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A ARTE LER OU RESISTIR OU COMO RESISTIR, MICHELE PETIT

RESUMO

CAPÍTULO 4 – OUTRAS SOCIABILIDADES

Começamos os nossos apontamentos pelo título: seriam outras habilidades


sociais? Seria possível a leitura proporcionar, por exemplo, uma melhor socialização?
Pudemos observar que nunca estamos a sós no processo de leitura. Apresenta-se um
novo mundo e, assim, escapamos de crises as quais assolam a todos nós. Ressalta, neste
capítulo, a importância de analisar-se o entorno social para a elaboração de projetos que
possam modificar a realidade social. De forma a entrar em sintonia com a comunidade,
envolvendo pessoas locais como intermediários, buscando sempre valorizar o contexto.
Procurar registrar as memórias da comunidade, escutar os desejos manifestados, ouvir a
contribuição dos moradores, sem fazer imposições.
Fala-se também de influências positivas no processo de aquisição do hábito
de leituras. Outro aspecto interessante, é que as pessoas consideradas invisíveis
socialmente, ganham voz e passam a participar ativamente das rodas de leitura e de
conversas, modificando, assim, sua autoestima e sua autoconfiança. Há o fortalecimento
dos laços sociais as diversas comunidades e grupos que efetuam leituras. Como
podemos observar nos seguintes os excertos:
“A leitura favorece as transições entre corpo e psiquismo, dia e noite, passado e
presente, dentro e fora, perto e longe, presente e ausente, inconsciente e consciente,
razão e emoção. E entre o eu e os outros”.
“(...) e o ato de dividir é inerente à leitura como a todas as atividades de
sublimação”.
“(...) quando levanto os olhos do livro, outros estão ali ao meu redor: o autor,
os personagens cujas vidas ele narra ou aqueles que ele criou, se se tratar de uma
ficção (e talvez aqueles que o inspiraram), os outros leitores do livro, de ontem e de
amanhã, os amigos que dele me falaram ou a quem imagino que eu poderia
recomendar (...)”.
“A crise chega, às vezes, até à perda do sentimento de pertencimento ou se
traduz em um afrouxamento dos vínculos. Uma deterioração das solidariedades”.
“A adversidade pode também acarretar uma desconfiança generalizada,
sentimentos de perseguição”.
“Sair de uma crise, elaborá-la e superá-la, pressupõe, ao contrário, recuperar
vínculos capazes de garantir uma continuidade, um contexto, e reencontrar, como foi
dito anteriormente, um ou vários ‘outros significativos’”.
Neste capítulo percebe-se como a leitura participa de forma a contribuir com o
nascimento de uma compreensão sentimental, quando compartilhada nos espaços de
leitura, as vivências e trocas exploradas do seu mundo por outros, valorizam a
cumplicidade literária.
A relação entre os sujeitos ou entre objetos podem levar o indivíduo a sentir o
desejo de ler e, como consequência, este indivíduo passa a retribuir à sociedade todo o
conhecimento adquirido por meio da leitura, bem como as atividades de sublimação, ou
seja, a construção da emoção através da arte.
A autora, em um relato, menciona que mesmo diante de diversas crises
perceptíveis, a leitura se sobressai e, conseguir superá-la, é recuperar vínculos capazes
de construir novos sentidos ou nova identidade. A partir disso, pode-se tornar um leitor
individual ou coletivo.
Ressalta-se a mobilização feminina nesses espaços de leitura, mulheres com
diferentes idades, formações, profissões, prova que a literatura é democrática, e convida
os homens, sendo a minoria, a desfrutar dessas experiências comunitárias necessárias
que agregam, sensibilizam e libertam.
Percebe-se a ênfase dada quanto à leitura coletiva, sendo considerada um fator
importante, além de ser um processo valorizado, visto que sua forma de organização e
logística colabora para aproximar ainda mais as pessoas ou futuros leitores, ou seja,
através dos círculos de leitura, social e o cultural ocorrerá a autonomia do cidadão.
Michèle Petit imagina a biblioteca do futuro como algo sendo um espaço
privilegiado para as relações sociais, bem como as culturais. Seria um espaço para uma
comunidade do qual podem conversar e dialogar, aproximando crianças e adultos da
leitura, mostrando que as palavras são alcançadas por meio de sentimentos, o que as
torna viva em nosso meio.
A valorização da comunidade é essencial, ver o contexto em que ela se insere
nos leva a refletir num mundo mais libertador e menos autoritário. Por isso, é
importante atrair pessoas para o universo da leitura de forma que a literatura seja algo
prazeroso e, para tanto, é preciso investir em novas bibliotecas e, usar de estratégias
como as de “Glória Rodríguez para desenvolver a leitura, do qual iniciou ainda na fase
infantil ou bebê.”(p.146) .
A partir destas estratégias iniciadas, outras estratégias foram definidas, inclusive
o desenvolvimento de clubes de leitura ou cafés literários, que se tornaram movimentos
sólidos e envolveram sociabilidades multiformes. Podemos perceber ainda que, existe a
possibilidade de inclusão em relação aos imigrantes, que com os clubes de leituras, além
reunir diversas pessoas, de diversos mundos, reunião, nos círculos, imigrantes que
tinham a oportunidade de ter um momento de prazer através da leitura.
A abordagem da autora em seu contexto geral seria o que muitos questionam em
relação a que a literatura está em jogo na contemporaneidade, ou o que a literatura
proporciona, na verdade. Então, podemos dizer que proporciona o acesso ao saber e,
através da aquisição do conhecimento, surgirá a liberdade e a emancipação, isto é, a
partir do momento em que se busca esse conhecimento, o indivíduo passa a ser mais
autônomo na sociedade.
Dessa forma, o programa de leitura teria contribuído muito para uma melhora
das relações interpessoais, indo além do tempo das reuniões, refletindo tantos em
pessoas que acabaram de chegar nos grupos como os que já permaneciam. “Pensar em
‘por que ler’, trata-se de revalorizar as palavras e as trocas de linguagem, e de
estimular a oralidade nos debates, relatos de histórias, na análise de dados, assim
como na escrita, que contribui para que cada um seja um indivíduo político” (p. 160-
161)
O tópico “Uma formação da sensibilidade” mostra que os espaços coletivos de
leitura tiram cada um de sua solidão, fazendo compreender que os tormentos, as crises e
dificuldades são compartilhados pelos que estão a seu lado, mas também por aqueles
que encontra nas páginas lidas ou por quem as escreveu.
Em vista dos argumentos apresentados, a literatura subjetiva as pessoas que de
certa forma alcançam a democracia, uma vez que esses programas de leitura propõem a
construção da autonomia no centro mesmo de sua abordagem, buscando uma literatura
da melhor maneira possível e, com qualidade.

CAPÍTULO 5 – QUAIS LEITURAS?

Nesta seção, chegamos a uma dúvida que pairam a muitos professores. Quais
leituras devemos oportunizar aos nossos estudantes? Não é fácil encontrar a respostas.
Ademais, a autora problematiza a situação com mais perguntas. O que eles precisam, o
que buscam? Quais obram atenderia a demanda social apresentada? Não devemos
subestimar a capacidade dos alunos leitores. Também, nesse processo de eleição de
obras, devemos ouvir esses alunos, o que os instigam, quais seus interesses. O círculo
de leitura não deve ser algo imposto, mas sim haver um caráter agradável e natural para
que todos desfrutem de seus benefícios.
“Quais são, com efeito, os textos que ajudam a viver em tempos difíceis? A
resposta é complexa, evidentemente”.

Diante das dificuldades e crises vivenciadas no cotidiano, a sociedade tem a


opção de escolha dos tipos de textos, tipos de leitura que poderá ajudar a viver em
tempos difíceis. Assim, percebe-se a variedade existente no meio da literatura e, o
momento de reflexão servirá para detectar em qual caminho irá escolher se apenas um
alimento para nutrir, ou um olhar bem-intencionado que vai remeter a uma imagem
unificada e valorizada de si mesmo, ou senão os clássicos, literatura contemporânea,
contos, entre outros. Pensar em algo que possa ligar estas escolhas é imaginar a
existência de “pontes” que permeiam as adversidades, solidão e a determinação, porém
são hipóteses que transmitem algumas incertezas de que um livro seria bom para um,
mas ruim para outro.
Na verdade, a intencionalidade do indivíduo que se encontra em um momento de
guerra, bombardeio, guerrilha, é sair daquele mundo sombrio e poder encontrar a si,
poder recuperar sua identidade e, para isso, ser eclético, é o que importa. “O mais
espantoso é a sua capacidade de não poupar esforços, custe o que custar, para
salvaguardar um espaço seu, construir sentido, responder à busca de palavras, de
relatos, de metáforas.” (p. 176)
A literatura policial, por sua vez, vem com uma conotação voltada para a
realidade e, ao ler um romance policial, o leitor que está em crise, ou numa guerra,
sente-se completamente absorvido no mundo imaginário, mas que ao mesmo tempo
real. Essa literatura vem suprir suas expectativas de uma compreensão de sua história
pessoal ancorada na história mais ampla do devir social. Em particular, a leitura
dessas obras daria novamente coerência ao que viveram (p.180)
Outra opção muito trabalhada foram as histórias em quadrinhos por fazerem
parte da leitura infantil e juvenil de muitos, possuir imagens convidativas, deste modo,
os soldados internalizaram esse material como reabilitação para as situações traumáticas
que enfrentaram, lidando com o racional e o emocional em um processo contínuo, isto
responde ao questionamento do capítulo. Essa reconstrução por meio da literatura
infantil e juvenil trouxe um alento interior, sarando o que a vida proporcionou de
dissabor.
O papel do mediador na sociedade não é nada fácil, ou será bem visto ou mal
visto diante dos leitores em virtude das escolhas das obras literárias apresentadas. Além
do livro, deve-se analisar também a experiência pessoal deste mediador, pois sabe o
quanto a leitura ajuda a viver e, julgam essencial recusar a facilidade de nunca diminuir
a qualidade literária para tentar seduzir o leitor com textos fáceis. De fato, uma boa
escolha literária surpreende o leitor, tornando- o um ser ativo na sociedade e podendo
expressar livremente sua opinião sobre seu tema, bem como conhecer a vida e escolhas
do autor.
Portanto, é necessário que o mediador esteja preparado para transmitir todo o
conhecimento adquirido durante toda sua vida. “Sabe-se que não é uma tarefa fácil,
principalmente ao lidar com pessoas que estão distantes da escrita e que tem
dificuldade de manter atenção durável. Por isso é frequente recorrer a textos curtos e
trabalhar a oralidade de forma mais simplificada”. (p.190)
O conto e o mito entram na sociedade com o objetivo de transformação pessoal,
tratamento de sofrimento psíquico, além do uso para fins pedagógicos, com crianças,
adolescentes para auxiliar no seu desenvolvimento intelectual e psíquico. O conto era
uma forma de as pessoas saírem de seu mundo em busca, muitas vezes, de algo que
pudesse aliviar as dores, mágoas, entre outros.
E, a poesia desempenha um papel social forte em relação aos indivíduos, que
mesmo diante das dificuldades é transmitida como algo que fornece ânimo à alma.

CAPÍTULO 6 – LER, ESCREVER, DESENHAR DANÇAR

A leitura transforma vidas e, sua transformação é de forma eficaz e pedagógica,


que através do uso de metáforas passa a surpreender o indivíduo que a pratica. Além da
leitura, a arte de um modo geral colabora para o bem-estar da população, criando um
ambiente que resiste à crise e contemplando o belo, seja por meio da dança, música,
assim como outros que possam exprimir a raiva e a dor de modo não violento.
É, na leitura de mundo que se estabelece a relação com a leitura escolar,
enriquecendo uma prazerosa descoberta, que às vezes mostra-se subjetiva e ausente de
interpretação, mas sentida, como a arte. As crianças são as que melhor lidam com essa
multiplicidade, são mais lúdicas e receptivas.
O processo de leitura como forma de crescimento intelectual visa algo que
desencadeia a fala, tornando o indivíduo um ser ativo na sociedade. O meio de
transposição da leitura permite colocar palavras em regiões dolorosas de si, além de
construir um espaço que dá voz à pessoa inativa.
O relato do trabalho da mediadora com as crianças foi frutífero, pois teve uma
abordagem artística aguçando todos os sentidos, propondo atividades que permitisse o
elo da literatura com a arte, instigando momentos, “preciosos e únicos”, com ressalta no
livro, não impedindo o adulto a xperimentar essa descoberta.
A partir do momento em que o leitor alcança a liberdade de expressão, poderá
participar e construir um lugar para si no mundo. Ao apropriar-se da língua, ter um
relacionamento mais desenvolto com ela e um domínio da norma culta, o falante obterá
o empoderamento, do qual o cidadão acha seu lugar na sociedade, no mundo.
Essa identidade conquistada por meio da leitura, no ambiente social, faz com
que se construa uma cidadania mais justa e igualitária. A literatura permite que o leitor
pense por si próprio. Quando há ausência desse domínio sobre a linguagem, o sujeito
passa a ter uma incapacidade de simbolização porque a linguagem de certa forma
simboliza os sentimentos do homem.
Quando o indivíduo tem o domínio da linguagem, passa ter o domínio da
narração, consegue construir a sua subjetividade. A pessoa consegue ler em qualquer
lugar e conjugar melhor essa relação de tempo. A experiência individual aproxima o
leitor do mundo. Leitor e leitura estão próximos, assim como leitura e mundo estão
ligados. A leitura ajuda na relação de inclusão, ou seja, a literatura permite que a
transitemos entre dois universos, ela não limita a um só universo.
Diversas são as estratégias para manter uma leitura prazerosa, bem como a
escrita coerente. Uma dessas estratégias é o caderno de notas, que serve como suporte
tanto para adolescentes como para adultos, visto que este dispositivo passa a ser o
reflexo da experiência pessoal e um lugar para estar sozinho e se conhecer. A
autoestima é evidenciada com a passagem da leitura para a escrita e, tira o ser da
posição de vítima. A leitura em voz alta também contribui para que o estímulo seja
alcançado, para que o leitor se sinta valorizado e compreendido em meio a tantos
obstáculos.
Mirta Colangelo lembra Paulo Freire com sua história de infância, onde dizia ter
aprendido a linguagem das mangueiras ao longo das estações, dos ramos das árvores, da
voz do vento, de muitas outras coisas, ainda explica que a leitura de mundo facilita o
acesso à leitura da letra. Portanto, percebe-se a importância, primeiramente, em
fazermos uma leitura de mundo, para assim, ampliar novos conhecimentos e implicar na
construção de sentidos. É necessário buscar desejos e estimulá-lo para o processo de
leitura, fazendo com que novas descobertas sejam visualizadas.
Vimos, neste capítulo, outras possibilidades, outras estratégias que favorecem
e estimulam o processo de leitura. Observamos que através de atividades artísticas, as
pessoas se tornam mais sensíveis, sendo capaz de mudar realidades.

CAPÍTULO 7 – LEITURA E EXÍLIO

Encontra-se no livro, um habitat aos que buscam sentidos, como revela o livro,
“todos nós somos exilados”, a vida em um certo momento, conduz a fazer escolhas, e
isso é um processo natural ao longo da história de cada um. A presença de um mundo
contemporâneo em constante mudança, apresenta uma transitoriedade em busca de
um sentido, cujo livro e a leitura podem responder as perdas surgidas com esse
deslocamento. Diante de determinadas situações de exílio, o livro permite que nasçam
outras habilidades oportunizando um espaço de reconstrução, de morada.
Com a globalização acelerada, percebe-se que a cultura e os valores vão se
transformando, ora para melhor, ora para pior. Famílias segregam e a falta de estrutura
permanece. Oportunidades surgem nos recintos familiares, com intuito de alcançar uma
melhor qualidade de vida, como viagens para outros países. “Mas, para construir uma
vida exilado, é preciso que o amor próprio habite na pessoa de forma que o amor às
suas origens permaneça, mesmo que seja difícil querer bem às suas raízes quando a
violência lhe obriga a abandoná-las, quando não a negá-las.” (p.250). Por isso, é
importante pensarmos a mediação como processo cultural, um fator que eleva à
sociedade a estar mais apta a se distanciar e construir identidades flexíveis, abertas.
A narração feita a partir de experiências vividas assume sentido coerente e
transformador para melhor refletir as práticas sociais atribuídas ou aplicadas no meio
em que vive. E os mediadores precisam ser coerentes, evitar apresentar um fundo
monolítico em sua mediação, visto que são peças fundamentais para alcançar a
multiplicidade de vozes.
Ressaltamos a questão do resgate cultural, das origens e raízes através da
leitura. O laço social nunca é desfeito, fortalecem-se as bagagens culturais e históricas,
pois a leitura, também, é vista com refúgio.
CAPÍTULO 8 – A ESCOLA E A BIBLIOTECA NA LINHA DA FRENTE

No tópico “As bibliotecas, no cerne da transmissão cultural” é evidenciado a


importância de uma biblioteca com uma estrutura adequada e capaz de recepcionar os
usuários de diferentes formações que comungam do mesmo espaço para aquisição do
conhecimento ou apenas para o deleite. Na estrutura pode-se incluir programas de
leitura pelo poder público, bibliotecários valorizados, cursos de formações, círculos de
leitura, entre outros, esses esforços contribuem de forma social e cultural para o país.
Compreende-se que no mundo globalizado e com os avanços tecnológicos,
esses espaços estão cada vez menos visitados, mas é com leituras como esta, que
percebe-se a riqueza desse ambiente, onde reserva preciosidades de como resistir.
A biblioteca sendo mantida como espaço vivo da escola, faz do educando um
indivíduo atuante na sociedade. Buscar estratégias que tornam o acesso igualitário a este
espaço é, sem dúvida, essencial para que todos possam, de fato, contribuir para um
trabalho de construção de si mesmo, reforçando a sua autonomia.
Procurar leitores não é uma tarefa fácil, mesmo que se leve uma mochila de
livros para uma sala de aula, é evidente que o papel do professor como mediador é
fundamental. Fazer o aluno pensar sua própria relação com a leitura e a escrita, além de
questionar a abordagem utilitária do texto lido e compartilhar as experiências vividas
favorece a criatividade e a prática social com nível elevado de conhecimento de mundo.
Uma opção seria criar oficinas que busquem exercitar a oralidade, leitura e
escrita, também, favorece a criatividade e uma prática poética de linguagem. “Pensar o
ensino somente na escola seria algo limitado. Por isso, é necessário que se busque
ampliar novos horizontes e diversificar os espaços onde seriam oferecidas às crianças e
aos que cercam “as melhores condições de acesso a transmissão cultural”. (p.271).
Entre outras questões, a autora defende a apropriação de bibliotecas, enfocando
práticas que permitam a auto-gestão das mesmas, enfatiza a importância de ouvir a
comunidade, familiarizar-se com o contexto e formar pessoas, já que, quem melhor que
um membro da comunidade para motivar seus pares? É por isso que o autor destaca: "A
literatura é transmitida mais do que se ensina", indicando que o mais importante não é
ensinar, mas através do destino, infectar quem nos escuta, cercá-los naquele mundo
maravilhoso que é o lendo.
Assim a biblioteca deveria ser um espaço cultural, mais do que um complemento
didático, onde professores e bibliotecários pudessem se unir em prol do objetivo,
alcançar novos leitores. A autora também afirma que, para aqueles que não têm um
lugar no mundo, a literatura muitas vezes se torna um lar, um porto para o qual chegar
depois do tormento. E aquele refúgio de paz é às vezes solitário e privado, mas às vezes
é compartilhado, e está lá quando é enriquecido.
Podemos notar que, ao longo deste capítulo a relevância da biblioteca no
entorno em que se encontra inserida. Infelizmente, muitas instituições de ensino a veem
com estabelecimento de empréstimo. Não me recordo, nas instituições educacionais
dificilmente se verifica a elaboração e a execução de projetos de leituras que
envolvessem bibliotecas ou bibliotecários. Fica o questionamento: Por que professores
de outras áreas, que não Língua Portuguesa, não desenvolvem atividades de leituras
com os alunos, como rodas de leituras? Serão esses professores leitores?

BIBLIOGRAFIA

PETIT, Michèle. A arte de ler ou como resistir à adversidade; Tradução de Arthur


Bueno e Camila Boldrini. São Paulo: Editora 34, 2ª edição, 2010.

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