Biossegurança Básica

Disciplina: Microbiologia Geral

Profa.: Elizabete Rodrigues
 Biossegurança Básica

Conceito
Biossegurança X Biosseguridade
Objetivo da biossegurança
Conceito de Risco e Perigo
Tipos de Riscos
*Risco biológico
*Critérios de classificação do risco biológico
*Classes de Risco biológico
*Contenção do risco biológico
*Barreiras primárias
*Barreiras secundárias
*Boas Práticas de Laboratório
Símbolos da biossegurança
Fonte para estudo:
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/
 O que é biossegurança?
Etimologia
grego “bio” – vida
Segurança – qualidade de ser seguro, livre de dano

 Biossegurança (biosafety) – “segurança da vida”

(Dicionário Aurélio) – situações não intencionais

 Biosseguridade (biosecurity) – “segurança da vida” –

situações intencionais
 Objetivo da biossegurança

Propiciar um ambiente de trabalho seguro e adequado

ao trabalhador, pacientes e meio ambiente (macro),
de modo que os perigos e riscos sejam minimizados
e controlados ou eliminados.

Mecanismos de Mecanismos de
proteção contenção
Quadro 1. Classificação dos riscos de acordo com a Portaria n. 3.214/MT, 1978

Risco Grupo-cor Descrição

Físico 1-verde Ruídos, vibrações, radiações, frio,

calor, pressão, umidade
Químico 2-vermelho Poeiras, fumo, névoa, neblina,
gases, vapores, produtos
químicos

Biológico 3-marrom Vírus, bactérias, protozoários,

fungos, helmintos
Ergonômico 4-amarelo Esforço físico intenso,
levantamento e transporte manual
de peso, postura inadequada,
jornada de trabalho em turno,
jornada prolongada, monotonia e
repetibilidade, estresse físico e
psíquico
De acidentes 5-azul “qualquer fato que interrompa o
andamento normal de uma ação
ou acontecimento, provocando
dano pessoal, material ou ambos”

* Risco psicossocial
 Risco ou agente de Risco

Qualquer componente de natureza física, química ou

biológica, que possa vir a comprometer a saúde
humana, animal, vegetal, meio ambiente ou a qualidade
dos trabalhos desenvolvidos.
 Risco x Perigo

Risco: probabilidade ou chance de ocorrer algo (lesão

ou morte, em biossegurança, por exemplo).

 Alta/média/baixa

Perigo: condição ou conjunto de circunstâncias que

têm o potencial de causar algo (lesão ou morte, p. ex.)
ou contribuir para que algo aconteça. Fonte de risco.
Estático. Não varia.
 Risco Biológico
Classes de Risco 1 a 4: critérios de classificação

 Patogenicidade
 Virulência
 Modo(s) de transmissão
 Endemicidade
 Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes
 Disponibilidade de tratamento eficaz
 Alteração genética ou recombinação genética
 Estabilidade

(Ministério da Saúde, Brasil, 2004)

 Risco Biológico: classes de risco

Classe de Risco 1 – Baixo ou nenhum risco individual e comunitário.

O Micro-organismo tem pouca probabilidade de provocar enfermidades

humanas ou enfermidades de importância veterinária – são apatogênicos ou
patogenicidade mínima.

Classe de Risco 2 (sub-classes) - Risco individual moderado, risco

comunitário baixo.

A exposição ao agente patogênico pode provocar infecção, porém, se

dispõe de medidas eficazes de tratamento e prevenção, sendo o risco de
propagação limitado. Ex: agentes bacterianos (Mycobacterium bovis
amostra vacinal); fúngicos (Cryptococcus neoformans), protozoários
(Toxoplasma gondii e Entamoeba histolytica), helmintos; vírus (HIV) e prions
(BSE).
 Risco Biológico: classes de risco

Classe de Risco 3 (sub-classes) - Risco individual elevado, baixo risco

comunitário.

O agente patogênico pode provocar enfermidades humanas graves, podendo

propagar-se de uma pessoa infectada para outra, entretanto, existe profilaxia
e/ou tratamento e, ambos, são eficazes. Ex: agentes bacterianos
(Mycobacterium bovis); fúngicos (Histoplasma capsulatum); helmintos e
protozoários (nenhum); virais (HIV) e prions (BSE).

Classe de Risco 4 - Elevado risco individual e comunitário.

Os agentes patogênicos representam grande ameaça para as pessoas e

animais, com fácil propagação de um indivíduo ao outro, direta ou
indiretamente, não existindo medidas preventivas nem curativas. Ex:
agentes bacterianos (nenhum); fúngicos (nenhum); helmintos (nenhum);
protozoários (nenhum); Vírais (vírus Ebola, dentre +/- 15 outros).
 Risco Biológico: classes de risco

Classe de Risco 5

Classificação exclusiva dos agentes de doenças exóticas de animais dos

EUA. Manipulação proibida ou restrita por lei americana.
 Objetivo da biossegurança

Propiciar um ambiente de trabalho seguro e adequado

ao trabalhador, pacientes e meio ambiente (macro),
de modo que os perigos e riscos sejam minimizados
e controlados ou eliminados.

Mecanismos de Mecanismos de
proteção contenção
 Risco Biológico: contenção

 Barreiras primárias: equipamentos de segurança

(proteção individual - EPI e proteção coletiva – EPC);
 Barreiras secundárias: desenho e organização do
laboratório;
 Boas práticas de laboratório (BPL).
 Risco Biológico: contenção

 Barreiras primárias: equipamentos de segurança

individual e coletiva
 Risco Biológico: contenção

 Barreiras secundárias: desenho e organização do

laboratório: niveis de biossegurança (I a IV)

 Nível de biossegurança I (NB-1)

* Classe de Risco: 1
* Atividades: ensino
* Equipamentos de segurança: EPI’s
* Localização: prédio das demais atividades
(porta simples)
 Risco Biológico: contenção

 Barreiras secundárias: desenho e organização do

laboratório: niveis de biossegurança (I a IV)

 Nível de biossegurança II (NB-2)

* Classe de Risco: 2
* Atividades: diagnóstico e pesquisa
* Equipamentos de segurança: EPI’s e EPC’s
* Localização: prédio das demais atividades
(porta dupla de acesso)
 Risco Biológico: contenção

 Barreiras secundárias: desenho e organização do

laboratório: niveis de biossegurança (I a IV)

 Nível de biossegurança III (NB-3)

* Classe de Risco: 3 e 4
* Atividades: produção de vacinas e antígenos
* Equipamentos de segurança: EPI’s e EPC’s
* Localização: separado das demais
dependências
* Administração e/ou fiscalização: governo
 Risco Biológico: contenção

 Barreiras secundárias: desenho e organização do

laboratório: niveis de biossegurança (I a IV)

 Nível de biossegurança IV (NB-4 ou IV)

* Classe de Risco: 4
* Atividades: trabalhos diversos
* Equipamentos de segurança: EPI’s especiais
e EPC’s
* Localização: separado das demais
dependências
 Risco Biológico: contenção

 Boas práticas de laboratório (BPL): conjunto de

práticas e técnicas padronizadas e específicas para
cada atividade a ser desenvolvida.
 Risco Biológico: contenção

Boas Práticas de Laboratório - uso de luvas

• SEMPRE – sangue, fluídos corpóreos, dejetos, micro-

organismos e animais de Lab.;
• Trocar SEMPRE no contato c/ diferentes pacientes (lavar
mãos);
• SEMPRE ao limpar/lavar instrumentos (PVC), bancada, roupas;
• NÃO usar fora do ambiente de trabalho;
• NUNCA abrir portas e atender TELEFONE com luvas; Dois
pares – ferimentos nas mãos;
• NUNCA reutilizar luvas – DESCARTÁ-LAS.
 Risco Biológico: contenção

Boas Práticas de Laboratório - uso de jaleco

• Uso constante – Labs., hospitais, indústria de alimentos (leite);

• Mangas longas, algodão ou fibra sintética não inflamável;

• Jalecos descartáveis impermeáveis e resistentes;

• APENAS NAS ÁREAS DE TRABALHO – NUNCA EM

REFEITÓRIOS, ESCRITÓRIOS, ÔNIBUS, BIBLIOTECA,
BANHEIRO;

• NUNCA guardar com objetos pessoais;

• Jalecos p/ áreas de risco diferentes.

 Risco Biológico: contenção

Boas Práticas de Laboratório - higiene pessoal

 Lavagem de mãos

 Antes e após o uso de luvas;

 Antes e após contato com animais;
 Após manusear material biológico;
 Antes de comer, beber, manusear alimentos e
fumar;
 Após usar o toalete, coçar o nariz, cobrir a boca p/
espirrar, pentear os cabelos;
 Mãos e antebraços lavados.
 Risco Biológico: contenção

 Outros procedimentos de higiene

 Não comer, beber ou mascar chicletes no lab.;

 Não fumar, aplicar cosméticos ou pentear cabelos;
 Não usar calçados abertos;
 Manter unhas cortadas;
 Não usar anéis, pulseiras, relógios, colares longos;
 Não lamber as etiquetas ou colocar objeto na boca;
 Não utilizar a pia do lab. Como lavatório;
 Manter o ambiente do lab. Sempre limpo;
 Não guardar alimentos na geladeira, freezer ou estufa do
lab.
Símbolos em biossegurança
Símbolos em biossegurança
 Referências

Costa, M.A.; Costa, M.F.B. Biossegurança Geral

para cursos técnicos da área de saúde. Rio de
Janeiro: Publit, 2009

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/