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B278r 1290000597
IE/597 é'\t. IE
~
TCC/UNICAMP 8278r
DEZEMBRO DE 1997 /
TCCJUNICAMP
B278r
IE/597
AGRADECIMENTOS
APRESENT;JÇÃO PÁG.Ol
INTRODUÇÃO PÁG.04
C!lPÍTULQI
P!lNORIIM!l D!l PRODUÇÃO JNDUSTRMLAOLONGO DO SÉC XX PÁG,06
C!lPÍTULO li
O PROCESSO DE REENGENHARfA PÁG.l3
CAPÍTULO lll
O PROCESSO DE CQT PÁG.29
C!lPÍTULQ IV
CASOS REAIS DE REENGENHARfA PÁG.45
CAPÍTULO V
C!lSOS REAIS DE CQT PÁG.58
CAPÍTULO VI
CONCLUS0ES FINAIS PÁG.72
BIBLIOGRAFIA PÁG.75
APRESENTAüfO
de 1990., tiveram que implementar mudanças estrníllr.ais drásticas .para reduzir este "lag"
fonna~o.
dos custos. Outros elementos como., _por exeruplo_,_preoclJ.Pa_ção com os trabalhadores que
passam a exercer diferentes funções e a ter mais responsabilidades, são deixados de lado, o
que provoca__graves _JJroblemas _para .a im_p1ant;wão da &e11genharia passando a existir
uma forte barreira formada pelos funcionários. A Reengenharia é simplesmente baseada
nas ferramentas que usa para reduzir custos.
Como já pode ser notado, há dois extremos para o modo de gerenciamento de
processos: Melhoria Contbzua xReengenharia. As técnicas de interv~o e de mudan_ça
organizacional mais suaves de Melhoria Contínua (TQM) estão centradas na atividade ~m
grupo de _pessoas e visam basicamente _à qua1jdade .dos _.produtos e .serviços dentro de
programas de longo prazo, que privilegiam a melhoria passo a passo . Já a Reengenharü;z é
representada sinwiesmente "cOJDD o rq>ensar fimdamental e a reestrutur~ radical dos
processos empresariais que visam alcançar drásticas melhorias em indicadores críticos e
contemporâneos de desenw~ .tais como ~ -Qualidade, atendimento e velocidade"
(Idalberto,Chiavenato- 1995).
Nesta nova dinâmica industrial, segundo a Reengenharia, o foco passa a ser os
processos e não mais as tarefas. A excessiva .egJeciali.z.a&ão não_w~a valor ao cliente e,
nesta nova fase, o cliente é o elemento fundamental. Para ele só interessa o trabalho que
agrega valor ao _produto final AReelJlJenhari~ ao ter .seu foco nos _processo.s, coloca em
primeiro plano o cliente. São três os seus elementos fundamentais: clientes, pesso~ e
processos.
Neste novo quadro empresarial, a Reengenharia é um dos instrumen~os
CAPÍTULO/
Nele, a matéria bruta era usinada e transpOdada em correias .tran.Spruíadoras para ser
transfonnada em peças de montagem. Os componentes de vários tipos eram então
fornecidos a cada um dos processos de montagem finai~ sendo que a própria linha de
montagem se movimentava a uma velocidade regular enquanto as peças eram montaQas
para finalmente tomarem-_se ..carros to~ montados na Jinha. _A _plataforma .de
montagem era construída também visando uma maior divisão do trabalho: maior
especialização e consequente aumento da .produtividade - estes são os princípios básicos
do Taylorismo aperfeiçoados pelo Fordismo.
A difusão deste padrão só .ocorreu 1lOB anos 50. ~ós li Guerra Mundial, numa
época de alto crescimento. E em um periodo de crescimento lento? A tendência de fazer e
estocar ainda seria válida? Para os _japoneses, a resposta era não. Para os orientais~ em
uma fase de crescimento lento, os méritos da produção em massa seriam minimizados já
que um sistema gue buscav.a o aumento .Do tamanho dos lotes não .era prático e, além
disso, produzia todo tipo de desperdício.
O Sistema Toyota de produção evoluiu da necessidade de se produzir com maior
diversidade de produtos e melhor qualidade. Certas restrições do mercado exigiram a
produção de pequenas guanti.d.ades .de muitas v.ariedades .de produtos _sob .co~ões .de
baixa demanda, principalmente no pós-guerra. Tal sistema também ficou conhecido como
Produção Enxuta. Além disso, acreditava-.se .,gue, se o J.apão não desenvolvesse nenhuma
''técnica" especial para produzir certamente seria destruído pelos EUA Foi em meados de
1945 que "Toyoda Küchiró (1894-1952), .enlão _presidente da Toyoda Motor Company,
disse, "Alcancemos os Estados Unidos em três anos. Caso contrário, a indústria
automobilistica do Japão não sobreviverá." ".(Ohno, Taiichi - 1997).
O objetivo mais importante do Sistema Toyota foi aumentar a eficiência da
produção pela elimina.Ção consistente e .completa dos desperdícios. Swmdo tal sistema,
todos os tipos de desperdícios ocorrem quando se tenta produzir um mesmo produto fí'ill
quantidades grandes, homogêneas. No fim, os custos se elevam. É muito mais econômico
produzir um item de cada vez.
Na indústria automobilística japonesa foi implantado um sistema produtivo no qpal
eram necessárias poucas prensas par.a moldar o carro, executando as trocas de moldes
8
através dos _próprios operários. Descobriu-se que o custo por peça prensada era menor na
produção de pequenos lotes, isto devido a um menor estoque e ao surgimento instantâneo
dos erros. A idéia de que a troca de ferramentas e de prensas era prejudicial foi derrubada
com o treinamento intensivo dos funcionários. Os tempos de trocas foram reduzidos de
dias e horas para minutos e se_gundos.
A produção enxuta é um processo produtivo resultante de um conjunto de
transformações, não só de inovações tecnológicas~ mas também de modificações na forma
de gestão, que permitem aproveitar as economias de escala e de escopo ao mesmo tempo.
Quanto ao processo de montagem, a estrutura produtiva é baseada na
flexibilização da produção de maneira rápida e com custos mínimos. A produção se dá ~
necessidade de im_plantação de tal método. Sabiam gue tinham que reconstruir sua base
industrial se desejassem que o Japão prosperasse nos anos vindouros.
O CQT é, conceitualment~ um sistema de meios para produzir .economicamente
bens ou serviços que satisfaçam as exigêncfas dos clientes ou ainda "PratiCar um bÇ)m
controle de qualidade é desenvolver_, _projetar_, ..._nmduzjr__e comercializar lil1l produto de
qualidade que é mais econômico, mafs útit e sempre satisfatóriO para o
consumidor."(Ishikawa,K- 1986} Como v~ens,_pmlemos <lestacar:" CQI oferece
garantia de qualidade verdadeira; abre canais de comunicação dentro da empresa; toma
possível j)ata as divisões _de _._nrojeto_e fabric::wão____de ,produtos acompanhar _de forma
eficiente e precisa as constantes mudanças nos gostos e nas atitudes dos clientes para q,ue
os produtos _possam ser fabricados _para atender _ronsistentemente _à _preferência .do
consumidor. O CQT foi de tal forma aprimorado no Japão que acabou sendo exportado
novamente para o ocidente. Utilizando amplamente .as características .do Controle de
Qualidade japonês, os produtos japoneses podem vangloriar-se de ter a mais ~ta
mercado americano cresceu o bastante_, .durante .a década de 80, para _gue o _governo dos
EUA tomassem medidas restritivas. Tais medidas simplesmente estimularam o
investimento direto jªPonês no .mer.cado americano~ .Naguele momento~ _qu.a.ndo as
montadoras japonesas se instalaram no mercado norte-americano, tornou-se visível o hi~to
tecnoló~co e organizacional gue existia .entre oJ@ão .e os EUA Tomava-se necessária a
realização de transformações na indústria automobilística americana. Acabou havendo
somente a absorção de alta tecnoJQgia aplicada .na automa~ão, sem realizar qualquer
transformação na estrutura organizacional da empresa. V ale salientar que o sistema de
produção enxuto envolve muito mais gu.e .a utilização de alta tecnolo~ consiste na
adoção de uma nova concepção de gestão de firma. Para isso, vale observar a tab~la
abaixo:
li
funcionários. Todos estes ítens retratam uma nova forma de se _pensar a empresa
atualmente. E todos são condizentes à forma da Reengenharia atuar em uma empresa
l3
CAPÍTULO li
O PROCESSO DE REENGENHARIA
A) PRINCÍPIOS E PRESSUPOSTOS:
empresa.
14
B) ESTRATÉ{;IASE TÁTICASDE~TERVENÇÃO:
produtos, quais processos e tarefas que não se justificam ou que causam gargalos na
produção , etc. Busca-se descobrir as forças e as fraquezas da companhia. Enquanto isso,
devem ser investigados modos alternativos de como a Tecnologia de Informação poderia
ser aplicada para solucionar os problemas das empresas. A Tecnologia de Informação
assume um papel central na Reengenharia pelo fato de implementar e dar suporte aos
sistemas de informação que são redesenhados. A TI não pode ser aplicada de maneira
convencional As empresas devem se questionar em como usar tal tecnologia para fazerem
aquilo que ainda não estão fazendo. E é nisso que se baseia a Reengenharia: primeiro
buscar a solução eficaz para depois procurar os problemas que ela pode solucionar.
1) lteengenharia de tare~s:
provocando uma rotiniz~ das atividades. Os .car..gos enun projetados segundo o modelo
de fazer e não de pensar e havia clara separação entre gerência (pensar) e operaria.;do
(atividade). Além disso obedeciam ao princípio .da hierarquia, de caráter essencialmente
fol111lll.
O objetivo deste modelo era incrementar a _produtividade e reduzir os custos,
porém acabou gerando uma série de -desvantagens. À medida que se simplificavam e
rotinizavam as tarefas_, estas tornavam--Se rqletitivas e monótonas_, provocando apatia,
desinteresse e fadiga. A pessoa distancia-se gradativamente daquilo que faz, caminhan.,do
rumo à aliena_çâo e fiustação. As vantagens na redução de custos de produção acabaram
sendo neutralizadas pelo elevado absenteísmo e rotatividade do pessoat, novos custos
adicionais de seleção e treinamento de pessoa], etc. O em_prtm:ado não apresenta interesse
pessoal peta empresa: aquele local é simplesmente de trabalho e sua comunicação com o
superior é exclusivamente _para solucionar problemas.
A Reengenharia de tarefas surge para transformar a estrutura em função de tarefas
em uma estrutura em função de cargos. É uma nova forma de organizar o trabalho -e é
muito comum os cargos deixarem de abordar funções para se debruçar sobre processos,
com tarefas mais orientadas para pessoas ou para grupos relativamente auto-
administrados. É a substituição de carg-os excessivamente estruturados e estagnados, por
cargos mais abertos e mais livres. A especialização exa_gerada cria problemas de
coordenação devido às interdependências, pois quanto maior a diferenciação tanto maior a
necessidade de mecanismos de int~ação.
Em vez de superespecialização e do confinamento de tarefas, a ampliação do cargo
requer a sua reorganiza_ção e extensão de atividades para gue as pessoas possam conhecer
o significado daquilo que fazem e, principalmente, ter uma idéia da contribuição do ~eu
trabalho _pessoal para as o_perações da ef11presa como um todo. Isto pode se dar com
enriquecimento do cargo seja através de aumento gradativo dos objetivos,
responsabilidades e desafios ou com aumento do_grau de tais responsabilidades.
Busca-se dessa maneira alcançar elevada motivação interna e satisfação com o
trabalho, desempenho de alta qualidade e redução de faltas (absenteísmo) e de
desligamentos (rotatividade). O cargo deveria passar a apresentar variedade, tomando-se
18
Arou filo
I I Em;,,.;, dõ
ReqU1S1çao
I'
Requis•-
:ante
ld~,_____
de Pessoal
_:__~
Assina!!Jra
do Chefe
do Órgão
É
Aaalmente NÃO
Neces.sá.rio
'
Assinatura
""
"
Oire!Qna
Ent'evis".a.
~mo
Requisitante
Aplicação
Aplicação das
Técroic:as de
"
TeStes
Recrvtame<1!0
""
NÃO
Corresoonde Dispensado
'
""
2) Reen11enharia de processos:
serviço, de ponta _a ponta. Os _processos produzem a estrutura pela qual uma organização
faz o seu trabalho para produzir valor para o cliente. Daí a satisfação do cliente com o
produto desse processo constituir uma importante medida de um processo.
O objeto deste tipo de Reengenharia não é a organização. A empresa não refaz
seus departamentos, mas reformula o trabalho que as _pessoas fazem nestes departamentos.
O que ocorre na maioria dos casos é que cada área funcional constitui um
departamento separado, gue procura organizar-se internamente, independentemente das
demais áreas. Acaba-se formando uma colcha de retalhos. Cada área acaba deixando de
atender o seu cliente interno para atender às suas _próprias e exclusivas conveniências.
Assim, a Reengenharia propõe uma visão integrada e abrangente de cada processo
empresarial~ envolvendo a totalidade das áreas e órgãos nele envolvidos. A Reel!genharia
busca uma visão de processo das atividades e não da estrutura organizacional da empresa.
Há uma mudança na ênfase de como a organização funciona _para de que maneira o
trabalho é feito.
O importante é retirar do processo o que ele tem de desperdício de tempo e de
esforço e sobretudo as atividades gue w~am custos desnecessários e não trazem
benefícios ou valor ao produto.
A Reengenharia determina que para trabalhar com qualidade, atendimen,to,
flexibilidade e baixo custo os processos devem ser sim_ples. A especialização de
trabalhadores em tarefas simples e repetitivas acaba exigindo processos complexos p{lra
aglutiná-las. Em vez de__ privil~_giar a estrutura or_gani.zacional e decom_por os _processos em
21
1) Identificação de_possíveisprojetos:
É a identificação de quais as mudanças potenciais que indicarão projetos de
Reengenharia. Os objetivos do_prQjeto são estabelecidos amplamente. Torna-se necessário
focalizar a mudança por meio de um conjunto de requisitos, como: reduzir o tempo
necessário para a realiza_ção de al__guma tarefa; verificar se há al_guma tarefa que possa ser
efetuada por um número menor de pessoas; resolver um problema; melhorar os padrõe& e,
dessa forma~ a qualidade de um _processo; melhorar o serviço, como, por exenwlo, o apoio
ao clieqte.
3) Seleção de projetos:
É a etapa que considera quws os processos a ser submetidos ao esforço de
Reengenharia.
23
empresari~s.
Como geralmente são necessários vários mapas para cobrir toda a empresa, os
diversos mapas são ligados em rede ou hierarquicamente. O início para identificar o fluxo
começa com a pergunta "o que você faz? " para o departamento responsável. O mapa de
processos é construído por meio de séries de entrevistas com gerentes e membros do
pessoal administrativo. Cada entrevista tem dois propósitos: o primeiro é infonnar o
processo em si ao entrevistado e o segundo é a coleta de informações. Na entrvista inicial,
os entrevistados são indagados sobre o que as suas unidades organizacionais fazem.
25
Também são questionados sobre pelo que a unidade organizacional é responsável e o que
ela produz. Esta infonnação constitui o ponto de partida para o mapa de processos de
nível hierárquico mais elevado. A seguir pergunta-se como estas atividades estão
relacionadas e em que sequência serão executadas. Depois de criados os mapas de
processos de cada área organizacional, os analistas devem trabalhar juntos para equilibrar
as ligações e as remissões recíprocas.
AAaHsa o problema
ldentffiC<l neeass>dades <le Informação
Escrtt6rio de vandas ldemmca lot>tes de iniormaçáo
envia os pedõ:ics Otném a intcrmação rteo)$S;Íria A:qutv.~r o ~ido
I
Ccnlirmação OK Entrada
dos Pooidos ? do ,»:lido
Vemio:;a;
Pedidos Sim
Sim
II
OISpcnibiliaade de estCQua
Situação cte <=="é<::ilc
Ccnctiçóes de p.açamentc
I
3) Reengenharia Organizacional:
D) PONTOS FORT)IS:
Com a Reengenharia torna-se mais fácil que uma empresa atinja índices superiores
de qualidade (eliminando-se os desperdícios na própria linha de produção com a
autonomia dos trabalhadores) do que outras empresas que não tenham adotado o
processo. O cliente alvo de aten_ção das empresas mantêm-se fiel ao produto. Atualmente,
mais do que nunca, ele tem várias outras empresas para lhe servirem.
28
E) OS PONTOS FRACQS:
CAPÍTULOIU
A) PRINCÍPIOS E PRESSUPOSTQS:
houvessem gueixas~ estas não ch~v.am até os de.Partamentos dos interessados dentro da
empresa. Foi desenvolvido no Japão o anúncio: "Aceitar produtos defeituosos sem
reclamar não é nenlruma virtude". Para outros .Países., gue ainda se encontram nesta
situação passada do Japão, o simples passo de implantação do controle de qualidade já
permite o ~arecimento de diversas _gueixas~ criticas e dúvidas que representa um
import~te passo para as melhorias do produto.
Porém, .Para a transferibilidade do modeloJ<wonês _para outros _paises, existem
vários fat9res importantes:
• qualidade da educação dos trabalhadores
• motivação de todos os funcionários em todos os níveis hlerárquicos
32
Diagrama de Jshikawa
Um instrumento muito pouco usado até pouco tempo denominado Diagrama de
lshikawa mas popularmente conhecido como Espinha de Peixe, é a melhor maneira de
relacionar as causas com os efeitos. A análise do diagrama inicia-se com a escolha de um
problema que deva ser resolvido na área de qualidade. Os fatores mais importantes são
assinalados nas linhas principais. Os subfatores, por sua vez, são relacionados nas linhas
secundárias. O diagrama de espinha de peixe pode ser ampliado e exposto na fábrica para
conscientizar o pessoal em serviço a respeito das causas e efitos de um problema. Dessa
forma os problemas relativos à qualidade passam a ser cuidadosamente observados
durante a produção.
Como exemplo temos a seguinte espinha de peixe cujo problema a ser resolvido ê
a superfície fraturada do metal fundido:
Temperatura Revestimento
da Fundição do Molde
temperatura
do metal - - -
~situação da volume índice de
derretido caçamba revestido---...: / mistura do
pó de carvão
o'dem pa'a \
a fundição ~ ~~od~g8~a Superfície
I
- ----''-.---------''--,---Fraturada
do Metal
volume da _ Fundido
escória
( seqüência do "~~~~~
atarrachamento
pré-aqu~cido
índice de --ou nao
mi_s~ura ~as___.-: ordem para
matenas-pnmas j
~emperatura a fundiçãoJ grau do
I da fornalha I - - esfriamento
Composição do Temperatura
Metal Derretido do Molde
Programa :;s
O Programa 5S, juntamente com just in time, CCQ, Kanban, entre outros, busca
aumento de qualidade e produtividade nas empresas por meio da observação de regras
simples e de muita participação dos funcionários. Este movimento nasceu no Japão na
década de 60 e tem como determinação .owanizar .o local .de trabalho, mantendo-o
arrumado e limpo; manter as condições padronizadas, assim como a disciplina necessária
para a rea1ização de um bom trabalho.
O nome SS vem das iniciais de 5 palavras japonesas- seiri, seiton, seiso, seiketsu,
shitsuke -que querem dizer organização, ar.d.e.m, Jiny>eza, higiene e disciplina. No quadro
na próxima folha há uma visão geral do SS.
Este programa deve .anteceder outros para facilitar .o ..d.ia;gnó.stico dos problemas.
Sem procedimentos operacionais bem-definidos é impossível dizer o que está certo e o
que está errado. Sua implantação toma-.se .impossív.el se a .alta gerência não assumir a
lideranção do processo: ela precisa motivar e dar o exemplo. Além disso, aconselha-se a
criação de uma comis,são que .coordenará todo o processo .e .que este apresente uma
abordagem gradualista, pois: as pessoas ficam, inevitavelmente, cansadas e sujas quando
limpam e organizam o }ocal.de trabalho; .a conscientização ocorre não .zw.enas por meio de
discursos e reuniões, mas também através de ações; é muito dificil envolver a todos ao
mesmo tempo.
O programa SS não pode ser confundido como wna faxina geral. É preciso manter
o ambiente limpo e aiTIJ.~Dado contimmmente. O .SJJcesso .inicial .só é mantido se as.pessoas
38
Definir um arranJO simples que • Ambiente de trabalho arrumado. • Local de trabalho e equipamentos em
permita obter apenas o que • Layout e arrumação eficientes ordem.
você precisa, quando precisa. (inclumdo qualidade e segurança). • Eliminar o tempo gasto procurando as
• Aumento da produtividade por meio da coisas.
eliminação do tempo gasto procurando Exemplos:
as coisas. • sistema PEPS de gerenciamento de
estoques (o pnme1ro que entra e o
primeiro que sa1);
• avisos facilmente legíveis.
Eliminar o fixo, a sujeira e os • Não SUJar. eliminação total do lixo e da • Limpeza mais eficiente.
materiais estranhos, tornando o sujeira. • Limpeza e inspeção de equipamentos e
(Õ
0 N local de trabalho mais limpo. • Descobrir os pequenos problemas, por ferramentas.
.~ ~
Cb
(/)
E
·-
L1mpeza como uma forma de me1o de inspeções de limpeza. Exemplos:
2- inspeção. • Compreender que limpeza é inspeção. • divulgação de campanhas de limpeza;
• Tratar das causas da sujeira. • limpar até os loca1s que não são
observados pela maioria das pessoas.
Manter as coisas organizadas. • Gerenciamento visual inovador, para • Gerenciamento visual inovador.
arrumadas e limpas, incluindo revelar as anormalidades. • Codificação por cores.
::::-
(/) CJ os aspectos pessoais e os • Mudar a percepção das pessoas Exemplos.
-Cb c:
CJ
..:.: ·- relac1onados à poluição. quanto à importância da higiene • placas de temperatura:
·Cb
- ·O'l
-
(1)2:,. pessoal. • marcos de mspeção.
• Propiciar instalações adequadas para a
higiene pessoal dos funcioná· os.
39
Kanban
O Kanban é apenas uma das técnicas utilizadas para se atingir a meta do just in
time (que será descrito a seguir) de controlar o sistema de produção. O Kanban é uma
técnica controlada por meio de cartões, que são presos aos lotes da peças. Quando um
lote se esgota no proçesso de produção, seu Kanban é devolvillo ao departamemo de
produção e o outro lote é enviado imediatamente. Existem basicamente dois tipos de
Kanban:
1. Kanban de produção, que autoriza um pequeno lote de peças de determinado
tipo, em um determinallo cemro de produção da fábrica. Este cartão contem, em geral,
o tipo de peça a ser fabricada, o tamanho do lote e o centro de produção.
2. Kanban de movimentação, que autoriza a movimentação do .material pela
fábrica, do local que desenvolve determinado componente para outro que consome tal
componente. Este cartão contem, = zera1, o tiPo de peça, o tamanho do lote de
movimentação, o centro de produção de origem e o centro de produção de destino.
nível de peças refutadas por não >e <:ncontr.arem <lentw 4e um padrão pr<:definído. O
ganho final vai para o consumidor com melhores produtos. Para atingir sua meta que é a
obtenção da perfeição através do aprimoramento .continuo, são necessários alguns
elementos básicos: controle de processo, qualidade facilmente visível, disciplina da
qualidade, paralisação. da linha, rorr<:ção dos próprios """"' .insp<:ção 100%, lotes
pequenos, ordem e limpeza na fabrica, verificação diária dos equipamentos, etc.
Fora ganhos de qualidade e redução de custos, os CCQ são o principal meio para
se favorecer a comunicação dentro de uma empr~sa.
Just in time
A idéia em que repousa o JJT é simples: fabricar e entregar produtos apena& a
tempo de serem vendidos, submontá-los a .tempo de montá-los nos .pr.odutos .acabados,
fazer peças a tempo apenas de entrar nas submontagens. O ideal do JIT é colocar todos os
materiais em uso ativo~ .integrando o material .em .processamento, não deixando-os ociosos
ou acarretando despesas de manuntenção. Assim, o sistema pode ser visto não apenas
como um meio de controlar .estoques mas .também de controlar qualidade e refugos,
elevando o rendimento da produção, equilibrando melhor a linha de produção e
despertando a motivaçjo e o interesse dos trabalhadores. O motivo .pelo .qual os lotes
menores podem ser vistos como proporcionadores de maior qualidade e menor quantidade
de refugos baseia-se na simples .idéia .de .que, se o trabalhador iizer apenas um exemplar .de
detemúnada peça e o passar de imediato ao trabalhador seguinte, em pouco tempo se
ficará sabendo se a peça foi ou não aproveitada Dessa forma, prontamente serão
descobertas as paças defeituosas, sendo possível extirpar as causas no próprio ato. Evita-
se assim a produção de grandes lotes com peças defiú1osas
São vários os objetivos do sistema de produção JIT. São eles:
• redução do tempo de preparação;
• redução dos custos das ordens de compra, exercendo as empresas japonesas
grande pressão quanto _a .exigência de _qualidade .dos .produtos que compra - por jsso a
possibilidade da remessa de produtos poder sempre ir direto para a linha de produção;
41
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D) PONTOS FORTES:
O maior destaque que pode ser dado ao Controle de Qualidade Total refere-se à
importância que este pr<>eesso .dà à busca ..pela 40alidade Em ~ sociedade
extremamente competitiva como a atual, com a abertura de mercados aos produtos
externos, o diferencial pa-COirida--ao cons,,midor acaba -sendo-a cp 1 alidade -daquilo ..que é
produzido. Os clientes tornam-se peça fundamental não só para rejeitarem o que não for
de seu agrado como taJDhém..par.a opinar. Conseq1 Jentemente...a-.esta--busca-Pela tplalidade,
os empreendedores conseguem reduzir seus custos em função da diminuição do retrabalho
e dos desperdícios.
Outro ponto também importante de ser ressaltado é a melhoria na comunicação
interna da empresa. O~ CCQ _se respons.abilizam ..por esta atividade.--E,-foraisso,--Os CCQ
permitem que os funcionários passem a participar ativamente na empresa. Afinal, quem
melhor do que o própJio1Uncionário.gueJida-8lloras-_-POf--dia--COm os-~ui_pamentos-.para
sugerirem mudanças que vão favorecer redução de desperdício, de tempo de produção, de
insumos, etc. Tudo i~ também contrihldndo..,para red1Jção _4e_ CJJstos ...e a11mento .da
qualidaçle.
A busca por qualidade dentro de uma empresa é um processo que ocorre
gradualmente. Dessa maneira, não desenvolve restrigões--à ---SWL -implantação. --ÜmlG --há
intensa participação dos funcionários, considera-se que o programa começa de baixo e Qão
encontra nenhum tipo de restrição. Ao contrário-!' ao _participarem ativamente-da-empresa,
acabam por se sentirem mais responsáveis e com maior senso de utilidade. Também sa~m
E) PONTOS FRACOS:
CAPÍTULO IV
Muito foi dito a respeito .da Reimgenharia, .tanto nas p1tblicações especializadai em
administração como na imprensa diária. Mais ainda tem se falado do insucesso da
Reengenharia, da quantidade-de v-ezes .que ela deixou .de .obter os resultados esperados.
As empresas ao utilizarem os processos precisam conhecer melhor as possibilidades e os
riscos de realizar a Reengenharia. É necessário .saber que ao lado de casos de fracasso há
também muitos de suCfSso.
Este novo processo foi lançado ao público originalmente por Hammer e Champy
que buscavam estabeleyer um .divisor de -4guas na abordagem-aos .desafios-que ...as ...empresas
americanas enfrentavam. Até então havia sido feito muito esforço no sentido de consertar
os defeitos das empresas .par.a .dar-lhes .o desempenho esperado. Houve a época dos
projetos de automação de escritórios, depois, da racionalização adrnirústrativa e, por fi,rn,
das iniciativas de copiar ~· de .qualidade de japoneses. As empresas W!ltinuav&n
precisando de soluções objetivas, já que continuavam perdendo competitividade, saqde
empresarial e mercado. Foi nessa época que Hammer e Champy concluíram não ser
bastante consertar os problemas e as empresas: era necessário reinventar a maneira conto
elas operavam. Afinal, todas ..as .pr.emissas de funcionamento delas se baseavam nas idéias
que vieram desde Adam Smith até a primeira metade do século XX
Mais que isso, em muitos casos era indi~nsável redefinir o próprio ne_gócio, já
que a tendência é dedicar pouquíssima atenção a essa definição, deixando as coisas
correrem ou agindo em ftmção da moda. Inúmeras em.Presas acabaram _por descobrir que
as mudanças ocorridas nos últimos vinte anos nos mercados fornecedores de matérias-
primas e de mão-de-obra, na tecnolo_gia de fabricação e nas comunicações exigiam uma
profunda revisão do que elas estavam fazem,lo.
É por isso que a definição de Reengenharía é escrita por Hammer e Cha:mpy
como: "Reengenharia é o repensar fimdamental e o -r-edesenho radical dos prooesso.s de
46
os seguintes passos:
Defma o cliente
Através de pesquisas de mercado identifique quem é o seu púhlico alva e
quais as necessidades dele. Isso poderá gerar mudanças nos atuais .produtos -OU
pesquisa de nov-as.
Analise a concorrhrcia
Identifique os atuais concorrentes e os futuros e veja como eles atendem ou
ptldefã<>atendel'<>meread<>.
-?
47
Trace a estratég1à
Defina come desenvoLver a competência. (item 4) de acoroo oom a visão. do.
negócio (item 3) e a cuhura (item 5). Indiq_ue quais os objetivos e de que forma
serão atingidos.
Selecione os processos
Esqueça a estrutura departamental e tente enxergar a empresa como um
conjunto de processos. Num supennercado, o processo de abastecimento, por
exemplo-, engloba- a aquisição .de produtos; o .reGebimeote, o- armazenamento e
a reposição nas. gôndolas. A.valie quais. processos são importantes para a
estratégia da empresa e devem ser alvo de reformulações.
Ouça o- cliente
Dependendo do ramo dá para envolver o cliente np processo de Reengenharia.
Ele pode detalhar suas necessidades que se traduzaem em metas de
desempenho.
Implemente, monitore-~ajuste--
A modificação foi fundamental para que a Locaset não perdesse seus clientes que
se tornavam a cada momento mais exigentes. A eficiência é primordial e a nova forma de
trabalho vem buscar aprimorar este elemento.
A principal dificuldade da empresa foi a troca de ferramenta de trabalho. No início
as pessoas ficaram relutantes em usar o computador mas atualmente ninguém se vê capaz
de trabalhar de outra maneira. Caso a empresa não tivesse dado a devida atenção a este
importante elemento no processo de Reengenharia - as pessoas - talvez a implantação do
novo processo não tivesse dado resultados tão positivos.
Algo importante que precisa ser ressaltado é que muitas vezes o processo de
Reengenharia é interpretado simplesmente como redução de custos ou downsizing. O
caso da Locaset é um ótimo exemplo que aplicar a Reengenharia em uma empresa não
implica em, necessariamente, cortar pessoal.
Abaixo são apresentados os dois esquemas - novo e antigo - do trabalho da
Locaset. Por tais esquemas torna-se mais fácil visualisar a redução de papéis e atividades
dentro do negócio.
sejam os processos. Com isso, partes importantes e complexas das aplicações existentes
para o processo antigo foram aproveitadas.
Na opinião dos diretores, os _prQjetos de Reengenharia trazem desafios muito
grandes e Oiferentes. Por trâs da busca de outro patamar de desempenho, sem abandonar a
racionalidade e a experiência, está o desafio de administrar a ansiedade pela obtenção de
resultados e a disposição firme de enfrentar as resistê"ncias no periodo de mudanças na
empresa.
Tal pmgrama de incentivo sinylles e deyrêmios modestos foi o suficiente para gue
os funcionários surgissem com 1.500 sugestões. Multas foram adotadas com programas de
qualidade e treinamento. O maguinário foi _renovado e a fábrica -adguiriu nDYD ~o.
25.000 diferentes produtos e em todo mundo o valor mais do que dobra. O segredo deste
sucesso está nos altos investimentos em pesquisa e àesenvolvimento.
Durante a segunda metade dos anos 80, suas vendas aumentaram em 60%. De
1991 a 1993, o crescimento das vendas foi de apenas 2%. Pela primeira vez em ~ua
.,'"
o
proec~so de eomcrdalizaçio novos produto11
comerci~liz.ados "u
custos elevados
preços nie><ompetiLivOll
[_~
l
1----:=:; desenvolvimento
l~ ~·~"'";=
ciclo de tempo
menor
cu:;;tos menores
I "] preços mais
competitivos
ÇAPÍTULOV
melhoramento das comunidades _gue a se .et:Qpenhou ainda mais em seu __pr-Qjeto. Foi
sugerido então montar um treinamento de reciclagem a ser aplicado pelos chefes de obra
de fonna a enfatizar para as_j).essoas as vanta_gens _gue elas obteriam com a @lic.a&ão do
5S: economia de tempo e de esforço, facilidade e simplicidade. A base do treinamento foi
também desenhos ilustrativos.
Para continuidade do programa é fundamental a realização de Auditorias e de
Encontros Internos. Emjulho de .1994 _fui realizado llDl Encontro Interno com ênfase nas
melhorias obtidas com o 5S. Nesta oportunidade os funcionários apresentaram trabalhos
desenvolvidos nas obras e ..gue foram avaliadas _jlOf ..uma _comissão j1!!gadora. Houve
distribuição de prêmios para as 3 primeiras colocações. A empresa acredita que tal evento,
aliado às Auditorias são fatores de manutenção do 5S.
Como já foi mostrado no início deste texto, vários foram os resultados positivos
no âmbito social. Porém não 11eJlode .deixar k destacar alglms resultados ®tidos, mesmo
sendo o· Programa 5S voltado para os funcionários:
1. Forte conscientiza_ção corn_rela_ção_ a desperdício
2. Redução dos estoques de almoxarifado
3. Redução das áreas de instalação .dos-canteiros de obras
4. Melhoria de produtividade
5. Contribuição _para melhoria da ~em da~r.esa
6. Elevação do moral do pessoal
7. Melhoria de comunicação através de uma maior intw-'!&ão entre as __pessoas
8. Redução dos índices de acidentes
Todos estes beneficios foram descritos a partir da aplicação do 5S dentro da
empresa. Tal _pro_grama poderia trazer ainda maiores beneficios se realizado também
dentro de casa. Toda a sociedade iria ser beneficiada com aumento de qualidade na vida
do cidadão.
64
os túveis de chefia, tomando a estrutura mais compacta e com canais de comunicação mais
claros e mais diretos. Foram dois os motivos que levaram a Hering a reorganizar o &eu
processo: a abertura do mercado brasileiro e ineficiência ty)resentada em alguns setores da
área fabril.
As mudanças mats importantes que ocorreram na Hering foi: eliminar os
controladores de qualidade e inspetores, controlar visualmente metas e resultados, adotar
parceria com fornecedores dividindo com estes a responsabilidade pela qualidade. Em
geral, o controle de qualidade era realizado de acordo com os padrões tradicionais do
sistema de produção jordista. Em quase todas as áres, era constante a presença Po
inspetor de qualidade cuja função era conferir ao final do processo se os resultados
obtidos tinham sido iguais ao pretendidos. Assim, a inspeção destacava-se como o
principal controle de qualidade ao final do processo dos produtos acabados e semi-
acabadÇ>s.
Dentro desta perspectiva, o departamento de garantia de qualidade e nonnatização
era responsável pela manutenção da gualidade dos produtos em processo e dos produtos
finais, além de fornecer os parâmetros de qualidade operacionalizando pelo nível de
qualidade aceitável, que define limites mínimo e máximo para a qualidade de um produto
ou um processo. Com a implantação do JIT, o controle de qualidade passou a ser feito
com algumas modificações adotadas incrementalmente~ buscando maneiras de realizar o
controle de fonna mais eficiente e com inspeção mais ampla.
Dentre os controles de qualidade adotados devido às inovações inseridas na
organização, o que teve maior impacto foi o autocontrole da qualidade, que ocorre
durante todo o processo de fabricação~ nas diversas áreas da organização. Esse tipo de
65
controle é realizado pelo próprio operador que, ao detectar um problema, tem autonomia
tanto para devolver a peça ou o lote ao processo anterior, para o retrabalho necessáJio,
como para a refugar, quando não há mais o que fazer. O autocontrole é, assim, a forma de
controle que exige maior envolvimento e responsabilidade do empregado com o traball10
que está realizando. Dessa forma a inspeção sofreu várias modificações e hoje está
associada à auditoria de qualidade, não existindo mais os inspetores de qualidade.
Analisando-se o controle do processo em um ambiente JIT percebe-se, claramente,
as diferenças qualitativas e quantitativas em relação ao controle praticado anteriormente
na empresa. Qualitativamente, o controle tomou-se imperceptível àqueles inseridos no
contexto fabril. Quantitativamente, ocorreu redução das formas de controle utilizadas no
processo produtivo. Em tennos de aproveitamento do tempo durante cada turno de
trabalho, 85% dos integrantes concordaram totalmente que o JIT provocou maior
aproveitamento de tempo, tendo isso ocorrido em função da polivalência dos empregados.
Tem-se, também, que a implantação do JIT intensificou o controle sobre o
processo, através do controle do ritmo do processo de fabricação e do volume de
produtos semifaturados. Com relação ao ritmo, os resultados são bastante claros ao
demostrarem a intensificação do controle. Já no referendo ao volume, a intensidade do
controle ficou condicionada à utilização do kanban, ou seja, com a adoção do kanban
tomou-se mais clara e mais precisa a informação sobre quanto está sendo produzido de
determinado material e em que lugar se encontra o respectivo lote.
No âmbito social, apesar da intensificação do trabalho e da maior responsabilidade
dos trabalhadores, com maior cansaço no final da jornada, todos demonstravam maior
entusiasmo em função da natureza grupal do trabalho. Este fato justifica-se, por um lado,
pela possibilidade de maior envolvimento no processo, como consequente aumento da
responsabilidade e a criação de um espaço de decisão sobre o seu próprio trabalho e, por
outro, pelo maior retorno financeiro proporcionado pela vinculação do pagamento aos
níveis de produtividade. Pode-se dizer que se formou uma consciência de grupo em
termos de trabalho que tem levado as pessoas envolvidas a se perceberem como parte de
uma cadeia e a reconhecerem não bastar ao empregado atingir bom desempenho
individualmente se o restante de seu grupo não alcançar o mesmo patamar. A formação
66
ele pode ainda ser melhorado. Para tanto, a 013anização deverá estar preparada para um
contexto de mudança e inovação constant~s.
dar suporte às ações e execução do Plano. Durante esta etapa existe Quatro momentos
importantes:
•desdobramento de Diretrizes
•capacitação para elaboração do plano
•elaboração do Plano
•apresentação dos resultados para o Conselho do Grupo
No final de 1993 foram 4 as Diretrizes definidas pelo Conselho do Grupo Gerdau
escolhidas para o ano seguinte: garantia de qualidade dos produtos, confiabilidade Qos
68
Sensibilização:
Esta etapa teve como objetivo principal informar a todos os colaboradore~ e
prestadores de serviços sobre o Prqgrama 5S e motivá-los _para sua _prática diária. Para
70
isso foram distribuídas cartilhas sobre o ,prqgram~ foram utilizados cartazes e out-doors,
gerentes e supervisores realizaram uma apresentação do programa aos funcionários e, por
fim, fizeram um treinamento para iniciar o 5S na _prática.
Implantaçiio
As ações básicas desenvolvidas nesta etapa foram: criação da Comissão 5S com
representantes de todas as áreas, dia..,gnóstico das áreas e re.gistro das condições atuais,
lançamento do Programa 5S, realização da Semana da Limpeza Inicial que mobilizou toda
a empresa, implantação do Projeto de Coleta Seletiva de Lixo e elaboração do Projeto
PaisagístifO.
Avaliação
Primeiramente são definidos os postos de trabalhos cuja equipe irá se reunir p$ra
definir como deverá ser o ambiente de trabalho. Muitas ne_gociações ocorrem entre os
colegas de trabalho sobre o padrão ideal de ambiente. Estas negociações promovem a
integração da equipe e maior comprometimento. A manutenção do ambiente ideal se dá
através de verificações que podem ser diárias, semanais ou de qualquer outra fonna qu~ o
grupo achar que é melhor. Tal manutenção é baseada em um quadro onde se tem
determinado O QUE QUEREMOS e COMO MANTER Desta forma é feita avaliação do
SS. Caso não seja verificada nenhuma evolução ou se houver algum indicador gue est~a
Perpetuaç(ío
É sabido que os programas japoneses não buscam resultados da noite para o çlia.
Estes programas conduzem a uma forte mudança cultural que, para se perpetuar precisa
71
CAPÍTULO VI
CONCLUSÕES FINAIS
técnica um modelo de _gestão com elementos não só _para mudan_ças dos processos mas
também ligados às diversas modificações que ocorreriam paralelame{\te.
75
BIBLIOGRAFIA
Pioneira, 1994