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Cidade de Maputo
Data: 14.05.2018
Nome do Professor: Alberto Henriques Bila Plano de Aulas nº 1 Tipo de Aula: Inicial
Unidade Temática: A emergência do Estado e sua participação na economia Duração da aula: 120 min
Objectivo Geral: No final da unidade/ aula o formando deverá ser capaz de analisar a evolução do Estado na economia.
Objectivos Específicos:
Para início de conversa diria que a definição do Estado que é conhecida actualmente foi sofrendo várias transformações ao longo do
tempo e isto deve-se praticamente a emergência do capitalismo que consiste num sistema econômico e social, onde o objectivo
principal visa o lucro e a acumulação de riquezas através dos meios de produção. Este sistema geralmente tem sido de propriedade
privada sendo que o esforço centra-se nos trabalhadores, os proletariados.
Há quem tem confundido o Estado com os seus governantes, pensando neste caso que o Estado engloba um presidente, um
governador, um presidente do Município entre outros.
Prosseguindo diria que não existe nenhuma economia mundial isenta do Estado isto porque hoje em dia o Estado actua na economia
de variadas formas, através das administrações públicas, exercendo a tributação ou efectuando gastos, através de suas unidades
produtoras de bens e serviços. Deste modo a actuação do estado na economia pode ser de forma directa e/ou indirecta.
Na actuação directa, o Estado exerce poder coercivo sobre a população ou pelas empresas estatais, produzindo, comprando ou
vendendo bens e serviços.
Produtor – gerando um fluxo de bens e serviços que podem advir das companhias ou das administrações públicas, pelos
serviços públicos;
Captador de rendas – originando da produção para os mercados (juros, lucros e alugueis) ou dos tributos e empréstimos
compulsórios – um tributo, empréstimo de dinheiro á um contribuinte com prazo determinado;
Utilizadora de rendas – o chamado gasto público, que pode se dar pelo consumo de bens e serviços, concessão de subsídios,
investimento público, entre outras formas;
Regulamentação coercitiva – instituição de dispositivos que regularizam a produção de certos bens, estabelecendo preços ou
leis Anti-monopolísticas;
Na actuação indirecta, o estado exerce actividades de aconselhamento, persuação, orientação ou estímulo ao sector Privado.
Comportando-se de acordo com os interesses traçados pelo Sector Público.
Após esta breve explicação vamos focar no tema em destaque que têm haver com o Estado e a forma como o mesmo evolui na
economia.
Para dar clareza a informação que pretendo transmitir apoio-me de alguns autores que falam com profundidade a matéria relativa ao
Estado.
De tal modo que para (Sila, 1987) o Estado significa um agrupamento de pessoas que vivem em determinado território definido,
organizado de tal modo que algumas dessas pessoas são designadas para controlar directamente uma série de actividades desse mesmo
grupo com base em valores reais ou socialmente reconhecidos.
Deste modo pode admitir-se que o Estado é tido como uma instituição superior e soberana que normaliza o funcionamento das
actividades existentes dentro de qualquer país.
Historicamente o termo Estado veio durante o Séc. XVI, com Nicolau Maquiavel, a partir de sua obra " O Príncipe.” Nesta obra,
Maquiavel popularizou a expressão latina Stato, atribuindo-lhe o significado de território.
Seguindo este raciocínio pode-se constatar que o Estado surgiu na sociedade a partir do desenvolvimento das estruturas políticas e
econômicas.
Foi a partir deste processo que conduziu-se por seu turno, a formação de excedente, proporcionado ao produtor a propriedade privada.
Sendo que a partir deste momento seria necessário estabelecer regras que normalizassem a convivência entre as diferentes classes de
indivíduos e assegurassem ao indivíduo a posse de sua propriedade.
No segundo plano, a acumulação de propriedades tornava determinadas comunidades em sociedade, comparativamente, ricas e
visadas por grupos de saqueadores, ou mesmo outras nações. Sendo que surgira a necessidade de defesa da colectividade contra as
ameaças externas ao grupo.
Estes factores aqui abordados levaram a sociedade a se reorganizar so a direcção de uma instituição que representasse a todas e que
promovesse a harmonia interna.
Sendo assim o Estado surgiu na história com função de zelar pela defesa da sociedade e promover a organização interna por meio da
normalização das actividades gerais tornando-se guardião dentre outras coisas, da propriedade privada segundo (Moura, 1992)
Por sua vez, Bovero (1981) postula que o Estado se apresenta como resultado de um processo natural de evolução da sociedade onde
este passaria de um estágio menor para um mais amplo.
A família seria o ponto inicial da sociedade, e a partir dela despontariam instituições políticas, mas complexas.