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Gabriela Aguiar
Larissa Araujo
Marcelo Gonçalves
Karina Oliveira
São Paulo
2017
Beatriz Souza
Gabriela Aguiar
Larissa Araujo
Marcelo Gonçalves
Karina Oliveira
Psicologia Comportamental
Analise do comportamento
São Paulo
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................01
1.1 CONCEITO...........................................................................................................02
1.2 ANALISE DO COMPORTAMENTO COMO UMA CIÊNCIA E UMA
TECNOLOGIA ....................................................................................................03
1.3 OBJETIVO............................................................................................................04
1.4 QUANDO SURGIU A PSICOLOGIA ANALISE COMPORTAMENTAL NO
BRASIL.................................................................................................................05
3 APRESENTAÇÃO DO SIMPÓSIO..........................................................................07
4 REFEÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................18
INTRODUÇÃO
A análise científica do comportamento começa pelo isolamento das partes (variáveis) simples
de um evento complexo de modo que esta parte possa ser melhor compreendida. A pesquisa
experimental de Skinner seguiu tal procedimento analítico, restringindo-se a situações
suscetíveis de uma análise científica rigorosa. Os resultados de seus experimentos podem ser
verificados independentemente e sua conclusões podem ser confrontadas com os dados
registrados. Assim, fazer análise do comportamento é determinar as características/dimensões
da ocasião em que o comportamento ocorre, identificar as propriedades públicas e privadas da
ação e definir as mudanças produzidas pela emissão das respostas no ambiente, no
organismo(SKINNER,1990)
Quando nós brasileiros ouvimos a palavra comportamento pensamos imediatamente no
conjunto de reações de um indivíduo em face do meio social. Em português esta palavra tem
tradicionalmente um sentido mais restrito do que em inglês. Nessa língua a
palavra comportamento se refere tanto a ações de um indivíduo quanto a sentimentos,
pensamentos e falas.
Organismos vivos são aqueles que têm composição química complexa, uma organização
celular, a capacidade de nutrição, reagem a estímulos do ambiente emitindo repostas, mantêm
o seu meio interno em condições estáveis, crescem e se reproduzem, modificam-se ao longo
do tempo através do processo de evolução, desenvolvendo adaptação adequadas á
sobrevivência. São íntegros os organismos por que se desmembrados do todo do qual fazem
parte não conseguem viver no ambiente.
Como os Analistas do Comportamento realizam seus estudos? Inicialmente ele colhe os dados
de pesquisa utilizando experimentos, quase-experimentos, observações, entrevistas ou
pesquisas de campo e após a coleta dos mesmos fazem a análise funcional. A análise
funcional é o reconhecimento da múltipla e complexa rede de determinações de instâncias de
comportamento, representada pela ação em diferentes níveis (filogênese, ontogênese e
cultura) das conseqüências do comportamento sobre a probabilidade de respostas futuras da
mesma classe [de comportamentos] (...) A análise deve agora se voltar para as “funções” das
respostas e para os modos através dos quais as mudanças por elas produzidas afetam a
probabilidade de comportamento futuro. A análise funcional requerida passa a ser aquela que
identifica relações de tríplice contingência responsáveis pela aquisição e manutenção de
repertórios comportamentais.[7] Contingências são componentes das relações
comportamentais que apresentam relação de dependência entre si, filogênese é a evolução ou
desenvolvimento da história de uma espécie, ontogênese é o desenvolvimento ou curso da
história de aprendizagem de um organismo e cultura é o conjunto de comportamentos que são
ou não reforçados e/ou punidos por um grupo de pessoas em um ambiente comum.[8]
Não há nada mais familiar do que o comportamento humano. Estamos sempre na presença de
ao menos uma pessoa que se comporta [mesmo que seja nós mesmos]. Nem há algo mais
importante que o comportamento, quer seja o nosso, quer o de outrem, quer seja ao que vemos
todo dia, quer seja ao que vemos todos os dias, quer seja ao que seja responsável pelo que
acontece no mundo de um modo geral.[10]
A Análise Aplicada do Comportamento teria duas funções vitais: (1) manter o contato com o
mundo real e alimentar os pesquisadores na área com problemas comportamentais do mundo
natural e (2) mostrar a relevância social de tais pesquisas e justificar sua manutenção e
ampliação da área como um todo. Como uma ciência baconiana, não contemplativa, a Análise
do Comportamento tem compromissos de melhoria da vida humana e o seu braço aplicado
pode funcionar como um eficiente aferidor das conseqüências práticas prometidas.[11]
Fonte: https://psicologado.com/abordagens/comportamental/o-conceito-de-analise-do-
comportamento © Psicologado.com
ANALISE DO COMPORTAMENTO COMO UMA CIÊNCIA E UMA TECNOLOGIA
A ciência da analise do comportamento é controlada por variáveis de pelo menos três fontes:
pesquisa empírica passada, teoria e observações correntes do comportamento. O controle é
amplamente verbal, visto que estímulos tanto escritos quanto orais estabelecem ocasiões para
novas pesquisas. Observações do comportamento podem ser realizadas tanto no laboratório
quanto em cenários “aplicados”, tais como clínicos e educacional. Essas observações também
incluem o bem conhecido principio de “serendipidade”( Bachrach, 1960; Skinner,1956).
OBJETIVO
Desde que é um processo, e não uma coisa, não pode ser facilmente mobilizado para
observação. É mutável, fluido e evanescente, e, por esta razão, faz grandes exigências técnicas
da engenhosidade e energia do cientista. Contudo, não há nada essencialmente insolúvel nos
problemas que surgem deste fato.
A análise científica do comportamento começa pelo isolamento das partes (variáveis) simples
de um evento complexo de modo que esta parte possa ser melhor compreendida. A pesquisa
experimental de Skinner seguiu tal procedimento analítico, restringindo-se a situações
suscetíveis de uma análise científica rigorosa. Os resultados de seus experimentos podem ser
verificados independentemente e sua conclusões podem ser confrontadas com os dados
registrados. Assim, fazer análise do comportamento é determinar as características/dimensões
da ocasião em que o comportamento ocorre, identificar as propriedades públicas e privadas da
ação e definir as mudanças produzidas pela emissão das respostas (no ambiente, no
organismo).
A Análise do Comportamento teve como marco inicial no Brasil a vinda do Prof. Fred S.
Keller, no ano de 1961. Keller foi colega de B. F. Skinner e, junto com ele, um dos primeiros
teóricos behavioristas radicais (Matos, 1998). Foi também autor, junto com William N.
Schoenfeld, de um dos clássicos da abordagem, o livro Princípios de Psicologia, nos anos
1950.
Prof. Keller
Em 1959, uma misteriosa aluna da USP chamada Mirtes Rodrigues do Prado (até hoje,
ninguém sabe direito quem era ela), que havia sido aluna de Keller na Universidade de
Columbia, gostou das aulas do professor e teve a ideia de convidá-lo para vir ao Brasil. Em
1961 o convite foi formalizado pelo Prof. Paulo Sawaya, diretor da FFCLH-USP (Matos,
1998). Entre os que o recepcionaram, estava a Prof. Carolina Bori, que veio a ser uma das
mais importantes divulgadoras da AC no país num período posterior. Tudo quase que por
acaso.
“Fred tinha um sabático para gozar no ano de 1961. Ele falou sobre isso com uma estudante e
ela deu essa informação, no Brasil, para o reitor Paulo Sawaya. Para surpresa de Fred, ele
recebeu um telegrama do reitor convidando-o para passar seu ano sabático na Universidade de
São Paulo. Esse foi o começo das coisas que mudaram nossa vida para sempre” (Frances
Keller, 2001).
Keller ficou durante um ano no país, onde ministrou duas disciplinas optativas, uma sobre
História da Psicologia e outra sobre Psicologia Comparada e Animal. No segundo semestre
daquele ano, teve lugar o curso de Psicologia Experimental propriamente dito. As aulas eram
em inglês, e, além desta dificuldade ainda havia a falta de material didático, que foi
improvisado por muito tempo – tanto quanto às caixas de condicionamento operante,
importadas (e caras) junto a algumas inventadas pelo Prof. Rodolpho Azzi (que ficou como
assistente de Keller), até a invenção de uma versão tupiniquim, por Mário Guidi; quanto os
livros e textos usados no curso (Matos, 1998). Entre os alunos, Maria Inês Rocha e Silva,
Dora Fix e Maria Amélia Matos; Rodolpho Azzi e Carolina Bori também acompanhavam as
aulas. Na segunda geração da old gang, como eram chamados, vieram alunos como João
Cláudio Todorov, Luiz Otávio Seixas de Queiroz e Marília Ancona Lopez, todos hoje
famosos analistas do comportamento (Matos, 1998).
Skinner e Keller
Alguns deles seguiram para os EUA, onde obtiveram seus PhDs e voltaram para o Brasil. Em
1962, Carolina Bori foi chamada para implantar o curso de Psicologia na UnB, o que fez
baseada no sistema de ensino criado por Keller (o método PSI) e adaptado por ela. Com a
ditadura militar em 1965, e a demissão de professores por motivos políticos na UnB, os
analistas do comportamento se espalharam pelo Brasil e o método de ensino de Bori, bem
como a Análise do Comportamento como um todo, influenciaram a formação de diversos
cursos por todo o País, tendo o PSI como base de disciplinas não apenas em cursos de
Psicologia (Matos, 1998). A Psicologia Experimental no Brasil passou a ser quase sinônimo
de Análise do Comportamento nas faculdades, assim como a Psicologia da Aprendizagem
(Todorov e Hanna, 2010; Matos, 1998).
Maria Amélia Matos, Rodolpho Azzi e Carolina Bori (e o onipresente ratinho branco)
Na Bahia, meu estado, a Análise do Comportamento também cresceu quase que por um feliz
acaso. O primeiro curso de Psicologia foi criado na UFBA, também nessa época, e teve a
participação direta de Carolina Bori. A professora encontrou o então reitor da UFBA, prof.
Roberto Santos, numa viagem de avião, onde conversaram sobra a importância da formação
em Psicologia enquanto ciência e a participação dos laboratórios de Psicologia Experimental
no currículo do curso. Assim, ela veio até aqui, trazendo Mário Guidi em 1971, que instalou o
laboratório na antiga Faculdade de Medicina, no Terreiro de Jesus. Ela também foi
responsável por trazer as primeiras docentes da abordagem em colaboração com a USP, entre
elas Marilena Ristum, Márcia Bonagamba e Anamélia de Carvalho; e mesmo ela própria e
Maria Amélia Matos, que passaram curtos períodos por aqui lecionando disciplinas e
orientando alguns trabalhos. Carolina Bori acabou sendo paraninfa da primeira turma formada
na Bahia, em 1973 (Carvalho e Moraes, 1998).
Uma figura central na Análise do Comportamento na Bahia foi a professora Mercedes Cunha
Chaves de Carvalho, que ajudou a implantar o curso da UFBA, a partir da sua formação em
Filosofia e sua parceria com o prof. João Ignácio de Mendonça. Ela lecionava introdução à
Psicologia, ainda como parte de um desmembramento do curso de Filosofia, até a criação do
curso em 1962. Tendo uma formação mais voltada à psicodinâmica até então, mas insatisfeita
com os produtos desta, se encantou com a Análise do Comportamento após a visita de
Carolina Bori e seguiu estudando a abordagem, direcionando assim seus projetos de mestrado
(em Educação na UFBA) e doutorado (USP). Também foi responsável pela implantação de
outros cursos de psicologia, como o da UFS (Sergipe) e o primeiro de uma faculdade
particular, na Faculdade Ruy Barbosa, ainda hoje formando alunos interessados em Análise
do Comportamento. Mercedes faleceu em dezembro de 2010, depois de anos dedicados ao
ensino e à Psicologia como ciência (Neves, 2007; Correia, 2011).
A maioria da produção científica ainda é publicada nas áreas de pesquisa básica diretamente
derivadas dos primeiros estudos, como em controle aversivo e equivalência de estímulos, área
que cresceu após as visitas do professor Murray Sidman ao Brasil nos anos 80 e 90. Uma área
recente que tem conseguido bastante projeção é a de pesquisa em processos culturais,
composta por pesquisadores da UFPA, PUC-SP, UnB e da University of North Texas-EUA.
Boa parte dos estudos, no entanto, ainda é publicada em periódicos nacionais, e ainda falta
publicação sobre pesquisa aplicada (Todorov e Hanna, 2010).
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS