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CONDIÇÕES PARA SER UM DISCÍPULO

“Uma grande multidão ia acompanhando Jesus; este, voltando-se para ela, disse: “Se alguém vem a mim
e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do
que a mim, não pode ser meu discípulo. E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser
meu discípulo. Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser
meu discípulo. “O sal é bom, mas se ele perder o sabor, como restaurá-lo? Não serve nem para o solo
nem para adubo; é jogado fora”

Lucas 14:25-27; 33-35 NVI

PROPÓSITO

“Aprender que para ser um verdadeiro discípulo de Jesus é necessário que se pague o preço que o
compromisso com ele exige.”

INTRODUÇÃO

Agostinho de Hipona um teólogo que viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã, considerado um dos pais
da reforma protestante certa vez escreveu: “Cristo não é de fato valorizado até que seja colocado acima
de tudo.”

Há um custo que precisa ser levado em conta por todo aquele que realmente quer usufruir de um
relacionamento íntimo com Jesus e posteriormente viver a eternidade com Ele. A mera afirmação de fé
em Cristo não é suficiente. Dentro desse contexto Tiago escreve: “Você crê que existe um só Deus?
Muito bem! Até mesmo os demônios creem — e tremem!” (Tiago 2:19). O que Tiago esta ensinando é
que a fé em Deus/Cristo dissociada de um compromisso de vida prática, estéril de boas obras,
moralmente improdutiva; é totalmente morta, inoperante. Logo, é uma fé não genuína e incapaz de
salvar. Portanto, é necessário que conheçamos quem Jesus realmente é e as demandas que Ele faz
àqueles que querem segui-lo.

Uma multidão equivocada (v.25)


Dentre o povo judeu, aqueles que acreditavam que Jesus era o rei prometido por Deus, esperavam um
cumprimento literal dessa profecia. Assim, Jesus usaria poder sobrenatural para libertar a terra de seus
ancestrais de sob o império Romano e expulsar os gentios. Desta forma, eles teriam de volta suas terras
e cidades e todos seriam prósperos. O boato que tinha se espalhado era que nessa Páscoa Jesus teria o
grande banquete inaugural do seu reino.

Mas o fato é que no plano de Deus primeiramente Jesus teria que morrer e ressuscitar, conquistando a
vitória sobre inimigos humanos e cósmicos. Daí então, todo o planeta deveria ser confrontado com a
mensagem do reino. Haveria perseguição e sofrimento. Sendo assim, Jesus não poderia deixar pessoas
segui-lo baseadas em falsas pressuposições. A partir disso Ele acautela Seus seguidores a considerarem
cuidadosamente o preço de uma vida de serviço dedicado a Ele. Assim percebemos neste texto de Lucas
que a primeira condição para alguém ser um discípulo de Jesus é ter com ele um...

COMPROMISSO DE AMOR EXCLUSIVO

“Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua
própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo” (v.26).

Quando alguém encontra a Cristo, espera-se que esta pessoa tenha uma atitude amorosa para com seus
familiares, com o fim de ganhá-los também. O que Jesus esta ensinando aqui é que o compromisso de
amor do discípulo para com Ele deve ser superior até mesmo ao compromisso de amor que se tem pela
própria família natural e se uma escolha tiver que ser feita, Ele deve ter precedência.

Aliás, o amor é o único fundamento sólido para o relacionamento com Deus e o serviço que se presta a
Ele. Em sua carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo deixa isso bastante claro.

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa
ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o
conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei. Ainda que eu
dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada
disso me valerá” (1 Coríntios 13:1-3).
Não importa quão extraordinária sejam as obras de alguém, se a motivação não for amor, tudo estará
perdido.

Jesus também ensina que a obediência do discípulo a Ele esta alicerçado no amor. No evangelho de João
lemos: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14:15).

Além disso, o testemunho eficaz da comunidade cristã no mundo também depende da expressão de
amor entre os seus membros. “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se
amarem uns aos outros” (João 13:35). Mas o que é amor? O conceito teológico de amor (agápe), não é
mero sentimento, mas uma virtude do caráter que leva alguém a se sacrificar em benefício de outrem.
Nesse sentido Jesus é o nosso maior exemplo de amor praticado. Ilustração: No capítulo 9 de Lucas,
Jesus recusa a condição apresentada por dois voluntários que queriam segui-lo, então vejamos:

A outro disse: “Siga-me”. Mas o homem respondeu: “Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai”.
Jesus lhe disse: “Deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos; você, porém, vá e proclame o
Reino de Deus”. Ainda outro disse: “Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e despedir-me
da minha família”. Jesus respondeu: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o
Reino de Deus” (Lucas 9:59-62).

O pai desse primeiro candidato ainda não tinha morrido, o que ele estava indicando aqui era sua
obrigação de cuidar do pai até que morresse. Jesus o orienta a deixar que os espiritualmente mortos
sepultem os fisicamente mortos, pois as exigências do reino são mais importantes. O outro voluntário
prometeu segui-lo, mas então pediu para consultar sua família. Ao que Jesus respondeu:

“Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus” (Lucas 9:62). Com isso
o sulco do arado ficaria torto. A verdade é que nenhum dos dois voluntários possuía amor suficiente
para assumir compromisso com Jesus. Os benefícios espirituais que Cristo propõe àqueles que o seguem
são inestimáveis e eternos, mas exige um compromisso de amor exclusivo e incomparável. Transição:
Além deste compromisso de amor exclusivo a Cristo, há uma segunda condição para alguém ser um
discípulo; e esta segunda condição é a:

MORTE DO EU
“E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo” (v.27).

Facções armadas de judeus revolucionários percorriam a Palestina procurando a libertação do domínio


romano. Os homens que compunham a audiência de Jesus teriam visto por inúmeras vezes estes
ativistas judeus pendurados em cruz romana. Assim, a cruz era bem conhecida como instrumento de
morte, de modo que aqui ela representa a morte ou a separação da velha vida, uma das marcas de um
verdadeiro discípulo, como se lê em Romanos: "Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado
com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado" (Romanos
6:6). E ainda: “Pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem
morrer os atos do corpo, viverão” (Romanos 8:13).

Este versículo de Lucas 14:27 pode e deve ser comparado com o texto de Lucas 9:23-26.

Jesus dizia a todos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua
cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha
causa, este a salvará. Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a si
mesmo? Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará
dele, quando vier em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos.” (Lucas 9:23-26).

Ilustração: Michael Jackson conquistou tudo que ambição humana de modo geral deseja. Riqueza
material, fama internacional, poder e o luxo que tudo isso proporciona. Contudo...

Morreu como o homem mais solitário do mundo, dependente de drogas. Incapaz sequer de ter uma
noite de sono tranquila. Uma alma em tormento.

O que Jesus esta pedindo a estes homens?

Que tivessem a coragem de viver na contramão da história humana, com seus conceitos mundanos de
poder, riqueza, posição social e segurança. Que não se envergonhassem de viver a sua fé num contexto
em que os valores morais e espirituais contidos nas palavras de Jesus são tidos como coisa de gente
ignorante e ultrapassada. Por que Jesus considera esta postura firme de fé tão importante? Porque ela é
fundamental ao testemunho efetivo do evangelho. Imagine o efeito negativo para a mensagem do
evangelho quando um cristão professo não segue de fato a Jesus. No versículo 34 e em Mateus 5:13;
Jesus usa a figura do sal para descrever a influência que seus discípulos teriam no mundo.

“O sal é bom, mas se ele perder o sabor, como restaurá-lo? Não serve nem para o solo nem para adubo;
é jogado fora.” O sal e uma substância preservativa, que retarda a deterioração. Sendo assim, os
seguidores de Cristo tem de ser permeados com o poder preservador do evangelho, que influencia o
mundo para o bem.

Paulo usou esta figura em Colossenses para se referir a maneira que aqueles irmãos deveriam se
comunicar. Ele diz: “O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como
responder a cada um" (Colossenses 4:6). Assim, a conversação do cristão deveria ser de tal modo
“temperada” que jamais fosse insípida, corrupta ou obscena. Numa última implicação sobre o sal,
poderíamos dizer que pessoas que dizem seguir a Cristo mas que não possuem um compromisso
genuíno com Ele são identificados como o sal sem sabor, i.é., sem utilidade (v.35).

Transição: Ser um discípulo de Jesus envolve um compromisso de amor exclusivo, incomparável e


superior à qualquer outro tipo de amor dedicado a quem quer que seja. Envolve também a morte do eu.
Da minha vontade, da natureza pecaminosa presente em mim. Por último, envolve a ...

RENÚNCIA AO “DIREITO” DE PROPRIEDADE

“Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu
discípulo” (v.33).

Este versículo é entendido por alguns como um resumo dos versículos 26 e 27. Assim sendo esta não
seria uma terceira condição para o discipulado mas uma soma de todas as condições anteriores. No
entanto, neste versículo Jesus parece dar a ideia de estar falando de possessões, bens materiais e
dinheiro. O ensino de Cristo e das cartas doutrinárias são muito claras com relação à postura que o
discípulo teve ter em relação às riquezas materiais. A expectativa daquela multidão que seguia a Jesus
incluía o enriquecimento material com o estabelecimento do reino prometido pelo Senhor. Assim como
acontece nos dias de hoje, eles ansiavam por riqueza. Sem muito sacrifício. Mas agora eles teriam que
desistir disso também. Eles não teriam que doar todos os seus bens mas renunciar ao “direito” de
propriedade. A tônica do evangelho ensinado por Jesus enfatiza que o cidadão do Reino, tendo
renunciado à ganância e ao desejo de possuir, existe para acumular tesouro no céu e não na terra. A este
cidadão do reino Jesus promete suprir todas as suas necessidades terrenas. Conforme se vê no
evangelho de Mateus:

Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer?’ ou ‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos
vestir?’ Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam
delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão
acrescentadas (Mateus 6:31-33).

Como sabemos, Deus é o Criador dos céus e da terra e de tudo que neles há. Ele é o dono da prata e do
ouro. Até mesmo a nossa capacidade de trabalhar e ganhar dinheiro é dada por Deus. Sendo assim,
como Paulo diz a Timóteo (1 Timóteo. 6:17), Deus nos provê de tudo para o nosso aprazimento. Mas
nada é nosso, é dEle. Ele confiou a nós a administração dos bens que pertencem a Ele. Que diferença faz
sabermos que nossas posses pertencem a Cristo? Creio que assimilar este ensino de Jesus compromete
a nossa vida de várias formas:

Nos estimula a repartir o que temos com os que nada têm. Nos torna mais sensíveis à necessidade de
envolvimento no suprimento de recursos para a expansão do Reino de Deus na terra. Compromete a
minha vida no sentido de disponibilizar tudo que tenho e tudo que sou (minhas habilidades naturais e
dons espirituais) para uso de Deus em prol do evangelho. De fato Deus não precisa do nosso dinheiro ou
dos bens que possuímos neste mundo, ele quer o nosso coração. Conforme se lê em Mateus 6:

“Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões
arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não
destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também
estará o seu coração. Vocês não podem servir a Deus e as riquezas.” (Mateus 6:19-21, 24).

Assim, o ensino do Senhor Jesus mostra que a aspiração do discípulo deve ser bem mais elevada do que
a manutenção ou a busca fútil pelos bens deste mundo. Como disse Jesus é impossível servir a dois
senhores. Logo, para ser um discípulo de Jesus é preciso também renunciar ao “direito” de propriedade.

CONCLUSÃO
Deus nos dá a salvação pela graça. Alguns pensam que isto seja um ato incondicional, uma ideia comum
no meio evangélico. Sim, isto é completamente de graça, nunca comprado ou merecido, mas não é
incondicional. Se entramos nesse maravilhoso relacionamento oferecido gratuitamente, existem
expectativas de ambas as partes, como num casamento. O custo de ser um discípulo nos ensina que
somos sim amados por Deus, mas também que Ele é o Deus Santo e espera que nós sejamos um reflexo
de sua santidade no mundo (1 Pedro 1:14-15). Deus, pela sua misericórdia e amor, nos oferece sua
presença e vida por toda a eternidade. Ele nos convida a cooperar com Ele em seu propósito glorioso
para a história humana pagando o preço de ser um verdadeiro discípulo de Cristo.

Amando-o com amor exclusivo

Mortificando o ego – a natureza pecaminosa / vida no Espírito.

Renunciando a ambição de possuir / fidelidade na administração dos

bens que ele coloca em nossas mãos.

Pergunta? Seria possível viver este elevado padrão de vida de um discípulo de Jesus? A resposta é sim, é
possível e a boa notícia é que o próprio Cristo nos capacita a viver assim pelo poder do Espírito Santo.
Não é o poder do homem, mas o poder de Deus. A verdade é que não temos outra opção, como disse
Pedro:

“Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo
de Deus” (João 6: 68-69).

Transição: Talvez hoje você esteja certo de que deve tornar-se um discípulo de Jesus, crendo que Ele o
capacitará para isso. Se esta é a sua decisão eu gostaria de orar por você:

Oração final: Senhor Jesus, estou consciente das condições que tu exiges para que eu me torne seu
discípulo. E pela fé eu decido segui-lo, certo de que tu me darás força para não voltar atrás. Peço perdão
pelos meus pecados e que eu possa viver a eternidade contigo. Eu oro em teu nome Jesus, amém

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