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Meliponicultura paulista: uso sustentável da biodiversidade

Cartilha com orientações básicas

Versão 1 – junho de 2019

Importância da Polinização

A polinização é um serviço ecossistêmico fundamental para a conservação


da biodiversidade e para a produção de alimentos: além de permitir a
reprodução de espécies vegetais que dependem da polinização por animais
e assim, produzir frutos silvestres que são alimento para outras espécies, a
diversidade genética da flora resultante desse processo aumenta a
resiliência dos ecossistemas, uma vez que traz consigo interações
ecológicas mais complexas, além de aumentar a produtividade agrícola de
culturas dependentes da polinização, como o tomate, o morango, o melão e
a maçã, dentre muitos outros.

O Relatório Temático dobre Polinização, Polinizadores e produção de


Alimentos no Brasil, (BPBES, REPIBB, FAPESP), em seu primeiro relatório
divulgado este ano levantou o dado de que o valor do serviço ecossistêmico
de polinização realizado pelas abelhas no Brasil em 2018 foi R$ 43 bilhões;
66% da polinização dos principais cultivos no Brasil são polinizados por
abelhas nativas:

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Compromissos Internacionais

O Brasil é signatário da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e


suas decisões decorrentes, que incluem o desenvolvimento de estratégias,
políticas, planos e programas de biodiversidade, dentre outros
compromissos. Assim, como Governo Subnacional, São Paulo também deve
seguir essas decisões e compromissos;

Em dezembro de 2016, foram publicadas Decisões e Recomendações da


CDB relacionadas à adoção de medidas de proteção aos polinizadores, e a
importância dos governos subnacionais na implementação de estratégias de
proteção à biodiversidade.

A importância da Meliponicultura

A meliponicultura, ou seja, a criação racional de abelhas nativas sem ferrão,


é uma atividade tradicional brasileira em franca expansão no Estado de São
Paulo, e que vem ganhando cada vez mais importância no mundo, à medida
que se reconhece seu potencial como atividade sustentável para uso e
conservação de nossa biodiversidade e para geração de emprego e renda.

Somos guardiões de um patrimônio incrível da nossa biodiversidade!


Precisamos conhecer e valorizar nossas abelhas nativas e proteger nossos
polinizadores, para garantir o meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum e do povo e essencial à sadia qualidade de vida para as
presentes e futuras gerações.

Reconhecer as abelhas nativas de São Paulo e estimular o desenvolvimento


da meliponicultura paulista são ações de estímulo ao uso sustentável de
nossa biodiversidade, de valorização dos micro e pequenos empreendedores
da meliponicultura, geração de renda e aumento da produtividade agrícola.

As abelhas nativas de São Paulo

No Estado de São Paulo temos as abelhas nativas sem ferrão, como a jataí,
a mandaçaia, a mandaguari e a uruçu amarela, conhecidas há milhares de
anos pelos povos nativos; as abelhas solitárias, como a mamangava e as de
cor metálica euglossas, muito importantes para a polinização do
maracujazeiro e das orquídeas, e as abelhas africanizadas, animais exóticos
resultantes do cruzamento das abelhas europeias (trazidas para o Brasil a
partir de 1839) com as abelhas africanas, trazidas para o Brasil em 1956, e
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as abelhas nativas, solitárias e sociais. O Brasil possui cerca de 300
espécies sociais descritas, sendo o país com maior diversidade de abelhas
sem ferrão no mundo todo.

As abelhas nativas sem ferrão são produtoras de méis exóticos e com


grande potencial medicinal, que tem sido valorizados também ela alta
gastronomia e Chefs intenacionais como Alex Atala; essas abelhas também
produzem pólen, própolis e cera, e excelentes polinizadoras de espécies
vegetais cultivadas e espécies nativas utilizadas como alimento pelos seres
humanos e pela fauna. No Estado de São Paulo temos cerca de 60 espécies
de abelhas nativas sociais descritas (Anexo 1), das quais 8 espécies estão
ameaçadas de extinção.

Distribuição dos meliponicultores no Estado de São Paulo

Celso Barbieri, Dissertação de Mestrado, EACH-USP

Ações do estado de São Paulo para o Fomento à Meliponicultura

O Estado de São Paulo, considerando a importância das abelhas nativas


para os ecossistemas terrestres, da polinização como serviço ecossistêmico
chave para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade, da
importância da polinização para a produção de alimentos, sua melhor
qualidade e da meliponicultura enquanto atividade tradicional, geradora de
emprego e renda, produtora de alimentos e de princípios ativos que
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poderão ser usados em benefício da população, está desenvolvendo uma
série de programas e projetos que envolvem a meliponicultura:

Fontes de financiamento
- O Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista - FEAP/BANAGRO, lançou
uma linha de crédito direcionada para a Criação Animal Sustentável
Paulista, incluindo a Meliponicultura, destinada a produtores rurais, pessoas
físicas ou jurídicas, enquadrados como beneficiários do FEAP/BANAGRO,
bem como suas associações e cooperativas, para aquisição de colmeias
(padronizadas ou modulares) e/ou colônias de abelhas sem ferrão, bem
como todos os materiais, insumos e equipamentos inerentes à produção
apícola ou melípona (mel, cera, pólen e própolis), podendo incluir a
aquisição de vestimentas de proteção e demais utensílios e equipamentos
necessários à extração e manipulação dos produtos melíferos, como
também a construção e reforma da unidade beneficiadora;

Pagamento por Serviços Ambientais


- Projeto Conexão Mata Atlântica: CHAMADA PÚBLICA FINATEC/GEF
Nº 001/2018 - CADEIA DE VALOR SUSTENTÁVEL - incentivo econômico
para promover a manutenção e o incremento da
Mata Atlântica, assim como a adoção de práticas conservacionistas
reconhecidas pelo mercado, em terrenos privados situados no Distrito de
São Francisco Xavier no município de São José dos Campos, parte do
município de Bananal, e nos municípios de Natividade da Serra e São Luiz
do Paraitinga e Zona de Amortecimento do Núcleo Itariru do Parque
Estadual da Serra do Mar, abrangendo parte dos municípios: Miracatu,
Pedro de Toledo, Itariri e Peruíbe, através do fomento às cadeias de valor
sustentável, como a Meliponicultura com espécies de ocorrência local,
categorias de ações que serão total ou parcialmente custeadas e que
contarão com assistência técnica do Projeto.
- Projeto Conexão Mata Atlântica - EDITAL DE SELEÇÃO PÚBLICA
PSA Nº 006/2018 - Pagamento por Serviços Ambientais – PSA -
Modalidade Uso Múltiplo, na mesma região de abrangência do edital
supracitado, com o objetivo de gerar e manter os serviços dos ecossistemas
em paisagens produtivas, estando direcionada a agroecossistemas de alta
ação antropogênica, incentivando a conservação de vegetação nativa, a
restauração ecológica e a adoção de sistemas produtivos sustentáveis em
imóveis rurais visando contribuir para a redução de emissões e/ou remoção
de gases de efeito estufa, bem como para a conservação da biodiversidade,
do solo e dos recursos hídricos. A meliponicultura é confere pontuação
adicional às propriedades rurais, por agregar o serviço ambiental de
polinização aos serviços ambientais prestados pela propriedade.
- Pagamento por Serviços Ambientais para a Conservação da
Biodiversidade Paulista nas Reservas Particulares do Patrimônio
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Natural - RPPN - EDITAL DE CHAMADA nº 03/2018/CAP/RPPN -
Voltado a pessoas físicas ou jurídicas, de direito privado, proprietários de
RPPN instituídas pelo Poder Público Federal, Estadual ou Municipal,
localizadas no Estado de São Paulo, para o pagamento por serviços
ambientais comprovadamente prestados à sua conservação, por um período
de 5 (cinco) anos.
O projeto é voltado à remuneração de atividades previamente contratadas e
comprovadamente executadas pelo proprietário da RPPN selecionada, que
possuam como objetivo a preservação e recuperação da vegetação nativa e
recursos hídricos na RPPN e que visem melhorar das condições ambientais
de seu entorno. A meliponicultura e o recebimento de colônias de abelhas
nativas oriundas de resgates e translocações são consideradas ações que
permitem bonificação extra no pagamento pelos serviços ambientais
prestados pela RPPN.

Aspectos legais da Meliponicultura

As abelhas nativas sociais ou solitárias são animais silvestres e, como tal


protegidas pela Lei Federal nº 9605/1998, a Lei de Crimes Ambientais,
dentre outros instrumentos legais; de acordo com o art 29º dessa lei, sua
captura e criação depende de autorizações emitidas pelo órgão ambiental
responsável. Em São Paulo, essas autorizações são emitidas pelo
Departamento de Fauna da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade
da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo –
DEFAU/CFB/SIMA, por meio do sistema GEFAU (Sistema Integrado de
Gestão de Fauna Silvestre).

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O GEFAU possui um módulo desenvolvido especialmente para os
meliponicultores, onde eles podem solicitar as autorizações necessárias à
atividade.

O Estado de São Paulo segue a legislação federal sobre Meliponicultura;


estamos elaborando uma legislação própria, detalhando as previsões da
legislação federal.
O quadro a seguir sintetiza as autorizações e cadastros necessários para a
Meliponicultura no Estado de São Paulo.

Autorizações e cadastros
para a Meliponicultura em SP

Inscrição no CTF/APP – IBAMA na Categoria 20-23

Secretaria de Agricultura e
Secretaria de Infraestrutura
Abastecimento e Meio Ambiente

 Cadastro no GEDAVE:  Autorizações para manejo


 Rebanho Abelha de fauna in situ:
 Instalação de Ninhos-Isca;
(meliponários urbanos e rurais)  Resgate de colônias em
situação de risco;
 Transporte:
 Emissão de GTA
 Autorizações para manejo
ex situ:
 Autorização de uso e manejo
 Comercialização de produtos (criador comercial e/ou mais
das abelhas: que 50 colônias);
 Transporte.
 SIM, SISP, SIF

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Sobre a legislação sanitária
Segue-se os mesmos dispositivos legais referentes à inspeção de produtos
de origem animal para o SIM/SISP/SIF, com a diferença que existe uma
Resolução SAA nº 52/2017 para os padrões de características dos méis de
abelhas sem ferrão. Também se aplicam os mesmos dispositivos referentes
à sanidade animal, pelas abelhas serem consideradas animais de peculiar
interesse do Estado – sejam nativas ou exóticas. Por essa razão, todos os
meliponicultores, rurais ou urbanos, precisam se cadastrar no GEDAVE –
Sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal, da Coordenadoria de Defesa
Agropecuária – CDA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo.

As instruções para o cadastro estão disponíveis no link abaixo:

https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/www/servicos/?/cadastro-de-
apicultor-e-ou-meliponicultor-na-defesa-agropecuaria/&cod=113

O meliponicultor deve ter sua propriedade cadastrada no GEDAVE – seja


rural ou urbana, própria, alugada ou arrendada, sua atividade –
meliponicultura, e ele próprio – seja pessoa física (com CPF) ou jurídica
(com CNPJ). Pela internet é realizado um pré-cadastro, que será ativado
após a entrega da documentação (cópias de RG, CPF ou CNPJ, comprovante
de residência, comprovante de posse da propriedade, e originais de
autorização para seu uso assinada pelo proprietário e por ele próprio,
conforme modelo, e os formulários disponibilizados no link acima) no
Escritório da Defesa Agropecuária mais próximo. Após a ativação desse
cadastro, o próprio meliponicultor poderá operar o sistema a partir da
internet, e emitir a GTA – Guia de Trânsito Animal, para transportar as
colmeias de abelhas de forma regular perante a legislação sanitária
nacional.

Endereços dos Escritórios de Defesa Agropecuária no Estado de São Paulo


(EDA):

https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/enderecos/

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Sobre a legislação ambiental

LEI FEDERAL Nº 9605/1998


CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
Seção I
Dos Crimes contra a Fauna
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna
silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença
ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a
obtida:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
1º Incorre nas mesmas penas:
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em
desacordo com a obtida;
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em
cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da
fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e
objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou
sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade
competente.
2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada
ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar
de aplicar a pena.

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LEI FEDERAL Nº 9605/1998

3 São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies


nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham
todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território
brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.
4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que
somente no local da infração;
II - em período proibido à caça;
III - durante a noite;
IV - com abuso de licença;
V - em unidade de conservação;
VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição
em massa.
5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça
profissional.
6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.

Resolução SMA n° 05/2014 completa disponível no link


https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/legislacao/2014/05/resolucao-sma-48-
2014/

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 346/2004
Meliponicultor precisa ter o Cadastro Técnico Federal – CTF/APP – IBAMA
Categoria 2023 – Uso de Recursos Naturais
https://ibama.gov.br/cadastros/ctf/ctf-app

O Certificado de regularidade vale por 3 meses; devem ser enviados relatórios


anuais de atividade.
Na proposta de revisão da Resolução CONAMA 346/2004, estão verificando se
manterão a exigência de CTF para o meliponicultor que não exerça atividade
comercial.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 346/2004

OBTENÇÃO DE COLÔNIAS DA NATUREZA

PARA FORMAÇÃO OU AMPLIAÇÃO DE MELIPONÁRIOS: NINHOS-ISCA OU OUTROS


MÉTODOS NÃO-DESTRUTIVOS DEVEM SER AUTORIZADOS PELO ÓRGÃO AMBIENTAL
COMPETENTE

- Autorização para instalação de ninhos-isca;


- Autorização para o resgate de ninhos de abelhas nativas*
- * empreendimentos com supressão deveriam facilitar a entrada dos meliponicultores para
resgate de ASF

CRIAÇÃO DE ABELHAS SEM FERRÃO

CRIAÇÃO COMERCIAL OU MELIPONÁRIO COM 50 OU MAIS COLÔNIAS DE ASF:


NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO DE USO E MANEJO.

CRIAÇÃO ARTESANAL E/OU MELIPONÁRIO COM MENOS DE 50 COLÔNIAS DE ASF:


DISPENSADOS DE TER A AUTORIZAÇÃO DE USO E MANEJO.

PROIBIÇÕES

CRIAÇÃO DE ABELHAS NATIVAS FORA DE SUA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA NATURAL,


EXCETO PARA FINS CIENTÍFICOS

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TRANSPORTE
TRANSPORTE DE ABELHAS INTERESTADUAL (RESOLUÇÃO CONAMA Nº
346/2004)

MEDIANTE AUTORIZAÇÃO DO IBAMA

 São Paulo possui GEFAU em substituição ao SISFAUNA;


 São Paulo consegue receber fauna de outros estados através
de autorizações do IBAMA de outros Estados ou das SEMAs de
outros Estados;
 A destinação de fauna de São Paulo para outros Estados não
está operante devido à dificuldades de conexão entre os dois
sistemas (em andamento)

TRANSPORTE DE ABELHAS INTRAESTADUAL

Não existe previsão legal na RES. CONAMA 346/2004, na IN IBAMA


nº 7/2015; Meliponários comerciais ou com mais de 50 colônias não
estão cadastrados no GEFAU (autorização de transporte entre
meliponários)

TRANSPORTE
Todo transporte animal precisa de GTA – Guia de Trânsito
Animal

O Ministério da Agricultura prevê, no Decreto nº 5.741 de 30 de


março de 2006, a fiscalização do trânsito de animais. Seja qual for a
via de trânsito, a apresentação de documentação é obrigatória. O
documento oficial para transporte de animal no Brasil é a Guia de
Trânsito Animal (GTA), que contém as informações sobre o destino e
condições sanitárias, bem como a finalidade do transporte animal.

No Estado de São Paulo, quem emite a GTA é a Coordenadoria de


Defesa Agropecuária

Para obter a GTA, os meliponicultores precisam estar cadastrados no


GEDAVE.

https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/enderecos/

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Autorizações do Órgão Ambiental:

Autorização de Manejo in situ


(Resolução SMA nº36/2018)

Ninhos-isca
 Autorização para instalação ninhos-isca, para possível captura de
abelhas nativas -> constituição de plantel;
 Autorização também depende de aval do proprietário da área ou do
Gestor da UC (considerando os planos de manejo)
 1 coordenada geográfica por propriedade, plano de trabalho;
 Autorização pode ter validade de até 5 anos;
 Relatório enviado ao final do período de vigência da autorização,
relatando capturas e destino das colônias;
 Matrizes capturadas não podem ser comercializadas, mas capturas de
espécies não desejadas podem ser levadas ao meliponário e
posteriormente destinadas a outros meliponários regularizados;

 Colônias tem origem regularizada;


 Plantel tem origem.

Autorização de Manejo in situ


(Resolução SMA nº36/2018)

RESGATE
 Autorização para resgate de espécies nativas no licenciamento
ambiental;
 Colmeias em situação de risco podem ser resgatadas mediante
autorização prévia da SIMA

Inibir a ação predatória de meleiros

Resgates emergenciais podem ser realizados desde


acompanhados pela Polícia Militar Ambiental, pelo Corpo
de Bombeiros ou pela Defesa Civil.

- Cadastro do empreendimento no GEFAU


 - Delimitação de território e tempo;
 Responsável técnico com ART;
 Meliponicultores podem fazer parte dessa equipe de resgate.

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Autorização de Manejo ex situ
IN IBAMA nº07/2015
Autorização de uso e manejo

Autorização para meliponários com mais de 50 ninhos –


criador comercial, criador científico para fins de pesquisa ou
criador científico para fins de conservação.

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 07/2015

LICENCIMENTO DO EMPREENDIMENTO NA CATEGORIA DE


CRIADOR (CIENTÍFICO, PARA FINS DE CONSERVAÇÃO OU
COMERCIAL) PREVÊ:

 AUTORIZAÇÃO PRÉVIA: documental


 AUTORIZAÇÃO DE INSTALAÇÃO: projeto de instalação, planta
baixa, plano de manejo, objetivo da criação, declaração de
responsabilidade técnica. Vistoria.
 AUTORIZAÇÃO DE MANEJO: cadastro do plantel, relatórios
periódicos

Atividade é dispensada de licenciamento ambiental pela


CETESB, porém é necessário realizar a declaração de dispensa
de L.A. no Portal de Licenciamento Ambiental da CETESB

Dificuldade: origem do plantel

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O GT Polinizadores

Desde 2017 a CBRN/SIMA coordenou o GT Polinizadores, um Grupo de


Trabalho constituído com técnicos da Secretaria do Meio Ambiente, da
CETESB, da Fundação Florestal, do Instituto Florestal, da Secretaria da
Agricultura – CATI e Secretaria de Saúde, para definição de estratégias
estaduais a serem adotadas para a proteção de insetos polinizadores. Com
a reestruturação da SIMA e da SAA, a coordenação do GT passou para a
CDRS.

Objetivos do GT Polinizadores:

I - Elaboração de diagnóstico da situação dos insetos polinizadores no


estado de São Paulo;
II - Identificação dos principais taxa de insetos polinizadores existentes no
estado de São Paulo, com ênfase nas espécies de abelhas nativas;
III - Caracterização das atividades econômicas de apicultura e
meliponicultura no estado de São Paulo, os aspectos sanitários da produção,
sua cadeia produtiva e os desafios para comercialização;
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IV - Caracterização dos serviços ecossistêmicos prestados pelos
polinizadores e seu valor econômico;
V - Avaliação das principais ameaças aos insetos polinizadores;
VI -Proposição de políticas públicas para a proteção dos insetos
polinizadores e para a promoção da criação de espécies nativas;
VII - Proposição de diretivas para o manejo da melissofauna em áreas
urbanas;
VIII - Proposição de diretrizes para o manejo da melissonafauna no âmbito
do licenciamento ambiental;
IX -Proposição de regulamentação da atividade meliponicultura no estado
de São Paulo, considerando seu potencial para a conservação da
biodiversidade, produção de alimentos, geração de emprego e renda e
segurança alimentar;
X - Proposição de boas práticas para proteção de insetos polinizadores em
ambientes naturais ou em restauração e em ambientes de produção
agrícola.

Ações do GT:

O GT está acompanhando os assuntos relacionados aos insetos


polinizadores no Estado de São Paulo, com ações que incluem:
a. Participação na elaboração do Plano Estadual de Fortalecimento da
Apicultura e Meliponicultura;
b. Desenvolvimento do Protocolo de Boas Práticas em Meliponicultura,
junto à CATI-Campinas;
c. Acompanhamento de Inquérito Civil junto ao GAEMA-PCJ-Piracicaba,
referente Morte de abelhas por pulverização de agrotóxicos e
pulverização aérea irregular de agrotóxicos;
d. Inclusão de diretivas técnicas de proteção aos insetos polinizadores no
Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético – Etanol Mais Verde;
e. Acompanhamento do assunto junto à nrg4sd – rede de governos
subnacionais para o desenvolvimento sustentável, com apresentação de
um webinar sobre nossos polinizadores, sua importância e questões que
os ameaçam, para governos subnacionais de outros países;
f. Lançamento de Lista Orientativa de Espécies Arbóreas e Arbustivas e os
Recursos que Fornecem para as Abelhas Nativas em evento promovido
pela CATI-Campinas, em comemoração ao Dia Nacional da Abelha, em
03/10/2018. Essa lista foi elaborada com o objetivo de orientar projetos
de restauração ecológica e de enriquecimento de pasto melífero, de
forma a garantir recursos para as abelhas ao longo do ano (néctar,
pólen, resinas, além de local de nidificação). Essa lista está disponível
para download no link
https://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/repositorio/448/documentos/
Especies%20031018.xlsx
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g. Participação em workshops e seminários de meliponicultura, com
apresentação de palestras sobre os aspectos legais da criação de
abelhas nativas, e em eventos de setores produtivos, com apresentação
de palestras sobre a importância das abelhas nativas para a
biodiversidade, para a produção de alimentos e nossos papéis em sua
conservação;
h. Elaboração de manuais e de interfaces no Sistema Integrado de Gestão
Ambiental da Fauna de São Paulo (GEFAU) para os meliponicultores se
regularizarem e poderem continuar criando as abelhas nativas de forma
sustentável;
i. Elaboração da Regulamentação da Meliponicultura no Estado de São
Paulo, um trabalho que está sendo elaborado junto com os
meliponicultores e que permitirá que São Paulo tenha legislação própria
sobre o assunto, o que deverá possibilitar um ambiente jurídico
favorável para a atividade e que favorecerá a proteção das abelhas
nativas.

Em caso de dúvidas, entre em contato conosco:

Departamento de Fauna – Coordenadoria de Fiscalização e


Biodiversidade – Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do
Estado de São Paulo

Email: fauna.sma@sp.gov.br

Telefone: 11 3133-3000 (PABX)

Departamento de Desenvolvimento Sustentável - Coordenadoria de


Desenvolvimento Rural Sustentável – Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo

Email: carolinar@sp.gov.br

Telefone: 11 5067-0339

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ANEXO
ABELHAS NATIVAS SEM FERRÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO

*** Ameaçadas de extinção

nº Nome científico Nome popular


1 Cephalotrigona capitata (Smith, 1854)*** mombucão, eirusú-grande
2 Friesella schrottkyi (Friese, 1900) mirim-preguiça
3 Frieseomelitta languida (Moure, 1990) mocinha-preta
4 Frieseomelitta silvestrii (Friese, 1902) marmelada preta
5 Frieseomelitta varia (Lepeletier, 1836) marmelada ou moça-branca
6 Geotrigona mombuca (Smith, 1863) guira, guiruçu, iruçu-mineiro
7 Geotrigona subterranea (Friese, 1901) iruçu-mineiro, iruçu, guiruçu,
uruçu
8 Lestrimelitta ehrhardti (Friese, 1931) -
9 Lestrimelitta limao (Smith, 1863) limão, irati
10 Lestrimelitta rufipes (Friese, 1903) limão, iraxim
11 Leurotrigona muelleri (Friese, 1900) mirim, lambe-olhos
12 Melipona bicolor bicolor (Lepeletier, 1836)*** guaraipo, guarupú, pé-de-pau
13 Melipona fuliginosa (Lepeletier, 1836)*** uruçu-boi, turuçu, tapieira
14 Melipona marginata (Lepeletier, 1836)*** manduri
15 Melipona mondury (Smith, 1863)*** Bugia, uruçu amarela,
mondury
16 Melipona torrida (Friese, 1916)*** Manduri
17 Melipona quadrifasciata anthidioides (Lepeletier, Mandaçaia
1836)
18 Melipona quadrifasciata quadrifasciata (Lepeletier, mandaçaia
1836)
19 Melipona quinquefasciata (Lepeletier, 1836)*** mandaçaia-da-terra
uruçu-do-chão
20 Melipona rufiventris (Lepeletier, 1836)*** tujuba, uruçu amarela
21 Nannotrigona testaceicornis (Lepeletier, 1836) iraí
22 Oxytrigona tataira tataira (Smith, 1863) cospe-fogo, tataíra
23 Paratrigona lineata (Lepeletier, 1836) jataí-da-terra
24 Paratrigona subnuda Moure, 1947 (B) jataí-da-terra, mirins-da-terra
25 Partamona ailyae (Camargo, 1980) -
26 Partamona combinata (Pedro & Camargo, 2003) myre-ti
27 Partamona criptica (Pedro & Camargo, 2003) -
28 Partamona cupira (Smith, 1863) cupira
29 Partamona helleri (Friese, 1900) boca-de-sapo
30 Plebeia droryana (Friese, 1900) mirim droryana, inhati
31 Plebeia emerina (Friese, 1900) emerina, tujuvinha-mirim

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32 Plebeia nigriceps (Friese, 1901) mirí
33 Plebeia remota (Holmberg, 1903) mirim-guaçu, preguiçosa
34 Plebeia saiqui (Friese, 1900) saiqui
35 Scaptotrigona bipunctata (Lepeletier, 1836) tubuna, tapesuá
36 Scaptotrigona depilis (Moure, 1942), auctorum canudo, tombuna
37 Scaptotrigona polysticta (Moure, 1950) benjoí
38 Scaptotrigona postica (Latreille, 1807) mandaguari-preta
39 Scaptotrigona tubiba (Smith, 1863) tubiba, tubi
40 Scaptotrigona xanthotricha (Moure, 1950) mandaguari-amarela,
tujumirim
41 Scaura latitarsis (Friese, 1900) pegoncito, sharabata
42 Scaura longula (Lepeletier, 1836) jataí-preta
43 Schwarziana quadripunctata (Lepeletier, 1836) guiruçu, mulatinha, iruçu-do-
chão
44 Schwarzula timida (Silvestre,1902) lambe-olhos, frecheira
45 Tetragona clavipes (Fabricius, 1804) borá, vorá
46 Tetragona elongata (Lepeletier & Serville, 1828) borá
47 Tetragona quadrangula (Lepeletier, 1836) menire-udja
48 Tetragonisca angustula angustula (Latreille,1811) jataí, jataí-verdadeira, jaty
49 Tetragonisca fiebrigi (Schwartz, 1938) jataí, jataí-do-sul
50 Trigona braueri (Friese, 1900) mel-de-cachorro, abelha-de-
cachorro,
51 Trigona cilipes (Fabricius, 1804) angelita, buhnide
52 Trigona fulviventris (Guérin, 1835) abelha-cachorro
53 Trigona aff. fuscipennis (Friese, 1900) abelha-brava, corta-cabelo
54 Trigona hyalinata (Lepeletier, 1836) guaxupé
55 Trigona hypogea (Silvestri, 1902) mombuca-carniceira
56 Trigona recursa (Smith, 1863) feiticeira
57 Trigona spinipes (Fabricius, 1793) arapuá, Irapuã

58 Trigona truculenta (Almeida, 1984) sanharão


59 Trigonisca intermedia (Moure, 1900) -
60 Trigonisca meridionalis (Moure, 1990) -
Referências:
J. M. F. Camargo & S. R. M. Pedro, 2013. Meliponini Lepeletier, 1836. In Moure, J. S., Urban, D.
& Melo, G. A. R. (Orgs). Catalogue of Bees (Hymenoptera, Apoidea) in the Neotropical Region –
Versão Online. Disponível em <http://www.moure.cria.org.br/catalogue>. Acesso em
23/11/2018

S. R. M. Pedro & J. M. F. Camargo, 1999. Apoidea Apiformes. Versão Online. Disponível em: <
http://www.ib.usp.br/beesp/lista_abelhas_sp_apiformes.pdf>. Acesso em 23/11/2018

S. R. M. Pedro, 2014. The stingless bee fauna in Brazil (Hymenoptera: Apidae). Sociobiology 61
(4): 348-354.

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