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devido acatamento, com fulcro no art. 102, inciso III, alínea ‘a’, da Constituição,
tempestivamente1, interpor
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
1 Conforme certidão de fls. 2.799 do e-STJ, o acórdão embargado foi publicado no dia
6/6/2017. Em sendo assim, o prazo de quinze dias úteis (art. 219 do CPC de 2015) tem
termo final no dia 28/6/2017 (em vista do feriado de Corpus Christi, no dia 15/6/2017),
do que resulta ser tempestivo, portanto, o recurso protocolizado nesta data.
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Termos em que,
pede deferimento.
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COLENDA TURMA,
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na ação civil pública fica restrita aos limites da competência territorial do órgão
prolator”), o presente recurso extraordinário haverá de ser provido para
cassar o acórdão recorrido, uma vez não observado o rito próprio para a
declaração de inconstitucionalidade, ou reformá-lo para reafirmar a validade
do dispositivo legal.
III. FATOS
PROCESSUAIS RELEVANTES PARA A PERFEITA
COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA CONSTITUCIONAL POSTA
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1985;
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27. Por outro lado, como decorre do inciso III do § 3º do art. 1.035 do
CPC de 2015, há repercussão geral de recurso extraordinário voltado à
impugnação de acórdão que “tenha reconhecido a inconstitucionalidade de
tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal”,
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hipótese que guarda pertinência com a situação dos autos, tendo em vista
que o acórdão recorrido, ao negar vigência ao art. 16 da Lei de Ação Civil
Pública, emitiu pronunciamento equivalente à declaração de sua
inconstitucionalidade.
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5 Como exemplos dessas críticas é possível citar (i) Ada Pellegrini Grinover (A ação civil
pública e o autoritarismo. Revista de Processo, vol. 96, out/1999, DTR 1999/483, p. 28) para
quem “as investidas do Poder executivo – acompanhado por um legislativo complacente ou no mínimo
desatento – têm atacado a Ação Civil Pública, tentando diminuir sua eficácia por intermédio da
limitação do acesso à Justiça, da compreensão do momento associativo, da redução do papel do Poder
Judiciário”, (ii) Luciano Coelho Ávila (Da limitação territorial da eficácia da coisa julgada coletiva
em sede de ação civil pública. Uma abordagem crítica à luz do moderno direito processual coletivo e do
projeto de lei 5.100/2055. Revista dos Tribunais, vol. 861, jul/2007, DTR 2007/504, p. 53)
que classifica como “desastrosa a alteração legislativa promovida no art. 16 da LACP, motivada
por indevida ingerência governamental em seara nitidamente atribuída ao Poder Legislativo”, e (iii)
Humberto Theodoro Junior (“Algumas observações sobre a ação civil pública e outras ações
coletivas. Revista dos Tribunais, vol. 788. jun/2001, DTR 2001/236, p. 57) que entende ter
o legislador incorrido em “grave erro de técnica jurídico-processual porque, em princípio, a coisa
julgada se limita pelo pedido (demanda) e não pela competência.”
6 JUNIOR, Humberto Theodoro. Algumas observações sobre a ação civil pública e outras ações
coletivas. Revista dos Tribunais, vol. 788. jun/2001, DTR 2001/236, p. 57.
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8ZAVASCKI, Teori Albino. Processo coletivo. Tutela de direitos coletivos e tutela coletiva de direitos.
2ª ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 81/82.
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42. Não obstante tenha sido o acórdão recorrido julgado pela Corte
Especial do STJ, é preciso destacar que a inobservância do rito previsto
para a declaração de inconstitucionalidade trouxe prejuízos evidentes para a
segurança do ordenamento jurídico e o contraditório especial existente
nesse tipo de incidente.
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52. Não por outro motivo, entende esse Supremo Tribunal Federal
que, “com o advento da CF de 1988, delimitou-se, de forma mais criteriosa,
o campo de regulamentação das leis e o dos regimentos internos dos
tribunais, cabendo a estes últimos o respeito à reserva de lei federal para a
Petição Eletrônica juntada ao processo em 28/06/2017 ?s 09:20:21 pelo usu?rio: BRUNO GONÇALVES KATO
edição de regras de natureza processual (CF, art. 22, I), bem como às
garantias processuais das partes, ‘dispondo sobre a competência e o
funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos’ (CF,
art. 96, I, a). São normas de direito processual as relativas às garantias do
contraditório, do devido processo legal, dos poderes, direitos e ônus que
constituem a relação processual, como também as normas que regulem os
atos destinados a realizar a causa finalis da jurisdição” (ADI 2.970, Rel.
Ministra. Ellen Gracie, DJ de 12-05-2006).
53. Merece menção, por fim, que esse Supremo Tribunal Federal, no
recente julgamento do RE 612.043, no regime de repercussão geral,
reafirmou a leitura de que os efeitos das sentenças coletivas possuem sim
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9 http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo864.htm
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VII. PEDIDO
58. Por tudo quanto exposto, espera e requer o recorrente que, diante
do reconhecimento da violação ao art. 97 da Constituição, seja cassado o
acórdão recorrido, devolvendo-se o processo para nova apreciação do
Superior Tribunal de Justiça, ou seja reformado para que, em vista da
violação aos arts. 5º, incisos XXXVII, LIII e LIV, e 22, inciso I, da
Constituição, reafirmando-se a constitucionalidade plena do art. 16 da
LACP (STF, ADI nº 1.576), reconheça-se a validade do dispositivo legal, no
sentido de que a eficácia subjetiva da sentença coletiva é restrita aos limites
da “competência territorial do órgão prolator”.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 28/06/2017 ?s 09:20:21 pelo usu?rio: BRUNO GONÇALVES KATO
Nestes termos,
pede e espera deferimento.
Brasília, 26 de junho de 2017
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