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Aula 04

AFO e Orçamento Público p/ TRF 2ª Região - Analista Judiciário - Administrativa (com


videoaulas)

Professores: Sérgio Mendes, Vinícius Nascimento

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Administração Financeira e Orçamentária p/ TRF/2
Analista Judiciário Área Administrativa
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Sérgio Mendes Aula 04

AULA 4: ORÇAMENTO PÚBLICO

APRESENTAÇÃO DO TEMA
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO TEMA .......................................................................... 1
1. CONCEITOS .................................................................................... 3
2. HISTÓRICO DO ORÇAMENTO ................................................................ 4
2.1. Origens ......................................................................................... 4
2.2. Orçamento nas Constituições Brasileiras Pretéritas ..................................... 5
3. CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO BRASILEIRO ....................................... 7
4. FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO .................................................... 8
5. NORMAS GERAIS DE DIREITO FINANCEIRO ..............................................10
6. NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO BRASILEIRO ...................................12
7. ASPECTOS DO ORÇAMENTO ...............................................................15
8. TIPOS DE ORÇAMENTO .....................................................................16
9. ESPÉCIES DE ORÇAMENTO .................................................................18
9.1. Considerações iniciais ....................................................................... 18
9.2. Orçamento tradicional ou clássico ........................................................ 18
9.3. Orçamento de desempenho ou por realizações ......................................... 18
9.4. Orçamento de base zero ou por estratégia .............................................. 19
9.5. Orçamento-programa ....................................................................... 20
9.6. Orçamento participativo .................................................................... 23
9.7. Outras Técnicas .............................................................................. 24
10. FUNÇÕES DE PLANEJAMENTO, GERÊNCIA E CONTROLE..............................25

..................................................................................27
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - FCC ................................................31
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .............................................47
GABARITO ............................................................................................55

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Olá amigos! Como é bom estar aqui!

“Conta-se que um fazendeiro, dono de excelentes cavalos de muita valia nos


trabalhos de sua propriedade rural recebeu um dia a notícia de que o preferido
dele, um alazão forte e muito bonito, havia caído num poço abandonado.

O capataz que lhe trouxe a má notícia estava desolado porque o poço era
muito fundo e pouco largo e não havia como tirar o animal de lá, apesar de
todos os esforços dos peões da fazenda.
O fazendeiro foi até o local, tomou tento da situação e concordou com seu
capataz: não havia mais o que fazer, embora o animal não estivesse
machucado. Não achou que valia a pena resgatá-lo, ia ser demorado e custaria
muito dinheiro. Já que está no buraco - disse ao capataz - você acabe de
enterrá-lo, jogando terra em cima dele.

Virou as costas, preocupado com seus negócios, e os peões de imediato


começaram a cumprir a sua ordem. Cinco homens, sob o comando do capataz,
atiravam terra dentro do buraco, em cima do cavalo.
A cada pazada, o alazão se sacudia todo e a terra ia-se depositando no fundo
do poço seco. Os homens ficaram admirados com a esperteza do animal: a
terra ia enchendo o poço e o cavalo subindo em cima dela!

Não demorou muito e o animal já estava com a cabeça aparecendo na saída do


poço; mais algumas pazadas de terra e ele saltou fora, sacudindo-se e
relinchando, feliz”.

Caro estudante, não aceite a terra que os pessimistas possam vir a jogar sobre
você! Tenha confiança, estude, se esforce, acredite e aproveite para subir
nessa terra cada vez mais! Quando pensarem que você não tem chances, a
sua aprovação será ainda mais espetacular!

Estudaremos nesta aula os temas atinentes ao Orçamento Público.

É um tema muito abrangente e de difícil delimitação no edital. Aconselho dar


uma lida na aula toda (pois pode cair qualquer parte), mas quero que você
foque com força total nos tópicos 8 e 9 (pois são os com maiores
probabilidades de aparecerem na prova)!

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1. CONCEITOS

Vamos relembrar os conceitos vistos na aula demonstrativa.

Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder


Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a
execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e
outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a
arrecadação das receitas já criadas em lei.

Consoante Giacomoni, de acordo com o modelo de integração entre


planejamento e orçamento, o orçamento anual constitui-se em instrumento, de
curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de médio
prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais
em que estão definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos
e as políticas básicas.

De acordo com Abrúcio e Loureiro, “o orçamento é um instrumento


fundamental de governo, seu principal documento de políticas públicas.
Através dele os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os
recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos
sociais, conforme seu peso ou força política. Portanto, nas decisões
orçamentárias os problemas centrais de uma ordem democrática como
representação e accountability estão presentes. (...) A Constituição de 1988
trouxe inegável avanço na estrutura institucional que organiza o processo
orçamentário brasileiro. Ela não só introduziu o processo de planejamento no
ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas, sobretudo, reforçou
o Poder Legislativo”.

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2. HISTÓRICO DO ORÇAMENTO

2.1. Origens

Historicamente, a Carta Magna, outorgada no início do século XIII pelo Rei


João Sem Terra, é considerada o embrião do orçamento, por meio de seu art.
12:
“Nenhum tributo ou auxílio será instituído no Reino senão pelo seu conselho
comum, exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primogênito
cavaleiro e casar sua filha mais velha uma vez, e os auxílios serão razoáveis
em seu montante”.

Veja que esse artigo não trata da despesa pública, mas aparece como a
primeira tentativa formal de controle das finanças do Rei, ou trazendo para a
atualidade, do Legislativo sobre o Executivo. E olha que interessante: já nasce
com exceções! Veja que a ideia permanece a mesma do nosso conceito atual!
O orçamento é elaborado pelo Executivo e aprovado previamente pelo
Legislativo, sendo que hoje também há exceções. Por exemplo, temos os
créditos extraordinários, os quais são destinados a despesas urgentes e
imprevisíveis, tais como em casos de guerra ou calamidade pública, e por isso
são abertos pelo executivo antes da autorização do Poder Legislativo. Nesta
espécie de crédito, a comunicação ao Legislativo deve ser feita imediatamente
após a abertura do crédito.

No entanto, apenas por volta de 1822, na Inglaterra, o Orçamento Público


passa a ser considerado um instrumento formalmente acabado. Nessa época,
tem-se o desenvolvimento do liberalismo econômico, o que acarretava em
oposição a quaisquer aumentos de carga tributária, necessários para o
crescimento das despesas públicas. Nesta visão de orçamento clássico, típica
do liberalismo, as finanças públicas deveriam ser neutras e o equilíbrio
financeiro impunha-se naturalmente pelo próprio mercado. Esse
posicionamento vem ao encontro do conceito de “mão invisível” de Adam
Smith, para descrever que em uma economia de mercado a interação dos
indivíduos resulta numa determinada ordem, sem a necessidade de
intervenção do Estado (laissez-faire). Assim, o aspecto econômico do
orçamento tinha posição secundária, privilegiando o aspecto controle.

Antes do final do mesmo século XIX, tendo como indutor o EUA, percebe-se que
o orçamento elaborado com base na neutralidade não mais atendia às
necessidades do Estado. Assim, no início do século XX, desenvolveu-se a tese
de um orçamento moderno, o qual deveria ser um instrumento de
planejamento e de administração.

A partir da década de 1930, no momento em que o capitalismo vivia uma de


suas mais graves crises, o economista britânico John Maynard Keynes revisou

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as teorias liberais de Adam Smith, principalmente no que se refere a não


intervenção do Estado na economia. A doutrina keynesiana passou a
reconhecer o orçamento público como instrumento a ser utilizado
sistematicamente para o alcance da política fiscal, com vistas à estabilização, à
expansão ou à retração da atividade econômica. Para Keynes, em momento de
retração econômica, quando as empresas tendem a investir cada vez menos,
piorando cada vez mais a crise, o Estado deveria aumentar seus gastos para
aquecer a economia, por meio, por exemplo, de aumento dos investimentos e
das linhas de concessão de crédito. Nesse caso, o aumento dos gastos
acarretaria endividamento público e flexibilização do princípio do equilíbrio, pois
o orçamento desequilibrado seria necessário para superar a crise. O orçamento
apontaria na promoção de uma expansão da demanda, gerando déficit. Em
outros casos, em que fosse necessária uma contração da demanda, teríamos a
geração de superávit, por meio da diminuição dos gastos públicos.

2.2. Orçamento nas Constituições Brasileiras Pretéritas

Vamos falar agora resumidamente do Orçamento em nossas Constituições


pretéritas.

A Constituição Imperial de 1824 foi a pioneira nas exigências para elaboração


de orçamentos formais. A competência da proposta era do Executivo e da
aprovação do Legislativo (assembleia-geral composta pelos deputados e
senadores).

Com a República e a Constituição de 1891, a elaboração do orçamento tornou-


-se privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Câmara dos Deputados.

Na Constituição outorgada de 1934, no governo de Getúlio Vargas, o


orçamento passa a ter destaque, com capítulo próprio. Ao Presidente da
República cabia a elaboração da proposta orçamentária e, ao Legislativo, a
votação. Assim, havia participação conjunta dos poderes, já que a Constituição
não trazia limitações ao poder de emendas do Legislativo.

Na Constituição de 1937, do Estado Novo, o orçamento passa a ser elaborado


por um departamento administrativo ligado à Presidência e votado pela
Câmara e pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo
Presidente. Na prática, era elaborado e decretado pelo Executivo.

Com a redemocratização na Constituição de 1946, voltamos à elaboração pelo


Executivo e à votação com a possibilidade de emendas pelo Legislativo.

Na Constituição de 1967, do Regime Militar, o Executivo elaborava a proposta


e cabia ao Legislativo a aprovação, sem a possibilidade de emendas
relevantes, enfraquecendo o Legislativo. Constata-se tal fato porque não eram

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permitidas emendas que causassem aumento de despesa ou que visassem a


modificar o seu montante, natureza ou objeto. Ainda, o projeto da lei
orçamentária anual deveria ser enviado à Câmara dos Deputados até cinco
meses antes do início do exercício financeiro (1º de agosto) e se não fosse
devolvido para sanção dentro do prazo de quatro meses de seu recebimento
(1º de dezembro) seria promulgado como lei. Nesse período surgiu no Brasil a
ideia de orçamento-programa, por meio da Lei 4.320/1964 e do Decreto-lei
200/1967.

(CESPE – Analista – Finanças e Controle - MPU – 2013) Com a entrada


em vigor da Constituição de 1988, restabeleceu-se ao Legislativo a
prerrogativa de propor emendas ao projeto de lei do orçamento, um
direito especial que lhe havia sido retirado pela Constituição outorgada
de 1967

Na Constituição de 1967, do Regime Militar, o Executivo elaborava a proposta


e cabia ao Legislativo a aprovação, sem a possibilidade de emendas
relevantes, enfraquecendo o Legislativo. Constata-se tal fato porque não eram
permitidas emendas que causassem aumento de despesa ou que visassem a
modificar o seu montante, natureza ou objeto.
A Constituição de 1988 trouxe inegável avanço na estrutura institucional que
organiza o processo orçamentário brasileiro. Ela não só introduziu o processo
de planejamento no ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas,
sobretudo, reforçou o Poder Legislativo.
Resposta: Certa

(CESPE – Analista – Finanças e Controle - MPU – 2013) Sob a óptica do


planejamento governamental, observa-se que, na evolução do
orçamento público, ao longo do tempo, o orçamento tradicional que
surgiu como instrumento formalmente acabado na Inglaterra, no
século XIX, está em ponto extremo ou em situação diametralmente
oposta ao orçamento moderno, que surgiu nos Estados Unidos, no
início do século XX.

O Orçamento Tradicional, o qual surgiu como instrumento formalmente


acabado na Inglaterra, no século XIX, e o Orçamento Moderno, o qual surgiu
nos Estados Unidos, no início do século XX, são caracterizações “ideais” das
situações extremas dessa evolução.
Resposta: Certa

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3. CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO BRASILEIRO

Já sabemos que a competência para a elaboração do orçamento é do Poder


Executivo e, ao Legislativo, cabe a proposição de emendas e a votação. Têm-
se, ainda, novidades trazidas pela atual Carta Magna, como a LDO e o PPA.

Ressaltam-se, agora, algumas características típicas do orçamento em nosso


País:
 Não cumprimento de prazos, o que prejudica a execução de forma
sistemática e coordenada da LOA. Por exemplo, para o nível federal, já
houve ano em que a LOA foi aprovada pelo Congresso no fim do ano
subsequente, ou seja, no final do ano em que deveria estar em vigor. A
falta de rigor nos prazos também compromete a integração entre PPA e
LOA. No entanto, atualmente, os atrasos na sanção da LOA são bem
menores.
 Grande número de alterações orçamentárias ao longo do exercício, com
frequentes aberturas de créditos adicionais.
 Os contingenciamentos têm sido decretados com frequência, e como a
liberação depende da conveniência da Administração, estimula a
negociação política entre o Poder Executivo e os parlamentares que
querem ver suas bases eleitorais atendidas na execução orçamentária e
financeira. O mecanismo utilizado para limitação dos gastos do Governo
Federal é o Decreto de Programação Orçamentária e Financeira, mais
conhecido como “Decreto de Contingenciamento”, juntamente com a
Portaria Interministerial que detalha os valores autorizados para
movimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do exercício.
Deve haver flexibilidade para a programação financeira a fim de que seja
possível efetuar pequenos realinhamentos, porém, devido principalmente
a superestimativas de receitas, o mencionado Decreto não se presta
apenas a ajustes pontuais e acaba por contingenciar parte considerável
das despesas discricionárias aprovadas na LOA. Apesar disso, busca-se
evitar a utilização da linearidade, por ser esta incompatível com o
estabelecimento de metas e prioridades para a Administração Pública,
como aconteceria caso houvesse cortes indiscriminados de gastos, com
base em um percentual único e predeterminado.
 Apesar de a vedação à vinculação de receitas abranger apenas os
impostos, os demais tributos são vinculados pela sua própria natureza.
Mesmo em relação aos impostos, há várias exceções constitucionais que
acarretam em mais vinculações. Há, ainda, as despesas obrigatórias, que
também acabam por vincular o orçamento, porque não se pode deixar de
executá-las, como acontece com o pagamento de pessoal, por exemplo.
Isso tudo diminui a capacidade de discricionariedade do gestor público,
engessando o orçamento.

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4. FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO

O Governo desenvolve funções com objetivos específicos, porém relacionados,


utilizando os instrumentos de intervenção de que dispõe o Estado.
A classificação cobrada em concursos é a de Richard Musgrave (1974), a qual
se tornou clássica. Ele propôs uma classificação denominada de funções
fiscais. Entretanto, considerando o orçamento como principal instrumento de
ação do Estado na economia, o próprio autor as considera também como as
próprias funções do orçamento: alocativa, distributiva e estabilizadora.

Função alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos.


É o Estado oferecendo determinados bens e serviços necessários e desejados
pela sociedade, porém que não são providos pela iniciativa privada. O setor
público pode atuar produzindo diretamente os produtos e serviços ou via
mecanismos que propiciem condições para que sejam viabilizados pelo setor
privado. Tal função é evidenciada quando no setor privado não há a necessária
eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens
meritórios.
Investimentos na infraestrutura econômica são fundamentais para o
desenvolvimento, porém são necessários altos valores com retornos
demorados, que muitas vezes desestimulam a iniciativa do setor privado nessa
área. Outro aspecto relevante é a existência de externalidades, que afastam o
mercado da eficiência econômica, sendo denominadas de positivas quando as
ações implicam em benefícios sociais além dos custos privados, como a
instalação de uma linha de metrô que diminui o número de veículos
transitando; e de negativas quando as ações implicam em prejuízos sociais
além dos custos privados, como no caso da poluição de um rio por uma
indústria. No caso de externalidades positivas, a função alocativa se
evidenciará no incentivo governamental, como por meio de subsídios e
desoneração da tributação; ao passo que no caso de externalidade negativa
deverá haver um desincentivo governamental, como por meio de maior
tributação, de multas e até de proibição.
Quanto aos bens públicos e meritórios, suas demandas possuem
características peculiares que tornam inviável seu fornecimento pelo sistema
de mercado. Bens públicos são aqueles usufruídos pela população em geral e
de uma forma indivisível, independentemente de o particular querer ou não
usufruir desse bem. Já os bens meritórios (ou semipúblicos) excluem a parcela
da população que não dispõe de recursos para o pagamento. Assim, podem ser
explorados pelo setor privado, no entanto, podem e devem também ser
produzidos pelo Estado, em virtude de sua importância para a sociedade, como
a educação e a saúde.

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Função distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de


renda. Surge em virtude da necessidade de correções das falhas de mercado,
inerentes ao sistema capitalista, contrabalanceando equidade e eficiência. Os
instrumentos mais usados para o ajustamento são os sistemas de tributos e
as transferências. Cita-se como exemplo de medida distributiva o imposto de
renda progressivo, realocando as receitas para programas de alimentação,
transporte e moradia populares. Outro exemplo é a concessão de subsídios
aos bens de consumo popular, financiados por tributos incidentes sobre os
bens consumidos pelas classes de rendas mais altas.

Função estabilizadora: visa manter a estabilidade econômica, diferenciando-


-se das outras funções por não ter como objetivo a destinação de recursos. O
campo de atuação dessa função é principalmente a manutenção de elevado
nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se, ainda, a
busca do equilíbrio no balanço de pagamentos e de razoável taxa de
crescimento econômico. O mecanismo básico da estabilização é a atuação
sobre a demanda agregada, que representa a quantidade de bens ou serviços
que a totalidade dos consumidores deseja e está disposta a adquirir por
determinado preço e em determinado período. Assim, a função estabilizadora
age na demanda agregada de forma a aumentá-la ou diminuí-la.

(CESPE – Auditor - Conselheiro Substituto – TCE/PR – 2016) A função


do orçamento público que visa melhorar a posição de algumas pessoas
em detrimento de outras e, com isso, corrigir falhas do mercado é
denominada função distributiva.

A função distributiva visa à promoção de ajustamentos na distribuição de


renda. Surge em virtude da necessidade de correções das falhas de mercado,
inerentes ao sistema capitalista, contrabalanceando equidade e eficiência.
Resposta: Certa

(FCC – Consultor Legislativo – Orçamento Público e Desenvolvimento


Econômico – Assembleia Legislativa/PE – 2014) Em relação às funções
do Estado na economia, para que o Estado possa cumprir
adequadamente sua função distributiva, necessariamente terá de abrir
mão das funções alocativa e estabilizadora, levando o país a suportar
surtos inflacionários.

O Governo desenvolve funções com objetivos específicos, porém relacionados,


utilizando os instrumentos de intervenção de que dispõe o Estado. Uma função
não exclui a outra.
Resposta: Errada

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5. NORMAS GERAIS DE DIREITO FINANCEIRO

O Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade


financeira do estado. Assim, abrange a receita pública (obtenção de recursos),
o crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de
recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos). No estudo dos ramos do
Direito, o Direito Financeiro pertence ao Direito Público, sendo um ramo
cientificamente autônomo em relação aos demais ramos.

O estudo de AFO/Orçamento Público está relacionado ao estudo do Direito


Financeiro. É importante destacar que compete à União, aos Estados e ao
Distrito Federal legislar concorrentemente sobre Direito Financeiro. No
entanto, compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local e
suplementar à legislação federal e à estadual no que couber. Assim, apesar de
não concorrerem com a União e os estados, os municípios legislam naquilo que
for de interesse local e suplementam a legislação federal e a estadual, sem
contrariá-las.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito


Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário,
econômico e urbanístico;
II – orçamento;
No art. 24 da (...).”
CF/1988:

Inexistindo lei federal sobre normas gerais de Direito Financeiro, os Estados


exercerão a competência legislativa plena, para atender às suas
peculiaridades; sobrevindo lei federal sobre normas gerais, a lei estadual
restará suspensa sua eficácia, no que lhe for contrária. Assim, inicialmente, se
a União não exercer a sua competência legislativa concorrente em Direito
Financeiro e o Estado-Membro exercer a sua, em sobrevindo lei federal que
regule a questão, a lei estadual restará suspensa. Não é revogada, o que
significa que se a União revogar a sua lei geral, a lei estadual sairá da inércia e
entrará em vigor, até que outra lei federal lhe suspenda novamente os efeitos
ou outra lei estadual a revogue.

Atualmente, ainda é a Lei n.°4.320, de 17 de março de 1964, que estatui


normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal. Embora ela tenha passado pelo rito de elaboração reservado às leis
ordinárias, a CF/1967 e a CF/1988 trouxeram a orientação de que as normas
gerais de Direito Financeiro seriam disciplinadas por lei complementar. Assim,
a Lei 4.320/1964 possui o status de lei complementar, já que trata de normas
gerais de Direito Financeiro. Houve a novação de sua natureza normativa pelo

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art. 165, § 9º, da CF/1988, o qual lhe conferiu uma posição sui generis no
quadro das fontes do Direito: como lei ordinária em sentido formal e lei
complementar no sentido material.

(CESPE – Analista Judiciário – Administração e Contábeis – TJ/CE –


2014) O direito financeiro tem por objeto a disciplina jurídica da
atividade financeira do Estado e abrange receitas, despesas e créditos
públicos.

O Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade


financeira do estado. Assim, abrange a receita pública (obtenção de recursos),
o crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de
recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos).
Resposta: Certa

(FCC – Analista – Todos os Cargos – Assembleia Legislativa/PE –


2014) De acordo com a Constituição Federal, a competência da União
para legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento é concorrente com
a dos Estados e do Distrito Federal, no que diz respeito a estabelecer
normas específicas ou gerais de direito financeiro e orçamento.

A competência da União para legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento é


concorrente com a dos Estados e do Distrito Federal, no que diz respeito a
estabelecer normas gerais de direito financeiro e orçamento.
Resposta: Errada

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6. NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO BRASILEIRO

Antes de tratarmos da natureza jurídica do orçamento brasileiro, vamos


entender uma importante diferença entre lei em sentido formal e lei em
sentido material. Lei em sentido formal representa todo o ato normativo
emanado de um órgão com competência legislativa, sendo o conteúdo
irrelevante. Todos os Poderes possuem a função legislativa. Por exemplo, o
Executivo possui também a função legislativa, apesar de não ser a principal, o
que fica claro quando o art. 84 da CF/1988 enumera as competências
privativas do Presidente da República, dispondo no inciso III que compete
privativamente ao Presidente iniciar o processo legislativo, na forma e
nos casos previstos nesta Constituição. Ele exerce a função legislativa por
meio de medidas provisórias, decretos autônomos, leis delegadas, leis
orçamentárias etc. Assim, a lei orçamentária em nosso País é uma lei formal.
Já lei em sentido material corresponde a todo o ato normativo, emanado por
órgão do Estado, mesmo que não incumbido da função legislativa. O
importante agora é o conteúdo, que define qualquer conjunto de normas
dotadas de abstração e generalidade, ou seja, com aplicação a um número
indeterminado de situações futuras.

Desta forma, a partir desses conceitos, nota-se que há leis que são
simultaneamente formais e materiais. Por outro lado, há leis somente formais.
São estas as denominadas leis de efeitos concretos (ou leis individuais),
pois seu conteúdo assemelha-se a atos administrativos individuais ou
concretos.

Embora existam divergências doutrinárias, o orçamento brasileiro é uma lei


formal porque é emanada de um órgão com competência legislativa;
entretanto, não é material, pois apenas prevê as receitas públicas e
autoriza os gastos, não tendo a necessária abstração e generalidade que
caracteriza as leis materiais. O orçamento não modifica as leis financeiras e
tributárias, tampouco cria direitos subjetivos. É uma condição, um pré-
requisito para que a despesa seja realizada (ato-condição), já que a
arrecadação de receitas e a realização de despesas, na maioria das vezes,
decorrem de leis ou contratos anteriores (atos-regra). Assim, judicialmente,
como regra geral, não se pode exigir que determinada despesa prevista no
orçamento seja realizada. O orçamento é concreto, por exemplo, quando diz
que com R$ 20 milhões predeterminados o Governo poderá construir um
campo da Universidade X. Logo, é apenas uma lei formal, por isso é chamada
de lei de efeitos concretos.

As características da lei orçamentária brasileira são as seguintes:

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Lei formal: a lei orçamentária, como regra geral, não


obriga o administrador público a realizar determinada
despesa, apenas autoriza os gastos. Falta coercibilidade,
pois nem sempre obriga o Poder Público, que pode, por
exemplo, deixar de realizar uma despesa autorizada pelo
legislativo. É considerada uma lei de efeitos concretos.

Características da Lei temporária: vigência limitada ao período de um ano.


LOA
Lei ordinária: as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) e
os créditos suplementares e especiais são leis ordinárias.
Não se exige quorum qualificado para sua aprovação,
sendo necessária apenas a maioria simples.

Lei especial: possui processo legislativo diferenciado. A


iniciativa é do Executivo e trata de matéria específica:
previsão de receitas e fixação de despesas.

A Lei Orçamentária é ainda denominada de Lei de Meios, porque possibilita os


meios para o desenvolvimento das ações relativas aos diversos órgãos e
entidades que integram a administração pública. Essa denominação é oriunda
do orçamento clássico, que enfatizava os meios sem se preocupar com os fins.
Atualmente, com o orçamento-programa, o principal foco da Lei de Meios são
os resultados.

O STF pode exercer o controle abstrato de


constitucionalidade de normas orçamentárias
STF sobre a LOA

O Supremo Tribunal Federal deve exercer sua função


precípua de fiscalização da constitucionalidade das leis e dos atos normativos
quando houver um tema ou uma controvérsia constitucional suscitada em
abstrato, independente do caráter geral ou específico, concreto ou abstrato de
seu objeto. Assim, há a possibilidade de submissão das normas orçamentárias
ao controle abstrato de constitucionalidade.

Os orçamentos públicos podem ainda ser classificados em orçamentos de


natureza impositiva e de natureza autorizativa:
 Orçamento impositivo: é aquele em que, uma vez consignada uma
despesa no orçamento, ela deve ser necessariamente executada. Nesta
visão, o orçamento, por se tratar de uma lei, deve ser rigorosamente

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cumprido. No Brasil, é adotado para a execução de emendas


parlamentares individuais.
 Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das
despesas consignadas no orçamento público, já que o Poder Público tem
a discricionariedade para avaliar a conveniência e a oportunidade do que
deve ou não ser executado. Em nosso país, o orçamento é autorizativo
na quase totalidade da LOA. Como regra geral, o fato de ser fixada uma
despesa na lei orçamentária anual não gera o direito de exigência de sua
realização por via judicial.

No orçamento impositivo, uma vez consignada uma


despesa no orçamento, ela deve ser necessariamente
executada. No Brasil, é adotado para a execução de
emendas parlamentares individuais.

No orçamento autorizativo, adotado no Brasil na


Orçamento
quase totalidade da LOA, o Poder Público tem a
impositivo ≠
discricionariedade para avaliar a conveniência e
autorizativo oportunidade do que deve ou não ser executado.

(CESPE – Técnico Administrativo – ANTT – 2013) A CF em vigor


confere ao orçamento a natureza jurídica de lei formal e material. Por
esse motivo, a lei orçamentária pode prever receitas públicas e
autorizar gastos.

Embora existam divergências doutrinárias, o orçamento brasileiro é uma lei


formal, mas não é material, pois apenas prevê as receitas públicas e autoriza
os gastos, não tendo a necessária abstração e generalidade que caracteriza as
leis materiais.
Resposta: Errada

(FGV – Auditor do Tesouro – Pref. do Recife/PE – 2014) O modelo


orçamentário brasileiro tem natureza impositiva, sendo fruto da
iniciativa do Poder Executivo, que envia os projetos de lei para
apreciação e votação do Poder Legislativo.

O orçamento público tem natureza predominantemente autorizativa, sendo


fruto da iniciativa do Poder Executivo, que envia os projetos de lei para
apreciação e votação do Poder Legislativo.
Resposta: Errada

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7. ASPECTOS DO ORÇAMENTO
Político: tem a característica do grupo partidário que detém a maioria,
consoante a escolha dos cidadãos. É a ótica que diz respeito à sua
característica de plano de governo ou programa de ação do grupo/facção
partidária que detém o poder. O parlamento autoriza a despesa pública,
levando em consideração as necessidades coletivas. Parte da ideia de que os
recursos são limitados e as necessidades são ilimitadas, logo são definidas
prioridades.

Econômico: busca racionalizar o processo de alocação de recursos, zelando


pelo equilíbrio das contas públicas, com foco nos melhores resultados para a
Sociedade. É ainda um instrumento de atuação do Estado na Economia, por
meio do aumento ou diminuição do gasto público. É a ótica que atribui ao
orçamento, como plano de ação governamental que é, o poder de intervir na
atividade econômica, propiciando a geração de emprego e renda em função
dos investimentos que podem ser previstos e realizados pelo setor público,
resultando com isso o desenvolvimento do país.

Jurídico: o processo orçamentário é regido por normas legais que compõem o


ordenamento jurídico brasileiro. É a ótica em que se define ou integra a lei
orçamentária no conjunto de leis do país

Financeiro: caracterizado pelo fluxo monetário na execução, por meio de


entrada de receitas e saída de despesas. É a ótica que representa o fluxo
financeiro gerado pelas entradas de recursos, obtidos com a arrecadação de
receitas, e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionados pelas
despesas, evidenciando a execução orçamentária.

Técnico: relacionado à observância de técnicas e classificações claras,


coerentes, racionais e metódicas. É a ótica que representa o conjunto de
regras e formalidades técnicas e legais exigidas na elaboração, na aprovação,
na execução e no controle do orçamento.

(CESPE – Administrador – MPOG - 2015) A função econômica do


orçamento corresponde ao controle do fluxo financeiro gerado pelas
entradas de recursos obtidos com a arrecadação da receita e pelos
dispêndios gerados com as saídas de recursos para as despesas.

A função financeira do orçamento corresponde ao controle do fluxo financeiro


gerado pelas entradas de recursos obtidos com a arrecadação da receita e
pelos dispêndios gerados com as saídas de recursos para as despesas.
Resposta: Errada

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8. TIPOS DE ORÇAMENTO

Nesta ótica sobre os tipos de orçamento, tem-se a visão do regime político em


que é elaborado o orçamento combinado com a forma de governo. O Brasil
vivenciou os três tipos:
 Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do
orçamento são competências do Poder Legislativo. Normalmente ocorre
em países parlamentaristas. Ao Executivo cabe apenas a execução.
Exemplo: Constituição Federal de 1891.
 Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a
execução são competências do Poder Executivo. É típico de regimes
autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937.
 Orçamento Misto: a elaboração e a execução são de competência do
Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o controle. Exemplo: a
atual Constituição Federal de 1988.

(CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – TCU - 2015)


Considerando a evolução conceitual da terminologia usada em
referência ao orçamento, o Brasil utilizou o orçamento legislativo, o
executivo e o misto ao longo de sua história.

O Brasil vivenciou os três tipos:


_ Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do orçamento
são competências do Poder Legislativo. Normalmente ocorre em países
parlamentaristas. Ao Executivo cabe apenas a execução. Exemplo:
Constituição Federal de 1891.
_ Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a execução
são competências do Poder Executivo. É típico de regimes autoritários.
Exemplo: Constituição Federal de 1937.
_ Orçamento Misto: a elaboração e a execução são de competência do
Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o controle. Exemplo: a atual
Constituição Federal de 1988.

Resposta: Certa

(FGV - Agente Público - TCE/BA - 2014) O Orçamento Público


apresenta apenas os enfoques político e jurídico para sua
execução e controle.

Há aspectos político, jurídico, econômico, financeiro e técnico.


Resposta: Errada

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(FGV - Agente Público - TCE/BA - 2014) O Orçamento Público


tem a finalidade de alcançar a satisfação social,
independente do equilíbrio fiscal.

O aspecto econômico busca racionalizar o processo de alocação de recursos,


zelando pelo equilíbrio das contas públicas, com foco nos melhores
resultados para a Sociedade.
Resposta: Errada

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9. ESPÉCIES DE ORÇAMENTO

9.1. Considerações iniciais

Com o passar do tempo, o conceito, as funções e a técnica de elaboração do


orçamento público foram alterados. Acabaram por evoluir para que pudessem
se aprimorar e racionalizar sua utilização, tornando-se um instrumento da
moderna Administração Pública, com uma concepção de orçamento como um
ato preventivo e autorizativo das despesas que o Estado deve efetuar para
atingir objetivos e metas programadas.

Essas alterações foram motivadas por novas teorias e técnicas que se


difundiram ao redor do mundo, sendo chamadas de espécies ou, por outros
autores, de tipos de orçamento. Utilizaremos a denominação espécies por ser
mais adequada para se diferenciar dos tipos legislativo, executivo e misto.

9.2. Orçamento tradicional ou clássico

A falta de planejamento da ação governamental é uma das principais


características do orçamento tradicional. Constitui-se num mero instrumento
contábil e baseia-se no orçamento do exercício anterior, ou seja, enfatiza
atos passados. Demonstra uma despreocupação do gestor público com o
atendimento das necessidades da população, pois considera apenas as
necessidades financeiras das unidades organizacionais. Assim, nesta espécie
de orçamento não há preocupação com a realização dos programas de
trabalho do Governo, importando-se apenas com as necessidades dos
órgãos públicos para realização das suas tarefas, sem questionamentos
sobre objetivos e metas. Predomina o incrementalismo.

É uma peça meramente contábil financeira, sem nenhuma espécie de


planejamento das ações do Governo, onde prevalece o aspecto jurídico do
orçamento em detrimento do aspecto econômico, o qual possui função
secundária. Almeja-se a neutralidade e a busca pelo equilíbrio financeiro. As
funções de alocação, distribuição e estabilização ficam em segundo plano.
Portanto, o orçamento tradicional é somente um documento de previsão de
receita e de autorização de despesas.

9.3. Orçamento de desempenho ou por realizações

O orçamento de desempenho ou por realizações enfatiza o resultado dos


gastos e não apenas o gasto em si. A ênfase reside no desempenho
organizacional. Caracteriza-se pela apresentação de dois quesitos: o objeto de
gasto (secundário) e um programa de trabalho contendo as ações
desenvolvidas.

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Nessa espécie de orçamento, o gestor começa a se preocupar com os


benefícios dos diversos gastos e não apenas com seu objeto. Apesar da
evolução em relação ao orçamento clássico (tradicional), o orçamento de
desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das
ações do Governo, ou seja, nesse modelo orçamentário inexiste um
instrumento central de planejamento das ações do Governo vinculado à peça
orçamentária. Apresenta, assim, uma deficiência, que é a desvinculação
entre planejamento e orçamento.

Dois quesitos: o objeto de gasto (secundário) e um


programa de trabalho contendo as ações desenvolvidas.

Deficiência: Desvinculação entre planejamento e


Orçamento de
orçamento.
desempenho

9.4. Orçamento de base zero ou por estratégia

O orçamento de base zero consiste basicamente em uma análise crítica de


todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais. Nesse tipo de
abordagem, na fase de elaboração da proposta orçamentária, haverá um
questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não havendo
compromisso com qualquer montante inicial de dotação.

O processo do orçamento de base zero concentra a atenção na análise de


objetivos e necessidades, o que requer que cada administrador justifique seu
orçamento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta, aumentando a
participação dos gerentes de todos os níveis no planejamento das atividades e
na elaboração dos orçamentos.

Esse procedimento requer ainda que todas as atividades e operações sejam


identificadas e classificadas em ordem de importância por meio de uma análise
sistemática para que os pacotes de decisão sejam preparados. Em regra, a alta
gerência, por meio do planejamento estratégico, fixa previamente os critérios
do orçamento de base zero, de acordo com cada situação. São confrontados os
novos programas pretendidos com os programas em execução, sua
continuidade e suas alterações. Isso faz com que os gerentes de todos os
níveis avaliem melhor as prioridades, confrontando-se incrementos pela
ponderação de custos e benefícios, a fim de que ocorra uma aplicação eficiente
das dotações em suas atividades. Por isso, incluem-se entre as desvantagens a
dificuldade, a lentidão e o alto o custo da elaboração do orçamento.

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Os órgãos governamentais deverão justificar anualmente, na fase de


elaboração da sua proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem
utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo.

Alguns autores consideram que o orçamento de base zero é uma técnica do


Orçamento-Programa.

Os órgãos governamentais deverão justificar


anualmente, na fase de elaboração da sua proposta
orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem
Orçamento de Base Zero utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo.

9.5. Orçamento-programa

De acordo com Core, “em um processo de planejamento e orçamento


integrados, ressalta a imperiosa necessidade de que os fins e os meios
orçamentários sejam tratados de uma forma equilibrada. Considerando que,
desde o Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, a Administração
Pública Federal estabeleceu o orçamento-programa anual como um
instrumento de planejamento, a ideia de discriminar a despesa pública por
objetivo, ou seja, de acordo com os seus fins, já é bastante familiar a todos
quantos atuam nessa área.”

Em cada ano, será elaborado um orçamento-programa, que pormenorizará a


etapa do programa plurianual a ser realizada no exercício seguinte e que
servirá de roteiro à execução coordenada do programa anual1.

Ainda de acordo com o autor, “a Constituição Federal de 1988, cumprindo a


tradição das anteriores, ocupou-se profusamente de matéria orçamentária,
chegando até a definir instrumentos de planejamento e orçamento com
elevado grau de detalhe. (...) A atual Constituição optou por um modelo
fortemente centralizado, a partir da constatação de que havia uma excessiva
fragmentação orçamentária, inclusive com importantes programações e
despesas inteiramente (previdência social, por exemplo) fora da lei
orçamentária, sem a observância, portanto, do princípio da universalidade.”

No entanto, o orçamento-programa tornou-se realidade apenas com o Decreto


2.829/1998, o qual estabeleceu normas para elaboração e execução do plano
plurianual e dos orçamentos da União. Ainda, a Portaria 117/1998, substituída,
posteriormente, pela Portaria 42, de 14 de abril de 1999, com a preservação
dos seus fundamentos, atualizou a discriminação da despesa por funções da

1
Art. 16 do Decreto-Lei 200/1967.

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Lei 4.320/1964 e revogou a Portaria 9, de 28 de janeiro de 1974 (Classificação


Funcional – Programática); e a Portaria 51/1998 instituiu o recadastramento
dos projetos e das atividades constantes do orçamento da União.

Na verdade, tais modificações, que em razão da Portaria 42/1999 assumiram


uma abrangência nacional, com aplicação também para Estados, municípios e
Distrito Federal, representam a segunda etapa de uma reforma orçamentária
que se delineou pelos idos de 1989, sob a égide da nova ordem constitucional
recém-instalada.

O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do


Governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e
atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados
e previsão dos custos relacionados.

Por meio do orçamento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a


quantificação de metas, com a consequente formalização de programas
visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com esse modelo,
passa a existir um elo entre o planejamento e as funções executivas da
organização, além da manutenção do aspecto legal, porém não sendo
considerado como prioridade. É a espécie de orçamento utilizada no Brasil.

A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa


proporcionar maior racionalidade e eficiência na Administração Pública e
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade,
bem como elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. Tal
espécie de orçamento equivale a um plano de trabalho expresso por um
conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários à sua
execução. Como instrumento de programação econômica, o orçamento-
programa procura levar os decisores públicos a uma escolha racional, que
maximize o dinheiro do contribuinte, destinando os recursos públicos a
programas e projetos de maior necessidade. As decisões orçamentárias são
tomadas com base em avaliações e análises técnicas das alternativas
possíveis. O gasto público no orçamento programa deve estar vinculado a uma
finalidade.

A definição dos produtos finais de um programa de trabalho é um dos desafios


do orçamento-programa, já que algumas atividades também adicionam valores
intangíveis, em complemento aos físicos, como uma ação de qualificação do
servidor. O número de servidores qualificados é um resultado tangível, porém
a capacidade de inovação, a melhora do processo de trabalho, a retenção de
talentos no serviço público e a satisfação do cidadão atendido pelo servidor são
metas bem mais subjetivas. É difícil para os sistemas contábeis mensurarem
esse tipo de valor e, particularmente, na Administração Pública, há dificuldades
para a medição, em termos quantitativos.

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Em algumas situações podem ser utilizadas outras espécies de orçamento


como apoio ao orçamento-programa. A elaboração do orçamento de algumas
ações pode ocorrer de maneira incremental, por exemplo, nas ações ligadas ao
funcionamento do órgão. O valor a ser pago, em condições normais, pelas
contas de luz, água e telefone, sofre pequena variação de um ano para outro,
normalmente apenas a inflação acumulada. Assim, para o cálculo do valor do
orçamento atual, pode ser utilizado o método tradicional, acrescentando a
inflação do período sobre o valor do orçamento desta ação no ano anterior.

O orçamento tradicional quase sempre aparece em


contraponto a outra espécie de orçamento, normalmente o orçamento-
programa. No memento há um quadro comparativo Orçamento Tradicional
X Orçamento-programa. Consulte-o antes de resolver as questões
abaixo.

(CESPE – Economista e Contador - DPU – 2016) O orçamento


tradicional ou clássico adotava linguagem contábil-financeira e se
caracterizava como um documento de previsão de receita e de
autorização de despesas, sem a preocupação de planejamento das
ações do governo.

Orçamento tradicional é uma peça meramente contábil financeira, sem


nenhuma espécie de planejamento das ações do Governo, onde prevalece o
aspecto jurídico do orçamento em detrimento do aspecto econômico, o qual
possui função secundária. É somente um documento de previsão de receita e
de autorização de despesas
Resposta: Certa

(CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) A


organização e a apresentação do orçamento público são as principais
preocupações do orçamento base-zero, enquanto a avaliação e a
tomada de decisão acerca das despesas ocupam, nesse modelo, um
papel secundário.

A avaliação de cada despesa e a tomada de decisão ocupam, no orçamento


base-zero, um papel de destaque. Os órgãos governamentais deverão
justificar anualmente, na fase de elaboração da sua proposta orçamentária, a
totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como valor inicial
mínimo.

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Resposta: Errada

(FGV – Técnico Legislativo de Nível Superior – Assembleia


Legislativa/MT – 2013) Quanto às características do orçamento
programa, a estrutura do orçamento está voltada para os aspectos
administrativos de planejamento.

O orçamento programa dá ênfase nos aspectos administrativos e de


planejamento.
Resposta: Certa

9.6. Orçamento participativo

O orçamento participativo não se opõe ao orçamento-programa. Na verdade,


trata-se de um instrumento que busca romper com a visão política tradicional
e colocar o cidadão como protagonista ativo da gestão pública. Objetiva a
participação real da população no processo de elaboração e a alocação dos
recursos públicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais.
Dessa forma, democratiza-se a relação Estado e sociedade e são considerados
os diversos canais de participação, por meio de lideranças e audiências
públicas.

O processo de orçamento participativo tem a necessidade de um contínuo


ajuste crítico, baseado em um princípio de autorregulação, com o intuito de
aperfeiçoar os seus conteúdos democráticos e de planejamento, e assegurar a
sua não estagnação.

Assim, não possui uma metodologia única. Além disso, os problemas são
diferentes de acordo com o tamanho dos municípios, principais
implementadores do processo.

Ressalta-se que, apesar de algumas experiências na esfera estadual, na


experiência brasileira o orçamento participativo foi concebido e praticado
inicialmente como uma forma de gerir os recursos públicos municipais. No
nosso País, destaca-se a experiência da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Não há perda da participação do Legislativo e nem diretamente de


legitimidade. Há um aperfeiçoamento da etapa que se desenvolveria apenas
no Executivo. No orçamento participativo, a comunidade é considerada
parceira do Executivo no processo orçamentário. O que ocorre é que muitas
vezes desigualdades socioeconômicas tendem a criar obstáculos à
participação dos grupos sociais desfavorecidos.

Quando a decisão está nas mãos de poucos, torna-se mais rápida a mudança
de direção ou de opiniões. Em um orçamento como o participativo, são feitas

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várias reuniões em diversas regiões para se chegar a uma conclusão. Em caso


de necessidade de mudanças, é muito trabalhoso efetuá-las. Por isso, no
orçamento participativo considera-se que há uma perda da flexibilidade.
Ocorre uma maior rigidez na programação dos investimentos, pois se tem uma
decisão compartilhada com a comunidade, ao contrário da decisão
monopolizada pelo Executivo no processo tradicional.

Segundo a LRF, deve ser incentivada a participação popular e a realização de


audiências públicas durante os processos de elaboração das leis orçamentárias.
No entanto, segundo a CF/1988, a iniciativa das leis orçamentárias é privativa
do Poder Executivo. Assim, o Poder Executivo não é obrigado a seguir as
sugestões da população, no entanto, deve ouvi-las.

9.7. Outras Técnicas

O Glossário do Tesouro Nacional apresenta ainda mais duas técnicas,


denominadas “teto fixo” e “teto móvel”.

Orçamento com teto fixo: critério de alocação de recursos que consiste em


estabelecer um quantitativo financeiro fixo, geralmente obtido mediante a
aplicação de percentual único sobre as despesas realizadas em determinado
período, com base no qual os órgãos/unidades deverão elaborar suas
propostas orçamentárias parciais. Também conhecido, na gíria orçamentária,
como “teto burro”.

Orçamento com teto móvel: critério de alocação de recursos que representa


uma variação do chamado “teto fixo”, pois trabalha com percentuais
diferenciados, procurando refletir um escalonamento de prioridades entre
programações, órgãos e unidades. Em gíria orçamentária, conhecido como
“teto inteligente”.

(ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG - 2015) A


adoção do orçamento participativo como instrumento de
complementação da democracia representativa proporciona à
sociedade diminuir a força e o papel do legislativo na definição das
prioridades na aplicação dos recursos públicos.

No orçamento participativo, não há perda da participação ou força do


Legislativo e nem diretamente de legitimidade. Há um aperfeiçoamento da
etapa que se desenvolveria apenas no Executivo.
Resposta: Errada

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10. FUNÇÕES DE PLANEJAMENTO, GERÊNCIA E CONTROLE

Segundo Allen Schick (1966 apud Core, 2001), todo sistema orçamentário,
mesmo o mais rudimentar, compreende as funções de planejamento, gerência
e controle:
“Na operação dos sistemas orçamentários, raramente o planejamento, a
gerência e o controle recebem igual atenção. Na prática, planejamento,
gerência e controle tenderam até a ser processos competitivos no orçamento,
sem haver uma clara divisão de funções entre os diversos participantes. (...) o
mais importante talvez sejam as diferenças nas exigências de informação dos
processos de planejamento, controle e administração. As necessidades
informativas diferem em termos de períodos de tempo, níveis de agregação,
ligações com as unidades organizacionais e operacionais e no enfoque insumo-
produto (...) tem havido uma forte tendência a homogeneizar as estruturas de
informação e a contar com um único esquema de classificação, para servir a
todas as necessidades do orçamento. Em sua maior parte o sistema
informativo foi estruturado para atender aos objetivos de controle.”

Ainda, “toda reforma altera o equilíbrio entre planejamento, gerência e


controle, mediante a atribuição de maior ênfase a alguma dessas funções. A
predominância da função controle, por exemplo, acarreta um deslocamento
para o segundo plano das funções de planejamento e gerência, que, no
entanto, continuam presentes. A questão-chave é o balanceamento entre
essas três orientações ou funções com a atribuição de pesos para cada uma
delas. Assim, todo o sistema orçamentário contém características de
planejamento, gerência e controle.”

Vamos dividir as três funções, de acordo com o eminente autor Fabiano Core:

Controle: “no orçamento tradicional, que caracteriza os primeiros estágios


evolutivos da técnica orçamentária, a orientação predominante é a do controle.
Prevalece a preocupação com o cumprimento dos tetos orçamentários e o
estabelecimento de limites para as unidades orçamentárias no que se refere a
tipos de despesas (pessoal, serviços de terceiros, equipamentos etc.) e as
classificações de despesas são estruturadas com base em itens
pormenorizados de objeto de gastos.”

Gerência: “a predominância da orientação gerencial no processo orçamentário


traduz uma preocupação maior com o trabalho a ser feito e as realizações a
serem alcançadas. As informações são estruturadas segundo funções, projetos
e atividades, evidenciando-se o trabalho ou serviço a ser cumprido, com os
respectivos custos. As categorias orçamentárias são classificadas em termos
funcionais, com mensurações que possibilitem a avaliação do desempenho das

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atividades previstas. Essas características identificam o orçamento funcional ou


de desempenho.”

Planejamento: “a orientação para o planejamento marca o advento do


orçamento-programa, que tem como característica dominante a racionalização
do processo de fixação de políticas, mediante o manuseio de dados sobre
custos e benefícios das formas alternativas de se atingir os objetivos propostos
e a mensuração dos produtos para propiciar eficácia no atingimento desses
objetivos.”

(CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) A principal


função do orçamento, na sua forma tradicional, e o controle político;
em sua forma moderna, o orçamento foca o planejamento.

No orçamento tradicional, que caracteriza os primeiros estágios evolutivos da


técnica orçamentária, a orientação predominante é a do controle. Já a
orientação para o planejamento marca o advento do orçamento-programa, que
tem como característica dominante a racionalização do processo de fixação de
políticas.
Resposta: Certa

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MEMENTO IV

ORÇAMENTO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

ANO Elaboração e apreciação da proposta orçamentária

A competência da proposta era do Executivo e a aprovação do Legislativo


1824
(assembleia-geral composta pelos deputados e senadores).

1891 Elaboração privativa do CN, com iniciativa da Câmara dos Deputados (CD).

1934 PR elabora e Legislativo vota, porém sem limites para emendas.

Elaborado por um departamento administrativo ligado à PR e votado pela CD e


1937
pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo PR.

Elaboração pelo Executivo e votação com a possibilidade de emendas pelo


1946
Legislativo.

Executivo elaborava a proposta e cabia ao Legislativo a aprovação,


1967
praticamente sem a possibilidade de emendas.

Elaboração é do Executivo e ao Legislativo cabe a proposição de emendas e a


1988
votação.

CLASSIFICAÇÕES:

Orçamento impositivo: despesas consignadas no orçamento devem ser


necessariamente executadas. No Brasil, é adotado para a execução de emendas
parlamentares individuais.

Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das despesas


consignadas no orçamento público. É o adotado no Brasil na quase totalidade da LOA.

FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO

Alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos quando no setor


privado não há a necessária eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens
públicos e bens meritórios.

Distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de renda. Surge em


virtude da necessidade de correções das falhas de mercado.

Estabilizadora: visa a manter a estabilidade econômica, principalmente a manutenção


de elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se ainda a
busca do equilíbrio no balanço de pagamentos e de razoável taxa de crescimento
econômico.

TIPOS DE ORÇAMENTO

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Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do orçamento são


competências do Poder Legislativo. Normalmente ocorre em países parlamentaristas. Ao
executivo, cabe apenas a execução. Exemplo: Constituição Federal de 1891.
Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a execução são
competências do Poder Executivo. É típico de regimes autoritários. Exemplo: Constituição
Federal de 1937.
Orçamento Misto: elaboração e execução são de competência do Executivo, cabendo
ao Legislativo a votação e o controle. Exemplo: Constituição Federal de 1988.

ESPÉCIES DE ORÇAMENTO

Orçamento Tradicional ou Clássico: é uma peça meramente contábil – financeira –,


sem nenhuma espécie de planejamento das ações do governo, baseando-se no
orçamento anterior. Portanto, somente um documento de previsão de receita e de
autorização de despesas.

Orçamento de Base Zero: determina o detalhamento justificado de todas as despesas


públicas a cada ano, como se cada item da despesa fosse uma nova iniciativa do
governo.

Orçamento de Desempenho ou por Realizações: a ênfase reside no desempenho


organizacional, porém há desvinculação entre planejamento e orçamento.

Orçamento-Programa: instrumento de planejamento da ação do governo, por meio da


identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com
estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e previsão dos custos
relacionados. Privilegia aspectos gerenciais e o alcance de resultados.

Orçamento Participativo: objetiva a participação real da população e a alocação dos


recursos públicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. Não se opõe
ao orçamento-programa e não possui uma metodologia única. No entanto, há perda da
flexibilidade e maior rigidez na programação dos investimentos. Experiência brasileira
ocorreu principalmente nos municípios.

ORÇAMENTO TRADICIONAL X ORÇAMENTO-PROGRAMA

TRADICIONAL PROGRAMA

Dissociação entre planejamento e


Integração entre planejamento e orçamento
orçamento

Visa à aquisição de meios Visa a objetivos e metas

Consideram-se as necessidades Consideram-se as análises das alternativas


financeiras das unidades disponíveis e todos os custos

Ênfase nos aspectos administrativos e de


Ênfase nos aspectos contábeis
planejamento

Classificação principal por unidades Classificações principais: funcional e

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administrativas e elementos programática

Acompanhamento e aferição de Utilização sistemática de indicadores para


resultados praticamente inexistentes acompanhamento e aferição dos resultados

Controle da legalidade e honestidade do Controle visa a eficiência, eficácia e


gestor público efetividade

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QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - FCC

TIPOS E ESPÉCIES DE ORÇAMENTO

1) (FCC – Analista Legislativo – Contabilidade – Assembleia


Legislativa/PE – 2014) Em relação ao Orçamento Programa, considere:
I. O orçamento é elo entre o planejamento e as funções executiva da
organização.
II. A alocação dos recursos visa o atendimento ao plano político de
governo definido pelo gestor público.
III. O controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das
ações governamentais.
IV. Na elaboração do orçamento são considerados todos os custos do
programa, inclusive os que extrapolam o exercício.
V. A estrutura do orçamento está voltada para os aspectos financeiros
e de planejamento.
É correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I, III e IV.
(C) II, III e IV.
(D) II, IV e V.
(E) III, IV e V.

I, III e IV) Corretos. O orçamento programa é o elo entre o planejamento e as


funções executiva da organização. O controle visa avaliar a eficiência, a
eficácia e a efetividade das ações governamentais. Na elaboração do
orçamento são considerados todos os custos do programa, inclusive os que
extrapolam o exercício.

II) Errado. A alocação dos recursos visa a objetivos e metas.

V) Errado. A estrutura do orçamento está voltada para os aspectos


administrativos e de planejamento.

Logo, é correto o que se afirma apenas em I, III e IV.

Resposta: Letra B

2) (FCC – Analista Judiciário – Judiciária - TRT/16 - Maranhão –


2014) O orçamento corresponde ao principal instrumento da
Administração pública para traçar programas, projetos e atividades

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para um período financeiro. Sobre orçamento público é INCORRETO


afirmar:
(A) É dividido em três aspectos pela doutrina contábil: financeiro,
econômico e jurídico.
(B) É o documento no qual é previsto o valor monetário que, num
período determinado (geralmente 1 ano), deve “entrar e sair dos
cofres públicos (receitas e despesas), com especificação de suas
principais fontes de financiamento e das categorias de despesas mais
relevantes”.
(C) É o demonstrativo orgânico da economia pública, representando o
retrato real da vida do Estado onde o governo terá de decidir quanto,
em que e como vai gastar o dinheiro que arrecadará dos contribuintes.
(D) É a lei da iniciativa do Poder Legislativo e, aprovada pelo poder
Executivo, que estima receita e fixa despesa para o exercício
financeiro.
(E) Sistema orçamentário é a estrutura formada por organizações,
pessoas, informações, tecnologia, normas e procedimentos
necessários ao cumprimento das funções fixadas para a Administração
pública.

Na alternativa “D”, o orçamento público é a lei da iniciativa do Poder


Executivo e, aprovada pelo poder Legislativo, que estima receita e fixa
despesa para o exercício financeiro.
As demais alternativas estão corretas.

Resposta: Letra D

3) (FCC – Analista Judiciário – Administrativa –TRT/9ª- 2013) Em


relação ao orçamento público, é correto afirmar que
(A) a Lei Orçamentária Anual poderá conter dispositivo que autorize a
abertura de créditos adicionais especiais e a contratação de operações
de crédito.
(B) a Lei Orçamentária Anual é uma lei de iniciativa, em conjunto, dos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
(C) os sistemas de acompanhamento e medição do trabalho, assim
como dos resultados, são inexistentes no orçamentoprograma.
(D) a Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento de
investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha qualquer parcela do capital social com direito a
voto.
(E) o início de programas ou projetos não incluídos na Lei
Orçamentária Anual é, constitucionalmente, proibido.

Questão que mistura diversos tópicos da matéria:

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a) Errada. A Lei Orçamentária Anual poderá conter dispositivo que autorize a


abertura de créditos adicionais suplementares e a contratação de operações
de crédito. São exceções ao princípio da exclusividade.

b) Errada. A Lei Orçamentária Anual é uma lei de iniciativa do Poder


Executivo.

c) Errada. Os sistemas de acompanhamento e medição do trabalho, assim


como dos resultados, são praticamente inexistentes no orçamento clássico.

d) Errada. A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento de


investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto.

e) Correta. De acordo com a CF/1988, é vedado o início de programas ou


projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual.

Resposta: Letra E

4) (FCC – Analista de Planejamento e Orçamento – SEAD/PI - 2013)


No processo de elaboração da proposta orçamentária, um governo
estadual, para distribuição dos recursos disponíveis entre as unidades
orçamentárias, parte dos níveis atuais de operações e despesas de
cada uma delas e analisa os acréscimos solicitados e suas respectivas
justificativas, tendo por base a classificação por elementos de
despesa. Neste caso, o governo estadual utiliza o
(A) Orçamento Tradicional.
(B) Sistema de Planejamento, Programação e Orçamento.
(C) Orçamento Programa.
(D) Orçamento de Base Zero.
(E) Orçamento de Desempenho.

É característica do orçamento tradicional usar como principais critérios de


classificação das despesas unidades administrativas e elementos.

Resposta: Letra A

5) (FCC – Técnico Judiciário - Administrativa – TRT 4ª – 2011) Em


relação a conceito de Orçamento Público, considere as afirmativas
abaixo:
I. O Orçamento Público é uma lei formal, isto é, ela obriga o Poder
Público a realizar uma despesa autorizada pelo Legislativo.
II. O Orçamento Público é uma lei temporária, pois tem vigência
limitada a quatro anos.

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III. O conceito tradicional ou clássico de Orçamento Público


compreende apenas a fixação da despesa e a previsão da receita, sem
nenhuma espécie de planejamento das ações do governo.
IV. O Orçamento Público é uma lei especial que possui processo
legislativo diferenciado e trata de matéria específica.
V. O orçamento-programa é um plano de trabalho que estabelece
objetivos e metas a serem implementados, bem como a previsão dos
custos a ele relacionados.
Estão corretas, SOMENTE:
(A) II e IV.
(B) I, II e IV.
(C) III, IV e V.
(D) I, II, III e IV.
(E) II, III, IV e V.

I) Errado. O Orçamento Público é uma lei formal. Entretanto, ela não obriga o
Poder Público a realizar uma despesa autorizada pelo Legislativo. A LOA
apenas autoriza os gastos.

II) Errado. O Orçamento Público é uma lei temporária, pois tem vigência
limitada a um ano.

III) Correto. A falta de planejamento da ação governamental é uma das


principais características do orçamento tradicional.

IV) Correto. O Orçamento Público é uma lei especial que possui processo
legislativo diferenciado e trata de matéria específica: previsão de receitas e
fixação de despesas.

V) Correto. O orçamento-programa é um instrumento de planejamento da


ação do Governo, por meio da identificação dos seus programas de trabalho,
projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem
implementados e previsão dos custos relacionados.

Logo, estão corretas somente III, IV e V.

Resposta: Letra C

6) (FCC - Analista de Controle Externo – TCE/AP - 2012) Um plano


de governo como instrumento de gestão no qual não se adota
programa de trabalho, projetos, atividades, nem objetivos a atingir e
cujo principal critério de distribuição dos recursos a disposição do
governo é o montante de gastos do exercício financeiro anterior,
ajustado em algum percentual discricionário, é conhecido como
orçamento:

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a) clássico ou tradicional.
b) programa.
c) de desempenho.
d) base zero.
e) variável.

A falta de planejamento da ação governamental é uma das principais


características do orçamento tradicional. Constitui-se num mero instrumento
contábil e baseia-se no orçamento do exercício anterior, ou seja, enfatiza atos
passados. Demonstra uma despreocupação do gestor público com o
atendimento das necessidades da população, pois considera apenas as
necessidades financeiras das unidades organizacionais. Assim, nesta espécie
de orçamento não há preocupação com a realização dos programas de trabalho
do Governo, importando-se apenas com as necessidades dos órgãos públicos
para realização das suas tarefas, sem questionamentos sobre objetivos e
metas. Predomina o incrementalismo.

Resposta: Letra A

7) (FCC – Técnico Judiciário - Administrativa – TRT 24ª – 2011)


Analise:
I. O orçamento-programa é o elo entre o planejamento e as funções
executivas da organização.
II. O controle do orçamento-programa visa avaliar a honestidade dos
agentes governamentais e a legalidade do seu cumprimento.
III. No orçamento-programa, as decisões orçamentárias são tomadas
com base em avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) I.
(E) III.

I) Correto. Por meio do orçamento-programa, tem-se o estabelecimento de


objetivos e a quantificação de metas, com a consequente formalização de
programas visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com
esse modelo, passa a existir um elo entre o planejamento e as funções
executivas da organização, além da manutenção do aspecto legal, porém não
sendo considerado como prioridade.

II) Errado. O controle do orçamento tradicional visa avaliar a honestidade dos


agentes governamentais e a legalidade do seu cumprimento. No orçamento-
programa, o controle visa a eficiência, eficácia e efetividade.

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III) Correta. No orçamento-programa, as decisões orçamentárias são tomadas


considerando-se as avaliações e análises das alternativas disponíveis e todos
os custos.

Logo, está correto o que consta apenas em I e III.

Resposta: Letra B

8) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRT 24ª – 2011) A


maior precisão na elaboração dos orçamentos e, consequentemente,
melhores condições para obtenção de redução dos custos em razão de
facilidade para a identificação de duplicação de funções, é uma
vantagem da técnica orçamentária denominada Orçamento
(A) de Desempenho.
(B) de Planejamento e Gestão.
(C) Programa.
(D) Base Zero.
(E) por Estratégia.

No orçamento-programa, a organização das ações do Governo sob a forma


de programas visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na
Administração Pública e ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios
gerados para a sociedade, bem como elevar a transparência na aplicação dos
recursos públicos. Isso torna o orçamento mais preciso e evita desperdício de
recursos, como no caso de duplicação de funções.

Resposta: Letra C

9) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRF 1ª – 2011) Com


relação aos tipos de orçamentos, considere as afirmativas abaixo:
I. No orçamento de tipo tradicional há grande preocupação com a
clareza dos objetivos econômicos e sociais que motivaram a
elaboração da peça orçamentária.
II. O orçamento base-zero exige a reavaliação de todos os programas
cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário e não apenas as das
solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente.
III. O orçamento-programa considera os objetivos que o Governo
pretende atingir, num prazo pré-determinado.
IV. O orçamento de desempenho não pode ser considerado um
orçamento-programa, pois não incorpora o controle contábil do gasto e
o detalhamento da despesa.
V. No orçamento-programa a alocação dos recursos para unidades
orçamentárias se dá com base na proporção dos recursos gastos em
exercícios anteriores.
Está correto o que se afirma SOMENTE em:

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(A) I e IV.
(B) I, III e IV.
(C) II, III e V.
(D) I, III, IV e V.
(E) II e III.

I) Errado. No orçamento de tipo tradicional há uma despreocupação do


gestor público com o atendimento das necessidades da população, pois
considera apenas as necessidades financeiras das unidades organizacionais.

II) Correto. O orçamento base-zero exige a reavaliação de todos os programas


cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário e não apenas as das
solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente. A principal
característica do Orçamento de Base Zero é conter a justificativa para a
totalidade dos gastos de cada unidade orçamentária, independentemente do
gasto realizado no exercício anterior.

III) Correto. O orçamento-programa visa a objetivos e metas.

IV) Errado. O orçamento de desempenho não pode ser considerado um


orçamento-programa, pois há desvinculação entre planejamento e
orçamento.
V) Errado. No orçamento-programa as decisões orçamentárias são tomadas
com base em avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis.
O incrementalismo, que é a alocação dos recursos para unidades
orçamentárias com base na proporção dos recursos gastos em exercícios
anteriores, é característico do orçamento tradicional.

Logo, está correto o que se afirma somente em II e III.

Resposta: Letra E

10) (FCC – APOPF/SP – 2010) Se uma entidade pública, para a


elaboração do orçamento, baseia-se na preparação de pacotes de
decisão e, consequentemente, na escolha do nível de objetivo por meio
da definição de prioridades, confrontando-se incrementos pela
ponderação de custos e benefícios, ela adota o orçamento
(A) base zero.
(B) em perspectiva.
(C) tradicional.
(D) de desempenho.
(E) incremental.

O Orçamento Base Zero requer que todas as atividades e operações sejam


identificadas e classificadas em ordem de importância por meio de uma análise

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sistemática para que os pacotes de decisão sejam preparados. São


confrontados os novos programas pretendidos com os programas em
execução, sua continuidade e suas alterações. Isso faz com que os gerentes de
todos os níveis avaliem melhor as prioridades, confrontando-se incrementos
pela ponderação de custos e benefícios, a fim de que ocorra uma aplicação
eficiente das dotações em suas atividades.

Resposta: Letra A

11) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro - TCE/RO – 2010) A


principal característica do Orçamento de Base Zero é
(A) conter a classificação funcional das despesas, para avaliação de
quais áreas de ação governamental estão sendo priorizadas.
(B) conter a justificativa para a totalidade dos gastos de cada unidade
orçamentária, independentemente do gasto realizado no exercício
anterior.
(C) estabelecer a completa separação das despesas correntes das
despesas de capital, com ênfase nessas últimas em detrimento das
primeiras.
(D) conter critério de alocação de recursos que consiste em
estabelecer um quantitativo financeiro fixo com base nas despesas
realizadas no exercício anterior.
(E) estar completamente dissociado do projeto de planejamento
constante do Plano Plurianual, já que este pode ser mudado de um
exercício para outro de acordo com a proposta orçamentária.

A principal característica do Orçamento de Base Zero é conter a justificativa


para a totalidade dos gastos de cada unidade orçamentária,
independentemente do gasto realizado no exercício anterior. Nesse tipo de
abordagem, na fase de elaboração da proposta orçamentária, haverá um
questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não havendo
compromisso com qualquer montante inicial de dotação.
Resposta: Letra B

12) (FCC – APOPF/SP – 2010) Uma das características do orçamento-


programa é a utilização sistemática de indicadores e padrões de
medição do trabalho e dos resultados. Para isso, é feita uma
diferenciação entre os produtos finais dos programas e os produtos
intermediários necessários para alcançar os seus objetivos. É produto
final de um programa da área de saúde:
(A) a redução da mortalidade infantil.
(B) o percentual da população atendida pelo programa de vacinação.
(C) o número de postos de saúde construídos.
(D) o número de medicamentos distribuídos.
(E) o total de consultas médicas realizadas.

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É produto final de um programa da área de saúde a redução da mortalidade


infantil. É a visada efetividade, a transformação de uma realidade existente.
Todos os outros itens são fundamentais para se chegar a um resultado efetivo
e devem também ser mensurados como produtos intermediários, porém o
único que pode ser considerado como uma transformação de uma realidade é
a redução da mortalidade infantil. Basta verificar que o número de vacinados,
de postos de saúde, de medicamentos e de consultas por si só não definem um
produto final. Por exemplo, não adianta apenas vacinar 100% das crianças se
elas continuam morrendo de outras causas; não adianta apenas aumentar o
número de consultas se as crianças mais necessitadas não tem acesso a elas,
etc.

Resposta: Letra A

13) (FCC - Analista Judiciário – Ciências Contábeis – TJ/PA – 2009)


Os movimentos de transformação do Estado e, mais especificamente,
da administração pública, inevitavelmente, foram acompanhados por
mudanças significativas na concepção do orçamento público, cuja
trajetória evolutiva evidencia que em cada momento histórico foi
enfatizada uma de suas funções ou instrumentalidades: controle,
gerência ou planejamento. O orçamento-programa reflete a concepção
moderna do orçamento público e se caracteriza
(A) pela utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do
trabalho e dos resultados.
(B) por sua estrutura dar ênfase aos aspectos contábeis de gestão.
(C) por usar como principais critérios de classificação das despesas
unidades administrativas e elementos.
(D) por estar dissociado dos processos de planejamento e
programação das ações públicas.
(E) pela alocação de recursos visar à aquisição de meios e às
necessidades das unidades organizacionais.

O orçamento-programa reflete a concepção moderna do orçamento público e


se caracteriza pela utilização sistemática de indicadores e padrões de
medição do trabalho e dos resultados.
As demais alternativas são características do orçamento tradicional: dar ênfase
aos aspectos contábeis de gestão; usar como principais critérios de
classificação das despesas unidades administrativas e elementos; estar
dissociado dos processos de planejamento e programação das ações públicas;
a alocação de recursos visar à aquisição de meios e às necessidades das
unidades organizacionais.

Resposta: Letra A

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14) (FCC - Analista Judiciário – Economia – TJ/PA – 2009) Analise as


informações abaixo em relação ao orçamento público.
I. No orçamento tradicional, a decisão da alocação dos recursos toma
por base as necessidades financeiras das unidades organizacionais.
II. O principal objetivo do orçamento-programa é permitir que o Poder
Legislativo autorize e controle adequadamente a receita e o gasto
público.
III. No orçamento base zero, os gestores das unidades orçamentárias
somente precisam justificar os acréscimos e os decréscimos dos
gastos realizados no exercício anterior.
IV. Uma das características do orçamento-programa é a ênfase dada
aos objetivos do planejamento governamental e as metas que se
pretende alcançar com a alocação dos recursos públicos.
É correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.

I) Correto. As necessidades financeiras das unidades organizacionais são


critérios para a decisão da alocação dos recursos, no orçamento tradicional.

II) Errado. O orçamento-programa não tem como principal objetivo o


controle de receitas e despesas, ainda que seja uma atividade importante. O
controle visa eficiência, eficácia e efetividade.

III) Errado. No orçamento base zero, os gestores das unidades orçamentárias


precisam justificar todos os gastos.

IV) Correto. O orçamento-programa visa a objetivos e metas e a ênfase é dada


nos aspectos administrativos e de planejamento.

Logo, é correto o que se afirma apenas em I e IV.

Resposta: Letra B

15) (FCC - Analista – Administrativo - MPU – 2007) É característica do


orçamento base-zero:
a) ênfase no acréscimo de gastos em relação ao orçamento anterior.
b) decisões considerando as necessidades financeiras das unidades
operacionais.
c) justificativa, em cada ano, de todas as atividades a serem
desenvolvidas.
d) dissociação do conceito de planejamento e alocação de recursos.

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e) inexistência de mensuração dos resultados das atividades


desenvolvidas.

A alternativa “C” está correta, pois o orçamento de base zero consiste


basicamente em uma análise crítica de todos os recursos solicitados pelos
órgãos governamentais. Nesse tipo de abordagem, na fase de elaboração da
proposta orçamentária, haverá um questionamento acerca das reais
necessidades de cada área, não havendo compromisso com qualquer montante
inicial de dotação. O processo do orçamento de base zero concentra a atenção
na análise de objetivos e necessidades, o que requer que cada
administrador justifique seu orçamento proposto em detalhe e cada
quantia a ser gasta, aumentando a participação dos gerentes de todos os
níveis no planejamento das atividades e na elaboração dos orçamentos.

As demais alternativas estão erradas porque se referem ao orçamento


clássico ou tradicional. A falta de planejamento da ação governamental é
uma das principais características dessa espécie de orçamento. Constitui-se
num mero instrumento contábil e baseia-se no orçamento do exercício
anterior, ou seja, enfatiza atos passados. Demonstra uma despreocupação do
gestor público com o atendimento das necessidades da população, pois
considera apenas as necessidades financeiras das unidades organizacionais.
Assim, nesta espécie de orçamento, não há preocupação com a realização dos
programas de trabalho do governo, importando-se apenas com as
necessidades dos órgãos públicos para realização das suas tarefas, sem
questionamentos sobre objetivos e metas e inexistindo mensuração dos
resultados das atividades desenvolvidas. Predomina o incrementalismo.

Resposta: Letra C

16) (FCC - Analista – Orçamento - MPU – 2007) É característica da


técnica de elaboração orçamentária denominada orçamento base zero:
a) dissociação dos processos de planejamento e programação.
b) revisão crítica dos gastos tradicionais de cada unidade
orçamentária.
c) ênfase aos aspectos contábeis da gestão e controle externo dos
gastos.
d) avaliação da integridade dos agentes governamentais e legalidade
no cumprimento do orçamento.
e) direitos adquiridos sobre verbas orçamentárias anteriormente
outorgadas.

Na alternativa “B”, o orçamento de base zero consiste basicamente em uma


análise crítica de todos os recursos solicitados pelos órgãos governamentais.
Nesse tipo de abordagem, na fase de elaboração da proposta orçamentária,

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haverá um questionamento acerca das reais necessidades de cada área, não


havendo compromisso com qualquer montante inicial de dotação.

As demais alternativas versam sobre o orçamento tradicional.

Resposta: Letra B

17) (FCC - Técnico – Controle Interno - MPU – 2007) O tipo de


orçamento cujas principais características são a decisão de alocações
de recursos baseada no volume de necessidades financeiras das
unidades administrativas e o controle da legalidade do cumprimento
do disposto na lei orçamentária anual é o orçamento
a) tradicional.
b) base zero.
c) programa.
d) de desempenho.
e) pragmático.

O orçamento tradicional baseia suas alocações de recursos no volume de


necessidades financeiras das unidades administrativas e privilegia o controle
da legalidade na execução orçamentária.

Resposta: Letra A

18) (FCC - Técnico – Controle Interno - MPU – 2007) Em relação ao


orçamento-programa, é correto afirmar que:
a) seu único critério de classificação de despesas são as unidades
administrativas.
b) é totalmente dissociado do processo de planejamento.
c) sua estrutura enfatiza os aspectos contábeis da gestão.
d) sua prioridade é respeitar as necessidades financeiras das unidades
orçamentárias.
e) constitui um dos instrumentos do planejamento governamental.

Na alternativa "E", o orçamento-programa é um instrumento de


planejamento da ação do governo, por meio da identificação dos seus
programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de
objetivos e metas a serem implementados e previsão dos custos relacionados.

As demais alternativas tratam do orçamento tradicional.

Resposta: Letra E

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FUNÇÕES DO ORÇAMENTO

19) (FCC – Consultor Legislativo – Orçamento Público e


Desenvolvimento Econômico – Assembleia Legislativa/PE – 2014) Em
relação às funções do Estado na economia,
a) para que o Estado possa cumprir adequadamente sua função
distributiva, necessariamente terá de abrir mão das funções alocativa
e estabilizadora, levando o país a suportar surtos inflacionários.
b) a adoção de políticas de transferência de renda em favor de
populações mais carentes é um instrumento para que o Estado cumpra
sua função distributiva.
c) os instrumentos de política monetária não são adequados para que
o Estado cumpra sua função estabilizadora.
d) a criação de empresas estatais é o único meio pelo qual o Estado
poderá cumprir suas funções alocativa e distributiva.
e) para que o Estado possa cumprir com suas funções alocativa e
distributiva acabará necessariamente incorrendo em déficit
orçamentário, sacrificando assim a função estabilizadora.

a) e e) Erradas. O Governo desenvolve funções com objetivos específicos,


porém relacionados, utilizando os instrumentos de intervenção de que dispõe o
Estado. Uma função não exclui a outra.

b) Correta. Na função distributiva, os instrumentos mais usados para o


ajustamento são os sistemas de tributos e as transferências, como a adoção
de políticas de transferência de renda em favor de populações mais carentes.

c) Errada. Os instrumentos de política monetária são adequados para que o


Estado cumpra sua função estabilizadora.

d) Errada. Há diversos meios para o Estado cumprir suas funções alocativa e


distributiva.

Resposta: Letra B

20) (FCC – Analista de Planejamento e Orçamento – SEAD/PI - 2013)


No Sistema Único de Saúde, o fornecimento de serviços hospitalares e
ambulatoriais de alta complexidade para toda a população pelo
governo estadual se relaciona com a sua função
(A) alocativa, com a produção de bens privados.
(B) distributiva, com a provisão de bens públicos.
(C) alocativa, com a provisão de bens públicos.
(D) estabilizadora, com a produção de bens públicos.
(E) alocativa, com a provisão de bens semipúblicos.

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A função alocativa visa à promoção de ajustamentos na alocação de


recursos. No que tange aos bens meritórios (ou semipúblicos), excluem a
parcela da população que não dispõe de recursos para o pagamento. Assim,
podem ser explorados pelo setor privado, no entanto, podem e devem também
ser produzidos pelo Estado, em virtude de sua importância para a sociedade,
como a educação e a saúde.

Resposta: Letra E

21) (FCC – Auditor –TCE/SP - 2013) Segundo a classificação de


Richard Musgrave sobre as funções do setor público (Estado), em
economias de mercado, é correto afirmar:
(A) Faz parte da função distributiva do Estado a produção de bens e
serviços de infraestrutura, já que estes beneficiam principalmente a
população carente.
(B) O Estado desempenha sua função estabilizadora na economia ao
diminuir impostos quando a economia está em depressão.
(C) O programa bolsa-família é um exemplo da função alocativa do
Estado, já que o Estado minimiza a pobreza ao alocar recursos para os
mais pobres.
(D) Produzir bens públicos é um exemplo da função estabilizadora
desempenhada pelo Estado.
(E) O Estado desempenha bem sua função distributiva quando cobra
impostos progressivos sobre a renda e efetua gastos que beneficiam
as pessoas de maior nível de renda.

a) Errada. A função distributiva beneficia principalmente a população carente.


Entretanto, faz parte da função alocativa do Estado a produção de bens e
serviços de infraestrutura.

b) Correta. A função estabilizadora age na demanda agregada de forma a


aumentá-la ou diminuí-la. O Estado desempenha sua função estabilizadora na
economia ao diminuir impostos quando a economia está em depressão,
visando aumentar o consumo.

c) Errada. O programa bolsa-família é um exemplo da função distributiva do


Estado, já que o Estado minimiza a pobreza ao alocar recursos para os mais
pobres.

d) Errada. Produzir bens públicos é um exemplo da função alocativa


desempenhada pelo Estado.

e) Errada. O Estado desempenha bem sua função distributiva quando cobra


impostos progressivos sobre a renda e efetua gastos que beneficiam as
pessoas de menor nível de renda.

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Resposta: Letra B

DEMAIS TEMAS

22) (FCC – Analista – Todos os Cargos – Assembleia Legislativa/PE –


2014) De acordo com a Constituição Federal, a competência da União
para legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento
(A) é concorrente com a dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, observadas as restrições decorrentes de tratados e
convenções firmados entre Brasil e Organizações Internacionais.
(B) é suplementar, desde que não tenha sido exercida pelos Estados
ou pelos Municípios, observadas, quando for o caso, as restrições
decorrentes de compromissos firmados com países estrangeiros e
organismos internacionais.
(C) é limitada a estabelecer normas gerais sobre direito financeiro e
orçamento no âmbito municipal, exceto no que concerne aos assuntos
que tiverem sido objeto de acordo com organismos internacionais.
(D) se não exercida para editar lei federal sobre normas gerais,
permitirá que os Estados exerçam sua competência legislativa plena,
para atender as suas peculiaridades.
(E) é concorrente com a dos Estados e do Distrito Federal, no que diz
respeito a estabelecer normas específicas ou gerais de direito
financeiro e orçamento.

Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar


concorrentemente sobre Direito Financeiro.
Inexistindo lei federal sobre normas gerais de Direito Financeiro, os
Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender às
suas peculiaridades; sobrevindo lei federal sobre normas gerais, a lei
estadual restará suspensa sua eficácia, no que lhe for contrária. Assim,
inicialmente, se a União não exercer a sua competência legislativa concorrente
em Direito Financeiro e o Estado-Membro exercer a sua, em sobrevindo lei
federal que regule a questão, a lei estadual restará suspensa. Não é revogada,
o que significa que se a União revogar a sua lei geral, a lei estadual sairá da
inércia e entrará em vigor, até que outra lei federal lhe suspenda novamente
os efeitos ou outra lei estadual a revogue.

Resposta: Letra D

23) (FCC - Analista de Controle Externo – TCE/AP - 2012) O


instrumento de gestão que se torna em plano de governo expresso em
forma de lei, que faz a estimativa de receita a arrecadar e fixa a
despesa para um período determinado de tempo, em geral de um ano,
chamado exercício financeiro, em que o governante não está obrigado

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a realizar todas as despesas ali previstas, porém não poderá contrair


outras sem a prévia aprovação do poder legislativo, é conhecido como
Orçamento:
a) Flexível.
b) Ordinário.
c) Contínuo.
d) Público.
e) Operacional.

É um conceito de Orçamento Público. O que já responde a questão.

Explicando um pouco mais, o período "o governante não está obrigado a


realizar todas as despesas ali previstas, porém não poderá contrair outras sem
a prévia aprovação do poder legislativo" conceitua o orçamento autorizativo.

Os orçamentos públicos podem ser classificados em orçamentos de natureza


impositiva e de natureza autorizativa:
_ Orçamento impositivo: é aquele em que, uma vez consignada uma
despesa no orçamento, ela deve ser necessariamente executada. Nesta visão,
o orçamento, por se tratar de uma lei, deve ser rigorosamente cumprido.
_ Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das
despesas consignadas no orçamento público, já que o Poder Público tem a
discricionariedade para avaliar a conveniência e a oportunidade do que deve ou
não ser executado. Em nosso país, o orçamento é autorizativo na quase
totalidade da LOA. O fato de ser fixada uma despesa na lei orçamentária anual
não gera o direito de exigência de sua realização por via judicial.

Resposta: Letra D

E aqui terminamos nossa aula 4.

Na próxima aula trataremos da receita pública.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

TIPOS E ESPÉCIES DE ORÇAMENTO

1) (FCC – Analista Legislativo – Contabilidade – Assembleia Legislativa/PE –


2014) Em relação ao Orçamento Programa, considere:
I. O orçamento é elo entre o planejamento e as funções executiva da
organização.
II. A alocação dos recursos visa o atendimento ao plano político de governo
definido pelo gestor público.
III. O controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações
governamentais.
IV. Na elaboração do orçamento são considerados todos os custos do
programa, inclusive os que extrapolam o exercício.
V. A estrutura do orçamento está voltada para os aspectos financeiros e de
planejamento.
É correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I, III e IV.
(C) II, III e IV.
(D) II, IV e V.
(E) III, IV e V.

2) (FCC – Analista Judiciário – Judiciária - TRT/16 - Maranhão – 2014) O


orçamento corresponde ao principal instrumento da Administração pública para
traçar programas, projetos e atividades para um período financeiro. Sobre
orçamento público é INCORRETO afirmar:
(A) É dividido em três aspectos pela doutrina contábil: financeiro, econômico e
jurídico.
(B) É o documento no qual é previsto o valor monetário que, num período
determinado (geralmente 1 ano), deve “entrar e sair dos cofres públicos
(receitas e despesas), com especificação de suas principais fontes de
financiamento e das categorias de despesas mais relevantes”.
(C) É o demonstrativo orgânico da economia pública, representando o retrato
real da vida do Estado onde o governo terá de decidir quanto, em que e como
vai gastar o dinheiro que arrecadará dos contribuintes.
(D) É a lei da iniciativa do Poder Legislativo e, aprovada pelo poder Executivo,
que estima receita e fixa despesa para o exercício financeiro.
(E) Sistema orçamentário é a estrutura formada por organizações, pessoas,
informações, tecnologia, normas e procedimentos necessários ao cumprimento
das funções fixadas para a Administração pública.

3) (FCC – Analista Judiciário – Administrativa –TRT/9ª- 2013) Em relação


ao orçamento público, é correto afirmar que

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(A) a Lei Orçamentária Anual poderá conter dispositivo que autorize a abertura
de créditos adicionais especiais e a contratação de operações de crédito.
(B) a Lei Orçamentária Anual é uma lei de iniciativa, em conjunto, dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário.
(C) os sistemas de acompanhamento e medição do trabalho, assim como dos
resultados, são inexistentes no orçamentoprograma.
(D) a Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento de investimento das
empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha qualquer parcela do capital social com direito a voto.
(E) o início de programas ou projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual
é, constitucionalmente, proibido.

4) (FCC – Analista de Planejamento e Orçamento – SEAD/PI - 2013) No


processo de elaboração da proposta orçamentária, um governo estadual, para
distribuição dos recursos disponíveis entre as unidades orçamentárias, parte
dos níveis atuais de operações e despesas de cada uma delas e analisa os
acréscimos solicitados e suas respectivas justificativas, tendo por base a
classificação por elementos de despesa. Neste caso, o governo estadual utiliza
o
(A) Orçamento Tradicional.
(B) Sistema de Planejamento, Programação e Orçamento.
(C) Orçamento Programa.
(D) Orçamento de Base Zero.
(E) Orçamento de Desempenho.

5) (FCC – Técnico Judiciário - Administrativa – TRT 4ª – 2011) Em relação a


conceito de Orçamento Público, considere as afirmativas abaixo:
I. O Orçamento Público é uma lei formal, isto é, ela obriga o Poder Público a
realizar uma despesa autorizada pelo Legislativo.
II. O Orçamento Público é uma lei temporária, pois tem vigência limitada a
quatro anos.
III. O conceito tradicional ou clássico de Orçamento Público compreende
apenas a fixação da despesa e a previsão da receita, sem nenhuma espécie de
planejamento das ações do governo.
IV. O Orçamento Público é uma lei especial que possui processo legislativo
diferenciado e trata de matéria específica.
V. O orçamento-programa é um plano de trabalho que estabelece objetivos e
metas a serem implementados, bem como a previsão dos custos a ele
relacionados.
Estão corretas, SOMENTE:
(A) II e IV.
(B) I, II e IV.
(C) III, IV e V.
(D) I, II, III e IV.
(E) II, III, IV e V.

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6) (FCC - Analista de Controle Externo – TCE/AP - 2012) Um plano de


governo como instrumento de gestão no qual não se adota programa de
trabalho, projetos, atividades, nem objetivos a atingir e cujo principal critério
de distribuição dos recursos a disposição do governo é o montante de gastos
do exercício financeiro anterior, ajustado em algum percentual discricionário, é
conhecido como orçamento:
a) clássico ou tradicional.
b) programa.
c) de desempenho.
d) base zero.
e) variável.

7) (FCC – Técnico Judiciário - Administrativa – TRT 24ª – 2011) Analise:


I. O orçamento-programa é o elo entre o planejamento e as funções
executivas da organização.
II. O controle do orçamento-programa visa avaliar a honestidade dos agentes
governamentais e a legalidade do seu cumprimento.
III. No orçamento-programa, as decisões orçamentárias são tomadas com
base em avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) I.
(E) III.

8) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRT 24ª – 2011) A maior


precisão na elaboração dos orçamentos e, consequentemente, melhores
condições para obtenção de redução dos custos em razão de facilidade para a
identificação de duplicação de funções, é uma vantagem da técnica
orçamentária denominada Orçamento
(A) de Desempenho.
(B) de Planejamento e Gestão.
(C) Programa.
(D) Base Zero.
(E) por Estratégia.

9) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRF 1ª – 2011) Com relação


aos tipos de orçamentos, considere as afirmativas abaixo:
I. No orçamento de tipo tradicional há grande preocupação com a clareza dos
objetivos econômicos e sociais que motivaram a elaboração da peça
orçamentária.

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II. O orçamento base-zero exige a reavaliação de todos os programas cada vez


que se inicia um novo ciclo orçamentário e não apenas as das solicitações que
ultrapassam o nível de gasto já existente.
III. O orçamento-programa considera os objetivos que o Governo pretende
atingir, num prazo pré-determinado.
IV. O orçamento de desempenho não pode ser considerado um orçamento-
programa, pois não incorpora o controle contábil do gasto e o detalhamento da
despesa.
V. No orçamento-programa a alocação dos recursos para unidades
orçamentárias se dá com base na proporção dos recursos gastos em exercícios
anteriores.
Está correto o que se afirma SOMENTE em:
(A) I e IV.
(B) I, III e IV.
(C) II, III e V.
(D) I, III, IV e V.
(E) II e III.

10) (FCC – APOPF/SP – 2010) Se uma entidade pública, para a elaboração do


orçamento, baseia-se na preparação de pacotes de decisão e,
consequentemente, na escolha do nível de objetivo por meio da definição de
prioridades, confrontando-se incrementos pela ponderação de custos e
benefícios, ela adota o orçamento
(A) base zero.
(B) em perspectiva.
(C) tradicional.
(D) de desempenho.
(E) incremental.

11) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro - TCE/RO – 2010) A principal


característica do Orçamento de Base Zero é
(A) conter a classificação funcional das despesas, para avaliação de quais
áreas de ação governamental estão sendo priorizadas.
(B) conter a justificativa para a totalidade dos gastos de cada unidade
orçamentária, independentemente do gasto realizado no exercício anterior.
(C) estabelecer a completa separação das despesas correntes das despesas de
capital, com ênfase nessas últimas em detrimento das primeiras.
(D) conter critério de alocação de recursos que consiste em estabelecer um
quantitativo financeiro fixo com base nas despesas realizadas no exercício
anterior.
(E) estar completamente dissociado do projeto de planejamento constante do
Plano Plurianual, já que este pode ser mudado de um exercício para outro de
acordo com a proposta orçamentária.

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12) (FCC – APOPF/SP – 2010) Uma das características do orçamento-


programa é a utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do
trabalho e dos resultados. Para isso, é feita uma diferenciação entre os
produtos finais dos programas e os produtos intermediários necessários para
alcançar os seus objetivos. É produto final de um programa da área de saúde:
(A) a redução da mortalidade infantil.
(B) o percentual da população atendida pelo programa de vacinação.
(C) o número de postos de saúde construídos.
(D) o número de medicamentos distribuídos.
(E) o total de consultas médicas realizadas.

13) (FCC - Analista Judiciário – Ciências Contábeis – TJ/PA – 2009) Os


movimentos de transformação do Estado e, mais especificamente, da
administração pública, inevitavelmente, foram acompanhados por mudanças
significativas na concepção do orçamento público, cuja trajetória evolutiva
evidencia que em cada momento histórico foi enfatizada uma de suas funções
ou instrumentalidades: controle, gerência ou planejamento. O orçamento-
programa reflete a concepção moderna do orçamento público e se caracteriza
(A) pela utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do
trabalho e dos resultados.
(B) por sua estrutura dar ênfase aos aspectos contábeis de gestão.
(C) por usar como principais critérios de classificação das despesas unidades
administrativas e elementos.
(D) por estar dissociado dos processos de planejamento e programação das
ações públicas.
(E) pela alocação de recursos visar à aquisição de meios e às necessidades das
unidades organizacionais.

14) (FCC - Analista Judiciário – Economia – TJ/PA – 2009) Analise as


informações abaixo em relação ao orçamento público.
I. No orçamento tradicional, a decisão da alocação dos recursos toma por base
as necessidades financeiras das unidades organizacionais.
II. O principal objetivo do orçamento-programa é permitir que o Poder
Legislativo autorize e controle adequadamente a receita e o gasto público.
III. No orçamento base zero, os gestores das unidades orçamentárias somente
precisam justificar os acréscimos e os decréscimos dos gastos realizados no
exercício anterior.
IV. Uma das características do orçamento-programa é a ênfase dada aos
objetivos do planejamento governamental e as metas que se pretende
alcançar com a alocação dos recursos públicos.
É correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.

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(E) III e IV.

15) (FCC - Analista – Administrativo - MPU – 2007) É característica do


orçamento base-zero:
a) ênfase no acréscimo de gastos em relação ao orçamento anterior.
b) decisões considerando as necessidades financeiras das unidades
operacionais.
c) justificativa, em cada ano, de todas as atividades a serem desenvolvidas.
d) dissociação do conceito de planejamento e alocação de recursos.
e) inexistência de mensuração dos resultados das atividades desenvolvidas.

16) (FCC - Analista – Orçamento - MPU – 2007) É característica da técnica de


elaboração orçamentária denominada orçamento base zero:
a) dissociação dos processos de planejamento e programação.
b) revisão crítica dos gastos tradicionais de cada unidade orçamentária.
c) ênfase aos aspectos contábeis da gestão e controle externo dos gastos.
d) avaliação da integridade dos agentes governamentais e legalidade no
cumprimento do orçamento.
e) direitos adquiridos sobre verbas orçamentárias anteriormente outorgadas.

17) (FCC - Técnico – Controle Interno - MPU – 2007) O tipo de orçamento


cujas principais características são a decisão de alocações de recursos baseada
no volume de necessidades financeiras das unidades administrativas e o
controle da legalidade do cumprimento do disposto na lei orçamentária anual é
o orçamento
a) tradicional.
b) base zero.
c) programa.
d) de desempenho.
e) pragmático.

18) (FCC - Técnico – Controle Interno - MPU – 2007) Em relação ao


orçamento-programa, é correto afirmar que:
a) seu único critério de classificação de despesas são as unidades
administrativas.
b) é totalmente dissociado do processo de planejamento.
c) sua estrutura enfatiza os aspectos contábeis da gestão.
d) sua prioridade é respeitar as necessidades financeiras das unidades
orçamentárias.
e) constitui um dos instrumentos do planejamento governamental.

FUNÇÕES DO ORÇAMENTO

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19) (FCC – Consultor Legislativo – Orçamento Público e Desenvolvimento


Econômico – Assembleia Legislativa/PE – 2014) Em relação às funções do
Estado na economia,
a) para que o Estado possa cumprir adequadamente sua função distributiva,
necessariamente terá de abrir mão das funções alocativa e estabilizadora,
levando o país a suportar surtos inflacionários.
b) a adoção de políticas de transferência de renda em favor de populações
mais carentes é um instrumento para que o Estado cumpra sua função
distributiva.
c) os instrumentos de política monetária não são adequados para que o Estado
cumpra sua função estabilizadora.
d) a criação de empresas estatais é o único meio pelo qual o Estado poderá
cumprir suas funções alocativa e distributiva.
e) para que o Estado possa cumprir com suas funções alocativa e distributiva
acabará necessariamente incorrendo em déficit orçamentário, sacrificando
assim a função estabilizadora.

20) (FCC – Analista de Planejamento e Orçamento – SEAD/PI - 2013) No


Sistema Único de Saúde, o fornecimento de serviços hospitalares e
ambulatoriais de alta complexidade para toda a população pelo governo
estadual se relaciona com a sua função
(A) alocativa, com a produção de bens privados.
(B) distributiva, com a provisão de bens públicos.
(C) alocativa, com a provisão de bens públicos.
(D) estabilizadora, com a produção de bens públicos.
(E) alocativa, com a provisão de bens semipúblicos.

21) (FCC – Auditor –TCE/SP - 2013) Segundo a classificação de Richard


Musgrave sobre as funções do setor público (Estado), em economias de
mercado, é correto afirmar:
(A) Faz parte da função distributiva do Estado a produção de bens e serviços
de infraestrutura, já que estes beneficiam principalmente a população carente.
(B) O Estado desempenha sua função estabilizadora na economia ao diminuir
impostos quando a economia está em depressão.
(C) O programa bolsa-família é um exemplo da função alocativa do Estado, já
que o Estado minimiza a pobreza ao alocar recursos para os mais pobres.
(D) Produzir bens públicos é um exemplo da função estabilizadora
desempenhada pelo Estado.
(E) O Estado desempenha bem sua função distributiva quando cobra impostos
progressivos sobre a renda e efetua gastos que beneficiam as pessoas de
maior nível de renda.

DEMAIS TEMAS

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22) (FCC – Analista – Todos os Cargos – Assembleia Legislativa/PE – 2014)


De acordo com a Constituição Federal, a competência da União para legislar
sobre Direito Financeiro e Orçamento
(A) é concorrente com a dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
observadas as restrições decorrentes de tratados e convenções firmados entre
Brasil e Organizações Internacionais.
(B) é suplementar, desde que não tenha sido exercida pelos Estados ou pelos
Municípios, observadas, quando for o caso, as restrições decorrentes de
compromissos firmados com países estrangeiros e organismos internacionais.
(C) é limitada a estabelecer normas gerais sobre direito financeiro e orçamento
no âmbito municipal, exceto no que concerne aos assuntos que tiverem sido
objeto de acordo com organismos internacionais.
(D) se não exercida para editar lei federal sobre normas gerais, permitirá que
os Estados exerçam sua competência legislativa plena, para atender as suas
peculiaridades.
(E) é concorrente com a dos Estados e do Distrito Federal, no que diz respeito
a estabelecer normas específicas ou gerais de direito financeiro e orçamento.

23) (FCC - Analista de Controle Externo – TCE/AP - 2012) O instrumento de


gestão que se torna em plano de governo expresso em forma de lei, que faz a
estimativa de receita a arrecadar e fixa a despesa para um período
determinado de tempo, em geral de um ano, chamado exercício financeiro, em
que o governante não está obrigado a realizar todas as despesas ali previstas,
porém não poderá contrair outras sem a prévia aprovação do poder legislativo,
é conhecido como Orçamento:
a) Flexível.
b) Ordinário.
c) Contínuo.
d) Público.
e) Operacional.

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Analista Judiciário Área Administrativa
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GABARITO

1 B
2 D
3 E
4 A
5 C
6 A
7 B
8 C
9 E
10 A
11 B
12 A
13 A
14 B
15 C
16 B
17 A
18 E
19 B
20 E
21 B
22 D
23 D

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