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Introdução à Proteção de SEPs

Curso de Inverno / UESPI

Teresina, 11/07/2012

Prof. Daniel Barbosa, DSc.


daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Introdução à Proteção

INTRODUÇÃO & REVISÃO


Introdução (Revisão)
Interligação

Geração
Maior
complexidade

Expansão Continuidade no
SEP
Contínua Fornecimento

Distribuição Transmissão Padrões de


Qualidade

Confiabilidade
Introdução (Revisão)

Fluxo de Potência
• Correntes e potências transferidas ao longo do sistema, nível das tensões, ...

Harmônicos
• Analisar o efeito das correntes e tensões distorcidas no
sistema, ...

Estabilidade
• Assegurar que as máquinas rotativas conectadas ao sistema permanecerão
estáveis em operação, ...
Introdução (Revisão)

Transitórios Eletromagnéticos
• Análises computacionais de efeitos de, por ex., descargas atmosféricas,
chaveamentos, ...

Cálculo de Curto-Circuito
• Cálculos para assegurar que os equipamentos não serão destruídos devido as
solicitações de corrente de curto-circuito, ...
Sistema Interligado Nacional
Introdução (Revisão)
Classe B -
Transitórios
Meio-Rápidos
(Fenômeno de
Curto-Circuito)
Classe A - Classe C -
Transitórios Transitórios
Ultra-Rápidos Lentos
(Fenômenos (Estabilidade
de surto) Transitória)

Transitórios
Introdução (Revisão)

Defeitos
Chaveamento
(Curtos-circuitos)

Situações
Transitórias

Entrada e saída de Descargas


cargas atmosféricas
Introdução (Revisão)

Correntes de
Curto-Circuito

Corrente Corrente
Térmica Dinâmica

Solicitação
Aquecimento
Mecânica
Introdução (Revisão)
• Ex.: Oscilografia de um defeito ABT
Introdução (Revisão)

Distorções na
Desequilíbrio forma de
onda

Desvio da
Amplitude
frequência
Problemas:
Tensões e
Correntes
Introdução (Revisão)

Vida Útil das


Qualidade de
Instalações
Serviço
Elétricas

Perturbações

Anomalias
Introdução (Revisão)

Otimização Sistemas de
do Sistema Interconexão
de Geração Apropriados

A Qualidade
Conjunto de Serviço e
Coerente de de produto
Proteções Fornecido ao
Cliente
Introdução (Revisão)
• Otimização do Sistema de Geração

– A utilização mais econômica dos grupos geradores

– Distribuição geográfica da geração x carga


• Evita a sobrecarrega de linhas de transmissão (LT),
transformadores, ...
Introdução (Revisão)
• Esquemas de Interconexão
– Mesmo com a dificuldade em realizar o
“malhamento” da rede, deve-se observar:

Nível de Curto-Circuito
(Capacidade dos Equipamentos)

Evitar a sobrecarga devido a falhas ou outras


ocorrências
Introdução (Revisão)
Distúrbios: Leves ou Graves
• O SEP deve operar 24 horas por dia
– Tensão e frequência devem ficar dentro de certos limites

• Pequenas perturbações
– O sistema de controle pode lidar com esses
– Exemplo: variação de carga no transformador ou no
gerador

• Distúrbios graves requerem um sistema de proteção


– Eles podem colocar em risco todo o sistema de energia
– Eles não podem ser superados por um sistema de controle
Introdução à Proteção

PROTEÇÃO
Sistema de Proteção
Operação durante uma condição operativa
grave:
Sistema de Proteção do Equipamento

Sistema de Proteção Geral

Religamento automático

Transferência automática de carga

Sincronização automática
SEP está Exposto a Agentes Externos
Danos aos Equipamentos
Danos aos Equipamentos
Danos aos Equipamentos
Sistema de Proteção

“É um conjunto de dispositivos cujo proposito


principal é proteger pessoas e equipamentos
elétricos dos efeitos provenientes de defeitos”

“Sentinelas”
Proteção

Identificar

Localizar
Proteção Defeitos
Alertar

Isolar lim ∆𝑡𝑡𝑟𝑖𝑝


𝑡→0
Curtos-Circuitos Produzem Altas
Correntes

Linha Trifásica
a
b
c
I

Subestação Defeito
(Falta)
I
Milhares de Ampères Cabo
Causas Prováveis para Faltas no SEP
Árvores e ventos

Descargas atmosféricas

Falhas de equipamentos

Erro humano

Falhas de isoladores

Objetos estranhos

Outra causas

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Esses percentuais são referentes a um sistema de distribuição


brasileiro pertencente a uma concessionária regional.
Danos Térmicos ao Equipamento
Elétrico
t

Tempo de Curva de Dano


Dano

I
In Imd Corrente de
Valor Nominal
Curto-Circuito
Danos Mecânicos durante o Curto-
Circuito
• Extremante destrutivo em barramentos,
isoladores, suportes, transformadores e
máquinas
• O dano é instantâneo
Forças
Mecânicas
f1 f2
i1
i2
Condutores Rígidos
f1(t) = k i1(t) i2(t)
Quadro Estatístico dos defeitos
Equipamento Defeito (%)
Linhas aéreas 31,3
Proteção 18,7
Transformadores 13,0
Cabos 12,0
Seccionadores 11,7
Geradores 8,0
Diversos 2,1
TC’s e TP’s 1,8
Sistema de controle 1,4
Quadro I – Levantamento estatístico realizado pela Central
Electricity Generating Board - England
Quadro Estatístico dos defeitos

Tipo dos BPA SSPB SSPB


Defeitos 500kV 400kV 200kV
Fase – Terra 93% 70% 56%
Fase – Fase 4% 23% 27%
Fase – Fase -
2%
Terra 7% 17%
Trifásico 1%

Quadro II – Levantamento dos tipos de defeito sobre LTs


fornecido pela Boneville Power Association (BPA) e Swedish State
Power Boord (1951-1975)
Quadro Estatístico dos defeitos

Tipo dos
Total Permanentes Transitórios
Defeitos0
Trifásicos 2% 95% 5%
Bifásicos 11% 70% 30%
Fase-terra 79% 20% 80%
Outros 8%

Esses percentuais são referentes a um sistema de distribuição


brasileiro pertencente a uma concessionária regional.
Efeitos sobre o SEP

Redução da margem de estabilidade do sistema

Danos aos equipamentos próximos a falta

Explosões

Efeito cascata
Relação entre CC e Potência/Tempo
Potência da Carga

Monofásico à terra

Bifásico

Bifásico à terra

Trifásico

Tempo
O Fusível

Fusível

Transformador
Conjunto Coerente de Proteções

Assegurar o fornecimento de
energia aos consumidores

Salvaguardar os
equipamentos e as pessoas*

Alertar os operadores do SEP

Retirar de operação os
equipamentos sob defeito
Sistemas de Proteção (SPs)
• As necessidades dos SPs surgem com:

– As situações de anomalias, ou seja, as situações


anormais de funcionamento do SEP

– Curtos-Circuitos em Plantas Industriais

– Defeitos em Isolações

– Etc ...
Aspectos da Proteção

Limitação
Operação
dos
Normal
Defeitos

Prevenção contra
Falhas Elétricas
Aspectos da Proteção
• Operação Normal

– Presume-se que o sistema elétrico opera sem


falhas em equipamentos ou erros de operação
Aspectos da Proteção

Prevenção contra Falhas Elétricas


Boas Práticas
Coordenação
Utilização de de
de
Para-Raios Manutenção
Isolamento
e Operação
Aspectos da Proteção
• Limitação dos Defeitos

– Limitação da Corrente de Curto-Circuito

– Dimensionamento Correto dos Equipamentos de


Proteção
• Efeitos Dinâmicos e Térmicos das Correntes

– Acompanhamento da Topologia da Rede


Objetivo do Sistema de Proteção

“Promover a retirada de quaisquer


equipamentos (ou elementos) do sistema em
situações de operação anormal, como por
exemplo: curto-circuito interno, quando o
problema afeta os componentes, etc; e prover a
localização do defeito e do tipo de falha.”
Objetivo do Sistema de Proteção

Todavia, dois princípios


devem ser observados:

A proteção só deve agir A atuação deve ocorrer


em situações de defeito conforme planejado
Tipos de Proteção

Elétrica Mecânica
Proteção diferencial (87) Proteção de gás (63)

Proteção de sobrecorrente (50, 51)


Válvula de alívio de pressão (20)
Proteção de sobreexcitação (24)
Proteção térmica (26, 49)
Proteção de Frequência (81)
Proteção de baixo nível de óleo (71)
Proteção de Fator de Potência (55)

... ...
Subsistemas do Sistema de Proteção
Subsistemas do Sistema de Proteção
TCs 52

Equipamento
Controle Protegido

Relé

TPs
Subsistemas do Sistema de Proteção
Relés de Proteção
– Responsáveis pela lógica de atuação do sistema de
proteção (tensões e correntes), que por meio dos
sinais de entrada, atuam ou bloqueiam os
disjuntores locais ou remotos
Subsistemas do Sistema de Proteção
Subsistemas do Sistema de Proteção
Subsistemas do Sistema de Proteção
Disjuntores
– Interrompem a passagem de corrente e isolam o
ramo defeituoso do SEP
Subsistemas do Sistema de Proteção
Circuito de Comando Simplificado – DJ AT

Fechado
Aberto
Subsistemas do Sistema de Proteção
Subsistemas do Sistema de Proteção
Transformadores de Instrumentação
– Transformadores de Corrente
– Transformadores de Potencial
• reduzem a amplitude da V e I (dentro de certos limites,
reproduzem fielmente os valores observados)
Subsistemas do Sistema de Proteção
Principais Tipos de Ligações para TCs e TPs

Delta

Estrela
Subsistemas do Sistema de Proteção
Baterias (Suprimento Auxiliar)
– Garantir o funcionamento dos outros subsistemas
Subsistemas do Sistema de Proteção
Baterias (Suprimento Auxiliar)
+

Relé
SI
LED
DC Contato Vermelho
SI do
Relé

52a
Disjuntor
52
TC


Subsistemas do Sistema de Proteção
Baterias (Suprimento Auxiliar)
Subsistemas do Sistema de Proteção
Canais de Comunicação
– Permitir a interação entre a proteção e o sistema
de automação
Subsistemas do Sistema de Proteção
Canais de Comunicação

60
Subsistemas do Sistema de Proteção
Canais de Comunicação

Linha Privativa de Comunicação de


Dados (LPCD).
Subsistemas do Sistema de Proteção

Sensibilização Amplificação
• Tensões • Instantâneo • Simples
• Correntes • Funções de • Delay • Múltiplos
• I/O Digitais Proteção
Sinais de
Temporização Saídas
Entrada
Características Básicas do SP
• Confiabilidade
– Assegurar a atuação correta do Sistema de Proteção

• Seletividade
– Maximizar a continuidade do serviço

• Simplicidade
– Mínimo de equipamentos de proteção para executar a
função desejada
Características Básicas do SP
• Velocidade de Operação
– Minimizar o tempo de atuação e
consequentemente o tempo de falta
(desenergizado)

• Economia
– Maximizar a proteção com o mínimo de custo
Características Básicas do SP
Resumo

Sensibilidade Seletividade Velocidade

Confiabilidade Robustez Estabilidade

Economia
Características Básicas do SP
“A topologia do SEP, e os tipos de equipamentos
conectados a este, pode influenciar na atuação
do sistema de proteção”

Redes
em anel
Redes
radiais
Fatores que influenciam o
desempenho do Relé de Proteção

Correto Incorreto
Aplicação pobre

Configurações incorretas

Erro Humano

Mal funcionamento do Sistema


Zonas de Proteção

“A filosofia de proteção pela aplicação de relés é


baseada na divisão do SEP em zonas, cujo
principal objetivo é identificar e remover o
defeito de forma que a menor parte do sistema
seja afetada pela manobra.”
Zonas de Proteção
Zonas de Proteção
• Tipicamente as zonas de proteção são
definidas de acordo com os equipamentos:

Geradores Transformadores Barras

Linhas de Linhas de
Motores
Transmissão Distribuição
Zonas de Proteção
“Uma característica importante das zonas de
proteção é a sobreposição, ou seja,
normalmente a mesma área do SEP é protegida
por duas ou mais zonas de proteção. Tal fato
serve para garantir que nenhuma porção do
sistema seja deixada sem proteção primária de
alta velocidade (eliminação de pontos cegos). É
desejável manter esta região a menor possível.”
Zonas de Proteção

• Os disjuntores isolarão o defeito respeitando a


zona que a falta (defeito) incide

• As zonas primárias são definidas pelos


disjuntores
Zonas de Proteção
Proteção
Zona A
52 Proteção
Para os Zona B
Relés da
Zona A Para os
Relés da
Zona B
Proteção
Zona A
52 Proteção
Zona B
Para os
Relés da Para os
Zona A Relés da
Zona B
Zonas de Proteção

3a Zona

2a Zona

1a Zona
Conceito de Proteção

Primária (Principal)

Secundária (Retaguarda)

Auxiliar
• Sinalização, Temporização, Multiplicação de
contatos, ...
Conceito de Proteção
Retarguarda
• Deve ser ressaltada a exigência da proteção de
retaguarda caso a principal não funcione:

– Duplicação de alguns elementos do sistema como


secundário do TC, disparador do circuito disjuntor,
etc.

– Função de proteção de Retaguarda Remota e


Local (retardo de tempo de coordenação).
Conceito de Proteção
Retarguarda
Aplicação de Relés de Proteção
• A aplicação de relés de proteção requer o
conhecimento do problema a ser abordado, além
de algumas informações extras, como:

– Configuração do sistema
• Diagrama unifilar

• Detalhes dos equipamentos (disjuntores, barramentos, etc)

• Conexão dos transformadores


Aplicação de Relés de Proteção
– Existência de Sistemas de Proteção e
Procedimentos
• Deficiências nos relés já existentes na planta

• Padronização de fabricantes

• Procedimentos de operação
Aplicação de Relés de Proteção
– Grau de proteção necessário
• Qual o tipo de proteção a ser utilizado

• Velocidade de atuação do conjunto relé + disjuntor

• Todos os disjuntores serão abertos?

Relé
Aplicação de Relés de Proteção
VC2

VC0
VC1
– Estudo de Curto- VC
VA2
Circuito VC2 VA1
VA2
• Um estudo de curto- VA0
VA
circuito é necessário
VB2 V0
na maioria das
aplicações de relés de
proteção, incluindo
as correntes e
tensões de sequência VB1

VB2

VB0 VB
Aplicação de Relés de Proteção
– Dados de carga, dos transformadores e das
impedâncias
Aplicação de Relés de Proteção

“É factível salientar que nem sempre é


necessário todas as informações para a
aplicação a ser desenvolvida.”
Operação dos Relés de Proteção
• Os principais métodos de operação dos relés
de proteção baseiam-se na existência da
diferença entre grandezas:

Amplitude Frequência Ângulo de Fase Duração

Taxa de
Forma de
alteração Direção Harmônicos
Onda
(Razão)
Operação dos Relés de Proteção

“É importante lembrar que a atuação do relé


depende da zona de proteção que ele está
inserido.”
Eletromecânicos

Aspectos
Estáticos
Construtivos

Digitais
Classificação dos relés

Direta
Atuação
Indireta

Primário
Instalação
Secundário ou
Retaguarda

Instantâneo
Tempo de Atuação Tempo Definido
Temporizado
Tempo Inverso
Classificação dos Relés quanto aos
Aspectos Construtivos

Eletromecânicos

Digitais
Estáticos
(Microprocessados)
Relés Eletromecânicos
Relés Estáticos
Relés Digitais
Introdução à Proteção

INTRODUÇÃO À PROTEÇÃO DIGITAL


Introdução
Desenvolvimento dos relés computadorizados
Inicio das investigações em 1960
Programas CC, fluxo de carga, estabilidade já estavam implementados – proteção seria o próximo
campo promissor
Velocidade + Preço = Problema

Background histórico
Ideia inicial: proteção manipulada por um único computador
Área de maior interesse: proteção de linhas de transmissão
Era esperado um desempenho, no mínimo, igual ao dos relés convencionais

Background histórico
Na década de 1970 houve um avanço significativo no hardware computacional
Houve uma diminuição do tamanho, do consumo e do custo dos relés bem como um aumento na
sua velocidade de processamento. Comprovando a possibilidade de implementação dos relés
computadorizados
Introdução à Proteção

RELÉS MICROPROCESSADOS
Relés Microprocessados
Vantagens
Decisão de abertura do disjuntor (trip) é definida pelo resultado de operações matemáticas

Realização de múltiplas funções

Polifásicos

Auto-checagem e confiabilidade

Integração de sistemas (automação)

Flexibilidade funcional e adaptabilidade

Considerações de custo-benefício
Relés Microprocessados
Problemas
Adaptação da tecnologia

Mudanças no hardware

Linguagem

Ambiente hostil para o equipamento

...
Relés Microprocessados
Relés Microprocessados
Arquitetura
Unidade auxiliar
de transformação
Unidade Digital do Relé

va Filt S/H
CPU
vb Filt S/H

M Sinal
vc Filt S/H A/D I Memória de
U
X D Trip
ia Filt S/H B
D/I
ib Filt S/H
D/O
ic CLK
Filt S/H

Tap
i0 Filt S/H
Relés Microprocessados
Arquitetura
Relés Microprocessados
Arquitetura
Redutores de medida

Módulos de interface

Sample & Hold

Multiplexador

Conversores analógico/digital

Processador
Relés Microprocessados
Arquitetura
Relés Microprocessados
Arquitetura
Relés Microprocessados
Arquitetura
• Fonte de Alimentação
– Redundante
Relés Microprocessados
Arquitetura
• CPU + Placa de Comunicação Integrada
Relés Microprocessados
Arquitetura
• Unidade Auxiliar de Transformação
– Entradas de Tensão e Corrente
Relés Microprocessados
Arquitetura
• Cartão de I/O Digitais
Relés Microprocessados
Conversão analógica/digital
1
2
Princípio do Entrada 3
Saída
4
do sinal do sinal
Multiplexador 5
va S/H
6

vb S/H
7

vc S/H Barramento de
MUX CAD Dados
ia S/H

Start

Microprocessador
ib

Controle do sinal
S/H
Conversion
Endof
ic S/H
Conversion

MUX
Address
Sample/Hold
Relés Microprocessados
• Compensação devido a não simultaneidade dos
sinais:
Os dois fasores vão diferir de um ângulo Θ:
– Para fasores


t  t y  2
x(t )     t x
amostra no tempo x
rad
T
y (t )     t y
amostra no tempo
sendo 𝑇 é a frequência fundamental do
sinal.

– Assim, os sinais podem ser colocados na mesma


referência compensando-se o Θ
Relés Microprocessados
• Compensação devido a não simultaneidade
dos sinais:
– Interpolação
𝑥𝑘 = { 𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑛}
𝑡𝑘 = { 𝑡1, 𝑡2, … , 𝑡𝑛}
𝑥(𝑡) 𝑡’𝑘 ?
𝑥’𝑘 𝑠𝑒𝑟á?
T 𝑥𝑘+1 − 𝑥𝑘
𝑥’𝑘 = 𝑥𝑘 +
𝑡𝑘+1 − 𝑡𝑘
𝑡
Relés Microprocessados
Exemplo
Relés Microprocessados
Exemplo
𝐼=
𝐼=
𝑛−1
𝑐𝑜𝑠 ∙ ∆𝜑
2
sendo 𝑛 igual
as amostras que excedem 𝐼=

∆𝑇 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚 corresponde à ∆𝜑 (60𝐻𝑧: 0.67 𝑚𝑠 = 18° 𝑒𝑙. )

𝑓𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙
𝐼 ∆𝜑 = 𝜔 ∙ ∆𝑇 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚 = ∙ 360°
𝐼𝑅𝑀𝑆 = 𝑓𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚
2
Relés Microprocessados
• Conversão analógica/digital
Correntes Tensões
Efeito aliasing (sobreposição de espectros)
Filtro
Teorema de Nyquist
Butterworth

Utilização de filtros analógicos


Amostragem
CAD CAD CAD CAD Ordem
CAD do filtro CAD
versus
Filtros
16 Bits anti-aliasing
16 Bits Passa-baixa
16 Bits Butterworth
16 Bits 16 Bitsdefasagem
16 Bits
(Butterworth)
Relés Microprocessados
Filtro anti-aliasing
Relés Microprocessados
• Filtro anti-aliasing

– Normalmente é do tipo passa-baixa

– Aproximações de Chebyshev e, principalmente, de


Butterworth

– Ordem do filtro versus defasagem (Butterworth)


Relés Microprocessados
• Quantização
– Diferença entre o sinal amostrado e o sinal
digitalizado

– Número de Bits

na qual: ∆𝑨𝒔𝒊𝒏𝒂𝒍 é o menor sinal


𝐴𝑚á𝑥 analógico reproduzível para um conversor
∆𝐴𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑁 com 𝒏 − 𝒃𝒊𝒕𝒔 (resolução) para um sinal
2 de fundo de escala 𝑨máx .
Relés Microprocessados
• Quantização
Relés Microprocessados
• Especificação de um relé digital típico
Relés Microprocessados
• Software resgata oscilografia e eventos para
rápido diagnóstico de falta.
Relés Microprocessados
• Bastante Flexível quanto ao uso.

• Característica modular – pode ser atualizado em


campo
– módulos substituíveis
– Firmware

• Possibilidade de sincronização de dados via GPS


(Global Positioning System)

– IRIG-B
Relés Microprocessados
• Diagrama de Blocos do Funcionamento do
Relé
Algoritmo de
Proteção
Sinais de Tensão e Aquisição de Detecção de Tomada de
•Filtros Digitais Sensibilização
de Corrente Dados Defeito Decisão
•Comandos Remotos
•...

Automação Proteção
Relés Microprocessados
• Diagrama de Blocos de Controle e Proteção
Relés Microprocessados
• Diagrama de Blocos de Controle e Proteção
Introdução à Proteção

JANELA MÓVEL
Janela de Dados Móvel
Janela de Dados Móvel
• Largura da Janela
– Número de amostras que serão utilizadas para o
cálculo
Largura da Janela

Número de Amostras por Ciclo

– O relé pode utilizar mais ou menos amostras


contidas em um ciclo para realizar os cálculos
Janela de Dados Móvel
“Há portanto, um compromisso ou relação
inversa entre velocidade e precisão”

Precisão

Velocidade
de Atuação
Janela de Dados Móvel
Exemplo: Fasores
Φ
Φ=𝜔∙𝑡 1
𝐼𝑠 = ∙ 𝐼 𝜔𝑡 ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 𝑑𝑡
2𝜋
Φ−360°
∴ Φ
𝐼Φ = 𝐼𝑠 + 𝑗𝐼𝑐 1
𝐼𝑐 = ∙ 𝐼 𝜔𝑡 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 𝑑𝑡
2𝜋
Φ−360°
𝐼0°
=1+𝑗∙0
𝐼
𝐼30° 3 1
= +𝑗∙
𝐼 2 2
𝐼60° 1 3
= +𝑗∙
𝐼 2 2
𝐼90°
=0+𝑗∙1
𝐼
Introdução à Proteção

FONTES DE ERRO
Fontes de Erros
• As ondas defeituosas de corrente e de tensão
não são senoidais de frequência fundamental
1.0
Tensão (em p.u.)

-1.0

tempo (s)
Fontes de Erros

Termo exponencial (componente CC) que decai exponencialmente com


a constante de tempo da linha

Sinais de alta freqüência associados com a reflexão das formas de


onda

Erros nos TPs e TCs

Erros conversão A/D (quantização e amostras não espaçadas


exatamente em Δt)

Filtros anti-aliasing que reduzem a componente de alta frequência e


introduzem defasagem de tempo.
Fontes de Erros

ângulo de incidência da falta

Estrutura da rede, tais como capacidade


das fontes
* Todos estes parâmetros
devem ser levados em
Tipo de falta conta no processo de
escolha do filtro digital a
ser usado.
Localização da falta ao longo da linha

Resistência de falta
Introdução à Proteção

CONCEITOS MATEMÁTICOS
Detecção de Defeitos
• O defeito pode ser detectado de várias formas
e é geralmente associado a mudanças no sinal
tensão/corrente.

• Confirmação do Defeito

• Verificação da zona de proteção, etc.


Detecção de Defeitos
• Método #1
– Amostra-se corrente nos instantes 1, 2, 3, 4 em (a)

– Fazer estimação (predição com algoritmo) de 1’, 2’,


3’, 4’

– Compara-se os valores estimados com reais


• havendo mudança substancial, detecta-se a falta
Detecção de Defeitos
• Método #1
Detecção de Defeitos
• Método #2

– Neste método, os sinais de tensão e corrente são


retificados

1 → para variação positiva

0 → para variação negativa


Detecção de Defeitos
• Método #2
Condição normal

Senoide Defeito
Períodos das Variação positiva é

Condição de defeito
variações positivas diferente da
e negativas são negativa e isto é
iguais refletido.
Detecção de Defeitos
• Método #2
Detecção de Defeitos
• Método #3
– Este método detecta o defeito pela comparação
das formas de onda de V e I com o ciclo anterior
correspondente

– Ele utiliza um contador 𝑘 que inicialmente é zero e


é incrementado a cada variação significativa de
tensão
• Detecta-se o defeito quando 𝑘 atingir um certo valor de
limiar
Detecção de Defeitos
• Método #3
– Comparação da forma de onda
Introdução à Proteção

ESTIMAÇÃO DOS COMPONENTES


FUNDAMENTAIS
Transformada de Fourier
• Esta técnica se fundamenta na teoria de
transformadas ortogonais: um par ortogonal
de funções bases são correlacionadas com os
dados amostrais para extrair os componentes
da função base da forma de onda de entrada.

“TDF utiliza o par ortogonal são funções seno e


cosseno”
Transformada de Fourier
2𝜋
𝑠𝑖𝑛 𝑖
𝑛

𝑉 𝑘−𝑛+1
x 𝑉Φ = 𝑉𝑠 + 𝑗𝑉𝑐

2𝜋
𝑐𝑜𝑠 𝑖
𝑛
Transformada de Fourier
• Para expressões dadas na forma retangular,
para um ciclo de dados a amostra 𝑙:
𝑁−1
2
𝑉𝑠 = 𝑉𝑙 𝑠𝑒𝑛 2 ∙ 𝜋 ∙ Δ𝑡 ∙ 𝑙
𝑁
𝑙=1

𝑁−1
2 𝑉𝑜 𝑉𝑁
𝑉𝑐 = + + 𝑉𝑙 𝑐𝑜𝑠 2 ∙ 𝜋 ∙ Δ𝑡 ∙ 𝑙
𝑁 2 2
𝑙=1
Transformada de Fourier
• Assim, as expressões podem ser convertidas a
forma polar, sendo a expressão para a tensão:

2 2
𝑉 = 𝑉𝑠 + 𝑉𝑐

𝑉𝑠
𝜃 = tan−1 −
𝑉𝑐
Transformada de Fourier
• Está implícito na análise de Fourier a filtragem
dos dados

– promete uma melhor precisão porque se utiliza


dos componentes fundamentais (ciclo completo)
Transformada de Fourier
• Exemplo
– Saturação de TC
Transformada de Fourier
• Com o intuito de melhorar o tempo de resposta
do algoritmo, foi desenvolvido dois outros
métodos baseados na TDF

– TDF de meio ciclo


• em compensação alguns erros foram introduzidos devido a
componente CC e altas frequências

– FFT (Fast Fourier Transform)


• versão otimizada da TDF no que diz respeito a eficiência
computacional.
Transformada de Fourier
• Resposta em frequência da TDF
Ciclo Completo

Meio Ciclo
Transformada de Fourier

No. De No. de operações No. de operações


Amostras TDF FFT
16 256 64
32 1024 160
64 4096 384
128 16384 896
256 65536 2048
512 262144 4608
Técnicas de Otimização
• Esse tipos de técnicas tratam a estimação de
fasores como um problema de otimização
Gauss
• Considere a função
𝑡

𝑣 𝑡 = 𝐴 ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝜔 ∙ 𝑡 + 𝐵 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝜔 ∙ 𝑡 − 𝑒 𝜏 + 𝐶 ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝜔 ∙ 𝑡
Gauss
– Estimar os coeficientes 𝐴, 𝐵 e 𝐶 com base na
medição de tensão e corrente

– Usando a minimização do erro quadrático pelo


método de Gauss
𝑘
2
𝜀= 𝑣 𝑛∙∆𝑡 − 𝑓𝑛
𝑛=𝑘−𝑁
Gauss

𝑘
2
𝑀𝐼𝑁 𝑣 𝑛∙∆𝑡 − 𝑓𝑛
𝑛=𝑘−𝑁
Sendo:
𝑘 – número da amostra
𝑁 – tamanho da janela de dados
𝑛 – variável auxiliar
∆𝑡 – intervalo de amostragem
𝑓 𝑛 – valores amostrados
Contato
Universidade Salvador (UNIFACS)

Mestrado em Energia
Rua Ponciano de Oliveira, 126. 2º andar. Rio Vermelho.
Salvador – Bahia.
Fone: (71) 3330-4662 Fax: (71) 3330 4666
e-mail: mestradoenergia@unifacs.br

Prof. Daniel Barbosa, DSc.


daniel.barbosa@pro.unifacs.br
dbarbosa0@gmail.com
Proteção de Sobrecorrente

Curso de Inverno / UESPI

Teresina, 12/07/2012

Prof. Daniel Barbosa, DSc.


daniel.barbosa@pro.unifacs.br
Relés de Sobrecorrente (50/51)

INTRODUÇÃO À PROTEÇÃO DE
SOBRECORRENTE
Proteção de Sobrecorrente

“As proteções de sobrecorrente funcionam


como um comparador de corrente, cujo
principal objetivo é atuar quando a corrente
medida é superior ao ajuste pré-estabelecido”

𝐼𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 ≥ 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒
Proteção de Sobrecorrente

Mini Disjuntores

Disjuntores Caixa Moldada

Fusível

Relé

...
Proteção de Sobrecorrente
Mini Disjuntor
• Proteção de sobrecorrente

Térmica Magnética
Proteção de Sobrecorrente
Mini Disjuntor
Proteção de Sobrecorrente
Mini Disjuntor
1 - Parte Externa, termoplástica
2 - Terminal superior
3 - Câmara de extinção de arco
4 - Bobina responsável pelo disparo instantâneo
(magnético)
5 - Alavanca:
0 - Desligado: verde visível
I - Ligado: vermelho visível
6 - Contato fixo
7 - Contato móvel
8 - Guia para o arco - sob condições de falta, o
contato móvel se afasta do contato fixo e o arco
resultante é guiado para a câmara de extinção,
evitando danos no bimetal, em caso de altas
correntes (curto-circuito)
9 - Bimetal - responsável pelo disparo por
sobrecarga (térmico)
10 - Terminal inferior
11 - Clip para fixação no trilho DIN
Proteção de Sobrecorrente
Mini Disjuntor
• Proteção Magnética
Proteção de Sobrecorrente
Mini Disjuntor
• Proteção Magnética
Proteção de Sobrecorrente
Mini Disjuntor
• Proteção Térmica
Proteção de Sobrecorrente
Fusível
• Chave Fusível ou Corta-Circuito de Média
Tensão (MT)
– É o dispositivo constituído de um porta-fusível e
demais partes destinadas a receber um elo-fusível
• Elo-Fusível
– é uma peça facilmente substituível, composta de
um elemento sensível e demais partes, que
completa o circuito entre os contatos de um corta-
circuito
Proteção de Sobrecorrente
Fusível
• Sobrecorrentes
– é a intensidade de corrente superior à máxima
corrente permitida para um sistema, equipamento ou
para um componente elétrico qualquer.

• Corrente Nominal do Fusível


– é o valor de corrente que o fusível pode suportar
continuamente sem deteriorar-se ou exceder os
limites de temperatura especificados, satisfazendo as
características de tempo/corrente dessa
especificação.
Proteção de Sobrecorrente
Fusível
• Elo-Fusível Protegido

– é aquele que está sendo instalado do lado da


fonte

• Elo-Fusível Protetor

– é aquele que está instalado do lado da carga.


Proteção de Sobrecorrente
Fusível
• Chave Fusível de Média Tensão (MT)

Load Buster
(dispositivo abertura de carga 24,5 kV)
Proteção de Sobrecorrente
Fusível
• Chave Fusível de Média Tensão (MT)
Proteção de Sobrecorrente
Fusível
• Elo Fusível
Proteção de Sobrecorrente
Fusível
• Elo Fusível
– Curvas de tempo x corrente

– Tipo

• “H”

• “K”

• “T”
Proteção de Sobrecorrente
Fusível
• Fusível HH
Proteção de Sobrecorrente
Fusível
• Curva do Fusível HH
Proteção de Sobrecorrente
Fusível
Corrente Nominal

Tensão Nominal
Características
Elétricas
Corrente de
Interrupção

Corrente de
Curto-Circuito
Proteção de Sobrecorrente
Fusível - Aplicações
Transformadores de Potência
Transformadores de Potencial
Alimentadores de Distribuição
Motores Elétricos
Entradas de Instalações Consumidoras
...
Relés de Sobrecorrente (50/51)

RELÉS DE SOBRECORRENTE
50 / 51
Relés de Sobrecorrente
Relés de Sobrecorrente

“Relés são dispositivos que vigiam o sistema,


comparando sempre os parâmetros do sistema
com o seu pré-ajuste.” (Geraldo Kindermann)
Relés de Sobrecorrente
• Exemplo:
– Linha Radial

52

Defeito Carga

𝐼𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 ≥ 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒
Relés de Sobrecorrente

Instantâneo
(50)

Temporizado
(51)
Relés de Sobrecorrente
• Relés de Tempo Inverso

– Escolha da curva e não do tempo de atuação

• A curva depende da coordenação do sistema de


proteção

• As curvas definem o limiar de atuação do relé de


sobrecorrente
Relés de Sobrecorrente
• Relés de Tempo Inverso
Sensibilidade
𝑡
Relé não
opera

Tempo de
Operação do
Relé

𝐼
Relés de Sobrecorrente

“A coordenação pode ser definida como uma


cadeia escalonada de tempos distintos para a
mesma corrente de curto-circuito, de modo que
a seletividade da abertura dos disjuntores seja
mantida”
Relés de Sobrecorrente
Existem diversos tipos
Várias normas
de curvas

Inverso IEC

Muito Inverso ANSI

Extremamente Inverso
Relés de Sobrecorrente

𝑇𝑃 𝑇𝑅 𝑇𝐷 𝑀
• Tempo de operação • Emulação do tempo • Dial de tempo • Múltiplos da corrente
em segundos de reset do relé de ajuste
eletromecânico em
segundos (apenas se a
parametrização
utilizar tal ajuste)
Relés de Sobrecorrente
ANSI
Relés de Sobrecorrente
ANSI

U. S. Moderately Inverse Curve: U1 U.S. Inverse Curve: U2


Relés de Sobrecorrente
IEC
Relés de Sobrecorrente
IEC

IEC Class A Curve (Standard Inverse): C1 IEC Class B Curve (Very Inverse): C2
Relés de Sobrecorrente
Exemplo de tipos de curvas
Relés de Sobrecorrente
Curvas
INVERSE TIME
• A time/current operating characteristic generally applied where
the short-circuit current magnitude is dependent largely upon
the system generating capacity at the time of the fault.

VERY INVERSE
• A time/current operating characteristic generally applied where
the short-circuit current magnitude is dependent largely upon
the relative position of the fault with TIME respect to the relay
and only slightly or not at all upon the system generating
capacity.
Relés de Sobrecorrente
Curvas
EXTREMELY INVERSE
• A time/current operating characteristic generally applied where
sufficient time delay must be provided to allow a re-energized
circuit to pick up without unnecessary TIME tripping during the
inrush period and at the same time coordinate properly with
power fuses and fuse cutouts.

INVERSE LONG
• A time/current operating characteristic generally applied where
a long time delay must be provided to allow protection of
motors against overloads under conditions where TIME the
customary thermal devices are not applicable.
Relés de Sobrecorrente
Curvas

DEFINITE TIME
• A time only operating characteristic generally applied
where timing functions are required and the current
characteristic is generally of little consequence.
Relés de Sobrecorrente
• O ideal é que todos os equipamentos em um
SEP tivessem a mesma curva de ajuste, pois a
coordenação seria garantida

• Todavia, devido as diferentes características


dos equipamentos elétricos e as
características das redes, isto não é possível
Relés de Sobrecorrente
• Ajuste do Relé 51 de Tempo Inverso

– “O ajuste é o valor de corrente que parametriza-se


o relé de modo que este seja sensibilidade (𝐼𝑃𝐾𝑃 )”

– Para uma correta proteção, o relé deve ser


sensível a todas as correntes de curto no trecho
protegido
Relés de Sobrecorrente
Zona de Proteção

52
Carga
Inominal Icc

𝐼𝑚𝑖𝑛
𝑘 ∙ 𝐼𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 ≤ 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 ≤
𝑘
∴ 𝑘 é a constante de ajuste, geralmente, 1,5 ou 2
Relés de Sobrecorrente
• Observações
– 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 deve ficar mais próximo do mínimo

– A constante 𝑘 depende da concessionária

– Dependendo da análise, o ajuste pode ser feito


em relação ao limite térmico do alimentador

𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 ≤ 𝐼𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑇é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑜


Relés de Sobrecorrente
• Exemplo
– Calcular o ajuste do relé de sobrecorrente para
garantir a proteção até a Barra #B

#B
Gerador
equivalente 10 MVA
a SE “A”
𝒁𝑳𝑻 = 𝟎, 𝟏 𝒑𝒖

𝑩𝒂𝒔𝒆 𝟔𝟗 𝒌𝑽 10 MVA
𝟏𝟎𝟎𝑴𝑽𝑨
𝑰𝒄𝒄𝟑Ø = 𝟖 𝒌𝑨
𝑰𝒄𝒄𝟏Ø − 𝒕 = 𝟔 𝒌𝑨
10 MVA
Relés de Sobrecorrente
• Exemplo
– O TC é 400:5A, conforme apresentado na aula 2.
– Cálculo do equivalente de Thévenin
A1
𝐼𝑐𝑐3𝜙 = 𝐼𝐴1
jXSE
𝑆𝐵𝑎𝑠𝑒
o
190 pu ESE 𝐼𝐵𝑎𝑠𝑒 =
3 ∙ 𝑉𝐵𝑎𝑠𝑒
Relés de Sobrecorrente
• Exemplo
𝑆𝐵𝑎𝑠𝑒 100𝑀𝑉𝐴
𝐼𝐵𝑎𝑠𝑒 = = = 836,74𝐴
3 ∙ 𝑉𝐵𝑎𝑠𝑒 3 ∙ 69𝑘𝑉
– Colocando em pu
𝐼𝑐𝑐 8𝑘𝐴
𝐼𝑐𝑐3𝜙 = = = 9,56𝑝𝑢
𝑆𝐸 𝐼𝐵𝑎𝑠𝑒 836,74𝐴
– Observando a figura, temos:
𝐸𝑆𝐸 1∠90° 1∠90°
𝐼𝑐𝑐3𝜙 = = → 𝑋𝑆𝐸 = = 𝑗0,1046𝑝𝑢
𝑆𝐸 𝑗𝑋𝑆𝐸 𝑗𝑋𝑆𝐸 9,56
Relés de Sobrecorrente
• Exemplo
– Achando o CC 3φ na Barra #B
A1 B1
jXSE jXLT

j0,1046 j0,10

Icc3ϕ
190o pu ESE

𝐸𝑆𝐸 1∠90°
𝐼𝑐𝑐3𝜙 = = = 4,887𝑝𝑢 ≅ 4,1𝑘𝐴
#𝐵 𝑗 𝑋𝑆𝐸 + 𝑋𝐿𝑇 𝑗 0,1046 + 0,10
Relés de Sobrecorrente
• Exemplo
3
– Considerando que 𝐼𝑐𝑐2𝜙 = ∙ 𝐼𝑐𝑐3𝜙 , tem-se:
2
3
𝐼𝑐𝑐2𝜙 = ∙ 4,1𝑘𝐴 ≅ 3,541𝑘𝐴
2
– Com as Icc, temos o seguinte ajuste:
1,5 ∙ 251𝐴 3541,30
≤ 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 ≤
400 1,5 ∙ 400
5 5

4,7𝐴 ≤ 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 ≤ 29,51𝐴


Relés de Sobrecorrente
• Relé de Sobrecorrente Instantâneo (50)

– Este relé atua para qualquer valor de corrente


superior ao ajuste sem quaisquer temporizações

𝐼𝐶𝑢𝑟𝑡𝑜−𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 ≥ 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒𝐼𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑜 → 𝑇𝑅𝐼𝑃


Relés de Sobrecorrente
• Relé de Sobrecorrente Temporizado (51)

– É o relé que possui uma temporização antes da


operação
• Tempo definido
• Tempo inverso

𝑘 ∙ 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 ≤ 𝐼𝐶𝑢𝑟𝑡𝑜−𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 ≤ 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒𝐼𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑜


𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜
Relés de Sobrecorrente
– 51 com Tempo Definido
Tempo (s)

temporizado

Tempo
Ajustado

1,0 Múltiplo da
Relé não Corrente (A)
Ajuste do tempo
opera
definido
Limiar da
Operação
Relés de Sobrecorrente
– 51 com Tempo Inverso
Tempo (s)

temporizado

Ajuste do tempo
inverso

1,0 Múltiplo da
Relé não Corrente (A)
opera
Limiar da
Operação
Relés de Sobrecorrente
• Relé de Sobrecorrente Temporizado com
elemento
Tempo (s)
Instantâneo (51)
temporizado

Ajuste do tempo
inverso

Tempo instantâneo
Ajustado

1,0 Múltiplo da
Relé não Corrente (A)
Ajuste do tempo
opera
definido Ajuste do
Limiar da instantâneo
Operação
Relés de Sobrecorrente
• Verifica-se que dependendo da 𝐼𝑐𝑐 , a unidade
50 ou 51 irá atuar

– A atuação da unidade 51 relativo a curva


temporizada

𝑘 ∙ 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 ≤ 𝐼𝐶𝑢𝑟𝑡𝑜−𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 ≤ 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒𝐼𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑜


𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜

– Atuação da unidade 50
𝐼𝐶𝑢𝑟𝑡𝑜−𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 ≥ 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒𝐼𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑜
Relés de Sobrecorrente
• Como a unidade instantânea não é
temporizada, calcula-se o ajuste de modo que
o seu alcance não atinja os relés a jusante,
uma vez que a seletividade deve ser mantida

• A zona de proteção do relé 50 não deve ser


sobreposta em relés subsequentes
Relés de Sobrecorrente
Relés de Sobrecorrente
Temporizado

Barra
Jusante
Barra
Instantâneo
Montante

50
Iccmínimo
51
Temporizado

Barra
Jusante
Barra
Instantâneo
Montante

50
Iccmínimo
51
Relés de Sobrecorrente
Relés de Sobrecorrente
Relés de Sobrecorrente
Relés de Sobrecorrente
• Relé de Sobrecorrente de Neutro ou de
Sequência Zero

– Esse relé utiliza a lei das correntes em um nó de


Kirchhoff para verificar a existência de defeito

𝐼𝑁𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = 𝐼𝐴 + 𝐼𝐵 + 𝐼𝐶
Relés de Sobrecorrente
• Relé de Sobrecorrente de Neutro
A

IA PQ os TCs estão em Y?
B
Pode ser em ∆?
IB
C
A
IC
B N

INeutro C
Relés de Sobrecorrente
• Relé de Sobrecorrente de Neutro

– É importante lembrar que a corrente que circula


no neutro é a corrente de sequência zero

𝐼𝑁𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = 3 ∙ 𝐼0
Relés de Sobrecorrente
• Relé de Sobrecorrente de Neutro

– São sensíveis às condições em que há sequência


zero

• Curtos assimétricos à terra

• Cargas desequilibradas

• Abertura monopolares de sistemas aterrados


Relés de Sobrecorrente
• Relé de Sobrecorrente de Neutro

– Em Sistemas de Distribuição (SD) é comum a


ocorrência de defeitos de alta impedância (FAT)

– As FATs são difíceis de seres detectadas pelas


proteções de sobrecorrente de fase, sendo mais
facilmente verificadas com as proteções de Neutro
Relés de Sobrecorrente
IA IB IC VA(k V) VB(k V) VC (k V)
I C

250
A( k V I ) B

-0
CI

-2 5 0
V
)
( k V

5
B
V
)

0
(k V

-5
A
i g i t a l s
V

51G
D

0 ,0 2 ,5 5 ,0 7 ,5 1 0 ,0 1 2 ,5 1 5 ,0
C y c le s
Relés de Sobrecorrente
IA IB IC VA(k V) VB(k V) VC (k V)
I C

250
A( k V I ) B

0
CI
) V

-2 5 0
(k V

5
B
) V

0
(k V

-5
A
i g i t a l s
V

51G
D

0 ,0 2 ,5 5 ,0 7 ,5 1 0 ,0 1 2 ,5 1 5 ,0
C y c le s
Relés de Sobrecorrente
• Relé de Sobrecorrente de Neutro

– É importante observar que os relés 50N/51N são


sensíveis ao desequilíbrio de cargas

• Redes equilibradas ou Levemente desequilibradas


Relés de Sobrecorrente
• Ajuste do Relé de Sobrecorrente de Neutro

0,10 ∙ 𝐼𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 ≤ 𝐼𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒𝑁𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 ≤ 0,45 ∙ 𝐼𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙

Geração Transmissão Distribuição

Ajuste do
0,1 In 0,45 In Neutro
Religador
“O religador é um equipamento de proteção a
sobrecorrentes utilizado em circuitos aéreos de
distribuição, que opera quando detecta
correntes de curtocircuito, desligando e
religando automaticamente os circuitos um
número predeterminado de vezes”
Religador

Abertura Fechamento Abertura Fechamento

status da LD

Fechado
Religador
Aberto

Fechado
Falta
Aberto
30 30,1 32,1 32,5 35,5 Tempo (s)
Religador
• As operações de um religador
– se for ajustados para quatro operações

uma rápida e três retardadas

duas rápidas e duas retardadas

três rápidas e uma retardada

todas rápidas

todas retardadas
Religador
• As operações de um religador

– para qualquer número de operações menor que


quatro, em combinações similares de operações
rápidas e retardadas
Religador
Religador
• Classificação
– Número de fases

• Monofásico

• Trifásico
– Trifásicos com Operação Monofásica e Bloqueio Trifásico

– Trifásicos com Operação Trifásica e Bloqueio Trifásico


Religador
Coordenação de Relés de Sobrecorrente (50/51)

INTRODUÇÃO À COORDENAÇÃO DE
RELÉS DE SOBRECORRENTE
Coordenação de Sobrecorrente
• Algumas características e objetivos devem ser
observados
– O relé deve operar o mais rápido possível, dentro da
sua seletividade

– O sistema de proteção está sujeito à falhas


• Por isso existe a coordenação

– Deve existir uma cadeia com uma sequência de


proteção, de modo que o defeito seja eliminado pelo
relé mais próximo
Coordenação de Sobrecorrente

“A coordenação é uma estratégia de proteção,


na qual qualquer corrente de curto-circuito, há
uma escada de tempo no sentido do relé de
vanguarda para os relés de retaguarda, de modo
a garantir seletividade no desligamento do
sistema”
Coordenação de Sobrecorrente

“Como pode haver falhas no sistema de


proteção, a utilização da proteção de retaguarda
é essencial, de modo que quando um conjunto
relé + disjuntor falha, o outro atua”
Coordenação de Sobrecorrente

2a Zona

1a Zona
A B

Equivalente
RA RB Icc
Retaguarda Primário
Coordenação de Sobrecorrente
• Tempo de Coordenação

“O tempo de coordenação (∆𝒕) é a mínima


diferença de tempo que dois relés mais
próximos da cadeia de proteção devem ter para
garantir a coordenação”

𝑡𝑅𝑒𝑙é 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝑡𝑅𝑒𝑙é 𝐽𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 ≥ ∆𝑡


Coordenação de Sobrecorrente
• Tempo de Coordenação

– É importante lembrar que essa diferença deve ser


o mais próximo possível do ∆𝑡, uma vez que o
sistema de proteção deve ser o mais rápido
possível
Coordenação de Sobrecorrente

Tempo de Operação
ReléB + DisjuntorB

Tempo de
sobrepercuso do Relé A
(Relé Eletromecânico)
∆𝑡
Tempo de Segurança
Coordenação de Sobrecorrente
• Tempos típicos de coordenação
Coordenação de Sobrecorrente
Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 51 de Tempo Definido

– O relé mais afastado da SE (próximo da carga)


deve ter o menor ajuste de tempo possível

– Os relés a montante mais próximos devem ter um


tempo de ajuste cuja diferença de tempo é ∆𝑡

𝑡𝑅𝑒𝑙é 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = ∆𝑡 + 𝑡𝑅𝑒𝑙é 𝐽𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒


Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 51 de Tempo Definido
3a Zona
2a Zona
1a Zona
A B C D

Equivalente
RA RB RC

tC
Dt
2·Dt tB
Dt
tA
Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 51 de Tempo Definido

– Coordenação simples

– Não atende as filosofias de proteção


• Quanto mais próximo da fonte, maior o nível de curto-
circuito

• Tempos de atuação muito altos


Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 51 de Tempo Definido
com Elemento Instantâneo (50)

– Ajustar o Relé 50 até um determinado ponto


(80% a 85% da Linha)

– Utilizar a unidade 51 para o restante da linha


Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 51 de Tempo Definido
com Elemento Instantâneo (50)

Temporizado (51A)
tA
Dt Temporizado (51B)
2·Dt tB
Dt
Temporizado
(51C)
tC
A B C D
Instantâneo (50A) Instantâneo (50B) Instantâneo (50C)

Equivalente
RA RB RC
Coordenação de Sobrecorrente
• Parametrização do Elemento Instantâneo (50)
Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 51 de Tempo Inverso
– O relé mais afastado da SE (próximo da carga)
deve ter a menor curva possível tC
• Lembrar que a curva de dano térmico deve ser
contemplada

Temporizado (51C)
Curva 1/2

A B C D

Equivalente
RA RB RC
Coordenação de Sobrecorrente
Curvas Tempo x Corrente - ANSI

U. S. Moderately Inverse Curve: U1 U.S. Inverse Curve: U2


Coordenação de Sobrecorrente
Curvas Tempo x Corrente - IEC

IEC Class A Curve (Standard Inverse): C1 IEC Class B Curve (Very Inverse): C2
Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 51 de Tempo Inverso
– Calcular o tempo de atuação do relé C devido ao
𝐼𝑐𝑐 na Barra #C
Tempo (s)

𝐼𝐶𝐶3𝜙
𝐶
𝑀𝐶 =
𝑅𝑇𝐶𝐶 ∙ 𝑇𝑎𝑝𝐶
tC

Curva 1/2

MC M(I)
Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 51 de Tempo Inverso
– Com a mesma corrente de curto-circuito utilizada
para achar a curva do Relé C, calcula-se o tempo
de atuação do Relé B
𝑡𝐵 = ∆𝑡 + 𝑡𝐶

𝐼𝐶𝐶3𝜙
𝐶
𝑀𝐵 =
𝑅𝑇𝐶𝐵 ∙ 𝑇𝑎𝑝𝐵
Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 51 de Tempo Inverso
Tempo (s)
Curva X

Qual curva atende ao tempo 𝒕′𝑩

t'B
Dt
tC

Curva 1/2

ICC I
Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 51 de Tempo Inverso

tB tC

Temporizado (51B)
Curva B

Dt
Temporizado (51C)
Curva 1/2
A B C D

Equivalente
RA RB RC
Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 51 de Tempo Inverso
tA
tB tC

Temporizado (51A)
Curva A Temporizado (51B)
Dt Curva B
Temporizado (51C)
Dt Curva 1/2
A B C D

Equivalente
RA RB RC
Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 51 de Tempo Inverso
Tempo (s)
Curva B

Curva A

t'A

t'B
Dt
tC

Curva 1/2

ICC I
Coordenação de Sobrecorrente
• Parametrização do Relé 51 de Tempo Inverso
Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 50 de Tempo Inverso
com Elemento Instantâneo (50)

– Esse tipo de proteção é a mais utilizada

• Pondera o tempo de atuação em função da corrente de


curto-circuito

– Coordenação mais trabalhosa


Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 50 de Tempo Inverso
com Elemento Instantâneo (50)

– Ajuste das Unidades 50

– Escolher as curvas de menor tempo

– Coordenar as funções a montante de acordo com


as curvas a jusante
Coordenação de Sobrecorrente
• Coordenação do Relé 50 de Tempo Inverso
com Elemento Instantâneo (50)
tA

tB
Temporizado (51A)
Curva A Temporizado (51B)
Curva B
tC
Dt
A B C
Dt D
Instantâneo (50A) Instantâneo (50B) Instantâneo (50C) Temporizado (51C)
Curva 1/2

Equivalente
RA RB RC
Coordenação de Sobrecorrente
A B C D

Equivalente
RA RB RC RD

Corrente
(kA)

Distância

tA tB tC
Tempo (s)

Dt Dt Dt

Distância
Coordenação de Relés de Sobrecorrente (50/51)

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO EM
EQUIPAMENTOS
Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Alimentadores – Conceitos
– Ampacidade
• Capacidade nominal de transportar corrente em uma
determinada temperatura ambiente

– Curva de Sobrecarga Intermediária


• Curva que define a perda de vida útil do alimentador
devido a sobrecargas. Tais curvas são baseadas na
inércia térmica do condutor, isolação e tipo de material
Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Alimentadores
– Passo #1 - Identificar as Curvas de Tempo-
Corrente (TCC)

• Ampacidade

• Curva de sobrecarga intermediária

• Curva de dano de curto-circuito (Térmico)


Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Alimentadores
– Passo #2 - Identificar às áreas das TCCs

• Área de operação do equipamento

• Área de dados do equipamento


Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Alimentadores
– Passo #3 – Dimensionamento e configuração dos
equipamentos de Proteção

• Configurar o pickup da proteção igual ou inferior ao


valor de ampacidade

• Configurar a curva da proteção abaixo das curvas de


sobrecarga e de dano
Coordenação de Sobrecorrente
Exemplo - Alimentador
• Sistema de Distribuição em Baixa Tensão, com
os seguintes dados:
– 480V

– Nível de curto-circuito máximo de 21,5kA


A

Equivalente
RA
Coordenação de Sobrecorrente
Exemplo - Alimentador
Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Capacitores – Conceitos
– Corrente Nominal
• Representa a corrente drenada pelo banco de
capacitores trabalhando em potência e tensão
nominais

– Curva de Ruptura do Capacitor


• É a curva que representa o limite pressurização interna
do capacitor devido a liberação de gás durante um
curto-circuito
Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Capacitores
– Passo #1 - Identificar as Curvas de Tempo-
Corrente (TCC)

• Corrente Nominal

• Curva de ruptura
Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Capacitores
– Passo #2 - Identificar às áreas das TCCs

• Área de operação do equipamento

• Área de danos do equipamento


Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Capacitores
– Passo #3 – Dimensionamento e configuração dos
equipamentos de Proteção

• Dimensione a proteção para fica acima da corrente


nominal

• Configurar a curva característica do dispositivo de


proteção abaixo da curva de ruptura
Coordenação de Sobrecorrente
Exemplo - Capacitor
• Dados do Capacitor
– Potência: 300kVAR
– Tensão nominal: 4160V
– 3Ø
Time (s) Current (A)
– Curva de Dano
2000 250
150 300
50 350
9 600
0,4 2500
0,2 3500
0,02 10000
Coordenação de Sobrecorrente
Exemplo - Capacitor
Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Transformadores

“if fault current penetrates the limits of the thermal


damage curve transformer insulation may be damaged. If
fault current penetrates the limits of the mechanical
damage curve cumulative mechanical damage may occur.
The validity of these damage limit curves cannot be
demonstrated by test, since the effects are progressive
over the transformer lifetime. They are based principally
on informed engineering judgment and favorable,
historical field experience.” (IEEE C57.109-1993)
Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Transformadores
– Passo #1 - Identificar as Curvas de Tempo-Corrente
(TCC) (em relação a potência nominal)
• Corrente Nominal (𝐼𝑛 )

• Curva de dano térmico

• Curva de dano mecânico

• Corrente de Inrush @ 12 ∙ 𝐼𝑛 e 0,1 segundos

• Corrente de Inrush @ 25 ∙ 𝐼𝑛 e 0,01 segundos


Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Transformadores
– Passo #2 - Identificar às áreas das TCCs

• Área de operação do equipamento

• Área de dados do equipamento


Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Transformadores
– Passo #3 – Dimensionamento e configuração dos
equipamentos de Proteção

• Dimensione a proteção para fica acima das correntes


nominal e de inrush

• Configurar a curva característica do dispositivo de


proteção abaixo da curvas de dano
Coordenação de Sobrecorrente
Exemplo - Transformador
• Dados do Transformador
– Potência: 1000kVA

– Relação de transformação: 4160-480V

– Ligação: Δ-Yg

– Impedância: 5%
Coordenação de Sobrecorrente
Exemplo - Transformador
Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Motores – Conceitos
– Corrente Nominal

– Curva de Partida do Motor

• Curva que apresenta a característica de acerelação do motor


para uma condição de partida definida

– Inversor de Frequência
– Partida direta
– Estrela-triângulo
Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Motores – Conceitos
– Curva térmica de sobrecarga em Regime (MT)

• Representa a capacidade térmica do estator em absorver


variações de carga (torque) durante a operação

• Esta curva nunca deve ser usada para sobrecarga contínua

• A operação do motor além dos limites dessa curva reduzirá a


vida útil
Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Motores – Conceitos
– Curva térmica de aceleração (MT)

• Esta curva representa a capacidade térmica do rotor


durante a aceleração do motor até o torque máximo
para uma determinada tensão

• Estas curvas geralmente não são fornecidas, uma vez


que estão acima da curva térmica limite de rotor
bloqueado
Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Motores – Conceitos
– Ponto de rotor travado (BT)

• Máximo tempo que o motor pode operar com o rotor


travado sem haver danos ao mesmo

– Curva térmica de rotor travado (MT)

• Curva que apresenta o limite térmico do motor quando


este está com seu rotor travado
Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Motores
– Passo #1 - Identificar as Curvas de Tempo-Corrente
(TCC) (em relação a potência nominal)
• Corrente Nominal (𝐼𝑛 )

• Curva de partida

• Tempo de rotor travado (BT)

• Curva de dano do estator (MT)

• Curva de dano do rotor (MT)


Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Motores
– Passo #2 - Identificar às áreas das TCCs

• Área de operação do equipamento

• Área de danos do equipamento

– Limites térmicos do Motor


Coordenação de Sobrecorrente
• Proteção de Motores
– Passo #3 – Dimensionamento e configuração dos
equipamentos de Proteção

• Dimensione a proteção para ficar acima da corrente


nominal e da curva de partida

• Configurar a curva característica do dispositivo de


proteção abaixo da curvas de sobrecarga e de rotor
bloqueado
Coordenação de Sobrecorrente
Exemplo – Motor BT
• Dados do Motor de Indução
– Potência: 100HP
– Tensão Nominal: 460V
– Corrente nominal (FLA): 124A
– Corrente de partida (RLA): 6 x FLA
– Velocidade nominal: 1800rpm
– Fator de Serviço: 1,15
– Tempo de rotor bloqueado: 32 segundos
– Curto-circuito nos terminais do motor: 25kA
Coordenação de Sobrecorrente
Exemplo – Motor BT
Coordenação de Sobrecorrente
Exemplo – Motor MT
• Dados do Motor de Indução
– Potência: 1500HP
– Tensão Nominal: 4kV
– Corrente nominal (FLA): 187A
– Velocidade nominal: 1800 rpm
– Fator de Serviço: 1,00
– Curto-circuito nos terminais do motor: 18kA
Coordenação de Sobrecorrente
Exemplo – Motor MT
• Dados do Motor de Indução

Curva Térmica em Regime

Curva de partida

Curva Térmica de Rotor Bloqueado


Coordenação de Sobrecorrente
Exemplo – Motor MT
Coordenação de Relés de Sobrecorrente (50/51)

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO EM
SISTEMAS
Seletividade
• A seletividade entre os dispositivos de
proteção pode ser complexa e difícil de
conseguir
– Conhecimento das características dos
equipamentos e das funções de proteção
disponíveis
– Compreensão clara do sistema de distribuição e
dos elementos que devem ser retirados de serviço
durante uma condição de sobrecarga ou falha
Seletividade
• Tabela de seleção de curvas dos relés

Aplicação Funções Curva do Relé


Alimentador 51 Extremamente Inversa
Gerador 51V Muito Inversa
Transformador 50/51 Muito Inversa
Motor 50/51 Long Time
Capacitor 50/51 Short Time
Residual de Neutro 51 Inversa
Neutral Ground 51 Inversa
Ground 50 Instantânea
Curva característica
Disjuntor + Relé (CO-11)
Seletividade
Exemplo #01
Device ANSI No. Protection Device
1 51 E-M Relay
E-M Relay
2 51
Static Relay
Seletividade
Exemplo #02
Device ANSI No. Protection Device
1 51 Static Relay
E-M Relay
2 51
Static Relay
Seletividade
Exemplo #03
Device ANSI No. Protection Device
1 51 E-M Relay
E-M Relay
2 50/51
Static Relay
Seletividade
Exemplo #04
Device ANSI No. Protection Device
E-M Relay
1 50/51
Static Relay
2 - Disj. Caixa Moldada
Seletividade
Exemplo #05
Device ANSI No. Protection Device
E-M Relay
1 50/51
Static Relay
2 - Fusível
Seletividade
Exemplo #6
Device ANSI No. Protection Device
1 - Disj. Cx. Moldada BT
2 - Disj. Cx. Moldada BT

A coordenação entre disjuntores de BT, o


∆𝑡 não é obrigatório. Todavia, as curvas
não devem se cruzar.
Seletividade
Exemplo #07
Seletividade
Exemplo #07 – Motor MT
Device Function Recommendations
CT Size 125-150% IN
51 Pickup 115-125% IN
2-10 seconds above knee
51 Time Dial
of motor curve
50 Pickup 200% IP
Seletividade
Exemplo #08 – Motor BT
Device Function Recommendations
CT Size 125-150% IN
51 Pickup 115-125% IN
2-10 seconds above knee
51 Time Dial
of motor curve
IN > 1.1*IP/100
50 Fuse Size
AMPN > FLA
Seletividade
Exemplo #09 – Motor BT
Device Function Recommendations
52 CM LTPU 125% IN
2-10 seconds above knee
52 CM Time Dial
of motor curve
52 CM INST 200% IP
Seletividade
Exemplo #10 – Motor BT
Device Function Recommendations
125% IN – FS > 1.15
OL Pickup Sobrecarga
115% IN – FS > 1.00
OL Time Dial Fixed
MCP Size 125-160% IN Rotor Bloqueado

MCP Pickup 200% IP


Seletividade
Exemplo #11 – Motor BT
Device Function Recommendations
125% IN – FS > 1.15
OL Pickup Sobrecarga
115% IN – FS > 1.00
OL Time Dial Fixed
Fuse Size 175% IN Rotor Bloqueado
Seletividade
Exemplo #12 – Trafo MT
Device Function Recommendations
CT Size 200% IN
51 Pickup 110-140% IN
51 Time Dial ILOAD @ 1 s
50 Pickup 200% ILOAD ou IINRUSH
Seletividade
Exemplo #13 – Trafo MT
Seletividade
Exemplo #14 – Capacitor MT
Device Function Recommendations
CT Size 150% ICAPACITOR
51 Pickup 130-155% ICAPACITOR
51 Time Dial TD 1 do E-M Relay
50 Pickup 200-450% ICAPACITOR
Fuse Size 200% ICAPACITOR
Seletividade
Exemplo #15 – CB Geral MT
Device Function Recommendations
CT Size ≥ 100% IN
51 Pickup ≤ 100% IN
51 Time Dial Set above feeder relays
50 Pickup Blocked
Seletividade
Exemplo #16
• Sistemas de MT aterrados com resistor (Neutral-
Grounding Resistor [NGR] System)

– Aplicações industriais trifásicas

– Limitar a corrente de defeito

– Diminuir / Eliminar as sobretensões transitórias


Seletividade
Exemplo #16
• Sistemas de MT aterrados com resistor (Neutral-
Grounding Resistor [NGR] System)

– Reduzir o risco de arco elétrico

– Permitir a continuidade do fornecimento mesmo com


defeito monofásico

– Prover uma corrente adequada para a proteção de


defeito à terra
Seletividade
Exemplo #16
Device Function Recommendations
CT Size 50% IN NGR
51G Pickup 25% IN NGR
51G Time Dial TD 2 E-M Relay
51N Pickup 25% IN NGR
51N Time Dial TD 1 E-M Relay
BYZ CT Size 50/5
50G Pickup 5 A Primário
Seletividade
Exemplo #17
Seletividade
Exemplo #18
Coordenação de Relés de Sobrecorrente (50/51)

REFERÊNCIAS RECOMENDADAS
Referências Básicas
• IEEE Std 242-2001, IEEE Recommended Practice for
Protection and Coordination of Industrial and
Commercial Power Systems (IEEE Buff Book)
• IEEE Std 399-1997, IEEE Recommended Practice for
Industrial and Commercial Power Systems Analysis
(IEEE Brown Book)
• IEEE Std 1015-1993, IEEE Recommended Practice for
Applying Low-Voltage Circuit Breakers Used in
Industrial and Commercial Power Systems (IEEE Blue
Book)
• NFPA 70, National Electrical Code, National Fire
Protection Association, Quincy, Massachusetts, 2005
Estudos de Coordenação
• IEEE Std C37.91-2000, IEEE Guide for Protective
Relay Applications to Power Transformers
• IEEE Std C37.95-2002, IEEE Guide for Protective
Relaying of Utility-Customer Interconnections
• IEEE Std C37.96-2000, IEEE Guide for AC Motor
Protection
• IEEE Std C37.91-2000, IEEE Guide for Protective
Relay Applications to Power System Buses
Estudos de Coordenação
• IEEE Std C37.99-2000, IEEE Guide for the
Protection of Shunt Capacitor Banks
• IEEE Std C37.101-1983, IEEE Guide for
Generator Ground Protection
• IEEE Std C37.102-1995, IEEE Guide for AC
Generator Protection
• IEEE Std C37.108-2002, IEEE Guide for the
Protection of Network Transformers
Estudos de Coordenação
• IEEE Std C37.110-1996, IEEE Guide for the
Application of Current Transformers Used for
Protective Relaying Purposes
• IEEE Std C37.112-1996, IEEE Standard Inverse-
Time Characteristic Equations for Overcurrent
Relays
• IEEE Std C37.113-1999, IEEE Guide for
Protective Relay Applications to Transmission
Lines
Curvas de Danos de Equipamento
• IEEE Std C57.12.59-2001, IEEE Guide for Dry-
Type Transformer Through-Fault Current
Duration
• IEEE Std C57.109-1993, IEEE Guide for Liquid-
Immersed Transformer Through-Fault Current
Duration
• IEEE Std 620-1996, IEEE Guide for the
Presentation of Thermal Limit Curves for
Squirrel Cage Induction Machines
Seleção de Equipamentos
• IEEE Std C37.010-1999, IEEE Application Guide
for AC High-Voltage Circuit Breakers Rated on
a Symmetrical Current Basis
• UL 67 – January 12, 2000, Panelboards
• UL 489 – March 22, 2000, Molded-Case Circuit
Breakers, Molded-Case Switches, and Circuit
Breaker Enclosures
Seleção de Equipamentos
• UL 845 – May 17, 2000, Motor Control Centers
• UL 891 – December 23, 1998, Dead-Front
Switchboards
• UL 1066 – May 30, 1997, Low-Voltage AC and
DC Power Circuit Breakers used in Enclosures
• UL 1558 – February 25, 1999, Metal-Enclosed
Low-Voltage Power Circuit Breaker Switchgear
Contato
Universidade Salvador (UNIFACS)

Mestrado em Energia
Rua Ponciano de Oliveira, 126. 2º andar. Rio Vermelho.
Salvador – Bahia.
Fone: (71) 3330-4662 Fax: (71) 3330 4666
e-mail: mestradoenergia@unifacs.br

Prof. Daniel Barbosa, DSc.


daniel.barbosa@pro.unifacs.br
dbarbosa0@gmail.com

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