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RESUMO
Nesta seção, chegamos a uma dúvida que pairam a muitos professores. Quais
leituras devemos oportunizar aos nossos estudantes? Não é fácil encontrar a respostas.
Ademais, a autora problematiza a situação com mais perguntas. O que eles precisam, o
que buscam? Quais obram atenderia a demanda social apresentada? Não devemos
subestimar a capacidade dos alunos leitores. Também, nesse processo de eleição de
obras, devemos ouvir esses alunos, o que os instigam, quais seus interesses. O círculo
de leitura não deve ser algo imposto, mas sim haver um caráter agradável e natural para
que todos desfrutem de seus benefícios.
“Quais são, com efeito, os textos que ajudam a viver em tempos difíceis? A
resposta é complexa, evidentemente”.
Encontra-se no livro, um habitat aos que buscam sentidos, como revela o livro,
“todos nós somos exilados”, a vida em um certo momento, conduz a fazer escolhas, e
isso é um processo natural ao longo da história de cada um. A presença de um mundo
contemporâneo em constante mudança, apresenta uma transitoriedade em busca de
um sentido, cujo livro e a leitura podem responder as perdas surgidas com esse
deslocamento. Diante de determinadas situações de exílio, o livro permite que nasçam
outras habilidades oportunizando um espaço de reconstrução, de morada.
Com a globalização acelerada, percebe-se que a cultura e os valores vão se
transformando, ora para melhor, ora para pior. Famílias segregam e a falta de estrutura
permanece. Oportunidades surgem nos recintos familiares, com intuito de alcançar uma
melhor qualidade de vida, como viagens para outros países. “Mas, para construir uma
vida exilado, é preciso que o amor próprio habite na pessoa de forma que o amor às
suas origens permaneça, mesmo que seja difícil querer bem às suas raízes quando a
violência lhe obriga a abandoná-las, quando não a negá-las.” (p.250). Por isso, é
importante pensarmos a mediação como processo cultural, um fator que eleva à
sociedade a estar mais apta a se distanciar e construir identidades flexíveis, abertas.
A narração feita a partir de experiências vividas assume sentido coerente e
transformador para melhor refletir as práticas sociais atribuídas ou aplicadas no meio
em que vive. E os mediadores precisam ser coerentes, evitar apresentar um fundo
monolítico em sua mediação, visto que são peças fundamentais para alcançar a
multiplicidade de vozes.
Ressaltamos a questão do resgate cultural, das origens e raízes através da
leitura. O laço social nunca é desfeito, fortalecem-se as bagagens culturais e históricas,
pois a leitura, também, é vista com refúgio.
CAPÍTULO 8 – A ESCOLA E A BIBLIOTECA NA LINHA DA FRENTE
BIBLIOGRAFIA