto?

LIÇÃO 4
O Outro Sapo
Jon Scieszka
Era uma vez um sapo.
Certo dia, quando estava sentado na sua vitória-régia, viu uma linda princesa descansando a beira do lago.
O sapo pulou dentro da água, foi nadando até ela e mostrou a cabeça por cima das plantas aquáticas.
"Perdão, ó linda princesa", disse ele com sua voz mais triste e patética. "Será que eu poderia contar com a
vossa ajuda?"
Assim, ela perguntou:
“O que posso fazer para te ajudar, sapinho? ”
"Bem", disse o sapo. "Na verdade, eu não sou um sapo, mas um belo príncipe transformado em sapo pelo
feitiço de uma bruxa malvada. E esse feitiço só pode ser quebrado pelo beijo de uma linda princesa."
A princesa pensou um pouco, depois ergueu o sapo nas mãos e lhe deu um beijo.
"Foi só uma brincadeira", disse o sapo. Pulou de volta no lago, e a princesa enxugou a baba de sapo dos
seus lindos lábios.
O Patinho realmente feio e outras histórias malucas. São Paulo: companhia das letrinhas, 1997.

1.(D13) Na frase: "Será que eu poderia contar com a vossa ajuda?" A linguagem usada é
(A) de brincadeiras. (C) de conversa com amigos.
(B) de formalidades. (D) de conversa com os meus pais.

2.(D1) "Perdão, ó linda princesa", disse ele com sua voz mais triste e patética. "Será que eu poderia contar
com a vossa ajuda?" Nessa parte o sapo queria
(A) fazer um pedido à princesa. (C) fazer um elogio à princesa.
(B) cumprimentar a princesa. (D) pedir perdão à princesa.

3. (D17) Qual o trecho que apresenta a fala da princesa?


(A) “Era uma vez um sapo.” (C) “O que posso fazer para te ajudar, sapinho?”
(B) “Foi só uma brincadeira.” (D) “Será que eu poderia contar com vossa ajuda?”

4. (D11) Observe o local de onde a história foi retirada, localizada no final do texto. O título da história é “O
Outro Príncipe Sapo”, por quê?
(A) ao autor se refere a outra história sobre príncipe que virou sapo. (B) no texto existem dois sapos.
(C) O autor modificou o título do patinho feio. (D) o príncipe da história era maluco.

5. (D20) O autor estabelece relação com outra história da literatura infantil. Qual?
(A) O patinho feio, contada pelos Irmãos Grimm. (B) O menino maluquinho, contado por Ziraldo.
(C) A bela adormecida, contada pelos Irmãos Grimm. (D) O príncipe sapo, contado pelos Irmãos Grimm.

6. (D2) No texto, qual o significado da palavra patética?


(A) comovente. (B) assustada. (C) crítica. (D) animada.

7. (D9) Qual o gênero desse texto?


(A) um poema. (B) um bilhete. (C) uma fábula. (D) um conto.

8. (D15) Na frase: "Perdão, ó linda princesa", disse ele com sua voz mais triste e patética. A quem se refere à
palavra grifada?
(A) a princesa. (B) ao príncipe. (C) ao sapo. (D) a bruxa.

9. (D7) Qual é o conteúdo desse gênero de texto?


(A) um fato imaginário. (B) uma receita para ganhar beijo.
(C) um fato ocorrido. (D) a vida de uma princesa.

10. (D12) Qual é a finalidade desse texto para os leitores?


(A) transmitir informações. (B) tentar alguém a fazer algo.
(C) dar notícias da linda princesa. (D) distrair, entreter as pessoas.

11. (D6) Qual o assunto principal do texto?


(A) Um sapo que prega uma peça na princesa. (B) Um sapo que estava enfeitiçado.
(C) Uma princesa piedosa. (D) Um belo príncipe transformado em sapo.
12. (D10) Na frase: “A princesa pensou um pouco, depois ergueu o sapo nas mãos e lhe deu um beijo.” A que
se refere à expressão um pouco?
(A) Quantidade de tempo esperado. (B) Quantidade de beijo dado.
(C) Lugar escolhido para beijar. (D) A maneira como ela esperou.

13. (D16) O fato engraçado dessa história é


(A) O jeito do sapo se dirigir a princesa. (B) A esperteza do sapo em enganar a princesa.
(C) O susto da princesa ao ver o sapo. (D) A voz patética do sapo, ao falar com a princesa.

LIÇÃO 5 – texto: O Outro Sapo


1. (D17) Como são marcados os diálogos do texto: O outro sapo?
(A) através de parágrafos. (B) através de aspas. (C) de nenhum modo. (D) através das letras maiúsculas.

2. (D10) Neste pode-se perceber diferentes falas. De quem são elas?


(A) do sapo, da princesa e do narrador. (B) do narrador, do comentarista e da princesa.
(C) do sapo, da bruxa e do príncipe. (D) do sapo, do príncipe e do narrador.

3. (D12) O que leva o sapo a fazer o pedido a princesa é:


(A) seu desejo de enfeitiçar a princesa. (B) seu desejo de quebrar o feitiço da bruxa má.
(C) seu desejo de fazer uma brincadeira com a princesa. (D) seu desejo de se transformar em um príncipe.

4. (D1) A leitura deste texto nos mostra:


(A) a tristeza do sapo por não ser um príncipe. (B) a intenção do sapo de enganar a princesa.
(C) a alegria da princesa por ajudar o sapinho. (D) o nojo da princesa ao ver o sapo perto dela.

5.(D9) A sensação de nojo que a princesa teve foi:


(A) porque a água do lago estava suja. (B) porque a vitória-régia é gosmenta.
(C) porque a voz do sapo era triste e patética. (D) por que tinha beijado um sapo verdadeiro.

6.(D4)O que o sapo quis dizer com a fala: “Foi só uma brincadeira?”
(A) que ele mentiu quando disse que era príncipe. (B) que ele não sabia que não era um príncipe.
(C) que a princesa o transformaria em príncipe. (D) que a bruxa transformou-o em sapo.

7. (D10) Qual é o problema que faz o fato desta história acontecer?


(A) a bruxa ter enfeitiçado o sapo deste texto. (B) as plantas aquáticas da beira do lago.
(C) a pena que a princesa sentiu do príncipe. (D) o sapo ter desejado um beijo da princesa.

O homem que entrou pelo cano


Ignácio de Loyola
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou.
E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra, um
desvio, era uma secção que terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à espera que
abrissem.
Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma
água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou:“Mamãe, tem
um homem dentro da pia”.
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.
08. (D4) O conto cria uma expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo enredo. O resultado não
foi o esperado porque
(A) a menina agiu como se fosse um fato normal. (B) o homem mostrou pouco interesse em sair do cano.
(C) as embalagens da tubulação não funcionaram. (D) a mãe não manifestou nenhum interesse pelo fato.

Talita
“Talita tinha a mania de dar nomes de gente aos objetos da casa, e tinham de ser nomes que rimassem.
Assim, por exemplo, a mesa era para Talita, Dona Teresa, a poltrona era Vó Gordona, o armário era o
Doutor Mário. A escada era Dona Ada, a escrivaninha era Tia Sinhazinha, a lavadora era Prima Dora, e
assim por diante.
Os pais de Talita achavam graça e topavam a brincadeira. Então, podiam-se ouvir conversas do tipo:
- Filhinha, quer trazer o jornal que está em cima da Tia Sinhazinha!
- É pra já, papai. Espere sentado na Vó Gordona, que eu vou num pé e volto noutro.
Ou então:
- Que amolação, Prima Dora está entupida, não lava nada! Precisa chamar o mecânico.
- Ainda bem que tem roupa limpa dentro do Doutor Mário, né, mamãe?
E todos riam.
Belinky, Tatiana. A operação do Tio Onofre: uma história policial. São Paulo: Ática, 1985.

09. (D4) A mania de Talita de dar nome de gente aos objetos da casa demonstra que ela é
(A) curiosa. (B) exagerada. (C) estudiosa. (D) criativa.

LIÇÃO 6
Um anjo dorme aqui; na aurora apenas, disse adeus ao brilhar das açucenas em ter da vida alevantado o
véu.
- Rosa tocada do cruel granizo Cedo finou-se e no infantil sorriso passou do berço pra brincar no céu!
(Casimiro de Abreu, in Primaveras)
1.(D6) O tema do texto é
(A) a inocência de uma criança. (B)o nascimento de uma criança.
(C) o sofrimento pela morte de uma criança. (D) a morte de uma criança.

2. (D19) O tema se desenvolve com base em uma figura de linguagem conhecida como
(A) prosopopeia. (B) hipérbole. (C) metonímia. (D) eufemismo.

3. (D18) No âmbito do poema, podemos dizer que pertencem ao mesmo campo semântico às palavras
(A) aurora e véu. (B) anjo e rosa. (C) berço e céu. (D) cruel e infantil.

4. (D19) As palavras que respondem ao item anterior são


(A) uma antítese em relação à vida. (B) hipérboles referentes ao destino.
(C) personificações alusivas à morte. (D) metáforas relativas à criança.

5. (D3) Por “sem ter da vida alevantado o véu” entende-se


(A) sem ter nascido. (B) sem ter conhecido bem a vida.
(C) sem viver misteriosamente. (D) sem poder relacionar-se com as outras pessoas.

6. (D2) “Na aurora apenas” é o mesmo que


(A) somente pela manhã. (B) no limiar somente. (C) apenas na alegria. (D) só na tristeza.

Julgo que os homens que fazem a política externa do Brasil, no Itamaraty, são excessivamente pragmáticos.
Tiveram sempre vida fácil, vêm da elite brasileira e nunca participaram, eles próprios, em combates contra a
ditadura, contra o colonialismo. Obviamente não têm a sensibilidade de muitos outros países ou diplomatas
que conheço.
(José Ramos-Horta, na Folha de São Paulo, 21/10/96)
7. (D1) Só não caracteriza os homens do Itamaraty:
(A) o pragmatismo. (B) a falta de sensibilidade. (C) a luta contra a ditadura. (D) a tranquilidade da vida.

8. (D18) A palavra que não se liga semanticamente aos homens do Itamaraty é:


(A) o segundo que (/. 1) (B) vêm (/. 2) (C) eles (/. 3) (D) o terceiro que (/. 5)

9. (D12) Pelo visto, o autor gostaria que os homens do Itamaraty tivessem mais:
(A) inteligência. (B) patriotismo. (C) vivência. (D) coerência

10. (D15) A oração iniciada por “obviamente” tem um claro valor de:
(A) consequência. (B) causa. (C) comparação. (D) condição.

11. (D2) A palavra que pode substituir, sem prejuízo do sentido, a palavra “obviamente” (/. 4), é
(A) necessariamente. (B) realmente. (C) justificadamente. (D) evidentemente.

12. (D4) Só não pode ser inferido do texto:


(A) nem todo diplomata é excessivamente pragmático.
(B) Nem todo diplomata vem da elite brasileira.
(C) ter vida fácil é característica comum a todo tipo de diplomata.
(D) há diplomatas mais sensíveis que outros.

O mercúrio onipresente
(Fragmento)
Os venenos ambientais nunca seguem regras. Quando o mundo pensa ter descoberto tudo o que é preciso
para controlá-los, eles voltam a atacar. Quando removemos o chumbo da gasolina, ele ressurge nos
encanamentos envelhecidos. Quando toxinas e resíduos são enterrados em aterros sanitários, contaminam o
lençol freático. Mas ao menos acreditávamos conhecer bem o mercúrio. Apesar de todo o seu poder tóxico,
desde que evitássemos determinadas espécies de peixes nas quais o nível de contaminação é particularmente
elevado, estaríamos bem. [...].
Mas o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido. Uma série de estudos recentes sugere
que o metal potencialmente mortífero está em toda parte — e é mais perigoso do que a maioria das pessoas
acredita.
Jeffrey Kluger. IstoÉ. nº 1927, 27/06/2006, p.114-115.
13. (D7) A tese defendida no texto está expressa no trecho
(A) as substâncias tóxicas, em aterros, contaminam o lençol freático.
(B) o chumbo da gasolina ressurge com a ação do tempo.
(C) o mercúrio apresenta alto teor de periculosidade para a natureza.
(D) o total controle dos venenos ambientais é impossível.

O AVARENTO
Um avarento possuía uma barra de ouro, que mantinha enterrada no chão. Todos os dias ia lá dar uma
olhada.
Um dia, descobriu que a barra fora roubada, e começou a se descabelar e a se lamentar aos brados.
Um vizinho, ao vê-lo naquele estado, disse:
- Mas para que tanta tristeza? Enterre uma pedra no mesmo lugar e finja que é de ouro. Vai dar na mesma,
pois quando o ouro estava aí você não o usava pra nada!
(Esopo. In: O livro das virtudes – O compasso moral, 1996)
14. (D15) De acordo com o texto pode-se concluir que avarento é a pessoa que
(A) gasta muito. (B) come muito. (C) possui muitos bens. (D) só pensa em guardar dinheiro.

15. (D4) O provérbio que pode ser associado ao texto é


(A) “Nem tudo que reluz é ouro.” (B) “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.”
(C) “Quem tudo quer, tudo perde.” (D) “Em terra de cego, quem tem um olho é rei.”

16. (D3) No 1º quadrinho, a fala do personagem pode ser substituída por


(A) “Quer namorar comigo?” (B) “Você é muito bonita para mim!”
(C) “Você é muito simpática!” (D) “Você é muito humilde!”

LIÇÃO 7

1. (D5) De acordo com o cartum, o último aluno que estava no fundo da sala, compreendeu que a
professora durante a chamada estava se referindo
(A) ao número 38. (B) a um revólver. (C) a uma piada. (D) a presença.

2.(D15) Considere o seguinte trecho: Em vez do médico do Milan, o doutor José Luiz Runco, da Seleção,
é quem deverá ser o responsável pela cirurgia de Cafu. Foi ele quem operou o volante Edu e o atacante
Ricardo Oliveira, dois jogadores que tiveram problemas semelhantes no ano passado.
O termo “ele”, em destaque no texto, refere-se:
(A) ao médico do Milan. (B) a Cafu. (C) ao doutor José Luiz Runco. (D) ao volante Edu.
PRIMEIRO SIMULADINHO plantadas a partir de um pedaço cortado de uma bananeira
Bananas podem ser extintas em 5 anos anterior. Na prática, são clones. O lado bom é que todas têm o
Por Ana Carolina Leonardi
mesmo gosto. O ruim é que são todas igualmente vulneráveis
É possível que você tenha que se despedir dela a possíveis pragas, como a Sigatoka.
no cacho, no bolo e na feijoada: uma nova pesquisa Levando em conta todos esses riscos, os
descobriu que as plantações da amarelinha estão em pesquisadores estimam que a nova versão turbinada
grave risco. dos fungos pode eliminar as bananas da plantação e
Um mundo sem bananas é difícil de imaginar - das nossas cozinhas em um período de 5 a 10 anos.
até porque a fruta está entre os 5 alimentos mais O lado bom é que, com o genoma inédito
importantes para a população mundial, sendo desses fungos em mãos, os cientistas estão melhor
considerado de "primeira necessidade", segundo a equipados que nunca para de tentar encontrar as
ONU. Só que andar pela feira vendo uma fila de cachos vulnerabilidades genéticas dos invasores. O que eles
amarelos pode se tornar coisa do passado nos pretendem é tentar criar novas estratégias
próximos 5 anos: uma das pragas da banana se tornou antifúngicas tão rápido quanto os Sigatoka se tornam
mais letal do que nunca. resistentes - a nossa versão moderna da Guerra da
Entre as infestações mais comuns nas Banana.
bananeiras estão os fungos Sigatoka - três espécies
diferentes capazes de causar a doença que reduz a D2 Questão 01 –––––––––––––––––––––––––––◊
quantidade de folhas e queima a planta, atrapalhando No trecho “Pesquisadores da Universidade da
a fotossíntese. O impacto econômico também é Califórnia sequenciaram pela primeira vez o genoma
enorme: os cachos saem pequenos e as bananas, de duas dessas espécies - e descobriram que elas estão
ficando mais agressivas no seu ataque às bananas.”, a
deformadas, cremosas e ácidas.
expressão “dessas espécies”, refere-se às/aos
Pesquisadores da Universidade da Califórnia
(A) bananeiras. (B) bananas.
sequenciaram pela primeira vez o genoma de duas
dessas espécies - e descobriram que elas estão ficando (C) cachos. (D) fungos.
mais agressivas no seu ataque às bananas. D12 Questão 02 ––––––––––––––––––––––––––◊
Comparando o novo estudo ao genoma já A finalidade desse texto é
descoberto de uma variedade antiga da Sigatoka (A) informar. (B) entreter.
amarela, os cientistas perceberam que os fungos são (C) advertir. (D) instruir.
capazes de não apenas bloquear o sistema Não deixe seu cachorro lamber você
imunológico da banana, mas também de adaptar seu As lambidas de amor do seu cãozinho são bem
metabolismo para "imitar" o da planta. Com isso, eles intencionadas, mas podem dar um banho de
passam a produzir enzimas que destroem as paredes perigos na sua saúde.
celulares e se alimentam dos nutrientes internos da
bananeira.
Os autores do estudo acreditam que os
produtores de bananas não têm a percepção do
tamanho da ameaça que essas linhagens de fungo
representam. Hoje em dia, a Sigatoka é responsável
por reduzir em quase 40% a produção da planta. Até
35% do custo de plantação vem das aplicações
bimestrais de veneno antifúngico. Por Ana Carolina Leonardi.

Está longe de ser o suficiente: a nova pesquisa A mania que seu cachorro tem de lamber todos
mostra que não só as pragas têm avançado ao seu redor vem do tempo em que seus ancestrais
rapidamente na sua forma de infecção, como também andavam em matilhas. A lambida era reservada para a
"família", para os animais de quem o cachorro gosta.
estão se tornando mais resistentes aos agrotóxicos.
Hoje em dia, essa família é você - e o pobre do cãozinho
A situação fica pior. A banana nanica é o tipo mais vendido da
tem as melhores intenções do mundo.
fruta no mundo. Mas todos os cachos são descendentes
O problema é que a saliva dele é cheia de
genéticos de uma única planta. Bananas nanicas são bactérias. A maioria delas não faz mal nenhum aos
cachorros, mas pode levar a infecções em outras suscetíveis a algumas bactérias que não nos causam mal.”
espécies, como a nossa.
Uma bactéria em especial, a Capnocytophaga D13 Questão 04 ––––––––––––––––––––––––––◊
canimorsus, está presente na boca de 75% dos cachorros No trecho “Uma bactéria em especial, a
saudáveis e, na maioria das vezes, uma lambidinha deles Capnocytophaga canimorsus, está presente na boca de
não vai causar nenhum problema. Mas a infecção 75% dos cachorros saudáveis e, na maioria das vezes,
causada por esse microorganismo traz uma taxa de uma lambidinha deles não vai causar nenhum
mortalidade de 30%, o que é bastante significativo. problema.” , as palavras “Capnocytophaga
Geralmente, humanos são infectados com a canimorsus”, constitui exemplo de linguagem
Capnocytophaga através das mordidas de cachorros. (A) formal. (B) literária.
Mas médicos que trataram uma senhora de 70 anos (C) coloquial. (D) científica.
ficaram surpresos ao descobrir que a bactéria também se
espalha através de lambidas. A idosa, dona de um Texto I
galguinho italiano, teve uma infecção generalizada e Uma idade à flor da pele
ficou semanas hospitalizada, mas sobreviveu. Marina Colasanti
O caso chamou a atenção para os riscos que a
saliva dos pets pode oferecer, especialmente para Uma rosa estremece na nuca. Um dragão ondeia
pessoas com a saúde mais frágil, como bebês, idosos e escamas sobre o peito. Um desenho tribal se fecha ao
pessoas com deficiências imunológicas. redor do bíceps. A pele jovem é um grande display.
Além de prestar atenção às doenças que os À flor da pele, com suas tatuagens, seus dizeres
cachorros podem transmitir aos humanos, o contrário pintados, seus piercings, os adolescentes tentam nos
também é válido: eles também são mais suscetíveis a dizer quem são. E nós, que os queremos tanto, nos
algumas bactérias que não nos causam mal. Mais do que debruçamos sobre essa linguagem cifrada, sobre seus
isso, nossos cachorros têm contato com superbactérias gestos e seus silêncios, buscando entender.
resistentes a antibióticos que nós carregamos com Nunca houve tantos adolescentes no mundo.
frequência na pele e no nariz. Segundo o último relatório do Fundo das Populações
Mas também não precisa colocar seu cachorro em das Nações Unidas, que fixa as fronteiras da
quarentena. Os casos de infecção (para os dois lados) adolescência entre dez e 19 anos, são 1,2 bilhão. Nunca
causados pela relação entre cães e humanos ainda são foram tão pobres. Mais de um terço deles vive com
raros. Além disso, com a terapia animal se tornando cada menos de dois dólares por dia. Nunca foram tão
vez mais frequente para dar um up psicológico em semelhantes. E nunca se diferenciaram tanto.
crianças e adultos internados, os hospitais já têm um [...]
cuidado especial com controle de infecções para Os jovens já não estão metidos no mesmo saco.
preservar tanto a saúde dos pacientes quanto dos A adolescência foi a sua revolução francesa.
próprios cachorrinhos, e garantem que os riscos são Deposto o poder adulto, podem exercer sua
menores que os benefícios de ter um bichinho de individualidade. E individualidade, agora, é também
estimação sempre ao seu lado. escolher a tribo de sua eleição. Que algumas tribos
sejam idênticas, consumindo idênticos produtos e
D14 Questão 03 ––––––––––––––––––––––––––◊
produzindo idêntica linguagem [...], não constitui
Em qual dos trechos abaixo está expresso apenas
problema, pelo contrário acrescenta dimensão
um fato?
universal à independência.
(A) “O problema é que a saliva dele é cheia de
bactérias”.
(B) “A mania que seu cachorro tem de lamber todos ao
seu redor vem do tempo em que seus ancestrais
Texto II
andavam em matilhas.”
(C) “Mas a infecção causada por esse microorganismo
traz uma taxa de mortalidade de 30%, o que é
bastante significativo.”
(D) “Além de prestar atenção às doenças que os
cachorros podem transmitir aos humanos, o
contrário também é válido: eles também são mais
(A) O poder adulto. (B) As tribos urbanas.
(C) A revolução francesa.
(D) A individualidade do adolescente.
Quanto exagero!
Walcyr Carrasco
[...]
Acho normal que meninas queiram imitar as mães.
Já vi garotinhas se equilibrando em cima de
sapatos de salto, com o rosto borrado de batom, após
atacar o armário e a penteadeira materna. Meninos
também gostam de se vestir como os pais. Eu mesmo,
quando criança, me senti orgulhosíssimo quando ganhei
meu primeiro terninho com gravata. Um adulto!
[...]
Já soube de pais revoltados com escolas por terem
adotado livros com um mínimo de ousadia. ONGs tratam
de defender as crianças da exposição a temas violentos
ou eróticos nos meios de comunicação. Mas não conheço
nenhuma que critique a moda infantil. Mais que isso: os
pais parecem gostar dela.
E os valores do universo adulto se refletem no jeito
de vestir dos filhos.
[...]
Assisto admirado à crescente “adultização” da
moda infantil. E, em consequência, sua sensualização.
[...] Podem me chamar de antiquado, mas o que há
na cabeça das mães que vestem suas meninas assim?
Em geral, quando se toca no tema, a resposta é
genérica.
— É culpa da moda! — disse uma amiga.
Como se a moda fosse uma entidade à parte, à
qual devêssemos obediência absoluta. Mas a moda
somos nós. Ninguém produziria essas peças se não
houvesse quem as comprasse.
Ainda acredito que cada fase da vida deve ser
vivida em seu esplendor. A infância é um momento de
formação. De descoberta e construção de valores para a
vida. Sei que os pais agem de maneira inocente. A não ser
em casos muito raros, não há intenção malévola. Mas o
que esperar dessas crianças que desde cedo são levadas
a exercer a sensualidade? E a que riscos estão expostas?
Às vezes, acho que deveria haver uma escola para
Disponível em:< https://tribolandia.files.word pais.
press.com/2013/08/sem-tc3adtulo21.png>.Acesso em: 23 ago. 2016. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães – 9 ed.
D20 Questão 05 ––––––––––––––––––––––––––◊ reform. p. 63 – São Paulo: Saraiva, 2015. [Adaptado].

Quanto ao tema, o texto II em relação ao texto I é D7 Questão 07 –––––––––––––––––––––––––––◊


(A) complementar. (B) convergente. Qual trecho apresenta a tese defendida pelo autor
(C) similar. (D) oposto. do texto?
(A) “Acho normal que meninas queiram imitar as
D1 Questão 06 –––––––––––––––––––––––––––◊ mães.”
De acordo com o texto I, o que foi deposto? (B) “Meninos também gostam de se vestir como os
pais.”
(C) “(...) os valores do universo adulto se refletem no
jeito de vestir dos filhos.”
(D) “Já soube de pais revoltados com escolas por terem
adotado livros com um mínimo de ousadia.”

D8 Questão 08 –––––––––––––––––––––––––––◊
Dos trechos a seguir, qual apresenta o argumento que
melhor sustenta a tese defendida pelo autor do texto?
(A) “(...) Assisto admirado à crescente “adultização” da
moda infantil. E, em consequência, sua
sensualização”.
(B) “(...) cada fase da vida deve ser vivida em seu
esplendor.”
(C) “(...) A infância é um momento de formação”.
(D) “(...) Sei que os pais agem de maneira inocente”.

D19 Questão 09 ––––––––––––––––––––––––––◊


No trecho “A infância é um momento de formação.
De descoberta e construção de valores para a vida.”, a
ordem em que as palavras “formação”,
“descoberta” e “construção” se encontram
(A) destaca que a infância é uma fase da vida.
(B) revela a intensidade como cada fase deve ser vivida.
(C) reforça a importância da infância para a formação Disponível em: <http://tiras-do-calvin.tumblr.com/image/
do ser. 21287745730>. Acesso em: 24 ago. 2016.
(D) satiriza a desvalorização da infância por parte dos
pais. Na tira, a fala do menino no último quadrinho (“Ele não
é demais, pessoal? Palmas para ele”) sugere
D16 Questão 10 –––––––––––––––––––––––––◊ (A) ironia.
Leia o texto e, a seguir, responda. (B) satisfação.
(C) atenuação.
(D) indiferença.

LIÇÃO 8

O Homem Nu

Fernando Sabino

Ao acordar, disse para a mulher:


— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na
certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações.
Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém.
Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se
trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço
para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de
arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era
muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se
com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao
redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a
mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os
andares... Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a
porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado
de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet
grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o
elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a
subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum
vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu
apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais
autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo,
fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu
andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E
agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em
fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que
outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão.
Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu... A velha, estarrecida, atirou os braços
para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu! E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-
se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora,
bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.

1. (D10) O que gerou o conflito da narrativa?


2. (D10) Qual é o enredo ou conflito da narrativa? 03. (D2) Que palavras do texto pode substituir a expressão
“parar repentinamente?”
4. (D11) Qual a causa ou motivo que levou o homem a se esconder para não debitar a dívida?
5. (D10) Qual é o cenário onde esta história se passa?
6. (D16) Copie um trecho do texto que expresse ideia de humor.
7. (D10) Copie do texto um trecho referente ao tempo cronológico.
8. (D10) Quais são os personagens principais do texto?
9. (D10) Quais os personagens secundários?
10. (D12) Com que finalidade o cronista nos propõe esta crônica?
11. (D10) De que maneira o cronista se expressa para finalizar sua história?

LIÇÃO 9
Por que algumas aves voam em bando formando um V?

Elas parecem ter ensaiado. Mas é claro que isso não acontece. Quem nunca viu ao vivo, já observou em
filme ou desenho animado aquele bando de aves voando em "V". Segundo os especialistas, esta característica
de voo é observada com mais frequência nos gansos, pelicanos, biguás e grous.
Há duas explicações para a escolha dessa formação de voo pelas aves. A primeira consiste na economia de
energia que ela proporciona. Atrás do corpo da ave e, principalmente, das pontas de suas asas, a resistência do
ar é menor e, portanto, é vantajoso para as aves voar atrás da ave dianteira ou da ponta de sua asa. Ou seja: ao
voarem desta forma, as aves poupariam energia, se esforçariam menos, porque estariam se beneficiando do
deslocamento de ar causado pelas outras aves. Isso explicaria, até, a constante substituição do líder nesse tipo
de bando.
Essa é a primeira explicação para o voo em "V". E a segunda? O que diz? Ela sustenta que esse tipo de voo
proporcionaria aos integrantes do bando um melhor controle visual do deslocamento, pois em qualquer
posição dentro do "V" uma ave só teria em seu campo de visão outra ave, e não várias. Isso facilitaria todos os
aspectos do voo. Os aviões militares de caça, por exemplo, voam nesse mesmo tipo de formação, justamente
para ter um melhor campo de visão e poder avistar outros aviões do mesmo grupo. Essas duas explicações não
são excludentes. É bem possível que seja uma combinação das duas o que torna o voo em "V" favorável para
algumas aves.
(NACINOVIC, Jorge Bruno, Por que algumas aves... Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro, n. 150)

1. (D20) Bandos de aves e aviões militares de caça têm em comum


(A) o objetivo de economizar energia. (B) a necessidade de ter um bom campo de visão.
(C) a preferência por voos longos. (D) a substituição permanente do líder.

2.(D11) Segundo o texto, as aves poupam energia voando em “V” por que
(A) são beneficiadas pelo deslocamento do ar causado pelas aves da frente.
(B) podem se ajudar mutuamente durante longos percursos.
(C) podem obter melhor controle visual do deslocamento.
(D) têm o instinto de sempre seguir o líder do bando em seu itinerário.

3. (D1) Pode-se afirmar que o texto


(A) conta uma história curiosa e divertida sobre pássaros.
(B) defende uma ideia sobre uma questão científica.
(C) explica os movimentos das aves com base em informações científicas.
(D) noticia uma descoberta científica ultrapassada sobre o voo das aves.

4. (D6) O texto tem como tema um aspecto particular da vida de algumas aves:
(A) a economia de energia. (B) o modo de voar.
(C) a semelhança entre elas e os aviões. (D) o formato das asas.
5. (D10) “Isso explicaria, até, a constante substituição do líder nesse tipo de bando.” Com base no texto,
conclui-se que o líder é substituído constantemente porque essa posição...
(A) é cobiçada por todas as aves do bando. (B) é a mais importante do grupo.
(C) proporciona melhor controle visual. (D) consome muito mais energia.

VISITA
Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece
um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É
um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?
Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo
de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o banheiro. Depois de acomodá-lo a um
canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel.
É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água
tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem, contudo afogá-lo. A outra
pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.
Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de
macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa
cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e
pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele
voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este
desertor?
Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça isso com o coitado!” “Coitado
nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou
espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe
água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais
dele.
Ferreira. Gullar
6. (D1) Ao encontrar um inseto quase morto em sua mesa, o homem:
(A) colocou-o dentro de um pote de água. (B) escondeu-o para que ninguém o matasse.
(C) pingou água sobre sua cabeça. (D) procurou por outros insetos no escritório.

7. (D11) O homem interessou-se pelo inseto porque:


(A) decidiu descansar do trabalho cansativo que realizava no jornal.
(B) estranhou a presença de um inseto do mato em plena cidade.
(C) percebeu que ele estava fraco e doente por falta de água.
(D) resolveu salvar o animal para analisar o funcionamento do seu corpo.

8. (D11) A mudança na rotina do homem deu-se:


(A) à chegada do inseto na redação do jornal. (B) ao intenso calor daquela tarde de verão.
(C) à monotonia do trabalho no escritório. (D) à transferência de local onde estava o inseto.

9. (D3) Em “Não faça isso com o coitado!”, a palavra sublinhada sugere sentimento de:
(A) maldade. (B) crueldade. (C) desprezo. (D) afeição.

10. (D10) A presença do inseto na redação do jornal provocou no homem:


(A) curiosidade científica. (B) sensação de medo. (C) medo de pegar uma doença. (D) lembranças da infância.
11. (D6) Com base na leitura do texto pode-se concluir que a questão central é:
(A) a presença inesperada de um inseto do mato na cidade. (B) a saudade dos amigos de infância
(C) a vida pacifica da grande cidade. (D) a preocupação com a proteção aos animais.
SEGUNDO SIMILADINHO lance é brincar com a genética.
Há séculos, estes dois produtos são cultivados no
D18 Questão 1 ––––––––––––––––––––––––––| mundo todo, em países com clima, relevo e solo muito
Leia o texto e, a seguir, responda. diferentes. Por isso, existe uma grande diversidade
O primeiro beijo genética entre os grãos de café e entre os cacaus dos
Clarice Lispector vários pontos do globo. Mas essa variação não tem só a ver
Os dois mais murmuravam que conversavam: havia com as plantas: ela acontece também porque, em ambos
pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era os processos de fabricação, uma das etapas mais
o amor. Amor com o que vem junto: ciúme. importantes é a fermentação, feita a partir das leveduras,
– Está bem, acredito que sou a sua primeira que foram se adaptando para cada clima.
namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a [...]
verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me Disponível em: <http://super.abril.com.br/ideias/cafe-de-chocola
te-de-cafe/>. Acesso em: 20 abr. 2016
beijar?
Ele foi simples: D2 Questão 2 ––––––––––––––––––––––––––|
– Sim, já beijei antes uma mulher. No trecho “(...) ela acontece também porque, em ambos
– Quem era ela? - perguntou com dor. os processos de fabricação, uma das etapas mais
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer. importantes é a fermentação (...)” (2º parágrafo), o
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, pronome “ela” se refere à
um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava (A) canela. (B) genética. (C) variação. (D) diversidade.
a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos
com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. D15 Questão 3 ––––––––––––––––––––––––––|
Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - No trecho “Se você é uma dessas pessoas, aqui vai uma
era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio boa notícia (...)” (1º parágrafo), o termo “se” estabelece
da balbúrdia dos companheiros. uma relação de
[...] (A) adição. (B) condição.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/primeiro-beijo- (C) alternância. (D) confirmação.
634373.shtml>. Acesso em: 14 abr. 2016.
No trecho “(...) deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto
e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem D16 Questão 4 ––––––––––––––––––––––––––|
peso como os de uma mãe.”, a expressão com “dedos Leia o texto e, a seguir, responda.
longos, finos e sem peso como os de uma mãe.”, sugere O cara está jantando e a comida é tão ruim que ele
(A) a delicadeza com que a brisa entrava nos cabelos do não aguenta:
menino. – Por favor, garçom, eu não consigo engolir esta
(B) uma ironia em relação à forma suave como as mães comida. Chama o gerente.
tratam os filhos. – Não adianta. Ele também não vai conseguir.
PINTO, Ziraldo Alves. As Últimas Anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo:
(C) uma comparação entre a aspereza da brisa fresca e os Melhoramentos, 1988, p. 20.
carinhos de uma mãe.
(D) a despreocupação com que o menino encarava O que torna o texto engraçado é o fato de o
aquele momento com os amigos. (A) cliente chamar o gerente para resolver o problema.
Leia o texto e, a seguir, responda as questões 2 e 3. (B) cliente não conseguir engolir a comida por ser muito
Café de chocolate e chocolate de café ruim.
(C) garçom entender que era para o gerente comer a
Leveduras da América do Sul misturadas com cacau da África
comida.
podem criar novos sabores de chocolate. Mesma coisa para o
café. (D) garçom se recusar a chamar o gerente para resolver o
Helô D'Angelo problema.
D21 Questão 5 ––––––––––––––––––––––––––|
Há quem diga que não dá para viver sem café e
Leia o texto e, a seguir, responda.
chocolate. Se você é uma dessas pessoas, aqui vai uma boa
De quem é a culpa pelo aquecimento global?
notícia: um grupo de cientistas da Universidade de Camila Camilo
Washington está tentando criar novos sabores para essas Para os pesquisadores do Painel Intergovernamental
duas delícias. Mas não tem nada a ver com misturar sobre Mudanças Climáticas (IPCC), do Programa das
chocolate com leite condensado ou café com canela - o Nações Unidas para o Meio Ambiente, a Terra está fican-
do mais quente e as chances da culpa ser do homem são monitoradas. Em seguida, aqueles que disseram
grandes. Mais precisamente de dois terços ou mais, coisas irônicas ou conversaram com pessoas que o fizeram
segundo relatório lançado em 2011. Isso porque a emissão se saíram melhor em tarefas criativas do que o grupo que
excessiva de gases (como dióxido de carbono, metano e mandou um sincerão.
óxido nitroso) pelas indústrias intensifica um fenômeno Apesar de ser catalisador para a criatividade e
natural, o efeito estufa. Graças a ele o calor dos raios incentivar as pessoas a pensarem fora de suas linhas de
solares é retido na atmosfera terrestre e a temperatura é raciocínio comuns, o sarcasmo é uma ótima faísca para
mantida a níveis que permitem a existência de vida. O instigar conflitos.
problema é quando estes gases ocorrem em excesso e "Ao contrário de conversas sarcásticas entre duas
retêm mais calor do que o necessário, causando o que se pessoas que não confiam uma na outra, ironia entre
convencionou chamar de aquecimento global. indivíduos que mantêm relações de confiança não gera
Porém, esta não é uma ideia unânime. Há desprezo, mas sinceridade", acrescenta o co-autor do
especialistas que acreditam que a temperatura de fato estudo, Adam Galinsky, da Universidade de Columbia. De
está subindo, mas não é possível precisar se as causas qualquer forma, é bom dosar comportamentos sarcásticos
estão na ação humana, ou se esta mudança faz parte de ou de sinceridade absoluta, porque, assim como respeito
um processo natural vivido pela Terra. A geógrafa Daniela faz bem aos dentes, sarcasmo demais pode não ser uma
de Souza Onça, por exemplo, defendeu em sua tese de ideia tão criativa.
Disponível em: <http://super.abril.com.br/comportamento/quer
doutorado na Universidade de São Paulo (USP) que o -aumentar-sua-criatividade-seja-mais-ironico>. Acesso em: 18. abr. 2016.
aquecimento global não existe. Para ela, o clima está em
permanente transformação e suas alterações não podem D14 Questão 6 ––––––––––––––––––––––––––|
ser atribuídas exclusivamente às variações das Em qual trecho a seguir está expresso apenas fato?
concentrações dos gases na atmosfera. (A) “O sarcasmo pode ser uma salvação bem-humorada
[...] para diversas situações cotidianas incômodas.”
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/quem-culpa- (B) “Em uma série de testes, os participantes foram
pelo-aquecimento-global-682906.shtml.> Acesso em: 18 abr. 2016.
instruídos a serem sinceros ou sarcásticos em
As opiniões dos pesquisadores do Painel conversas monitoradas.”
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e (C) “Apesar de (...) incentivar as pessoas a pensarem fora
da geógrafa Daniela de Souza Onça sobre o aquecimento de suas linhas de raciocínio
global são comuns, o sarcasmo é uma ótima faísca para instigar
(A) contrárias. (B) excludentes. conflitos.”
(C) semelhantes. (D) complementares. (D) “(...) assim como respeito faz bem aos dentes,
sarcasmo demais pode não ser uma ideia tão criativa.”
Quer aumentar sua criatividade? Seja mais irônico
D11 Questão 7 ––––––––––––––––––––––––––|
Sarcasmo faz o cérebro trabalhar mais e, De acordo com o texto, o sarcasmo pode fazer bem para
consequentemente, estimula a criatividade a saúde mental porque
Pâmela Carbonari
(A) conversas sinceras demais podem gerar conflitos.
O sarcasmo pode ser uma salvação bem-humorada (B) é uma salvação bem-humorada para diversas
para diversas situações cotidianas incômodas. Mas o fato é situações cotidianas incômodas.
que o comportamento também faz bem para sua saúde (C) é catalisador para a criatividade e incentiva às pessoas
mental. a pensarem fora de suas linhas de raciocínio comuns.
A conclusão é de um estudo realizado pela (D) conversas irônicas entre duas pessoas que não
Universidade de Columbia, Harvard e a INSEAD Business confiam uma na outra podem gerar desprezo.
School. Os pesquisadores descobriram que a ironia força o
cérebro a trabalhar mais para decodificar o verdadeiro D5 Questão 8 –––––––––––––––––––––––––|
sentido das frases e isso exige mais pensamentos abstratos Leia o texto e, a seguir, responda.
- são justamente esses pensamentos que estimulam os
processos criativos, tanto de quem diz coisas irônicas,
quanto de quem as ouve.
Em uma série de testes, os participantes foram
instruídos a serem sinceros ou sarcásticos em conversas
dios para 966 pessoas de diferentes partes do mundo. Em
61% dos casos, os participantes conseguiram identificar
quais áudios eram de pessoas amigas, índice que foi para
80% quando as risadas eram de duas mulheres.
Em estudos anteriores, Bryant tinha trabalhado com
a ideia de que as pessoas conseguem identificar quando
uma risada é verdadeira ou falsa. Como explica o Medical
Express, em suas pesquisas o cientista sugere que
diferentes tipos de risadas são produzidos por sistemas
vocais diferentes e que cada um deles tem uma função
diferente de comunicação.
Já na pesquisa publicada no PNAS, Bryant e sua
equipe afirmam que as experiências realizadas mostram
que as risadas entre amigos costumam ser mais
espontâneas, de forma que mesmo pessoas de diferentes
lugares do mundo conseguem identificar. Essas risadas
tendiam a ter irregularidades no som e frequência, o que
mostra que elas eram resultados de empolgação
espontânea e genuína.
Os cientistas sugerem ainda que a risada pode ter
tido um papel na forma que humanos colaboram uns com
os outros. "Em espécies altamente cooperativas como as
Ao associar as linguagens verbal e não verbal do último nossas é importante para indivíduos identificarem alianças
quadrinho conclui-se que a mãe sociais corretamente", afirmou Bryant. "Se a risada ajuda
(A) acreditou na história do menino. as pessoas a alcançar esse objetivo, é possível que ela
(B) ficou entusiasmada com o menino. tenha tido um papel no desenvolvimento da comunicação
(C) ficou interessada na história do menino. social, e na sua relação com interações cooperativas."
Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noti
(D) percebeu que o menino queria enganá-la. cia/2016/04/ciencia-sabe-se-uma-amizade-e-verdadeira-pelas-risadas.html/>.
Acesso em: 27 abr. 2016.
D9 Questão 9 ––––––––––––––––––––––––––| Qual dos trechos a seguir apresenta a principal
Leia o texto e, a seguir, responda. informação do texto?
(A) “Cientistas da Universidade da Califórnia em Los
A ciência sabe se uma amizade é verdadeira pelas risadas Angeles, nos Estados Unidos, acreditam ter encontrado o
É possível identificar a falsidade em qualquer lugar elemento que comprova se uma amizade é verdadeira ou
do mundo não: as risadas.”
Cientistas da Universidade da Califórnia em Los (B) “(...) não importa em qual lugar do mundo, se alguém
Angeles, nos Estados Unidos, acreditam ter encontrado o ouve duas pessoas rindo juntas, presume que são amigas -
elemento que comprova se uma amizade é verdadeira ou principalmente se elas forem do sexo feminino.”
não: as risadas. (C) “(...) as experiências realizadas mostram que as risadas
De acordo com a pesquisa, que foi conduzida pelo entre amigos costumam ser mais espontâneas, de forma
especialista em comunicação Greg Bryant e acabou de ser que mesmo pessoas de diferentes lugares do mundo
publicada no periódico Proceedings of the National conseguem identificar.”
Academy of Sciences, não importa em qual lugar do (D) “Os cientistas sugerem ainda que a risada pode ter tido
mundo, se alguém ouve duas pessoas rindo juntas, um papel na forma que humanos colaboram uns com os
presume que são amigas - principalmente se elas forem do outros. "Em espécies altamente cooperativas como as
sexo feminino. nossas é importante para indivíduos identificarem alianças
Para chegar a esses resultados, os cientistas da sociais corretamente", afirmou Bryant.”
UCLA gravaram 48 áudios de estudantes da Universidade
da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos, rindo. D4 Questão 10 –––––––––––––––––––––––––|
Alguns desses universitários eram amigos, outros não.
Na etapa seguinte, os pesquisadores tocaram os áu-
Teresa Da terceira vez não vi mais nada Os céus se
Manuel Bandeira
misturaram com a terra E o espírito de Deus voltou a se
A primeira vez que vi Teresa Achei que ela tinha mover sobre a face das águas.
pernas estúpidas Achei também que a cara parecia uma Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/manuel
perna. bandeira01.html/>. Acesso em: 27 abr. 2016.

Quando vi Teresa de novo Achei que os olhos eram Infere-se pela leitura da última estrofe do poema que o
muito mais velhos que o resto do corpo (Os olhos eu poético em relação à Teresa desenvolveu um
nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do sentimento de
corpo nascesse) (A) amor. (B) repúdio. (C) desilusão. (D) compaixão.

LIÇÃO 10

A CARTA

Esta outra história é de dois namorados, ele chamado Haroldo e ela, por coincidência, Marta. Os dois brigaram
feio, e Marta escreveu uma carta para Haroldo, rompendo definitivamente o namoro e ainda dizendo uma verdade
que ele precisava ouvir. Ou, no caso, ler. Mas Marta se arrependeu do que tinha escrito e no dia seguinte fez
plantão na calçada em frente do edifício de Haroldo, esperando o carteiro. Precisava interceptar a carta de qualquer
jeito. Quando o carteiro apareceu, Marta fingiu que estava chegando ao edifício e perguntou:
- Alguma coisa para o 702? Eu levo.
Mas não tinha nada para o 702. No dia seguinte tinha, mas não a carta de Marta. No terceiro dia, o carteiro
desconfiou, hesitou em entregar a correspondência a Marta, que foi obrigada a fazer uma encenação dramática.
Não era do 702. Era a autora de uma carta para o 702. E queria a carta de volta. Precisava daquela carta. Era
importantíssimo ter aquela carta. Não podia dizer por quê. Afinal, a carta era dela mesma, devia ter o direito de
recuperá-la quando quisesse! O carteiro disse que o que ela estava querendo fazer era crime federal, mas mesmo
assim olhou os envelopes do 702 para ver se entre eles estava a carta. Não estava. No dia seguinte – quando Marta
ficou sabendo que o carteiro se chamava Jessé e, apesar de tão jovem, já era viúvo, além de colorado – também
não. No outro dia também não, e o carteiro convidou Marta para, quem sabe, um chope. Na manhã depois do
chope, a carta ainda não tinha chegado a Marta e Jessé combinaram ir ver Titanic juntos. No dia seguinte – nem
sinal da carta – Jessé perguntou se Marta não queria conhecer sua casa. Era uma casa pobre, morava com a mãe,
mas, se ela não se importasse... Marta disse que ia pensar.
No dia seguinte, chegou à carta. Jessé deu a carta a Marta. Ela ficou olhando o envelope por um longo minuto.
Depois a devolveu ao carteiro e disse:
- Entrega.
E, diante do espanto de Jessé, explicou que só queria ver se tinha posto o endereço certo.

1. (D1) Segundo o autor, qual é a polêmica retratada no texto?


2. (D10) De acordo com o texto, o que provocou o conflito da narrativa?
3. (D10) Quais são os personagens do texto?
4. (D6) Qual é o assunto principal do texto?
5. (D2) Que outra palavra do texto tem o mesmo de significado de interromper?
6. (D10) Em que lugar a história se passa?
7. (D10) De que maneira o autor se expressa para finalizar sua história?
8. (D2) Busque outra palavra do texto que tenha o mesmo sentido ou que seja semelhante com “simular".
9. (D12) Qual a finalidade deste texto?

LIÇÃO 11

O sapo
Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam. Por ele também se apaixonou uma
bruxa horrenda que o pediu em casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. “Se não vais casar
comigo não vai se casar com ninguém mais”! “Olhou fundo nos olhos dele e disse:" Você vai virar um sapo! “Ao
ouvir essa palavra o príncipe sentiu uma estremeção”. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra
feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo.

Alves, Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994.

1. (D3) No trecho “O príncipe NEM LIGOU e a bruxa ficou muito brava”, a expressão destacada significa que
(A) não deu atenção ao pedido de casamento. (B) não entendeu o pedido de casamento.
(C) não respondeu à bruxa. (D) não acreditou na bruxa.

DUAS ALMAS

Ó tu que vens de longe, ó tu que vens cansada, E amanhã quando a luz do sol dourar radiosa
entra, e sob este teto encontrarás carinho: essa estrada sem fim, deserta, horrenda e nua,
Eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho. podes partir de novo, ó nômade formosa!
Vives sozinha sempre e nunca foste amada... .
. Já não serei tão só, nem irás tão sozinha:
A neve anda a branquear lividamente a estrada, Há de ficar comigo uma saudade tua...
e a minha alcova tem a tepidez de um ninho. Hás de levar contigo uma saudade minha...
Entra, ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor nascente da alvorada. Marcadores: Alceu Wamosy

2. (D3) No verso “e a minha alcova tem a TEPIDEZ de um ninho” (v.6), a expressão em negrito dá sentido de um
lugar:
(A) aconchegante. (B) belo. (C) brando. (D) elegante.

A ONÇA DOENTE
Certa vez a onça caiu de uma árvore e ficou muitos dias de cama. Como estava passando fome ele chamou a
irara e pediu que avisasse a bicharada que estava morrendo e que fossem visitá-la.
O veado, a capivara, a cutia e o jabuti foram visitá-la.
Quando o jabuti chegou, antes de entrar na toca olhou para o chão e viu que só tinha pegadas que entravam,
então pensou:
- É melhor eu ir embora e rezar pela melhora da onça, pois aqui quem entrou não saiu.
E ele foi o único que se salvou.
Moral da história: Para esperteza, esperteza e meia.

3. (D11) Da leitura do texto, pode-se entender que a onça encontrava-se doente porque
(A) havia caído da árvore. (B) estava com muita fome. (C) não podia caçar. (D) estava em apuros.

4. (D4) A verdadeira intenção da onça era


(A) encontrar os amigos. (B) pedir ajuda aos animais.
(C) alimentar-se dos animais que iam visitá-la. (D) almoçar com os animais que iam visitá-la.

A costureira das fadas


Depois do jantar o príncipe levou Narizinho à casa da melhor costureira do reino. Era uma aranha de Paris, que
sabia fazer vestidos lindos, lindos até não poder mais! Ela mesma tecia a fazenda, ela mesma inventava as modas.
– Dona Aranha, disse o príncipe, quero que faça para esta ilustre dama o vestido mais bonito do mundo. Vou dar
uma grande festa em sua honra e quero vê-la deslumbrar a corte.
Disse e retirou-se. Dona Aranha tomou da fita métrica e, ajudada por seis aranhinhas muito espertas, principiou a
tomar as medidas. Depois teceu depressa, depressa, uma fazenda cor-de-rosa com estrelinhas douradas, a coisa
mais linda que se possa imaginar. Teceu também peças de fitas e peças de renda e peças de entremeios – até
carretéis de linha de seda fabricou.
(MONTEIRO LOBATO, José Bento. Reinações de Narizinho. São Paulo, 1973.)
5. (D11) O príncipe quer dar um vestido para Narizinho porque
(A) ela deseja ter um vestido de baile. (B) o príncipe vai se casar com Narizinho.
(C) ela deseja um vestido cor-de-rosa. (D) o príncipe fará uma festa para Narizinho.

CONTINHO
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de meio-
dia, ele estava sentado na poeira do caminho imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:
— Você aí, menino, para onde vai essa estrada?
— Ela não vai não: nós é que vamos nela.
— Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
— Eu não me chamo não: os outros é que me chamam de Zé.
(Paulo Mendes Campos)
6. (D16) Há traço de humor no trecho
(A) “Era uma vez um menino triste, magro”. (l. 1)
(B) “ele estava sentado na poeira do caminho”. (l. 2)
(C) “quando passou um vigário”. (l. 3)
(D) “Ela não vai não: nós é que vamos nela.” (l. 5)

Acho uma boa ideia abrir as escolas no fim de semana, mas os alunos devem ser supervisionados por alguém
responsável pelos jogos ou qualquer opção de lazer que se ofereça no dia. A comunidade poderia interagir e
participar de atividades interessantes. Poderiam ser feitas gincanas, festas e até churrascos dentro da escola.
(Juliana Araújo e Souza) (Correio Braziliense, 10/02/2003, Gabarito. p. 2.)

7. (D15) Em “A comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes,” (l. 3-4), a palavra
destacada indica
(A) alternância. (B) oposição. (C) adição. (D) explicação.

LIÇÃO 12
O visitante vai passando pelo corredor do hospital, quando vê o amigo saindo disparado, cheio de tubos, da
sala de cirurgia:
- Aonde é que você vai, rapaz?!
- Tá louco, bicho, vou cair fora!
- Mas, qual é, rapaz?! Uma simples operação de apendicite! Você tira isso de letra.
E o paciente:
- Era o que a enfermeira estava dizendo lá dentro: “Uma operaçãozinha de nada, rapaz! Coragem! Você tira
isso de letra! Vai fundo, homem!”
- Então, por que você está fugindo?
- Porque ela estava dizendo isso era pro médico que ia me operar!
(Ziraldo. As melhores anedotas do mundo. Rio de Janeiro; Globo, 1988, p. 62.)

1. (D6) A ideia principal do texto é


(A) O rapaz tem medo de cirurgia.
(B) Pela da fala enfermeira o rapaz imaginou que o médico fosse fazer outra coisa.
(C) Um rapaz não quer submeter-se a uma operação de apendicite porque o médico é inexperiente.
(D) O rapaz quando viu os utensílios cirúrgicos ficou com medo e fugiu.

2. (D10) O lugar onde a história se passa


(A) Na entrada do hospital. (B) Na recepção do hospital.
(C) No corredor do hospital. (D) Na sala de operação.

3. (D12) A finalidade ao contar uma anedota é


(A) Informar um acontecimento. (B) Descrever um fato.
(C) Argumentar um fato ou acontecimento. (D) Provocar o riso.

4.(D15) No 2º quadrinho da tira, o trecho: “É, eu o vi na primeira página do jornal.” O pronome em destaque se
refere
(A) ao Garfield. (B) ao jornal. (C) ao famoso. (D) ao marido.

REFORÇANDO O APRENDIZADO
TERCEIRO SIMULADINHO
Confusão com São Pedro razoável. Temos nossos filhos, imagine se
Fernando Sabino acontece alguma coisa.
- Não vai acontecer nada, mulher.
Você vai neste avião, eu vou no próximo – - Eu sei que não tem perigo, que é o
decidiu de súbito, no último instante, quando o alto transporte mais seguro do mundo, e as estatísticas,
falante já invocava os passageiros: queiram apresentar e essa coisa toda, você já me explicou. Mas pense
suas despedidas e boa viagem. um pouco nos nossos filhos, pelo amor de Deus! Eu
Ele deu um suspiro desalentado. Já fora um indo num e você noutro, sempre é uma chance de
custo convencer a mulher a viajarem de avião. Ela pelo menos um de nós dois escapar.
dizia que tinha medo, por que não vamos de trem? E - Olha aí, já estão chamando de novo. Vamos
passara a noite toda naquela conversa, olha, meu embora, mulher.
bem, tenho um pressentimento ruim. Ela fincara pé, irredutível. Sem mais tempo
Quando já estavam quase embarcando, vinha para argumentar, ele acabou cedendo:
com novidade. - Está bem, seja como você quiser! Mas então
- Que bobagem é essa? vai nesse, eu vou no outro. Se eu deixar você aqui,
- Eu vou no outro –insistiu ela, aflita: -Tem outro você acaba não indo.
avião daqui a meia hora. Despediu-se dela, aborrecido, e foi tratar da
- Mas por que isso de repente? transferência de sua passagem.
Ela o olhava nos olhos como se despedisse dele A mulher entrou no avião como num túmulo, o
para sempre: coração aos pulos. A porta se fechou, desligando-a
- Não podemos correr tanto risco juntos, meu para sempre do mundo. A seu lado, viajava um
bem, seja razoável. Temos nossos filhos, imagine seja padre, alheio a tudo, mergulhado no breviário.
De súbito o avião, já em pleno voo, começou a - Eh, que novidade você vai inventar agora?
jogar. Eu não disse? Eu não disse? Entraram numa Perdoar o quê, mulher?
nuvem escura e nunca mais que saíam dela. - Tudo por minha culpa choramingou ela. –
Em pânico, chamou o comissário: não é nada, Mas graças a Deus você está salvo. Fiz uma
minha senhora, uma pequena tempestade, estamos confusão enorme com São Pedro, você nem
fazendo voo cego. imagina. Da próxima vez, quer saber de uma coisa?
Voo cego! Sentindo-se perdida, voltou-se para o Vou com você, morreremos juntos, nossos filhos
padre: que se danem.
- Estou com tanto medo, seu padre. Ele a olhou, francamente apreensivo. ―Acho
O padre a olhou, desconfiado: que essa minha mulher está ficando maluca‖,
- Reza, que é melhor. pensou.
E voltou ao seu breviário. Rezar? Não, ela não Disponível em: http://PT.scribd.com/doc/72410097/Confusão-com-Sao-Pedro/Acesso em
27/11/2014
sabia rezar.
Lembrou-se de São Pedro, que era quem devia D7 –––––––– QUESTÃO 01 –––––––––––
manobrar chuvas e tempestades – juntou as mãos e No trecho “Mas pense um pouco nos nossos filhos,
pediu-lhe auxílio: pelo amor de Deus!”, o ponto de exclamação tem o
- São Pedro, piedade de mim. Tenho meus filhos efeito de
para criar. Fui criada sem mãe, o senhor não imagina a (A) apelar. (B) desafiar. (C) indagar. (D) intimidar.
falta que uma mãe faz. Todos na minha família ficaram
assim feito eu, só porque não tiveram mãe. Que será
D18 ––––––––– QUESTÃO 02 ––––––––––
dos meus filhos sem mãe, São Pedro, mãe faz muito
No trecho “A mulher entrou no avião como num
mais falta que pai, por favor, me protege, se for
túmulo, o coração aos pulos. A porta se fechou,
preciso, transfere essa tempestade para o avião dele,
desligando-a para sempre do mundo.”, a expressão
mas me salva desta que noutra eu nunca mais hei de
destacada sugere que a mulher estava
me meter.
(A) animada. (B) irritada.
A falta de mãe não lhe abalara o prestígio junto a
(C) apressada. (D) apavorada.
São Pedro - tanto assim que em pouco o avião deixava
para trás a tempestade e saía para um céu azul, e logo
descia no aeroporto sem mais novidades. Estava D10 –––––––––– QUESTÃO 03 ––––––––––
salva! Nesse texto, o que gera o conflito é
Comprou uma revista, sentou-se e pôs-se a (A) a mulher temer que o avião caísse.
esperar o avião do marido. Esperou meia hora. Como (B) a viagem de avião do marido e a esposa.
ele nunca mais chegasse, correu já aflita, a informar-se (C) o marido insistir para que fossem juntos.
no balcão. Soube que não havia nada de especial: as (D) o avião começar a balançar em pleno voo.
más condições do tempo às vezes ocasionavam
atraso. D12 –––––––––– QUESTÃO 04 ––––––––––
- Más condições do tempo?
A finalidade desse texto é
Não tinha dúvida, era a tempestade que mandara
(A) relatar. (B) refletir. (C) instruir. (D) entreter.
para ele. Roída de remorsos, juntou as mãos ali
mesmo, em frente ao funcionário assombrado:
–––––––––– QUESTÃO 05 ––––––––––
- São Pedro, essa não! Não faça isso comigo. Era mentira, o senhor
não vai me levar a sério. O pai faz mais falta que a mãe, quemoétexto abaixo e, a seguir, responda:
Leia
que foi meter uma bobagem dessa na minha cabeça?
Ele trabalha para sustentar a família, eu não faço
nada que preste. E logo ele, tão bom que ele é, tão
carinhoso, por favor, São Pedro, não faça isso com ele,
joga essa tempestade para cima de outro que não
tenha filhos, para cima dele não!
Em pouco São Pedro voltava a atendê-la,
fazendo o marido desembarcar no aeroporto, são e
salvo:
- Que cara é essa? Você está parecendo um
fantasma! Aconteceu alguma coisa?
Ela se abraçou a ele, ansiosa:
- Você está bem? Você me perdoa?
O livro A droga da obediência foi publicado
pela primeira vez em 1984 pela editora Moderna, e é
o primeiro da série de personagens "Os Karas". A
história, escrita pelo autor Pedro Bandeira,
possivelmente, evocará em leitores mais maduros a
vontade que, provavelmente, tiveram, de viver uma
grande aventura quando eram mais jovens, e,
inspirados pelos heróis dos desenhos animados,
certamente, se imaginavam salvando o planeta. É
isso que move o livro A droga da obediência: o
desejo de salvar o mundo. Desejo esse,
possivelmente, despertado nos leitores mais jovens.
O livro segue a tendência clássica da maioria
No último quadrinho a expressão do menino sugere das novelas policiais: protagonistas que tentam
que ele ficou desvendar um caso, vilões com planos diabólicos, e,
(A) irritado. (B) animado. claro, não poderiam faltar os comparsas bobalhões,
(C) assustado. (D) entusiasmado. empregados para quebrar um pouco a tensão da
história e arrancar risadas do leitor.
A história é curta, mas bem movimentada. As
Resenha crítica
ações dos personagens são dinâmicas e a maior
Um breve olhar sobre a obra A droga da obediência parte da história se desenrola através de diálogos,
portanto, não apresenta muitas passagens
Título: A droga da obediência descritivas. A inteligência dos Karas é o que dita o
Autor: Pedro Bandeira ritmo do livro. O autor Pedro Bandeira narra o que
Editora: Moderna deve ser narrado e deixa o resto correr. Simples
Quando Bronca, estudante do Colégio Elite, assim.
desapareceu, Magrí, Calú, Crânio e Miguel, que Foi uma leitura prazerosa e rápida. A droga da
formam um grupo secreto chamado Karas, entram em obediência faz parte de uma série destinada ao
ação para descobrir quem estaria portrás daquilo. público jovem, mas eu o recomendo às pessoas de
Miguel, o líder do grupo, convoca uma reunião de qualquer idade. Para os que não têm o hábito de ler,
emergência para planejarem cada passo da é uma excelente opção para adentrar no mundo
investigação. No esconderijo, que fica nas literário, pois ele possui poucas páginas e o enredo
dependências do colégio, os quatro são surpreendidos prende a atenção do começo ao fim. Mergulhem
por Chumbinho, que os seguiu sem ser notado. sem medo.
Chumbinho queria ser integrante dos Karas, e Igo Maia
Texto adaptado. Disponível em: http://ymaia.blogspot.com.br/2014/04/resenha-
como ele havia descoberto o esconderijo e sabia das droga-da-obediencia.html. Acesso em: 2711/2014
ações do grupo, Magrí, Calú, Crânio e Miguel tiveram
que aceitar o moleque intrometido como membro. D13 –––––––––– QUESTÃO 06 ––––––––––
Durante a reunião, Miguel comentou que o No trecho “Coube a Chumbinho a missão de ficar na
desaparecimento de Bronca não era um caso isolado. cola de um aluno para colher informações”, a
Estudantes de outros colégios de São Paulo também expressão destacada é típica da linguagem
haviam desaparecido. Os Karas precisavam agir com (A) formal (B) informal.
rapidez e cautela. Coube a Chumbinho a missão de (C) jornalística. (D) acadêmica.
ficar ―na cola‖ de um aluno para colher informações.
Foi assim que ele descobriu a droga da obediência,
que, como o próprio nome sugere, é usada para fazer D3 –––––––––– QUESTÃO 07 ––––––––––
as pessoas obedecerem. No trecho “A história, escrita pelo autor Pedro
Os estudantes que desapareceram estavam sob Bandeira, possivelmente, evocará em leitores mais
o efeito dessa droga. Eles perderam a vontade própria maduros a vontade que, provavelmente, tiveram, de
e a capacidade de raciocinar, possibilitando que os viver uma grande aventura quando eram mais
criminosos os capturassem facilmente. Eles foram jovens...” (5º parágrafo), o termo destacado no
usados como cobaias de uma perigosa experiência contexto significa
feita pelo Doutor Q.I., que planejava dominar o mundo
com a droga da obediência. Porém, os Karas estavam (A) lembrar. (B) instigar. (C) desafiar. (D) influenciar.
prontos para impedi-lo.
Um no entanto se descobriu num gesto largo e
D14 –––––––––– QUESTÃO 08 –––––––––– demorado
Em qual dos trechos a seguir está expresso um fato? Olhando o esquife longamente
(A) "O livro A droga da obediência foi publicado pela Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem
primeira vez em 1984...” finalidade
(B) "O livro segue a tendência clássica da maioria das Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
novelas policiais:"
Liberta para sempre da alma extinta.
(C) "O autor Pedro Bandeira narra o que deve ser Disponível em: https://autoreselivros.wordpress.com/2012/04/13/momento-num-
narrado e deixa o resto correr." cafe-de-manuel-bandeira/

(D) "...ele possui poucas páginas e o enredo prende a


D2 –––––––––– QUESTÃO 09 ––––––––––
atenção do começo ao fim."
No trecho “ E saudava a matéria que passava...”, o
Momento num café termo destacado se refere à palavra
Manuel Bandeira (A) enterro. (B) morto. (C) esquife. (D) vida.
D15 –––––––––– QUESTÃO 10 ––––––––––
Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café No trecho “Um no entanto se descobriu num gesto
Tiraram o chapéu maquinalmente largo e demorado...” o termo destacado estabelece
Saudavam o morto distraídos uma relação de
Estavam todos voltados para a vida (A) condição. (B) explicação.
Absortos na vida Confiantes na vida. (C) oposição. (D) conclusão.

QUARTO SIMULADINHO
D16 ––––––––– QUESTÃO 01 ––––––––––– qual for. Alegam os defensores do famigerado
acordo que a escrita, em língua castelhana, é
padronizada desde a Terra do Fogo, a fronteira Sul
entre o Chile e a Argentina, até as margens do Rio
Grande, que separa México e EUA; e também nas ilhas
oceânicas em que pisaram os naturais da Espanha.
A escrita será igual; a linguagem, não – afirmam.
Sim, isso é perfeitamente compreensível, haja vista
termos aprendido que as vogais têm sons abertos – a, e,
i, o u –, mas, ultimamente, os coleguinhas jornalistas
dos veículos falados referem-se à Avenida Ê – mas até
há bem pouco tempo dizíamos Avenida E (é). Sei que
há forte influência dos paulistanos e sulistas, presenças
marcantes em Goiás desde o início do agronegócio;
então, porque eles falam “éstra” no que entendíamos,
Disponível em: http://www.chargeonline.com.br/Acesso em: 12/06/2013 até recentemente, como “extra” (ê)?
O humor deste texto está no fato de Gosto de ouvir nossas palavras cortadas,
(A) o homem ter desmaiado ao perceber que havia abreviadas; de uma, apenas, não gosto da síncope:
comprado os produtos errados. gueiroba em lugar de guariroba. Na escrita, alguns
(B) o funcionário do mercado ter perseguido o homem escribas, de livros e de jornais, substituem a bonita
forma pequi por piqui, alegando a pronúncia. Ora: a
até ele cair desmaiado.
gente escreve futebol e pronuncia futibol. E há quem
(C) o homem ter desmaiado ao ver os impostos
banque o chique escrevendo – especialmente como
discriminados na nota fiscal. nomes próprios – theatro em lugar de teatro. E falam “tê-
(D) o cachorro ter ficado com pena do homem quando atro”, em vez de tiatro, como seria o regular da nossa
o viu desmaiado no chão fala local.
Falar e escrever “Vontá dimbora durmi”, é frase comum no falar
Luiz de Aquino
Ah, língua brasileira! Não haverá, jamais, acordo internacional capaz de coloquial. E responder, gritando, a um chamado com o
propiciar ao linguajar humano uma homogeneidade, seja
infalível “Tô ino”, em lugar de “Estou indo” é goiano Marina Colassanti
demais da conta! Mas o que mais se nota – e a frase já se Às seis da tarde
espalha por todo o país, especialmente entre os as mulheres choravam
entrevistados na tevê – é “O marrapossível”. É o que no banheiro.
respondem políticos e técnicos, delegados e coronéis, Não choravam por isso
professores e populares diante dos repórteres. ou por aquilo
Ah, os repórteres! Destes, no rádio e na tevê, ouço choravam porque o pranto subia
sempre e me divirto: “departamento pessoal” em vez de garganta acima
“departamento de pessoal”. O mesmo se dá quando devem mesmo se os filhos cresciam
dizer “corpo de delito” – o “de” é novamente omitido. E a
com boa saúde
moda, que saiu das falas dos “da imprensa”, alcança agora
se havia comida no fogo
advogados e delegados de polícia.
Na escrita, porém, essa que foi “padronizada” pelo e se o marido lhes dava
acordo entre os países de línguas lusófonas, o bicho pega! do bom e do melhor
Mesmo profissionais que deviam saber misturam C com S, choravam porque no céu
não sabem onde entra o Ç e usam X, SS e Ç como se isso além do basculante
fosse tão normal quanto escrever Pollyanna ou Hytallo. Ou o dia se punha
Rhackell. porque uma ânsia
AQUINO, de Luiz.DMRevista. Disponível em: uma dor
http://arquivo.dm.com.br/texto/gz/112917/ Acesso em: 12/06/2013.
uma gastura
D15 ––––––––– QUESTÃO 02 –––––––––– era só o que sobrava
No trecho “Na escrita, porém, essa que foi dos seus sonhos.
“padronizada” pelo acordo entre os países de línguas Agora
lusófonas, o bicho pega!” (último parágrafo), o termo em às seis da tarde
destaque estabelece uma relação de as mulheres regressam do trabalho
(A) explicação. (B) conclusão. o dia se põe
(C) oposição. (D) exclusão. os filhos crescem
o fogo espera
e elas não podem
D17 –––––––––– QUESTÃO 03 ––––––––––
não querem
Na expressão “da imprensa” (último parágrafo), as chorar na condução.
aspas sugerem um tom COLASSANTI. Marina. Disponível em:
(A) poético. (B) humorístico. (C) dramático. (D) irônico. http://pensador.uol.com.br/frase/NTI3NTkz/Acesso em: 17/06/2013
D4 –––––––––– QUESTÃO 06 ––––––––––
D14 –––––––––– QUESTÃO 04 –––––––––– O eu lírico considera que as mulheres
Em qual das alternativas a seguir está expressa uma (A) costumam chorar no fim da tarde porque são
opinião? inconstantes.
(A) “...a escrita, em língua castelhana, é padronizada (B) sentem necessidade de chorar independente da
desde a Terra do Fogo...” situação.
(B) “... haja vista termos aprendido que as vogais têm (C) choram por ficarem entediadas com o trabalho
sons abertos – a, e, i, o u –...” doméstico.
(C) “É certo que apreendemos e incorporamos muito
(D) são proibidas de chorar nos ônibus durante a vin
do que ouvimos...”
trabalho.
(D) “E há quem banque o chique escrevendo ... theatro
em lugar de teatro ”
D3 –––––––––– QUESTÃO 07 ––––––––––
D19 –––––––––– QUESTÃO 05 –––––––––– Nos versos “porque uma ânsia/ uma dor/ uma
No trecho “mas, ultimamente, os coleguinhas gastura” , a palavra destacada significa
(A) ódio. (B) medo. (C) cansaço. (D) angústia.
jornalistas...”, o uso do diminutivo na palavra destacada
expressa
(A) deboche. (B) carinho. (C) respeito. (D) intimidade. Hora de estadistas
A intensidade da cobrança, expressa na série
Às seis da tarde de manifestações nas cidades brasileiras desde a
semana passada, recomenda articulação de
lideranças político-partidárias que não apenas ouçam
os gritos nas ruas, mas que, principalmente,
apresentem propostas claras e definição de prioridades.
Este momento grave vivido pelo país exige mais do (B) A exigência de estadistas que percebam o
que meros líderes de agremiações partidárias, mas momento histórico pelo qual passa o país.
estadistas, que enxerguem o importante momento (C) A contribuição de estadistas para a superação
histórico pelo qual passa o país e que tenham a dos desafios vividos pelo país.
grandeza de apresentar uma objetiva proposta de (D) A insatisfação com negociações e articulações
agenda de interesse nacional para contribuir na dissociadas de interesses coletivos.
superação dos desafios.
O cidadão tem protestado nas ruas contra uma
D8 –––––––––– QUESTÃO 09 ––––––––––
soma de ineficiências e desvios que resultaram em má
prestação de serviços básicos e falhas na garantia de O principal argumento que defende essa tese é:
direitos essenciais. O foco, portanto, deve ser no sentido (A) A intensidade da cobrança, expressa na série de
de dar respostas efetivas a essas demandas. manifestações nas cidades brasileiras (...).”
Um dos recados que emanam das ruas é o de (B) “Este momento grave vivido pelo país exige mais
exaustão com negociações e articulações dissociadas do que meros líderes de agremiações
dos interesses coletivos, tanto que houve mesmo partidárias...”
hostilização a grupos partidários e movimentos políticos. (C) “Um dos recados que emanam das ruas é o de
A hora é de esforço e trabalho para resgatar a confiança exaustão com negociações e articulações
perdida, com reformas e adoção de medidas para dissociadas dos interesses coletivos.”
aprimorar e fortalecer as instituições democráticas como (D) “A hora é de esforço e trabalho para resgatar a
caminho para alcançar as metas pretendidas. confiança perdida, com reformas e adoção de
Editorial. O popular. Disponível em: http://www.opopular.com.br/cmlink/o- medidas para aprimorar e fortalecer as
popular/opopular.flip/Acesso em: 25/06/2013.
instituições democráticas...”
D7 –––––––––– QUESTÃO 08 ––––––––––
Qual a tese defendida pelo autor do texto? D12 –––––––––– QUESTÃO 10 ––––––––––
(A) A necessidade de apresentação de propostas Qual a finalidade do texto?
claras e definição de prioridades. (A) Instruir. (B) Relatar. (C) Divertir. (D) Opinar.

QUINTO SIMULADINHO

Doenças mentais podem estar ligadas à criatividade tam o velho conceito do gênio louco. A criatividade é
uma qualidade que nos deu Mozart, Bach, Van Gogh. É
Estudo traz evidências de que pessoas criativas uma característica muito importante para a nossa
seriam 25% mais propensas a transportarem as variações sociedade. Mas traz um risco para o indivíduo, e 1% da
genéticas que aumentam risco de transtorno bipolar e população é afetada por isso", diz Kari Stefansson, um
esquizofrenia. dos autores do estudo.
Gênio louco - A associação entre a criatividade e a Disponível em http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/doencas-mentais-podem-estar-ligadas-a-c
Acesso em 16/06/2015
loucura remonta à noção romântica do século XVIII,
quando o artista passou a ser um gênio, lutando com seus D6 –––––––– QUESTÃO 01 –––––––––––
demônios interiores e a força de sua inspiração. Artistas A ideia central do texto é que
como Van Gogh, que realmente sofria de doenças mentais, (A) todas as pessoas são gênios, pois são criativas.
tornaram-se ícones da relação entre loucura e criatividade. (B) criatividade é uma qualidade indispensável na
Estudos atuais atribuem ao pintor doenças que sociedade.
possivelmente seriam distúrbio bipolar ou esquizofrenia. No (C) as pessoas criativas são mais propensas a
entanto, análises sobre o assunto são difíceis de serem doenças mentais.
feitas, pois não há definição científica exata do que seria (D) todos os artistas do século XVIII sofriam de
uma pessoa criativa. Esse costuma ser um conceito problemas mentais.
subjetivo, o que torna difícil a medição. Texto 1
"Para ser criativo, é preciso pensar de forma
Destravar o debate
diferente. Muitas vezes, quando as pessoas estão criando
algo novo, elas acabam ocupando um espaço entre a Editorial O Globo - 06/04/2015 - 15h01.
sanidade e a insanidade. Acho que estes resultados supor-
O Unicef estima que 1% dos homicídios no Brasil é Em nome de um país, que deveria ser mãe e não
cometido por adolescentes entre 16 e 17 anos. O madrasta de seus próprios filhos, em nome de uma
percentual é semelhante ao registrado em 2014 pela república moderna, que não rouba o futuro de meninos e
Senasp — Secretaria Nacional de Segurança Pública do meninas, sem escola e sem família, em nome dos
Ministério da Justiça (entre as diversas modalidades de avanços do Estatuto da Criança e do Adolescente, não
crimes, 0,9% tem o envolvimento de jovens). São índices podemos incorrer no erro de aprovar a redução da
que preocupam, porque tem sido crescente a participação maioridade penal de 18 para 16 anos, de acordo com a
de menores de 18 anos em ações criminosas no Brasil. fatídica PEC 171/93.
No Rio, o número de adolescentes infratores Seria um retrocesso odioso, um acinte aos direitos
apreendidos subiu quase 50%, de acordo com da cidadania, uma completa falência moral da sociedade
levantamento do ano passado do Instituto de Segurança brasileira, através de medida populista, de sotaque
Pública (ISP). Só em janeiro deste ano, o incremento de radical e sectário, cujo ônus recairia, uma vez mais,
apreensões foi de 39%. Em São Paulo, o total de menores sobre as camadas desassistidas da população, que
apreendidos triplicou entre 2002 e 2012. Em todo o país, pagam, com juros altos, as prestações de uma
28 mil menores cumprem medidas socio-educativas, de cidadania incompleta, onde o Estado não chega, não
acordo com o Conselho Nacional de Justiça. sabe, não busca, ou não quer chegar.
Os indicadores evidenciam que a política brasileira Ninguém se iluda com a redução para os 16 anos:
para enfrentar a crescente criminalidade juvenil é um a médio prazo faria aumentar, em absurda progressão,
fracasso, tanto do ponto de vista judicial quanto dos o nível de violência, ao matricularem-se os menores nos
programas de reinserção social. Se há, de fato, uma presídios, quando não passaram sequer pela escola de
leniência, que precisa ser combatida, do poder público com qualidade, em tempo integral, com frequência
os aspectos correcionais dos programas de recuperação obrigatória, seguida, na prática, por uma rede social
de jovens infratores, por outro há uma permissividade na articulada.
legislação que realimenta a cadeia de infrações criminais Visitem os presídios do país e façam ideia do que
na faixa etária abaixo dos 18 anos. significaria a PEC 171. Defendê-la é tornar-se cúmplice
Não se discute que crianças e adolescentes do crime de lesa-futuro, que as próximas gerações
precisam de anteparo institucional. No terreno dos direitos, deverão condenar de forma indignada e resoluta.
eles estão bem amparados pela lei orgânica que os Como disse Betinho, ninguém é obrigado a amar o
salvaguarda — o Estatuto da Criança e do Adolescente. menor de cuja violência somos vítimas, embora
Mas, ao mesmo tempo, o ECA é pusilânime com as sejamos, contudo, obrigados a pensar de modo
obrigações que deles se deve cobrar. civilizado, sem resíduos de barbárie, na adoção de
Ao abrigo dessa lei, jovens criminosos, em seu pleno programas de sucesso, em andamento no Brasil e no
juízo, se prevalecem da idade para cometer atos violentos, exterior, em vez de trilhar o labirinto do cárcere, que
roubar e, não raro, matar, pois sabem que são chega a ser, naquela idade, um passaporte sem volta,
inalcançáveis pelo braço da Justiça. No máximo, são uma viagem a país nenhum, quase sem motivo de
punidos com sanções leves e curtas, que não educam, não esperança.
regeneram e logo os deixam livres para voltar ao crime. Quem mais alimenta a ideia desses antídotos
Este é um ângulo pelo qual se revela positiva a aparentes contra a violência é a própria ausência do
aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça da Estado, uma compreensão canhestra das leis, por parte
Câmara, da proposta de emenda constitucional que de seus operadores, fria, insensível, indiferente, sem
permite reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos. ouvir educadores e psicólogos, sem falar da não
Outro, é que a CCJ põe em outro patamar o debate sobre aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente.
essa questão, até aqui entravada por forças políticas que, Deixar as coisas como estão implica alimentar
de forma sectária, sequer admitem discutir o óbvio: a discursos violentos para tratar da violência, enfrentar a
necessidade de adequar a legislação do país aos novos barbárie mediante a barbárie, num círculo vicioso
tempos. redundante, brutal e vingativo, a desaguar numa pena
[...] de morte “tolerável”, que é bem o que se passa nas
De consensual é que o país precisa enfrentar sem entranhas de certos presídios brasileiros, como
hipocrisia a premência de salvaguardar a sociedade, como sabemos todos e, por favor, e de uma vez por todas,
um todo, da violência criminal. Jovens com plena sem hipocrisia.
capacidade de discernimento são atraídos pelo crime, e [...]
devem responder perante a Justiça por seus atos. Pensemos na criação de escolas especiais, nos
Disponível em: http://noblat.oglobo.globo.com/editorial/noticia/2015/04/destravando-o-debate-sobre-redução-
programas de inclusão nos municípios, na presença de
da-maioridade-penal.html. Acesso em 11/05/2015
educadores para o desafio de recriar as condições
Texto 2 propícias da cidadania, dos que acreditam radicalmente
Cultura do ódio na democracia e no futuro de nossos jovens.
/
Marco Lucchesi, O Globo, 06/05/2015.
D20 ––––––––– QUESTÃO 02 ––––––––––
Os dois textos falam sobre
(A) A crescente participação de menores de 18 anos em
ações criminosas no Brasil.
(B) o fracasso das políticas de enfrentamento da
criminalidade infantil existentes no Brasil.
(C) a proposta de emenda constitucional que permite
reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos.
(D) a necessidade de pensar na adoção de programas de
sucesso, em andamento no Brasil e no exterior.

D21 –––––––––– QUESTÃO 03 ––––––––––


Em relação à aprovação da PEC 171 que tramita no
Congresso Nacional, a opinião dos dois autores são
O humor do texto acima está no fato de
(A) iguais. (B) contrárias. (A) a herança ser um monte de lixo.
(C) excludentes. (D) complementares. (B) o pai deixar uma herança para o filho.
(C) o filho estar feliz com a herança recebida.
D1 –––––––––– QUESTÃO 04 –––––––––– (D) o pai estar preocupado com o futuro do filho.
De acordo com os dados mencionados pelo autor do
texto 1, a porcentagem de jovens que participam de D4 –––––––––– QUESTÃO 08 ––––––––––
diferentes crimes é Leia o texto abaixo e, a seguir responda.
(A) 1 %. (B) 0,9 %. (C) 50 %. (D) 39 %.
O velho e os urubus
D6 –––––––––– QUESTÃO 05 –––––––––– Bariani Orténcio
A tese defendida no texto 1 é a de que Mandou a Afilhada chamar aquele moço que
(A) a maioridade penal deve ser reduzida. sempre pegava alguma empreitada. Disse a ele,
(B) o ECA é ineficaz nos casos de violência. pedindo-lhe encarecidamente, que vasculhassem a
(C) os índices de violência no Brasil são preocupantes. pedreira, o que foi feito em vão.
(D) Os programas de recuperação de jovens infratores Passavam-se os dias e nada do urubu aparecer.
são ineficazes. Ele também já pouco se levantava do catre, aperreado,
nervoso, cismado, encabulado, o mais para conferir os
D8 –––––––––– QUESTÃO 06 –––––––––– amigos negros que não passavam de onze. Onde
Um dos argumentos que melhor sustenta a tese estaria seu décimo segundo apóstolo? E falava com
defendida no texto 1 é: eles, perguntando pelo desaparecido. Alguns
(A) "Em todo o país, 28 mil menores cumprem medidas grasnavam, decerto respondendo que não sabiam.
socioeducativas, de acordo com o Conselho Nacional O Velho já não se alimentava mais. O leite com
de Justiça. farinha agora sendo pouco, quase nada, ele aceitava.
(B) "Os indicadores evidenciam que a política brasileira Passava com o café e os inúmeros cigarros feitos, na
para enfrentar a crescente criminalidade juvenil é um maior parte, pela Afilhada.
fracasso, tanto do ponto de vista judicial quanto dos – Um remédio? O Padrinho quer um remédio?
programas de reinserção social." Ele negava com a cabeça. Não queria nada, não!
(C) "Não se discute que crianças e adolescentes Queria era o seu urubu!
precisam de anteparo institucional. No terreno dos – Ele voltou? – perguntou o Padrinho.
direitos, eles estão bem amparados pela lei orgânica – Não. Não sei... – o que ela sabia contar não
que os salvaguarda." passava dos dedos de uma das mãos.
(D) "... a CCJ põe em outro patamar o debate sobre essa Agora nada mais. Não se alimentava nem mais
questão, até aqui entravada por forças políticas que, com café e o cigarro. A Afilhada não tinha iniciativa,
de forma sectária, sequer admitem discutir o óbvio..." sempre fora mandada. Não alcançava as
consequências. Não chamou ninguém.
Era alta madrugada, ainda, o Velho notou um
D16 –––––––––– QUESTÃO 07 –––––––––– clarão de aurora e levantou-se, afoito. Estava disposto e
Leia o texto abaixo e, a seguir, responda. leve. Saiu para fora. Divisou, com alegria, todos os doze
urubus no velho ipê seco, saltando no gingado
desengonçado deles, de um galho a outro, na
comemoração de volta do companheiro. E este era todo
raio de luz, refulgente, resplendor. Um urubu-pavão,
virou, será? – pensou o velho, pelas tais e tantas cores. Aí Era uma vez, no país de Alefbey, uma triste
o resplandecente bateu asas, volteou a árvore, fez círculos cidade, a mais triste das cidades, uma cidade tão
curtos em torno do Velho, toda pompa, a cumprimentá-lo, arrasadoramente triste que tinha esquecido até seu
as asas coloridas emanando luz, farfalhou em voo rasante próprio nome. Ficava à margem de um mar sombrio,
pela cabeça do amigo, a convidá-lo. Ele, não sabe como, cheio de peixosos – peixes queixosos e pesarosos, tão
aceitou e partiu voando também, seguindo o seu urubu horríveis de se comer que faziam as pessoas arrotarem
procurando as camadas favoráveis de ar, planando na de pura melancolia, mesmo quando o céu estava azul.
Ao norte dessa cidade triste havia poderosas
gostosura!... Muito admirado, feliz, avistava lá de cima as
divisas da fazendola, o gadinho sendo, formado com os fábricas nas quais a tristeza (assim me disseram) era
outros, que se juntaram, a esquadrilha da amizade, do literalmente fabricada, e depois embalada e enviada
reencontro, até que o sol se anunciou, o discão vermelho para o mundo inteiro, que parecia sempre querer mais.
no horizonte, o bando se dirigindo para aquela direção, Das chaminés das fábricas de tristeza saía aos
borbotões uma fumaça negra, que pairava sobre a
sumindo, sumindo, pintas pretas...
Como já era tarde, o dia avançando, a Afilhada foi até o quarto cidade como
levar o uma má notícia.
RUSHDIE, Salman. Haroun e o Mar de Histórias. São Paulo: Companhia das Letras,
caneco de café, talvez o Padrinho aceitasse. Se admirou e ficou também 2010.
feliz, pois nunca, desde quando chegara àquela casa, vira o padrinho
sorrir. E agora, o sorriso dele, tão bonito, D11 –––––––––– QUESTÃO 09 ––––––––––
o semblante no seu quieto de paz, os olhos abertos, O trecho do texto que indica uma consequência é:
bem abertos, talvez perscrutando horizontes, (A) “... uma triste cidade, a mais triste das cidades...”.
acompanhando o seu urubu brilhante. (B) “... que tinha esquecido até seu próprio nome...”.
ORTÊNCIO, Bariani. O velho e os urubus. In: Meu tio avô e o diabo. São Paulo: Estação (C) “saía aos borbotões uma fumaça negra...".
Liberdade, 1993.
(D) ”... que pairava sobre a cidade...”.
Podemos concluir com o desenho da narrativa que o
velho D19 –––––––––– QUESTÃO 10 ––––––––––
(A) faleceu. (B) adoeceu. "... uma cidade tão arrasadoramente triste...", o uso
(C) desapareceu. (D) enlouqueceu. da palavra arrasadoramente sugere
(A) intensificação da tristeza.
O XÁ DO BLA-BLÁ-BLÁ (B) empobrecimento da cidade.
(C) descrição de seu modo de ser.
(D) crítica aos habitantes da cidade.

GABARITO

LIÇÃO 1
1. Narrador-personagem. Porque o cronista conta um fato do qual ele participa e ainda podemos detectá-lo pelo
maior número de verbos escritos em 1ª pessoa.
2. a) o cronista. b) na Gávea. c) Para tomar um café junto ao balcão. d) Na verdade ele está adiando o momento de
escrever. e) Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório
no cotidiano de cada um; recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que
a faz mais digna de ser vivida, do circunstancial, ao episódico; do acidental, torno simples espectador e lanço
então um último olhar fora de si.
3. a) O pai, a mãe e a filha. b) No botequim. c) Estão celebrando o aniversário da filha.
4. Aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
5. A mulher suspira, depois de ver o garçom se afastar para atendê-los, olhando para os lados, a reassegurar-se da
naturalidade de sua presença ali.
6. Porque invés de comprar um pedaço de bolo poderia ter comprado um bolo inteiro.
7. Devido ser o aniversário da filha, a mãe ainda vai retirar de sua bolsa as velinhas para colocá-las no bolo e o pai
as acenderá, depois cantarão parabéns pra você, só então começa a comê-lo.
8. Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, a sua compostura de humildade, na contenção
de gestos e palavras, deixa-se acentuar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda
arrumadinha no vestido pobre, os três compunham a tradicional família, célula da sociedade. 9. Comoção,
gracejo e dó.10. Ele se sentiu muito feliz e preferiu que a sua última crônica: fosse pura como aquele sorriso.
LIÇÃO 3
1. a) censurou significa recriminou; b) inusitado significa insólito.
2. Crônica humorística.
3. a) a filha comunica ao pai que vai dormir com o namorado. b) o sumiço do namorado e a descoberta da
inconstância da filha. c) o encontro no corredor entre o pai e o rapaz. d) o pai descobre que o rapaz no corredor era
ladrão e não o namorado.
4. O pai, a filha e os namorados.
5. Na casa da namorada.
6. Apesar de ter tido uma criação severa, diferente dos padrões mais liberais da filha, e julgá-la muito jovem, o pai
soube ouvi-la e ponderar, procurando a solução que considerou mais coerente.
7. O namoro.
8. Informar os jovens que têm vida afetiva e sexual ativa que sempre se lembrem da importância do uso de
preservativos.
9. Narrador-observador.
10. Com a utilização de uma linguagem coloquial, irônica e bem-humorada, narração dos fatos; isto altera a
situação de séria para engraçada.

LIÇÃO 8
1. O homem não trouxe o dinheiro da cidade para pagar a prestação da televisão.
2. Quando o homem pede a mulher para ficar quieta dentro de casa, quando o cobrador da televisão chegasse,
pensasse que não havia ninguém, o deixasse bater na porta até cansar, no outro dia ele pagaria.
3. Interromper-se de súbito.
4. Ele estava sem dinheiro para pagá-la, envergonhado preferiu se esconder e assim teria tempo suficiente para
debitar sua dívida.
5. Em um apartamento.
6. A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito: “Valha-me Deus! O padeiro está nu!”
7. [...]. Deixa ele bater até cansar __ amanhã eu pago.
8. O homem e sua mulher.
9.O cobrador da televisão e os vizinhos.
10. Mostra-nos que caso como este acontece frequentemente no cotidiano.
11. De forma surpreendente e humorística.

LIÇÃO 10
1. A carta que Marta escreveu para seu namorado.
2. Quando Marta se arrepende de ter escrito a carta e tenta interceptá-la.
3. Marta, Haroldo e o carteiro.
4. A briga do casal.
5. Interceptar.
6. Na calçada em frente do edifício de Haroldo.
7. De forma séria, decisiva.
8. Fingir.
9. Fazer-nos uma advertência: que jamais tomemos nenhuma decisão precipitada, em momento de raiva ou
nervosismo, porque as consequências serão enormes.
MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA – SPAECE 9º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL II

1. Quanto à informação do texto verbal e/ou não verbal.


D1 – Localizar informação explícita.
D2 – Inferir informação em texto verbal.
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão.
D4 – Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não
verbais.
D5 – Identificar o tema ou assunto de um texto.
D6 – Distinguir fato de opinião relativa ao fato.
D7 – Diferenciar a informação principal das secundárias em um texto.
D8 – Formular hipóteses sobre o conteúdo do texto.

2. Quanto aos gêneros associados às sequências discursivas básicas.


D9 – Reconhecer gênero discursivo.
D10 – Identificar o propósito comunicativo em diferentes gêneros.
D11 – Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e o conflito gerado.

3. Quanto às relações entre textos.


D12 – Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre
textos.
D13 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos
de um mesmo tema.

4. Quanto às relações de coesão e coerência


D14 – Reconhecer as relações entre partes de um texto, identificando os recursos
coesivos que contribuem para sua continuidade.
D15 – Identificar a tese de um texto.
D16 – Estabelecer relação entre tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
D17 – Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por conjunções,
advérbios etc.
D18 – Reconhecer o sentido do texto e suas partes sem a presença de marcas coesivas.

5. Quanto aos recursos expressivos utilizados no texto.


D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou
expressões.
D20 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras
notações.
D21 – Reconhecer o efeito decorrente do emprego de recursos estilísticos e
morfossintáticos.
D22 – Reconhecer efeitos de humor e ironia.
6. Quanto aos aspectos sociais da linguagem
D23 – Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas linguísticas que evidenciam
locutor e/ou interlocutor.

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