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CONSTRUÇÃO GEOMÉTRICA

autor
CELSO MARQUETTI

1ª edição
SESES
rio de janeiro  2016
Conselho editorial  luis claudio dallier, roberto paes e paola gil de almeida

Autor do original  celso marquetti

Projeto editorial  roberto paes

Coordenação de produção  paola gil de almeida, paula r. de a. machado e aline


karina rabello

Projeto gráfico  paulo vitor bastos

Diagramação  bfs media

Revisão linguística  bfs media

Revisão de conteúdo  robson ferreira da silva

Imagem de capa  ververidis vasilis  |  shutterstock.com

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida
por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em
qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyright seses, 2016.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip)

M357c Marquetti, Celso


Construção geométrica / Celso Marquetti.
Rio de Janeiro: SESES, 2016.
72 p: il.

isbn: 978-85-5548-351-6

1. Construção geométrica. 2.Desenho geométrico. 3.Geometria.


I. SESES. II. Estácio.
cdd 515

Diretoria de Ensino — Fábrica de Conhecimento


Rua do Bispo, 83, bloco F, Campus João Uchôa
Rio Comprido — Rio de Janeiro — rj — cep 20261-063
Sumário

Prefácio 5

1. Conceituação Básica 7
1.1  Ponto, linha (curva e reta) e plano 9
1.1.1 Ponto 9
1.1.2 Linha 10
1.1.3 Reta 11
1.1.4 Plano 13

2. Semirreta e segmento de reta 17

2.1 Semirreta 18
2.2  Segmento de reta 18
2.3  Reta suporte 19
2.4  Segmentos colineares 19
2.5  Segmentos não colineares 20
2.6  Segmentos consecutivos 20
2.7  Segmentos não consecutivos 20

3. Polígonos 23

3.1 Polígonos 24
3.2  Elementos de um polígono 25
3.3  Classificação dos polígonos 25
3.4 Triângulos 26
3.4.1  Classificação dos triângulos 27
3.5 Quadriláteros 29
3.5.1 Classificação 30
3.5.2  Propriedades dos quadriláteros 30
3.6 Trapézios 32
3.7  Polígonos regulares 34
3.7.1  Construção de polígonos regulares 34

4. Razão e proporção 37
4.1 Introdução 38
4.2  Proporcionalidade de segmentos 38
4.3  Quarta proporcional 40
4.4  Terceira proporcional 42
4.5 Escalas 43
4.5.1  Escalas numéricas 44
4.5.2  Escalas gráficas 44

5. Lugares geométricos 47

5.1  Lugar geométrico 1 (L.G.1) – Par de retas paralelas 48


5.2  Lugar geométrico 2 (L.G. 2) – Mediatriz 49
5.3  Lugar geométrico 3 (L.G. 3) – Bissetriz 49
5.4  Lugar geométrico 4 (L.G. 4) – Circunferência 50

6. Tangência e concordância 57

6.1 Tangência 58
6.1.1  Tangência entre reta e circunferência 58
6.1.2  Tangência entre circunferências 58
6.2  Concordância entre uma reta e uma circunferência 62
6.3  Concordância entre duas circunferências 64
Prefácio
Prezados(as) alunos(as),

O planejamento deste trabalho obedeceu a um objetivo principal: o de pos-


sibilitar ao estudante um aprendizado gradual e eficiente. Segundo essa dire-
triz, procuramos desenvolver a Construção Geométrica com uma linguagem,
cujo conhecimento ajudará a compreender o mundo em que vive.
Este trabalho, é uma viagem de exploração ao mundo da Construção Geo-
métrica, onde você vai descobrir que as formas geométricas estão sempre pre-
sente em sua vida. Perceberá também, que conhecer e compreender as relações
de tamanho e posição, poderá ajudá-lo a se relacionar com o mundo.
O estudo dos conceitos da Construção Geométrica é mais do que a aquisi-
ção de uma linguagem para compreender e se comunicar com o mundo, é uma
grande oportunidade para desenvolver sua visualização espacial e seu raciocí-
nio lógico.
A Construção Geométrica poderá lhe proporcionar o desenvolvimento de
várias habilidades e mostrar sua presença em diferentes situações do cotidiano
e da vida profissional.
Assim sendo, amigo estudante, há muito a descobrir; vale se dedicar; o be-
nefício será todo seu.
Desejo-lhe um excelente trabalho e que se divirta com a Construção Geomé-
trica, pois, mais do que tudo, o conhecimento é uma fonte de prazer.

Bons estudos!

5
1
Conceituação
Básica
1.  Conceituação Básica
O desenho é a expressão gráfica da forma, e deste modo não é possível dese-
nhar sem o conhecimento das formas a serem representadas (Carvalho, 2005
p.11). Sendo assim, é de suma importância conhecermos os instrumentos e
materiais de desenho que iremos utilizar.
Lápis e/ou lapiseira – Geralmente
o lápis é classificado por letras, núme-
ros ou ambos, de acordo com o grau de
dureza da grafite (também conhecida
por mina).

Borracha – Usa-se de preferência


uma borracha macia.

Régua – Instrumento para medir e


traçar linhas retas. Aconselha-se o uso
de régua transparente, graduada em
cm e mm.

Compasso – Instrumento utilizado


para traçar circunferências e transpor-
tar medidas.

8• capítulo 1
Esquadros – Instrumento cujo
formato é de triângulo retângulo, um
isósceles, e o outro escaleno. Assim
coo a régua é aconselhável o uso de es-
Escaleno
quadros transparentes.
Isósceles

Transferidor – Instrumento utilizado para medir e marcar ângulos. Possui


dois modelos básicos um de 180° e outro de 360°. Assim como a régua e os es-
quadros, é aconselhável o uso do transferidor transparente.

350 0 10
340 10 0 350 3 20
0 20 40 30
33 33
0 30 0 4
32 0 32 0
4 0
50 0

50 0
31

31
70 300

60 290
0

30
10 10
60

20 100 1 20

0
80 90
10 30
0

30 70

70 280 270 260 110 1


260 270 280 29

12
60 0 4
40 0 13 0
0

80 90 100
5
250 100 90 80
50 0
40 0
5

14
60

60 160
15
30

0
70 170 180
70
20

250
24 0 11
80 90
80
10

24 0 1
0 12
0

0
2
90
0

23 30

23 30
1

0
2
14 20 0
14 20
0 21 0
15 0 20 15 0 2
0 0 60 1
160 190 180 170 1 00 2
170 180 190 2

1.1  Ponto, linha (curva e reta) e plano

O ponto, a linha e o plano são elementos básicos da Geometria, isto é, são entes
geométricos intuitivos, portanto não possuem definição geométrica.

1.1.1  Ponto

Não possui formato nem dimensão. Pode ser representado pela intersecção de
dois traços ou simplesmente por um toque de lápis no papel.

B D
C
A

Os pontos geométricos são sempre identificados por letras maiúsculas


do nosso alfabeto. Por exemplo: ponto A, ponto B, ponto C, ponto D, e as-
sim sucessivamente.

capítulo 1 •9
ATENÇÃO
Não podemos representar pontos geométricos por pequenos círculos vazios ou cheios.
Por quê? Porque nesses pequenos círculos cabe, infinitos pontos.

• ° errado
. x certo

1.1.2  Linha

A linha é um conjunto de infinitos pontos. Também podemos apresentar a li-


nha como o percurso de um ponto em movimento no espaço.
Observe o exemplo a seguir:
XA

A A’

Veja que o ponto A se movimentou no espaço, a essa trajetória denomina-


mos linha.
A linha pode ser classificada de duas maneiras, quanto a forma e quanto ao traçado.

Reta (ou retilínea) - possui apenas uma


direção.
QUANTO A FORMA

Curva (ou curvilínea) - está sempre em mu-


dança de direção, feita de forma agradável.

Poligonal (ou quebrada) - apresenta mudan-


ças de direção bruscas.

Mista (ou mistilínea) - formada por pelo


menos dois tipos de linhas.

10 • capítulo 1
Cheia (ou contínua) - o traçado é feito sem
nenhuma interrupção.
QUANTO AO TRAÇADO
Pontilhada - a linha é representada por
meio de pontos.

Tracejada - a linha é representada por


meio de traços.

Traço e ponto - a linha é representada por


meio de traços e pontos.

Observação: As linhas são sempre identificadas com letras minúsculas


do nosso alfabeto. Por exemplo: linha a, linha b, linha c, linha e, linha f e as-
sim sucessivamente.

1.1.3  Reta

É uma linha que possui uma única direção e ilimitada em ambos os sentidos
de crescimento.
A reta é identificada por uma letra minúscula do nosso alfabeto, por exem-
plo reta a, reta b, reta c, e assim por diante.
Por ser ilimitada a reta pode ser representada de algumas maneiras:

r
t

ATENÇÃO
Não representar a reta com traço largo ou engrossado por vários traços sobrepostos, e sim
com um traço fino.
Por quê? Porque a reta não possui “largura” e num traçado largo ou expeço teremos infinitas
retas. Veja:

Correto
Errado

capítulo 1 • 11
Muito bem, já conhecemos ponto e reta vamos, agora, ver algumas proprie-
dades entre esses dois entes geométricos.

1.1.3.1  Pertinência

Um ponto pertence a uma reta se, e somente se, estiver representado sobre
a reta.
A

B r
C

Observe que os pontos A e B pertencem à reta r (A ∈ r, B ∈ r), já o ponto C não


pertence à reta r (C ∉ r).

1.1.3.2  Por um ponto passam infinitas retas

A
V

r
u
t s

Observe que pelo ponto A podemos traçar um número muito grande de re-
tas. Logo podemos concluir que o ponto A é comum à todas as retas, isto é, o
ponto pertence simultaneamente à todas as retas.

1.1.3.3  Outra propriedade importante é que para determinarmos uma reta


são necessários apenas dois pontos distintos (diferentes)

A B t

Pontos que pertencem a uma mesma reta são chamados de colineares.

12 • capítulo 1
1.1.4  Plano

O plano é um conjunto de infinitos pontos e infinitas linhas. Sua representação


poder ser feita de diversas maneiras, veja:

α β γ

Os planos são identificados por letras minúsculas do alfabeto grego, tais


como α (alfa), β (beta), γ (gama) e assim por diante.
Antes de começarmos os exercícios, vamos relembrar o que estudamos nes-
te capítulo.

•  Se o ponto estiver contido numa reta, este ponto pertence à reta.


•  Por um ponto podemos traçar infinitas retas.
•  Um ponto é comum a duas ou mais retas se ele pertencer, simultaneamente, a es-
sas retas.
•  Por dois pontos distintos podemos traçar uma, e somente uma reta.
•  Pontos colineares são pontos que pertencem à mesma reta.

ATIVIDADES
01. Suponha que você esteja numa praia e observa ao seu redor algo que lembre os entes
geométricos. O que lhe sugere as situações a seguir:
a) o espelho d’água da superfície do mar calmo?
b) as gotas de água?
c) o horizonte

capítulo 1 • 13
02. Construa um quadro, classificando as linhas quanto à sua forma e o seu traçado.
a) d)

b)

e)

c)

03. Assinale a alternativa correta.


a) Para identificar pontos usamos letras minúsculas do nosso alfabeto.
b) Para identificar pontos usamos letras maiúsculas do alfabeto grego.
c) Para identificar pontos usamos letras maiúsculas do alfabeto grego.
d) Para identificar pontos usamos letras maiúsculas do nosso alfabeto.
e) Pare identificar pontos podemos usar qualquer simbologia.

04. Para identificar retas usamos:


a) letras minúsculas do nosso alfabeto;
b) letras minúsculas do alfabeto grego;
c) letras maiúsculas do nosso alfabeto;
d) letras maiúsculas do alfabeto grego;
e) qualquer simbologia.

05. Analise a representação do ponto A abaixo, verifique justifique se está correta.

□A

14 • capítulo 1
06. Analise as representações das retas a seguir. Assinale qual está correta e, em seguida,
explique o que está errado nas outras.

a
a) ( )

B
b) ( )

c
c) ( )

07. Quantas retas podemos traçar por um único ponto dado?

08. Observe a figura a seguir e identifique quais pontos pertencem à reta t e quais
não pertencem.

B E

D
C
A
t

09. Dados os pontos A, B e C, podemos traçar uma única reta? Justifique sua resposta.

A B

10. Qual dos pontos a seguir, é comum às retas r e s?

C E

D
B
s r
A

capítulo 1 • 15
16 • capítulo 1
2
Semirreta e
segmento de reta
2.  Semirreta e segmento de reta
2.1  Semirreta

Como vimos no capítulo anterior, a reta é infinita nos dois sentidos. O que pode
ocorrer quando marcamos um ponto sobre a reta?

Q r

Note que o ponto Q dividiu a reta em duas partes. Cada uma das partes é
denominada de semirreta e ambas têm origem no ponto Q. Sendo assim, pode-
mos definir semirreta como parte de uma reta que tem origem em um ponto e
é infinita em um só sentido.
Uma semirreta pode ser indicada de várias maneiras, veja:

a) Indicando a origem P e a reta r ( Pr - lê-se: semirreta r de origem P).

r
P


b) Indicando somente a origem P ( P – lê-se: semirreta de origem P).


c) Indicando a origem e um outro ponto que pertence à semirreta ( PQ –
lê-se: semirreta de origem P e passando por Q).

P Q

Observações:
•  Sempre a primeira letra indica a origem da semirreta
•  A seta dobre as letras indica que a semirreta só pode ser prolongada em
um sentido.

2.2  Segmento de reta

Como vimos no capítulo anterior, a reta é infinita nos dois sentidos. O que
acontece se marcarmos dois pontos distintos numa reta?

18 • capítulo 2
r
P Q

Observe que uma parte da reta r ficou limitada por esses dois pontos. A essa
parte denominamos segmento de reta, cujas extremidades são os pontos P e
Q. Assim, podemos definir segmento de reta como parte de uma reta limitada
por dois pontos.

Um segmento de reta é indicado por suas extremidades, veja:

A B

AB (lê-se: segmento de reta AB).

Observação: A ausência da seta sobre as letras significa que o segmento de


reta não pode ser prolongado.

2.3  Reta suporte

Denomina-se reta suporte, a reta que contém um segmento, sendo assim todo
segmento tem a sua reta-suporte, porém não é necessária sua representação.

C B

t A D r
Reta suporte do Reta suporte do
segmento AC segmento BD

2.4  Segmentos colineares

Segmentos que estão contidos na mesma reta suporte são denominados de seg-
mentos colineares.

r
A B M N

Os segmentos AB e MN estão contidos na reta r ( AB ⊂ r e MN ⊂ r ).

capítulo 2 • 19
2.5  Segmentos não colineares

Os segmentos que não estão contidos numa mesma reta suporte são denomi-
nados de segmentos não colineares.

C B

t A D r

2.6  Segmentos consecutivos

Denominamos segmentos consecutivos os segmentos que possuem uma


extremidade comum. Os segmentos consecutivos podem ser colineares ou
não colineares.

P R

Observe que a extremidade Q é comum aos dois segmentos, isto é, Q perten-


 Q ∈ PQ 
ce tanto ao segmento PQ quanto ao segmento QR  .

 Q ∈ QR 

2.7  Segmentos não consecutivos

Os segmentos que não possuem extremidades em comum são chamados de


segmentos não consecutivos.

C B

A D

Antes de começarmos os exercícios, vamos relembrar o que estudamos nes-


te capítulo.

20 • capítulo 2
•  Semirreta é parte de uma reta que têm origem em um ponto e é infinita em um
só sentido.
•  Segmento de reta é parte de uma reta limitada por dois de seus pontos.
•  Reta suporte é a reta que contém o segmento
•  Segmentos colineares são aqueles que estão contidos em uma mesma reta suporte.
•  Segmentos não colineares são aqueles que não estão contidos em uma mesma
reta suporte.
•  Segmentos consecutivos são aquele que possuem uma extremidade em comum.
•  Segmentos não consecutivos são aqueles que não possuem uma extremidade em
comum.

ATIVIDADES
01. Assinale a alternativa correta.
a) Segmento de reta é definido por um único ponto.
b) Segmento de reta é parte de uma reta que tem origem em um ponto e é infinita em um
só sentido.
c) Reta suporte é aquela que contém o segmento.
d) Segmentos consecutivos não possuem ponto em comum.
e) Semirreta é parte de uma reta limitada por dois pontos.

02. Represente uma semirreta e um segmento de reta. Em seguida explique a diferença


entre elas.

     


03. Construa as semirretas PM, PN, PQ em linha contínua e AM, AN, AQ em li-
nhas tracejadas.

P M

N Q

capítulo 2 • 21
04. Como você definiria segmento de reta?

05. Represente uma reta, um segmento de reta e uma semirreta. Explique a diferença entre
o segmento de reta e as outras duas representações.

22 • capítulo 2
3
Polígonos
3.  Polígonos
3.1  Polígonos

Você já estudou as linhas poligonais e sabem que elas podem ser abertas ou
fechadas. Sabe também que elas são formadas por segmentos de reta consecu-
tivos e não colineares. Assim, o conjunto da linha poligonal fechada simples e
sua região interna é chamado de polígono.

Linha poligonal fechada simples


+ Polígono
Região interna

É importante lembrar que a palavra polígono é de origem grega onde


poli significa “muito” e gono significa ângulo, logo polígono significa “mui-
tos ângulos”.
Agora vamos ver a diferença de um polígono convexo e de um côncavo
(não convexo).
Polígono convexo: todos os ângulos internos são convexos, isto é, ângulos
menores que 180°

Polígono côncavo (não convexo): possui ângulo interno maior que 180°

Uma maneira prática de verificar se um polígono é convexo ou não, é traçar-


mos uma reta que cruze o maior número de lados do polígono. E verificar se o
segmento determinado pelos lados do polígono. Se o segmento estiver contido
na região interna do polígono esse polígono é convexo, caso contrário é cônca-
vo (não convexo).

24 • capítulo 3
Veja os exemplos a seguir:

Polígono Convexo Polígono côncavo (não convexo)

3.2  Elementos de um polígono

Observe o polígono a seguir:

Ângulo
interno
Lado

Ângulo
externo Diagonal
Vértice

Lado: segmento de reta que une dois vértices consecutivos.


Vértice: ponto de intersecção de dois lados.
Diagonal: segmento de reta com extremidades em dois vértices
não consecutivos.
Ângulo interno: ângulo na região interna do polígono; formado por dois la-
dos consecutivos.
Ângulo externo: ângulo na região externa do polígono; formado por um
lado e o prolongamento de outro.

3.3  Classificação dos polígonos

Vamos classificar os polígonos de acordo com o número de lados ou o número


de ângulos que ele possui.
Seu nome começa pela indicação do número de lados termina em látero
(lado) ou gono (ângulo).

capítulo 3 • 25
Veja a tabela a seguir, apresentando alguns polígonos:

TRIÂNGULO TRI = 3 Dodecágono DO + DECA = 12

QUADRILÁTERO QUADRI = 4 Tridecágono TRI + DECA = 13

PENTÁGONO PENTA = 5 Tetradecágono TETRA + DECA = 14

HEXÁGONO HEXA = 6 Pentadecágono PENTA + DECA = 15

HEPTÁGONO HEPTA = 7 Hexadecágono HEXA + DECA = 16

OCTÓGONO OCTO = 8 Heptadecágono HEPTA + DECA = 17

ENEÁGONO ENEA = 9 Octodecágono OCTO + DECA = 18

DECÁGONO DECA = 10 Eneadecágono ENRA + DECA = 19

UNDECÁGONO UM + DECA = 11 Icoságono ICOSA = 20

3.4  Triângulos

Já sabemos que cada polígono recebe um nome próprio de acordo com o nú-
mero de seus lados.
O polígono com o menor número de lados é o triângulo, que é formado por
três segmentos de reta consecutivos e não colineares.

26 • capítulo 3
3.4.1  Classificação dos triângulos

Os triângulos são classificados de acordo com as medidas dos lados e dos ân-
gulos internos.
De acordo com os lados temos:
Triângulo equilátero (equi = igual, látero = lado): possui os três lados iguais
(congruentes).

3 ,2
cm
cm
3,2

3,2 cm

Triângulo isósceles: possui dois lados iguais (congruentes).


3 cm
3 cm

1,8 cm

Triângulo escaleno: possui os três lados com medidas diferentes.


5c
m
cm
3

5,5 cm

De acordo com as medidas dos ângulos internos temos:


Triângulo acutângulo: as medidas dos ângulos internos são menores que
90° (ângulos agudos).
Ângulos agudos
(menor que 90º)

capítulo 3 • 27
Triângulo obtusângulo: possui um ângulo obtuso (ângulo maior que 90° e
menor que 180°)

Ângulos obtuso

Triângulo retângulo: possui um ângulo reto (90°)

Ângulo reto (90º)

É importante lembrar que para classificar um triângulo, devemos conside-


rar tanto seus lados quanto seus ângulos.

ATIVIDADES
01. No triângulo a seguir, identifique os vértices os lados e os ângulos internos.

02. Com o auxílio de um transferidor, dê as medidas dos ângulos internos de cada triângulo.
a) b)

28 • capítulo 3
03. Analise a afirmação: “Todo triângulo isósceles possui dois ângulos congruentes (iguais)
e dois lados de medidas diferentes”. Essa afirmação está correta? Justifique.

04. Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas. Nas sentenças falsas,
reescreva para que fique verdadeira.
a) ( ) Todo triângulo retângulo possui um ângulo reto (90°)
b) ( ) A soma dos ângulos internos de qualquer triângulo é sempre 180°
c) ( ) Triângulo obtusângulo é todo triângulo que possui três ângulo obtuso.
d) ( ) Num triângulo não existem diagonais.
e) ( ) Um triângulo escaleno possui três ângulos internos diferentes e três lados diferentes.
f) ( ) O triângulo equilátero possui três lados congruentes (iguais) e os três ângulos
internos também congruentes (iguais).

05. Quando um triângulo é escaleno?

06. Quando um triângulo é equilátero?

07. Quando um triângulo é retângulo?

08. Quando um triângulo é isósceles?

3.5  Quadriláteros

Chamamos de quadrilátero, qualquer polígono com quatro lados. Sendo as-


sim, todo quadrilátero possui quatro lados, quatro vértices, quatro ângulos in-
ternos e duas diagonais.

Vértice

Lado

Ângulo interno

Diagonais

capítulo 3 • 29
3.5.1  Classificação

Para facilitar a classificação, vamos dividir os quadriláteros em três grandes


grupos, são eles: trapezoides, paralelogrâmicos e trapézios.
Trapezoides: são quadriláteros que não apresentam nenhum paralelismo
entre seus lados.

Paralelogrâmicos: são quadriláteros onde seus lados opostos são paralelos.


Os quadriláteros paralelogrâmicos (Fiorano, apud Junior 1996, p.159) são: o
quadrado, o retângulo, o losango e o paralelogramo.

Quadrado Retângulo

Losango Paralelogramo

3.5.2  Propriedades dos quadriláteros

As propriedades a seguir, serão muito úteis para a construção de quadriláteros,


portanto, muita atenção.

Quadrado

O quadrado possui:
•  Lados congruentes (iguais)
•  Quatro ângulos retos (90°)

30 • capítulo 3
•  Diagonais congruentes (iguais),
se encontram no ponto médio e são
perpendiculares entre si.

Retângulo

O retângulo possui:
•  Lados opostos congruentes (iguais).
•  Quatro ângulos retos (90°).
•  Duas diagonais iguais que se encontram no ponto médio.

Losango

O losango possui:
•  Quatro lados congruentes (iguais).
•  Ângulos opostos congruentes (dois agudos e dois obtusos).
•  Duas diagonais (uma maior e outra menor) que se encontram no ponto
médio, formando um ângulo reto (90°).

Paralelogramo

O paralelogramo possui:
•  Lados opostos congruentes (iguais).
•  Ângulos opostos congruentes (dois agudos e dois obtusos)

capítulo 3 • 31
•  Duas diagonais com medidas diferentes e se encontram no ponto médio.

3.6  Trapézios

Trapézios: Os trapézios são quadriláteros que possuem apenas dois lados para-
lelos entre si, que são chamados de bases (maior e menor)
Base menor

Altura

Base maior

3.6.1  Classificação
Os trapézios são classificados em isósceles, retângulo e escaleno.
Trapézio isósceles: os dois lados não paralelos são congruentes (iguais),
como consequência os ângulos das bases são iguais entre si.

Trapézio retângulo: um dos lados não paralelos é perpendicular (forma um


ângulo de 90°) com as bases.

32 • capítulo 3
Trapézio escaleno: os lados não paralelos são diferentes entre si.

Observação: O trapézio retângulo também é escaleno.

ATIVIDADES
09. Qual o nome do quadrilátero que possui quatro lados iguais, duas diagonais iguais se
encontrando no ponto médio e formam entre si um ângulo de 90°?

10. Nos quadriláteros abaixo, meça os lados e os ângulos internos e escreva as caracterís-
ticas de cada um.

11. Identifique e dê as características dos quadriláteros a seguir.

12. Com o auxílio de uma régua, trace um exemplo de cada trapézio.


a) Trapézio retângulo b) Trapézio isósceles c) Trapézio escaleno

capítulo 3 • 33
13. Indique todos os elementos do trapézio da figura a seguir.

14. Com o auxílio de uma régua, desenhe os seguintes quadriláteros:


a) Losango b) Quadrado c) Paralelogramo d) Retângulo

3.7  Polígonos regulares

Chamamos um polígono de regular, quando ele apresenta todos os lados con-


gruentes (iguais) e todos os ângulos internos de mesma medida.

3.7.1  Construção de polígonos regulares

Existem diferentes maneiras de se construir um polígono regular. Vamos estu-


dar o processo de construção a partir do ângulo central.
Utilizamos este processo quando conhecemos a circunferência circunscri-
ta. Isto é, a circunferência que passa por todos os vértices do polígono.
O processo é muito simples, basta dividir os 360º da circunferência pelo nú-
mero de lado do polígono. Deste modo, encontramos o valor do ângulo central
e, a partir dele, construímos o polígono. Veja o exemplo.
Vamos construir o hexágono regular (6 lados) a partir de uma circunferência
de raio 3 cm.
1° passo: Traçamos a circunferência
2º passo: Dividir 360° por 6.

3600 = 60°
6 B

3º passo: Com o auxílio do trans-


feridor, marcamos o ângulo central de 60º
O A
.
60°, obtendo o arco AB

34 • capítulo 3
4º passo: Com o auxílio do compasso, transportamos esse arco ao longo da
circunferência até completarmos uma volta inteira.
C B

60º
D O A

E F

5º passo: Com o auxílio da régua unimos os pontos marcados e obtemos o


hexágono regular.
C B

D O A

E F

ATIVIDADES
15. Com o auxílio da régua, transferidor e compasso, trace os polígonos regulares inscritos
nas circunferências de raio 4 cm.
a) Quadrado d) Octógono regular (8 lados)
b) Pentágono regular (5 lados) e) Decágono regular (10 lados)
c) Hexágono regular (6 lados) f) Dodecágono regular (12 lados)

16. Numa circunferência de raio 5 cm, construa um triângulo equilátero inscrito nes-
sa circunferência.

17. Construa um heptágono regular (7 lados) inscrito numa circunferência de raio igual a
6 cm.

capítulo 3 • 35
36 • capítulo 3
4
Razão e proporção
4.  Razão e proporção

4.1  Introdução

Analise esta situação:


Em uma classe há 36 alunos sendo, 9 rapazes e 27 garotas. Qual a razão en-
tre rapazes e garotas?
Razão é a divisão entre o número de rapazes pelo número de garotas, ou seja
9 1 . Então podemos dizer que a razão é de 1 rapaz para 3 garotas.
=
27 3
Quando fazemos a igualdade entre duas razões, temos uma proporção.
Toda proporção possui quatro termos, por exemplo a, b, c, d e ela pode ser
indicada do seguinte modo:
a c ou a : b = c : d
=
b d
Vamos ler esta proporção da seguinte maneira: a está para b assim como c
está para d.
Para resolver a proporção usaremos a propriedade fundamental das pro-
porções, que diz:
“Em toda proporção o produto dos extremos é igual ao produto dos meios”.
Então em nossa situação temos:
a:b=c:d a c
=
b d
4.2  Proporcionalidade de segmentos

A proporcionalidade de segmentos está embasada na propriedade fundamental


das proporções, isto é, “o produto dos extremos é igual ao produto dos meios”.
Veja o exemplo a seguir:
6 cm
A B
2 cm
C D AB EF 6 9
= ⇒ = =3
9 cm CD GH 2 3
E F
3 cm
G H

38 • capítulo 4
Assim, podemos dizer que: AB está para CD assim como EF está para GH.
Observe que estes segmentos apresentam igualdade entre suas razões, portan-
to podemos dizer que estes segmentos são proporcionais.

ATIVIDADES
01. Quais dos retângulos a seguir têm seus lados proporcionais ao retângulo ABCD.

A B

D C
9

a) ( ) d) ( )

E F Q R

5 4

H G T S
10 12

b) ( ) e) ( )

I J U V

3
3,5
L K
6 Y X
8,5

c) ( )

M N

P O
8

capítulo 4 • 39
4.3  Quarta proporcional

Chamamos de quarta proporcional o elemento em que, com os outros três,


colocados sob forma de razão, resulta numa proporção, isto é, dados três seg-
mentos de medidas conhecidas, por exemplo a, b e c, e um quarto segmento de
medida w, a quarta proporcional será determinada por meio da propriedade
fundamental das proporções. Veja:

a c ⇒ a . w = b . c"
=
b w
A incógnita w é a quarta proporcional em relação aos três segmen-
tos conhecidos.
Vamos, agora, encontrar a quarta proporcional graficamente, ou seja, com
o uso de segmentos.
Exemplo
Dados os segmentos AB, CD, EF , encontre graficamente o quarto segmen-
to proporcional (quarta proporcional) a eles na proporção a seguir:

A B

C D

E F

Acompanhe os passos para a construção.


1º passo
Traçamos uma semirreta qualquer.

2º passo
Sobre a semirreta marcamos um ponto, e, a partir desse ponto traçamos
os segmentos AB e CD consecutivamente (assim formamos a primeira razão
AB .
CD
A B=C D

3º passo
Traçamos uma semirreta a partir do ponto A formando um ângulo qualquer.

40 • capítulo 4
Sobre essa semirreta marcamos o segmento EF .
A=E B=C D

4º passo
Em seguida, traçamos uma reta definida pelos pontos B e F
A=E B=C D

5º passo

Agora, vamos traçar uma reta paralela à reta BF , passando pelo ponto D.

Ao traçarmos essa reta, ela interceptará a semirreta AF determinando o
segmento correspondente a quarta proporcional.

A=E B=C D

Observação: O processo para determinarmos a quarta proporcional é uma


aplicação gráfica do Teorema de Tales de Mileto.
O teorema diz o seguinte:

Se duas retas são transversais de um feixe de retas paralelas, então a razão entre dois
segmentos quaisquer de uma delas é igual àa razão entre os respectivos segmentos
correspondentes da outra”, ou seja, um feixe de retas paralelas determina sobre duas
transversais segmentos de retas proporcionais.

capítulo 4 • 41
ATIVIDADES
02. Considere os segmentos AB = 2 cm, CD = 3 cm e EF = 4 cm, construa um seg-
mento de medida x, quarta proporcional entre os segmentos dados.

03. Construa um segmento de medida x, quarta proporcional entre os segmentos de medi-


das AB = 8 cm, CD = 5 cm e EF = 4 cm.

4.4  Terceira proporcional

Chamamos de terceira proporcional o segmento que, com ouros dois coloca-


dos sob forma de razão, resulta uma proporção. Assim, como qualquer outra,
a proporção possui quatro termos sendo dois deles iguais (os meios). Essa pro-
porção é chamada de proporção contíinua e pode ser apresentada por:
AB CD
=
CD x

EXEMPLO
Determine a terceira proporcional aos segmentos AB e CD na razão indicada.

A B

C D
AB CD
=
CD x

Para construirmos a terceira proporcional, usaremos os passos da construção da quar-


ta proporcional.

A=C AB B=C CD D

CD
D
x

42 • capítulo 4
ATIVIDADES
04. Determine a terceira proporcional em relação aos segmentos AB e CD na razão indicada.

A B

C D
AB CD
=
CD x

05. Considere os segmentos AB = 7 cm e CD = 5 cm. Determine a terceira proporcio-


nal na razão:
AB CD
=
CD x

06. Trace dois segmentos de reta, AB e CD , com medidas de sua livre escolha. Em se-
guida, determine graficamente a terceira proporcional na razão indicada.

AB CD
=
CD x

4.5  Escalas

Escala é a razão (ou relação) de semelhança estabelecida entre o desenho e o


objeto que ele representa, isto é, entre a distância gráfica e a distância real.
A escala pode ser utilizada tanto para a representação de objetos muito
grandes (chamamos de escala de redução) quanto de objetos muito pequenos
(chamamos de escala de ampliação). Quando o desenho for representado do
mesmo tamanho do objeto, a escala é chamada de Natural.
As escalas podem ser numéricas ou gráficas. As escalas numéricas são re-
presentadas por algarismos e as gráficas por meio de linhas divididas e subdi-
vididas em partes iguais.

capítulo 4 • 43
4.5.1  Escalas numéricas

É o número que indica quantas vezes o desenho é maior (ou menor) que o obje-
to que ele representa.
Veja:
Escala
1
← Desenho ou 1 : n → Re al
n
 Re al ↑ Desenho
Neste exemplo, o número 1 indica a menor das medidas. Na escala 1 : 20
a realidade é 20 vezes maior que o desenho; já na escala 20 : 1 o desenho é 20
vezes maior que a realidade.

Um outro exemplo
Um arquiteto deseja representar a localização de um terreno, cuja forma é
retangular e tem 20 m de frente por 35 m de fundo (20 X 35 m). No papel cada
1 m será representado por 1 cm, logo o terreno será representado por um retân-
gulo de 20 X 35 cm. Se cada metro é representado por 1 centímetro e, se cada
centímetro é a centésima parte do metro, temos então 1 cm por 100 cm, isto é,
escala 1 : 100. Logo o desenho do terreno é representado com uma redução de
100 vezes.

4.5.2  Escalas gráficas

As escalas gráficas são representações gráficas das escalas numéricas. São mui-
to utilizadas na cartografia (mapas, etc.).
0 50 100 150 200 250

km
0 50

1cm

ATIVIDADES
07. Para cada item a seguir, calcular:
a) Escala 1 : 50 e medida real 10 m (1.000 cm)
b) Escala 1 : 150 e medida do desenho 4 cm

44 • capítulo 4
c) Medida do desenho 12,5 cm e medida real 50 m
d) Medida do desenho 4 cm e medida real 2 mm

08. Uma embalagem que numa escala de 1 : 10 mede 0,05 m de largura, que dimensão
terá na realidade?

09. Um painel luminoso mede 10 m de largura e está representado no papel por 0,25 m, em
que escala foi representado?

10. A distância entre as cidades A e B em um mapa é de 8 cm, e a distância real é de 84


km. Qual a escala utilizada?

11. Um totem foi representado em um desenho com 168 m de altura. Na escala 1 : 20. Qual
a dimensão real deste totem?

capítulo 4 • 45
46 • capítulo 4
5
Lugares
geométricos
5.  Lugares geométricos
Todos os lugares possuem características que permitem sua localização e identifi-
cação, como por exemplo os satélites, orbitando em torno de nosso planeta Terra.
Em Desenho Geométrico, tais características estão relacionadas com as proprieda-
des de figuras e são chamadas de Lugares Geométricos. Assim, podemos conceituar
lugar geométrico como o lugar dos pontos de um plano que possuem determinadas
propriedades e que são os únicos a possuírem tal característica.

5.1  Lugar geométrico 1 (L.G.1) – Par de retas paralelas

Um par de retas paralelas é o lugar geométrico dos pontos de um plano que


estão sempre a mesma distância (equidistante) em relação a uma reta dada.

EXEMPLO
Determine o liugar geométrico dos pontos que distam 20 mm da reta r.

r r’

r”

L.G. dos pontos


distantes 20 mm da
reta r

ATIVIDADE
01. A partir da reta r, construa o lugar geométrico dos pontos que distam 1,5 cm da reta r.

48 • capítulo 5
5.2  Lugar geométrico 2 (L.G. 2) – Mediatriz

Chamamos de mediatriz o lugar geométrico dos pontos de um plano que estão


sempre aà mesma distância (equidistante) de dois pontos conhecidos.
Veja:
Determine o lugar geométrico dos pontos equidistantes de A e B.

A B

mtz AB

Qualquer ponto da mediatriz (mtz AB ) tem a mesma distância em relação


aos pontos A e B.

ATIVIDADE
02. Dados os pontos A e B, determine o lugar geométrico dos pontos equidistantes de A e B.

5.3  Lugar geométrico 3 (L.G. 3) – Bissetriz

Chamamos de bissetriz o lugar geométrico dos pontos de um plano que estão


sempre aà mesma distância (equidistante) de duas retas dadas.
É importante observar que as duas retas dadas podem ser concorrentes (se
“cruzam”) ou paralelas.
Veja:
Dadas as retas r e s, determine o lugar geométrico dos pontos equidistantes
das retas.

capítulo 5 • 49
a) Retas concorrentes
btz

btz

b) Retas paralelas

d
btz

d
b

Em ambas situações, qualquer ponto que pertence a uma das bissetrizes


(btz) terá a mesma distância em relação às retas dadas.

ATIVIDADE
03. Determine, nos dois casos, o lugar geométrico dos pontos equidistantes das retas r e s.
a) b)

r s
s

5.4  Lugar geométrico 4 (L.G. 4) – Circunferência

Chamamos de circunferência o lugar geométrico dos pontos de um plano que


estão sempre a mesma distância (equidistante) de um ponto conhecido.

50 • capítulo 5
C
D
r

r
B
A r

ATIVIDADES
04. Trace o lugar geométrico dos pontos distantes 30 mm de um ponto A.

05. Dado um ponto A e a medida do raio r = 2,5 cm, trace o lugar geométrico dos pontos
que distam r do ponto A.

Combinando esses quatro lugares geométricos que acabamos de estudar,


determinaremos propriedades para pontos do plano.
A seguir, faremos alguns exemplos para tornar mais clara a combinação en-
tre os lugares geométricos.
•  Determine o lugar geométrico dos pontos equidistantes (mesma distân-
cia) de A e B e que estejam a 2,0 cm da reta r.

capítulo 5 • 51
1º Passo:
Vamos associar àas condições do enunciado os lugares geométricos que co-
nhecemos. Neste caso a 1ª condição é o L.G. 2 (mediatriz) e a 2ª condição é o
L.G.1 (retas paralelas).
Traçamos a mediatriz do segmento AB , obtendo, assim, os pontos que sa-
tisfazem a 1ª condição.

2º Passo
Traçamos o par de retas paralelas que dista, 2,0 cm da reta r, obtendo assim,
os pontos que satisfazem a 2ª condição.

P1
A
r’

P2
r”

Observe que na intersecção das retas paralelas com a mediatriz, estão os


pontos (P1 e P2) que atendem simultaneamente às duas condições, isto é, os
lugares geométricos procurados.
•  Determine o lugar geométrico dos pontos equidistantes das retas r e s e
que esteja a 3,0 cm da reta t.

52 • capítulo 5
r t

1º Passo:
Vamos associar às condições do r t
btz rs
enunciado os lugares geométricos que
conhecemos. Neste caso a 1ª condição
é o L.G. 3 (bissetriz) e a 2ª condição é o btz rs
L.G.1 (retas paralelas).
Primeiramente vamos traçar as bis-
s
setrizes dos ângulos formados pelas
retas r e s, obtendo assim, os pontos
que satisfazem a 1ª condição.

2º Passo
Traçamos a reta paralela que dista 3,0 cm da reta t, obtendo, assim, os pon-
tos que satisfazem a 2ª condição.
r t’ t

btz rs

P1
btz rs

P2

Observe que na intersecção das bissetrizes com as retas paralelas, estão nos
pontos (P1 e P2) que atendem simultaneamente às duas condições, isto é, os
lugares geométricos procurados.

capítulo 5 • 53
ATIVIDADES
06. Determine o lugar geométrico dos pontos equidistantes dos pontos A e B e que estejam
a 25 mm da dera r.
A

r
B

07. Determine o lugar geométrico dos pontos equidistantes das retas r e s que estejam a
2,5 cm à esquerda da reta t.
t
r

08. Determine o lugar geométrico dos pontos equidistantes do segmento AB e que este-
jam a 2,0 cm da reta r.
r

A B

09. Determine o lugar geométrico dos pontos equidistantes das retas r e s e que estejam a
2,5 cm do ponto A.

A
s

54 • capítulo 5
10. Determine o lugar geométrico dos pontos equidistantes das retas r e s e que estejam a
1,5 cm da reta t.

11. Determine o lugar geométrico dos pontos equidistantes dos pontos A, B e C.

12. Determine o lugar geométrico dos pontos equidistantes das retas r, s e t.

t s

capítulo 5 • 55
56 • capítulo 5
6
Tangência e
concordância
6.  Tangência e concordância
6.1  Tangência

Observando o mundo, a natureza etc., percebemos formas que nos dão a ideia
de círculos e retas que se encontram em apenas um ponto. Essa relação de po-
sição é chamada de tangência.

6.1.1  Tangência entre reta e circunferência

Se uma reta e uma circunferência são tangentes entre si, o raio da circunferên-
cia e a reta são perpendiculares no ponto de tangência.

Reta tangente

T t
Ponto de tangência

6.1.2  Tangência entre circunferências

Se duas circunferências são tangentes entre si, existem três pontos “notáveis”
que devem ser colineares (pertencem a mesma reta), os dois centros e o ponto
de tangência.
Temos duas situações a considerar: quando as circunferências se tangen-
ciam externamente e quando elas se tangenciam internamente.

6.1.2.1  Tangentes externas

Se as circunferências se tangenciam externamente (tangentes externas), a dis-


tância entre seus centros é igual à soma dos raios.

58 • capítulo 6
A B
r1 r2

Como podemos observar, a distância entre os centros é igual à soma das


medidas dos raios, ou seja, AB = r1+ r2.

6.1.2.2  Tangentes internas

Se as circunferências se tangenciam internamente (tangentes internas), a dis-


tância entre os centros é a diferença entre os raios,

A B T

AT = r1 
 ⇒ AB = r1 − r2
BT = r2 

ATIVIDADES
01. Trace uma reta tangente à circunferência em cada ponto dado.

C
A

capítulo 6 • 59
02. Trace uma circunferência qualquer e marque dois pontos pertencentes à circunferência,
em seguida, construa a reta tangente à circunferência em cada ponto.

03. Construa uma circunferência de centro O tangente à reta t dada. Identifique o ponto
de tangência.

04. Construa as circunferências de centro C1 e C2 com raio 2,0 cm, tangente à reta t no
ponto T.

05. Trace duas circunferências tangentes ao segmento AB em seu ponto médio de modo
que uma passe pelo ponto M e outra pelo ponto N.

M
B

A
N

06. Trace uma circunferência qualquer e marque um ponto P na região externa da circunfe-
rência. A partir do ponto P, trace as retas tangentes à circunferência.

60 • capítulo 6
07. Construa uma circunferência tangente às duas circunferências dadas.

A B

08. Construa uma circunferência de centro O e raio r, de modo que as duas circunferências
dadas sejam tangentes internas a ela.

A B

09. Construa uma circunferência de centro C tangente interna à circunferência de centro


O, de modo que a reta t dada seja tangente às duas circunferências e que a diferença entre
os raios seja de 1,5 cm.

10. Trace uma circunferência de 3,0 cm de raio e tangentes as retas r e s dadas.

capítulo 6 • 61
6.2  Concordância entre uma reta e uma circunferência

Podemos definir concordância como a união de objetos por meio de retas, ou


circunferência, satisfazendo a propriedade da tangência.
Veja a seguir alguns exemplos.

O1 O2

r A
O1

C
O2
s
B

62 • capítulo 6
Observe que os traçados em concordância têm origem nas construções de
retas e circunferências.
Então, como construir um arco em concordância com uma semirreta, sen-
do dados: o ponto de concordância, a semirreta e a medida do raio?
Considere uma semirreta a partir do ponto A (ponto de concordância) e o
.
raio de 2,0 cm. A partir de A, construa o arco AB

1º Passo
Pelo ponto A, levante uma perpendicular.

2º Passo
Com o compasso, marque 2,0 cm, na reta perpendicular, encontrando dois
 e AB
pontos O1 e O2, em seguida trace os arcos AB  .

O1

O2

B’

capítulo 6 • 63
ATIVIDADES
11. Faça a concordância entre as retas paralelas r e s, sendo o ponto A o ponto
de concordância.

r
A

12. Faça a concordância entre o segmento AC e uma semicircunferência que passa pelo
ponto P.

A C

13. Faça a concordância com duas retas perpendiculares entre si com uma circunferência
de raio 1,5 cm.

14. Faça a concordância de duas semirretas em ângulo obtuso com um arco de raio 2,0 cm.

6.3  Concordância entre duas circunferências

Concordar dois arcos implica dizer que devemos uni-los de tal maneira que se
possa passar de um para o outro sem uma mudança de direção, isto é, sem an-
gulações bruscas, respeitando sempre a propriedade da tangência.
Como exemplo, vamos construir
um arco concordante com um arco
dado, sendo o ponto de concordância
o ponto A e a medida do raio igual a C
1,5 cm.
A

64 • capítulo 6
1º Passo
Traçar a reta que passa pelos pon-
tos A e C. Em seguida, marcamos 1,5
cm a partir do ponto A, obtendo o pon-
C
to O.
A O

2º Passo
 com o centro
Traçamos o arco AB
no ponto O.
C

A O

P
B

 seguindo os mesmos pas-


Observe que podemos traçar um outro arco AP
sos. Veja.:

P’

C
O’
A
O

P
B

capítulo 6 • 65
ATIVIDADES
 dado.
 com raio de 2,0 cm, que seja concordante com o arco AB
15. Construa um arco BP

16. Concorde dois arcos dados por meio de um terceiro arco, de sentido oposto, cujo raio
mede 2,0 cm.

66 • capítulo 6
ANOTAÇÕES

capítulo 6 • 67
ANOTAÇÕES

68 • capítulo 6
ANOTAÇÕES

capítulo 6 • 69
ANOTAÇÕES

70 • capítulo 6
ANOTAÇÕES

capítulo 6 • 71
ANOTAÇÕES

72 • capítulo 6

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