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Aula 08 – Pontuação
Curso: Português
Professor: Bruno Spencer
Aula 08 – Pontuação
Olá, amigos!
Espero que estejam INDO BEM nos estudos!
Vamos dar seguimento ao nosso cronograma com o estudo das regras
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
de pontuação.
É um assunto BASTANTE FREQUENTE em todas as provas objetivas de
Português, e, importante para melhorarmos a qualidade da nossa escrita.
Então vamos lá, com foco e determinação.
Boa aula!!!
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)
Sumário
1 – Pontuação .....................................................................................3
2 – Ponto Final ....................................................................................4
3 – Vírgula ..........................................................................................4
3.1 – Uso proibido de vírgulas ............................................................... 6
4 – Ponto e Vírgula ..............................................................................7
5 – Dois Pontos ...................................................................................9
6 – Travessão ....................................................................................10
7 – Reticências ..................................................................................10
8 – Ponto de Interrogação.................................................................11
9 – Ponto de Exclamação ...................................................................11
10 – Parênteses ................................................................................11
11 – Aspas ........................................................................................12
12 – Questões Comentadas ...............................................................14
13 – Lista de Exercícios .....................................................................70
14 – Gabarito e Referencial Bibliográfico ......................................... 107
1 – Pontuação
Frase
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Oração
Período
2 – Ponto Final
3 – Vírgula
Vamos expor o assunto da forma mais objetiva possível, para desatarmos esse
nó e deixar tudo mais claro.
Vamos estudar os principais casos em que usamos vírgulas:
Vocativos
SEPARAR
ex. João, vem aqui por favor.
Apostos
SEPARAR ex. Elizabeth, rainha da Inglaterra, veio a nossa
festa.
Expressões retificadoras
SEPARAR
ex. Fizemos vinte, ou melhor, dez questões.
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A elipse de palavras
INDICAR
ex. Comprei pão, ela manteiga. (comprou)
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Orações Adverbiais e
Adjuntos Adverbiais Deslocados
SEPARAR
ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.
CESPE/TJ/TRE-ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2011
(com adaptações) .
Julgue o item que se segue, relativo às estruturas sintáticas e semânticas do
texto.
No segundo período do texto, as vírgulas logo após as palavras "representantes"
e "eleitos" poderiam ser suprimidas, sem prejuízo para a correção gramatical
do texto, dado que, nessas ocorrências, trata-se de emprego facultativo desse
sinal de pontuação.
Certo
Errado
Comentários:
A oração isolada por vírgulas tem função de adjunto adverbial de tempo, pois
é equivalente a quando são eleitos. Esse é um caso de vírgula obrigatória,
pois trata-se de uma oração adverbial deslocada da sua posição natural que
é no final do período.
Gabarito: E
NÃO SE
PODE Sujeito e Predicado
SEPARAR
NÃO SE
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4 – Ponto e Vírgula
Repare no último exemplo que o ponto e vírgula tem uma função específica de
“organizar” o período, para que - em virtude da grande quantidade de vírgulas
– o seu sentido fique claro para o leitor.
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CESPE/Agente/PF/2009
Nossos projetos de vida dependem muito do futuro do país no qual vivemos. E
o futuro de um país não é obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se
constrói. E constrói-se no meio de embates muito intensos – e, às vezes, até
violentos – entre grupos com visões de futuro, concepções de desenvolvimento
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da justiça;
Modernidade são instituições públicas sólidas e eficazes;
Modernidade é o controle nacional das decisões econômicas.
Gabarito: C
5 – Dois Pontos
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•Ex. É como reza o ditado: água mole pedra dura, tanto bate até que
fura.
•Disse o rapaz a sua mãe: - Mas eu já sou quase adulto!
•Os quatro elementos são: terra, água, fogo e ar.
•Resumo da situação: todos ficaram sem ingressos para o jogo.
(com adaptações).
A partir das estruturas linguísticas que organizam o texto acima, julgue o item
subsecutivo. Por introduzir uma enumeração explicativa, o sinal de dois-pontos
na linha 4 admite a substituição por vírgula sem prejudicar a coerência textual
nem desrespeitar as regras gramaticais.
Certo
Errado
Comentários:
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6 – Travessão
7 – Reticências
8 – Ponto de Interrogação
9 – Ponto de Exclamação
•Ex. Corram!
•Ei!
•Saia logo daí!
•Que susto!
10 – Parênteses
•Ex. João saiu cedo (estava muito preocupado com o horário da prova).
11 – Aspas
CESPE/Agente/PF/2009
Perfeito, as aspas servem para indicar que as palavras que estão entre elas:
• foram originalmente ditas ou escritas por outra pessoa, podendo ser um
texto, uma música, uma fala e etc;
• alguma expressão habitual de um determinado grupo;
• foram citadas com sentido específico ou conotativo, fora do sentido
normal da palavra.
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Gabarito: C
12 – Questões Comentadas
1) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Muitos duvidam da existência do amor. Muitos afirmam ser ele uma invenção
da literatura. Outros, que se trata de uma projeção neurótica imaginária. Uma
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patologia da família das manias. Há quem suspeite de que seja uma doença da
alma. Estão errados.
Quem conhece o amor sabe que ele habita entre nós. E sua presença nos faz
sentir vivos. Por isso, o ressentimento é cego ao amor.
A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao mundo. Ou
pior: o sentimento de inexistência.
Um dos pecados maiores da inteligência é chegar à conclusão de que o amor é
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A elipse de palavras
INDICAR
ex. Comprei pão, ela manteiga. (comprou)
pelos frutos.”
Nesse caso, poderíamos utilizar um sinal de dois pontos, indicando uma
citação, mas não uma vírgula.
Repare que o “QUE” introduz a oração subordinada que é objeto direto da oração
principal.
Alternativa C – Incorreta – Isso iria separar o sujeito da oração (“A falta de
amor na vida”) do predicado.
NÃO SE
PODE Sujeito e Predicado
SEPARAR
Alternativa D – Incorreta
NÃO SE
PODE Verbo e Complementos Verbais
SEPARAR
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Gabarito: A
2) FCC/Ana/DPE RS/Processual/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
[O invejável tédio europeu]
Os filmes dos cineastas europeus Michelangelo Antonioni e Ingmar Bergman,
que a gente via e discutia com tanta seriedade tantos anos atrás, também eram
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interior.
c) Mais houvéssemos assistido mais teríamos gostado, daqueles velhos clássicos
do cinema europeu, sobretudo os de Bergman e Antonioni; nossos prediletos.
d) Chega a ser provocadora, a associação que o autor estabelece, entre morrer
de fome ou morrer de tédio, ao comparar, as razões de sofrimento dos
europeus, às dos povos mais pobres.
e) A vida na Suécia, à qual não faltam bons serviços sociais, e aceitável
distribuição de renda, teria inspirado, a cineastas como Bergman, cenas de
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NÃO SE
PODE Sujeito e Predicado
SEPARAR
NÃO SE
PODE Verbo e Complementos Verbais
SEPARAR
3) FCC/Tec/DPE RS/Administrativa/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
O gol plagiado
“Jogador quer direito autoral sobre seus gols.”
Esporte, 20 jan. 2000
“Prezados senhores: dirigindo-se a V.Sa., refiro-me à notícia segundo a qual
jogadores de futebol do Reino Unido, como Michael Owen e Ryan Giggs, querem
receber autorais pela exibição de seus gols na mídia. Não tenho o status desses
senhores – sou apenas um brasileiro que bate a sua bolinha nos fins de semana
– mas desejo fazer uma grave denúncia: um dos jogadores citados
(oportunamente divulgarei o nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim.
Provas? Basta comparar os tapes dos referidos gols. No meu caso, trata-se de
um trabalho amador – foi feito por meu filho, de dez anos – mas mesmo assim
é bastante nítido. Vê-se que, como eu, o referido jogador estava num campo de
futebol. Nos dois casos, a partida estava sendo disputada por times de 11
jogadores cada um. Nos dois casos havia uma bola, havia goleiros. Nos dois
casos havia um juiz. No meu caso, um juiz usando bermudões e chinelos – mas
juiz, de qualquer maneira.
Isto, quanto aos aspectos gerais. Vamos agora aos detalhes. No vídeo do
jogador inglês, mostrado no mundo inteiro, vê-se que ele pega a bola na grande
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depor a meu favor. É pena não ter mais testemunhas, mas, infelizmente, ele foi
o único espectador desse jogo. E irá comigo demandar justiça contra o plágio.”
(SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo, Global, 2013, p. 55)
explicação.
Alternativa E – Incorreta – De fato, a interrogação só pode sinalizar uma
pergunta, no entanto a interpretação do texto nos permite dizer que o autor
tem sim a resposta da pergunta. Basta ler o período seguinte.
Gabarito: A
De qualquer forma, ir a uma danceteria ou qualquer lugar para curtir não é algo
que pode ser delimitado por uma determinada idade, pois o estado de espírito
pode ajudar a sair ou não, mas, certamente, a idade mais avançada deve
estimular a preferência das pessoas a ficar em casa.
(Adaptado de: https://omelete.uol.com.br)
*stalkear: perseguir, vigiar.
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c) distribuição.
d) explicação.
e) correção.
Comentários:
O termo “representante da Currys PC World” é um aposto explicativo, assim
concluímos que ele indica uma explicação.
Aproveitemos para revisar os tipos de aposto.
Gabarito: D
apropriado para crianças, mas logo se percebe que encanta mais os adultos pela
perfeição e cenários realísticos do pequeno mundo aí representado.
Esse cenário auxilia, pois, a identificação de réplicas de lugares conhecidos da
Europa e do Brasil. São cerca de 140 construções, por enquanto, que retratam
tanto lugares atuais, como o Aeroporto de Bariloche da Argentina, como antigos
prédios da Alemanha, país de origem do seu fundador.
A história do Minimundo começa com a vontade de um pai e um avô de agradar
a duas crianças com um pequeno mundo de miniaturas no jardim diante do seu
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hotel. Uma espécie de mundo de fantasia com uma casinha de bonecas, castelos
e ferrovias.
Com o crescimento das crianças, o jardim evoluiu para um parque com novas
miniaturas que virou atração para os hóspedes do hotel, e daí até se tornar no
que é, um dos roteiros de turistas e de excursões em visita a Gramado.
Todo esse sonho começou com a imigração, em 1952, da família alemã de Otto
Höpnner para o Brasil, fugindo à situação difícil da Alemanha pós-guerra. Fixou-
se em Gramado e lá construiu o Hotel Ritta Höpnner, nome da sua esposa
brasileira, em 1958. Já o parque Minimundo foi inaugurado em 1983.
Boa parte das réplicas em miniaturas representam construções da Alemanha.
Nele residem cerca de 2.500 “habitantes”, distribuídos entre os mais variados
ambientes, que podem aumentar com a evolução das construções da
minicidade. O parque ainda conta com infraestrutura: um café que serve lanches
e tortas alemãs, uma loja de souvenir e um espaço infantil.
(Adaptado de: https://cronicasmacaenses.com)
O parque ainda conta com infraestrutura: um café que serve lanches e tortas
alemãs, uma loja de souvenir e um espaço infantil.
(último parágrafo)
Os dois-pontos no segmento acima introduzem concomitantemente as ideias de
a) enumeração e exemplificação.
b) explicação e resumo.
c) explicação e distribuição.
d) distribuição e exemplificação.
e) especificação e resumo.
Comentários:
Alternativa A – Correta – No segmento acima, os dois pontos introduzem uma
enumeração e exemplificação dos itens que compõem a infraestrutura do
parque.
Alternativa B, C, D e E – Incorretas – Veja abaixo, no resumo sobre APOSTOS,
as ideias de explicação, resumo e distribuição e note que não se aplicam ao
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Gabarito: A
mostradas com luz lateral. A luz de cima nos permite encerrar o visitante entre
quatro paredes. Certos museólogos querem as quatro paredes para infligir o
maior número possível de pinturas aos pobres visitantes.
É de capital importância que o visitante possa caminhar em direção a um quadro
e não ao lado dele. Quando os quadros são apresentados nas quatro paredes,
o visitante tem de caminhar ao seu lado. Isso produz um efeito completamente
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diferente, especialmente se não queremos que ele apenas olhe para o trabalho,
mas o veja. Isso é ainda mais verdadeiro em relação aos grandes museus de
arte contemporânea. Eles são grandes porque o artista moderno quer nos
envolver com o seu trabalho e deseja que entremos em sua obra. Ao organizar
o nosso museu, devemos ter consciência da mudança de mentalidade da nova
geração. Abolir todas as marcas do establishment: uniformes, cerimoniais,
formalismo. Quando eu era jovem, as pessoas entravam nos museus nas pontas
dos pés, não ousavam falar ou rir alto, apenas cochichavam.
Realmente não sabemos se os museus, especialmente os de arte
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•Ex. É como reza o ditado: água mole pedra dura, tanto bate até que
fura.
•Disse o rapaz a sua mãe: - Mas eu já sou quase adulto!
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Afirmativa III – Incorreta – O adjunto adverbial não é “em contato”, mas “em
contato com a natureza do lado de fora”. O termo “contato” é complementado
por “com a natureza do lado de fora”, por isso não podem ser separados por
vírgula.
Gabarito: E
região.
A expressão intercalada deve vir isolada por vírgulas (duas – antes e depois).
Alternativa D – Incorreta – Além da fauna e da flora as peças em geral trazem
à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas
cores da paisagem regional e, podem retratar tipos humanos e costumes da
região.
Quando a expressão intercalada (nesse caso,
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“deslocada”) inicia a frase, deve vir isolada por uma vírgula no final.
Alternativa E – Correta – As peças em geral trazem à tona temas referentes ao
Pantanal e às populações indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional
e podem retratar tipos humanos e costumes da região, além da fauna e da flora.
A expressão intercalada no final da frase vem isolada por uma vírgula.
Gabarito: E
perturbavam o sentido normal das ideias. Porque a gente também sabia que só
os absurdos enriquecem a poesia.
(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa,São Paulo, Leya,
2013, p. 4178.)
Em uma redação em prosa, para um segmento do poema, a pontuação se
mantém correta em:
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a) A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira, falou: “Já vem você com suas visões!”
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui: “Isso é traquinagem da sua imaginação”.
b) A Mãe que tinha ouvido a brincadeira, falou: Já vem você com suas visões!
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui: Isso é traquinagem da sua imaginação.
c) A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira falou: “Já vem você com suas visões!,
porque formigas, nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
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Alternativa B – Incorreta – Deve haver uma vírgula após “mãe”, pois a oração
que se segue tem caráter explicativo e não restritivo.
Alternativa C – Incorreta – Deve haver uma vírgula antes da forma verbal
“falou” para isolar a oração explicativa.
Alternativa D – Incorreta – Deve haver uma vírgula após “mãe”, pois a oração
que se segue tem caráter explicativo e não restritivo.
Alternativa E – Incorreta – A vírgula colocada, após o vocábulo “que”, separa o
sujeito, “que”, do predicado.
NÃO SE
PODE Sujeito e Predicado
SEPARAR
Gabarito: A
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com naturezas diferentes, e há uma vaidade que devemos aceitar: aquela que
corresponde não a um mérito abstrato da pessoa, a um dom da natureza que
nos tornasse filhos prediletos do céu, mas a algum trabalho que efetivamente
tenhamos realizado, a uma razão objetiva que enraíza a vaidade no mesmo
chão que foi marcado pelo nosso melhor esforço, pelo nosso trabalho de
humanistas.
Na condição de humanistas, temos interesse pelo estudo das formações sociais,
dos direitos constituídos e do papel dos indivíduos, pela liberdade do
pensamento filosófico que se pensa a si mesmo para pensar o mundo, pela arte
literária que projeta e dá forma em linguagem simbólica aos desejos mais
íntimos; por todas as formas, enfim, de conhecimento que ainda tomam o
homem como medida das coisas. Talvez nosso principal desafio, neste tempo
de vertiginoso avanço tecnológico, esteja em fazer da tecnologia uma aliada
preciosa em nossa busca do conhecimento real, da beleza consistente e de um
mundo mais justo todas estas dimensões de maior peso do que qualquer
virtualidade. O grande professor e intelectual palestino Edward Said, num livro
cujo título já é inspiração para uma plataforma de trabalho Humanismo e crítica
democrática afirma a certa altura: “como humanistas, é da linguagem que
partimos”; “o ato de ler é o ato de colocar-se na posição do autor, para quem
escrever é uma série de decisões e escolhas expressas em palavras”. Nesse
sentido, toda leitura é o compartilhamento do sujeito leitor com o sujeito
escritor compartilhamento justificado não necessariamente por adesão a um
ponto de vista, mas pelo interesse no reconhecimento e na avaliação do ponto
de vista do outro. Que seja este um nosso compromisso fundamental. Que seja
esta a nossa vaidade de humanistas.
(Derval Mendes Sapucaia, inédito)
Quanto à pontuação, a frase inteiramente correta é:
NÃO SE
PODE Sujeito e Predicado
SEPARAR
NÃO SE
PODE Verbo e Complementos Verbais
SEPARAR
Alternativa E – Correta
Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas, uma
vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo
escritor.
Gabarito: E
11) FCC/AJ/TRT-12/2013
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.
Num passado não muito remoto, cada um era definido por sua proveniência,
e as perguntas iniciais diziam: quem foram seus pais e antepassados? Onde
você nasceu? Quais são as dívidas que você herdou?
Prefiro os dias de hoje, em que são nossas próprias fa- çanhas que nos
definem. É uma escolha que deveria nos deixar mais livres, mas acontece que
a praticamos de um jeito estranho: junto com os laços que nos prendiam às
nossas origens e ao passado, nossa vida concreta também é silenciada na
descrição de nossa identidade. E nos transformamos em sujeitos abstratos,
resumidos por nossa função na produção e na circulação de mercadorias e
serviços.
Consequência: o desemprego nos ameaça com uma perda radical de
identidade. E não adianta observar que, afinal, nos sobra o resto, ou seja, toda
a complexidade de nosso ser. Não adianta porque, em regra, já renunciamos há
tempos a sermos representados por nossa vida concreta.
Enfim, espera-se que a economia crie empregos. Mas os poetas e os
saltimbancos também têm uma tarefa crucial: são eles que podem, aos poucos,
convencer a gente de que é nossa vida concreta que nos define, não nossa
função produtiva.
(Adaptado de:Contardo Caligaris, Folha de S.Paulo, 17/10/2009. Disponível
em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ ult10037u398900.shtml.)
a correção.
III. Quem foram seus pais e antepassados?
Onde você nasceu? Quais são as dívidas que você herdou? ( início do texto )
Os pontos de interrogação podem ser suprimidos, sem prejuízo para a correção
e o sentido, pois as perguntas feitas nas frases acima são retóricas.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III.
b) I e II.
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c) II e III.
d) I e III.
e) II.
Comentários:
Item I – Incorreta – A oração introduzida pelo “que” tem sentido nitidamente
restritivo, não cabendo a retirada da vírgula, pois, nesse caso, a oração tornar-
se-ia explicativa, o que é incompatível com o seu sentido.
13) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
O meu antigo companheiro de pensão Amadeu Amaral Júnior, um homem louro
e fornido, tinha costumes singulares que espantavam os outros hóspedes.
Amadeu Amaral Júnior vestia-se com sobriedade: usava uma cueca preta e
calçava medonhos tamancos barulhentos. Alimentava-se mal, espichava-se na
cama, roncava o dia inteiro e passava as noites acordado, passeando, agitando
o soalho, o que provocava a indignação dos outros pensionistas. Quando se
cansava, sentava-se a uma grande mesa ao fundo da sala e escrevia o resto da
noite. Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a
artigos, uns quarenta ou cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos
jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa diferente daquela e pagar
ao barbeiro.
Mudamo-nos, separamo-nos, perdemo-nos de vista. Creio que os artigos de
psicologia não foram publicados, pois há tempo li este anúncio num semanário:
“Intelectual desempregado. Amadeu Amaral Júnior, em estado de desemprego,
aceita esmolas, donativos, roupa velha, pão dormido. Também aceita trabalho”.
O anúncio não produziu nenhum efeito.
Muita gente se espanta com o procedimento desse amigo. Não sei por quê. Eu,
por mim, acho que Amadeu Amaral Júnior andou muito bem. Todos os
Comentários:
As vírgulas do trecho “esmolas, donativos, roupa velha, pão dormido” foram
empregadas para separar termos de mesma função sintática, pois todos são
objeto direto da forma verbal “aceita”.
Já as duas primeiras vírgulas isolam o termo intercalado explicativo “em
estado de desemprego”.
Gabarito: Errado
14) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
O homem que só tinha certezas quase nunca usava ponto de interrogação. Em
seu vocabulário, não constavam as expressões: talvez, quiçá, quem sabe,
porventura.
Parece que foi de nascença. Ele já teria vindo ao mundo assim, com todas as
certezas junto, pulou a fase dos porquês e nunca soube o que era curiosidade
na vida. Cresceu achando natural viver derramando afirmações pela boca.
A notícia espalhou-se rapidamente. Não demorou muito para se tornar capa de
todas as revistas e personagem assíduo dos programas de TV. Para cada
pergunta havia uma só resposta certa e era essa que ele dava, invariavelmente,
exterminando aos pouquinhos todas as dúvidas que existiam, até que só restou
uma dúvida no mundo: será que ele não vai errar nunca? Mas ele nunca errava,
e já nem havia mais o que errar, uma vez que não havia mais dúvidas.
Um dia aconteceu um imprevisto, e o homem que só tinha certezas, quem diria,
acordou apaixonado. Para se assegurar de que aquela era a mulher certa para
ele, formulou cento e vinte perguntas, as quais ela respondeu sem vacilar. Os
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Gabarito: Certo
NÃO SE
PODE Verbo e Complementos Verbais
SEPARAR
16) CESPE/Tec/INSS/2016
Texto
Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um
escritório para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas dava para
armar ali a minha tenda de reflexões e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os
livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde caberiam
todos os meus livros. Tratei de encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro
que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre.
O apartamento não ficava tão perto da oficina. Era quase em frente ao prédio
onde morava Mário Pedrosa, entre a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro,
hoje Vinicius de Moraes. Estava ali havia uma semana e nem decorara ainda o
número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota de
encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de
hesitação. Mas foi só um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mário é 228,
o meu, que fica quase em frente, deve ser 227”. Mas lembrei-me de que, ao ir
ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao do Mário,
havia uma diferença na numeração.
Ferreira Gullar. A estante. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1989 (com adaptações).
Errado
Comentários:
Então pessoal, o período está um pouco truncado, no entanto vamos tentar
entendê-lo.
Em vermelho temos uma oração adverbial temporal intercalada, por isso
vem isolada por vírgulas.
Repare que intercalada na oração em vermelho, há outra oração adverbial
temporal grafada em verde.
Portanto, as vírgulas, todas, devem-se à mesma regra de pontuação.
“Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota de encomenda
(oração subordinada adverbial de tempo reduzida de infinitivo), perguntou-me
onde seria entregue a estante (oração subordinada adverbial de tempo),
tive um momento de hesitação (oração principal).”
Gabarito: Certo
17) CESPE/Tec/INSS/2016
Bibliotecas sempre deram muito o que falar. Grandes monarquias jamais
deixaram de possuir as suas, e cuidavam delas estrategicamente. Afinal, dotes
de princesas foram negociados tendo livros como objetos de barganha; tratados
diplomáticos versaram sobre essas coleções. Os monarcas portugueses, após o
terremoto que dizimou Lisboa, se orgulhavam de, a despeito dos destroços,
terem erguido uma grande biblioteca: a Real Livraria. D. José chamava-a de
joia maior do tesouro real. D. João VI, mesmo na correria da partida para o
Brasil, não se esqueceu dos livros. Em três diferentes levas, a Real Biblioteca
aportou nos trópicos, e foi até mesmo tema de disputa.
Acerca de aspectos linguísticos e dos sentidos do texto acima, julgue o item que
se segue.
O sinal de dois-pontos empregado imediatamente após “biblioteca” introduz um
termo de natureza explicativa.
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Certo
Errado
Comentários:
Isso, o termo “a Real Livraria” explica o termo “uma grande biblioteca”.
Gabarito: Certo
Gabarito: Errado
Por essa razão, é necessário que haja a separação das contas — que devem,
inclusive, ser processadas em autos distintos — quando ocorrer de o cargo de
prefeito ser ocupado por mais de uma pessoa durante o exercício financeiro.
Nesse caso, cada um será responsável pelo período em que ocupou o cargo.
Ailana Sá Sereno Furtado. O dever de prestar contas dos prefeitos. Internet: <
https://jus.com.br> (com adaptações).
Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do
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texto CB5A1AAA.
A supressão da vírgula empregada logo após a expressão “Assim sendo”
prejudicaria a correção do texto.
Certo
Errado
Comentários:
A vírgula ali empregada decorre de dois motivos: o conectivo de valor
conclusivo “assim sendo” e do adjunto adverbial deslocado “no nível
municipal”, que vem corretamente isolado por vírgulas.
Atente que, como o AAV é curto, portanto, poderia vir não isolado, no entanto,
a vírgula que o antecede é obrigatória em função da locução conjuntiva já
citada.
Orações Adverbiais e
Adjuntos Adverbiais Deslocados
SEPARAR
ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.
Gabarito: Certo
21) CESPE/TA/ANATEL/Administrativo/2014
As cidades foram criadas para a segurança de seus habitantes. Foram elas que
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Godbout (1997) e Jacobs (1993)” é um adjunto adverbial – AAV, por isso sua
posição natural é no final da oração, onde não precisaria ser isolado por
vírgulas.
Quando o AAV vem deslocado (no início ou no meio da oração), aí sim,
necessitará ser isolado por vírgulas.
Gabarito: C
Gabarito: E
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Comentários:
As orações subordinadas adjetivas explicativas devem vir sempre isoladas
por vírgulas.
Gabarito: C
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“Mas, às vezes, uma simples ideia pode valer mais do que muita tecnologia”.
O emprego das vírgulas, nesse caso, se repete, pela mesma razão, em:
a) “Vimos que o Vale do Silício é um tecnopolo importante, com indústria
avançada, de ponta,...”;
b) “Pensando nisso, Mark elaborou – em duas semanas e com apenas 19 anos
de idade...”;
c) “... ele e seus amigos tinham muito a compartilhar: suas fotos, o que
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Gabarito: D
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Comentários:
A elipse de palavras
INDICAR
ex. Comprei pão, ela manteiga. (comprou)
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Gabarito: D
(Mundo Educação)
Comentários:
advérbios de intensidade.
Gabarito: A
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ainda sem formação criminal consolidada, a presídios onde, ali sim, estariam
expostos ao assédio das facções.
dimensão que implica dar anteparo a jovens envolvidos em atos violentos, não
raro crimes hediondos, cientes do que estão fazendo e de que, graças a uma
legislação paternalista, estão a salvo de serem punidos pelas ações que
praticam.
Comentários:
Gabarito: E
A locomotiva desacelera
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Comentários:
As ASPAS servem para indicar que as palavras que estão entre elas:
Foram originalmente ditas ou escritas por outra pessoa, podendo ser
um texto, uma música, uma fala e etc;
Gabarito: B
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Gabarito: A
Texto
Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, majoritariamente
conservadora (que aqui se manifesta em regra de forma extremamente nefasta,
posto que dominada por crenças e valores equivocados), que se julga (em geral)
no direito de desfrutar de alguns privilégios, incluindo-se o de não ser igual
perante as leis (nessa suposta “superioridade” racial ou socioeconômica
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também vem incluída a impunidade, que sempre levou um forte setor das elites
à construção de uma organização criminosa formada por uma troika maligna
composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos +
agentes financeiros, unidos em parceria público-privada para a pilhagem do
patrimônio do Estado). Continuamos (em pleno século XXI) a ser o país atrasado
do “Você sabe com quem está falando?” (como bem explica DaMatta, em várias
de suas obras). Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam
no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis assim como os “de
baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e
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Utopias e distopias
guerra. Além disso, o príncipe deveria ser sempre homem e as mulheres tinham
menos direitos que os homens. Morus tirou o nome da sua sociedade perfeita
da palavra grega para “lugar nenhum”, o que de saída já significava que ela só
poderia existir mesmo na sua imaginação.
Comentários:
Orações Adverbiais e
Adjuntos Adverbiais Deslocados
SEPARAR
ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.
Já nos adjuntos adverbiais, como “no futuro previsto”, não formados por
orações subordinadas, a obrigatoriedade recai sobre expressões longas (mais
de três palavras).
Esse é um tema delicado, pois não há unanimidade entre os gramáticos,
portanto, o melhor a fazer é utilizar as vírgulas.
No caso de julgar se um item está correto ou não, CUIDADO, use sempre o bom
senso para perceber qual o entendimento da BANCA sobre o assunto.
Alternativa C – Correta – As orações adverbiais vêm no final do período.
Gabarito: A
XÓPIS
Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são
as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do
mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do
planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros
de conveniência com que o Primeiro Mundo – ou pelo menos uma ilusão de
Primeiro Mundo – se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos,
qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar
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Comentários:
Item 1 – As vírgulas isolam o AAV de lugar “na Inglaterra”, que vem deslocado
na oração.
Orações Adverbiais e
Adjuntos Adverbiais Deslocados
SEPARAR
ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.
mais longe”.
Gabarito: A
CIDADE URGENTE
Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades (chegará a 90%
ao final desta década), quem pode esquecer a relevância do tema?
A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o Brasil
enfrentaria o desafio urbano, integrando as políticas públicas no âmbito
municipal, estabelecendo parâmetros de qualidade de vida e promovendo boas
práticas. Passados quase 12 anos, o ministério é mais um a ser negociado nos
arranjos eleitorais.
(....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação das organizações
civis e movimentos sociais que acumularam experiências e conhecimento dos
moradores das periferias e usuários dos serviços públicos. Quem vive e estuda
os problemas, ajuda a achar soluções.
Comentários:
Utilizamos as aspas (“”) para indicar que as palavras que estão entre elas foram
originalmente ditas ou escritas por outra pessoa, podendo ser um texto, um
trecho ou alguma expressão habitual ou mesmo quando citamos algo com
sentido específico, fora do sentido normal da palavra.
Exemplos:
“Quando eu estou aqui, vivendo esse momento lindo...” (Roberto Carlos)
Os comerciantes da região não gostam de clientes “pirangueiros”.
Na questão acima, foram utilizadas aspas para utilizar a expressão popular
“onde o sapato aperta”, a qual significa que se sabe onde algo incomoda.
Gabarito: D
35) FGV/TMD/DPE-RJ/2014
CIDADE URGENTE
Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades (chegará a 90%
ao final desta década), quem pode esquecer a relevância do tema?
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A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o Brasil
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(....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação das organizações
civis e movimentos sociais que acumularam experiências e conhecimento dos
moradores das periferias e usuários dos serviços públicos. Quem vive e estuda
os problemas, ajuda a achar soluções.
a) 1/2.
b) 1/3.
c) 2/3.
d) 3/4.
e) 4/5.
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Comentários:
Orações Adverbiais e
Adjuntos Adverbiais Deslocados
SEPARAR
ex. De manhã, fizemos muitas atividades
Fizemos, de manhã, muitas atividades.
A elipse de palavras
INDICAR
ex. Comprei pão, ela manteiga. (comprou)
Gabarito: E
c) “só não imaginava Caminha que com sua bela carta de apresentação da
ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais lusitanos poderia estar
lançando as sementes da arraigada e onipresente cultura de esbanjamento...”;
d) “cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de desperdício explícito
nas cidades e no campo”;
Comentários:
A elipse de palavras
INDICAR
ex. Comprei pão, ela manteiga. (comprou)
Gabarito: C
Valeu pessoal!
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13 – Lista de Exercícios
1) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Muitos duvidam da existência do amor. Muitos afirmam ser ele uma invenção
da literatura. Outros, que se trata de uma projeção neurótica imaginária. Uma
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patologia da família das manias. Há quem suspeite de que seja uma doença da
alma. Estão errados.
Quem conhece o amor sabe que ele habita entre nós. E sua presença nos faz
sentir vivos. Por isso, o ressentimento é cego ao amor.
A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao mundo. Ou
pior: o sentimento de inexistência.
Um dos pecados maiores da inteligência é chegar à conclusão de que o amor é
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2) FCC/Ana/DPE RS/Processual/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
[O invejável tédio europeu]
Os filmes dos cineastas europeus Michelangelo Antonioni e Ingmar Bergman,
que a gente via e discutia com tanta seriedade tantos anos atrás, também eram
uma forma de escapismo. Tanto quanto o musical e a comédia, aquelas histórias
de tédio e indagações existenciais nos distraíam das exigências menores do
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cotidiano. Fugíamos não para um mundo cor-de-rosa, mas para outro matiz de
preto, bem mais fascinante do que o das nossas pequenas aflições. Nenhum dos
personagens do italiano Antonioni ou do sueco Bergman, embora enfrentassem
seu vazio interior e a frieza de um universo indiferente, parecia ter qualquer
problema com o aluguel.
Claro, o deserto emocional em que viviam os personagens do Antonioni, por
exemplo, era o deserto metafórico do capitalismo, uma civilização arrasada por
si mesma. Mas estavam todos empregados e ganhavam bem. E como era
fotogênico o seu suplício.
Com Bergman experimentamos o horror de existir, a terrível verdade de que
somos uma espécie corrupta sem redenção possível e que a morte torna tudo
sem sentido. Hoje suspeitamos de que se Bergman não vivesse na Suécia, com
educação, saúde e bem-estar garantidos do ventre até o túmulo, ele não diria
isso. É preciso estar livre das dificuldades da vida para poder concluir, com um
mínimo de estilo, que a vida é impossível. Tínhamos uma secreta inveja desses
europeus tão bem-sucedidos no seu desespero. Não tínhamos a mesma
admiração por filmes em que as pessoas se preocupavam não com a ausência
de Deus, mas com o pagamento no fim do mês.
Não há equivalência possível entre morrer de tédio e morrer de fome. Mas às
vezes eu ainda me pego sonhando em sueco com uma sociedade pronta, sem
qualquer destes desafios tropicais, em que a gente pudesse finalmente ser um
personagem de Bergman, enojado apenas com tudo e nada mais.
(VERISSIMO, Luis Fernando. Banquete com os deuses. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2003, p. 85-86)
3) FCC/Tec/DPE RS/Administrativa/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
O gol plagiado
“Jogador quer direito autoral sobre seus gols.”
Esporte, 20 jan. 2000
“Prezados senhores: dirigindo-se a V.Sa., refiro-me à notícia segundo a qual
jogadores de futebol do Reino Unido, como Michael Owen e Ryan Giggs, querem
receber autorais pela exibição de seus gols na mídia. Não tenho o status desses
senhores – sou apenas um brasileiro que bate a sua bolinha nos fins de semana
– mas desejo fazer uma grave denúncia: um dos jogadores citados
(oportunamente divulgarei o nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim.
Provas? Basta comparar os tapes dos referidos gols. No meu caso, trata-se de
um trabalho amador – foi feito por meu filho, de dez anos – mas mesmo assim
é bastante nítido. Vê-se que, como eu, o referido jogador estava num campo de
futebol. Nos dois casos, a partida estava sendo disputada por times de 11
jogadores cada um. Nos dois casos havia uma bola, havia goleiros. Nos dois
casos havia um juiz. No meu caso, um juiz usando bermudões e chinelos – mas
juiz, de qualquer maneira.
Isto, quanto aos aspectos gerais. Vamos agora aos detalhes. No vídeo do
jogador inglês, mostrado no mundo inteiro, vê-se que ele pega a bola na grande
área, domina-a, livra-se de um adversário e chuta no canto esquerdo,
marcando, é forçoso admitir, um belo tento, um gol que faz jus aos direitos
autorais. No meu vídeo – feito uma semana antes, é importante que se diga –,
vê-se que eu pego a bola na grande área, que a domino, que livro-me de um
adversário e que chuto forte no canto esquerdo, marcando um belo tento.
nossas casas mais do que uma vida social agitada”. E continua, “atualmente é
quase impossível ficar entediado em casa com muitas coisas para fazer e as
tecnologias mais avançadas, como TV 4K, ampliando a experiência de uma
forma tão específica que quase sempre se sobrepõe ao seu equivalente fora de
casa”.
De qualquer forma, ir a uma danceteria ou qualquer lugar para curtir não é algo
que pode ser delimitado por uma determinada idade, pois o estado de espírito
pode ajudar a sair ou não, mas, certamente, a idade mais avançada deve
estimular a preferência das pessoas a ficar em casa.
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hotel. Uma espécie de mundo de fantasia com uma casinha de bonecas, castelos
e ferrovias.
Com o crescimento das crianças, o jardim evoluiu para um parque com novas
miniaturas que virou atração para os hóspedes do hotel, e daí até se tornar no
que é, um dos roteiros de turistas e de excursões em visita a Gramado.
Todo esse sonho começou com a imigração, em 1952, da família alemã de Otto
Höpnner para o Brasil, fugindo à situação difícil da Alemanha pós-guerra. Fixou-
se em Gramado e lá construiu o Hotel Ritta Höpnner, nome da sua esposa
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O parque ainda conta com infraestrutura: um café que serve lanches e tortas
alemãs, uma loja de souvenir e um espaço infantil.
(último parágrafo)
Os dois-pontos no segmento acima introduzem concomitantemente as ideias de
a) enumeração e exemplificação.
b) explicação e resumo.
c) explicação e distribuição.
d) distribuição e exemplificação.
e) especificação e resumo.
de que o público deve ver a obra de arte de frente e não de lado, como acontece
até agora com o museu convencional de quatro paredes.
O ideal, disse ele, é que as paredes do museu sejam de vidro e que as obras
estejam à mostra em painéis no centro do recinto. O museu não é uma estrutura
sagrada e quem o frequenta deve permanecer em contato com a natureza do
lado de fora:
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II. substituir a conjunção “e” por dois-pontos, pois o que se segue pode ser
entendido como uma explicação da primeira parte da frase.
III. isolar com vírgulas a expressão “em contato”, uma vez que se trata de
locução adverbial, sem alteração do sentido original.
Está correto o que consta em
a) II, apenas.
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b) I, II e III.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I e II, apenas.
Menino do mato
Eu queria usar palavras de ave para escrever. Onde a gente morava era um
lugar imensamente e sem [nomeação.
Ali a gente brincava de brincar com palavras tipo assim:
Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! A Mãe que ouvira a brincadeira
falou: Já vem você com suas visões! Porque formigas nem têm joelhos
ajoelháveis e nem menino tinha no olhar um silêncio de chão e na sua voz uma
candura de Fontes. O Pai achava que a gente queria desver o mundo para
encontrar nas palavras novas coisas de ver assim: eu via a manhã pousada
sobre as margens do rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão de
uma pedra. Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras.
Assim
Bernardo emendou nova criação: Eu hoje vi um sapo com olhar de árvore. Então
era preciso desver o mundo para sair daquele lugar imensamente e sem lado.
A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas pela inocência. O que a
gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias para a gente bem entender a
voz das águas e dos caracóis. A gente gostava das palavras quando elas
perturbavam o sentido normal das ideias. Porque a gente também sabia que só
os absurdos enriquecem a poesia.
(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa,São Paulo, Leya,
2013, p. 4178.)
Em uma redação em prosa, para um segmento do poema, a pontuação se
mantém correta em:
a) A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira, falou: “Já vem você com suas visões!”
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui: “Isso é traquinagem da sua imaginação”.
b) A Mãe que tinha ouvido a brincadeira, falou: Já vem você com suas visões!
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui: Isso é traquinagem da sua imaginação.
c) A Mãe, que tinha ouvido a brincadeira falou: “Já vem você com suas visões!,
porque formigas, nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui. Isso é traquinagem da sua imaginação”.
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d) A Mãe que tinha ouvido a brincadeira, falou: “Já vem, você com suas visões!”;
porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis e nem há pedras de sacristias por
aqui. Isso é traquinagem da sua imaginação.
e) A Mãe que, tinha ouvido a brincadeira, falou: “Já vem você com suas visões!”
Porque formigas, nem têm joelhos ajoelháveis, nem há pedras de sacristias por
aqui. “Isso, é traquinagem da sua imaginação”.
Vaidade do humanismo
A vaidade, desde sua etimologia latina vanitas, aponta para o vazio, para o
sentimento que habita o vão. Mas é possível tratar dela com mais
condescendência do que os moralistas rigorosos que costumam condená-la
inapelavelmente. Pode-se compreendê-la como uma contingência humana que
talvez seja preciso antes reconhecer com naturalidade do que descartar como
um vício abominável. Como se sabe, a vaidade está em todos nós em graus e
com naturezas diferentes, e há uma vaidade que devemos aceitar: aquela que
corresponde não a um mérito abstrato da pessoa, a um dom da natureza que
nos tornasse filhos prediletos do céu, mas a algum trabalho que efetivamente
tenhamos realizado, a uma razão objetiva que enraíza a vaidade no mesmo
chão que foi marcado pelo nosso melhor esforço, pelo nosso trabalho de
humanistas.
Na condição de humanistas, temos interesse pelo estudo das formações sociais,
dos direitos constituídos e do papel dos indivíduos, pela liberdade do
pensamento filosófico que se pensa a si mesmo para pensar o mundo, pela arte
literária que projeta e dá forma em linguagem simbólica aos desejos mais
íntimos; por todas as formas, enfim, de conhecimento que ainda tomam o
homem como medida das coisas. Talvez nosso principal desafio, neste tempo
de vertiginoso avanço tecnológico, esteja em fazer da tecnologia uma aliada
preciosa em nossa busca do conhecimento real, da beleza consistente e de um
mundo mais justo todas estas dimensões de maior peso do que qualquer
virtualidade. O grande professor e intelectual palestino Edward Said, num livro
cujo título já é inspiração para uma plataforma de trabalho Humanismo e crítica
democrática afirma a certa altura: “como humanistas, é da linguagem que
partimos”; “o ato de ler é o ato de colocar-se na posição do autor, para quem
escrever é uma série de decisões e escolhas expressas em palavras”. Nesse
sentido, toda leitura é o compartilhamento do sujeito leitor com o sujeito
sentimento da justiça que, segundo ele, foi-nos concedido por Deus que
também nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos do coração.
b) Num de seus textos, a que deu o título de “Do justo e do injusto”, Voltaire
aborda, com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma do
sentimento da justiça, que, segundo ele, foi-nos concedido por Deus, que
também nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos do coração.
c) Num de seus textos, a que deu o título de “Do justo e do injusto” Voltaire
aborda, com a propriedade de sempre a questão da natureza mesma do
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sentimento da justiça, que segundo ele foi-nos concedido por Deus que,
também, nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos do coração.
d) Num de seus textos a que deu o título de “Do justo e do injusto”, Voltaire
aborda com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma do
sentimento da justiça, que segundo ele foi-nos concedido por Deus, que
também nos deu um cérebro, para contrabalançar, os impulsos do coração.
e) Num de seus textos, a que deu o título de “Do justo e do injusto”, Voltaire
aborda, com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma, do
sentimento da justiça, que segundo ele foi-nos concedido por Deus que,
também nos deu um cérebro, para contrabalançar os impulsos do coração.
11) FCC/AJ/TRT-12/2013
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.
Num passado não muito remoto, cada um era definido por sua proveniência,
e as perguntas iniciais diziam: quem foram seus pais e antepassados? Onde
você nasceu? Quais são as dívidas que você herdou?
Prefiro os dias de hoje, em que são nossas próprias fa- çanhas que nos
definem. É uma escolha que deveria nos deixar mais livres, mas acontece que
a praticamos de um jeito estranho: junto com os laços que nos prendiam às
nossas origens e ao passado, nossa vida concreta também é silenciada na
descrição de nossa identidade. E nos transformamos em sujeitos abstratos,
resumidos por nossa função na produção e na circulação de mercadorias e
serviços.
Consequência: o desemprego nos ameaça com uma perda radical de
identidade. E não adianta observar que, afinal, nos sobra o resto, ou seja, toda
a complexidade de nosso ser. Não adianta porque, em regra, já renunciamos há
tempos a sermos representados por nossa vida concreta.
saneamento).
Os efeitos na agricultura já podem ser dimensionados. "De 1990 a 2010, a
intensidade da precipitação dobrou na região do cerrado", diz Assad, "e o padrão
tecnológico atual da agricultura ainda não se adaptou a esses novos padrões".
Agora, segundo ele, torna-se imperioso investir intensivamente em sistemas
agrícolas consorciados, e não somente na produção agrícola solteira, de modo
a aumentar a fixação biológica de nitrogênio, reduzir o uso de fertilizantes e
aumentar a rotação de culturas. "Temos de aumentar a produtividade agrícola
no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, para evitar a destruição da Amazônia. A
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13) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
O meu antigo companheiro de pensão Amadeu Amaral Júnior, um homem louro
e fornido, tinha costumes singulares que espantavam os outros hóspedes.
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Amadeu Amaral Júnior vestia-se com sobriedade: usava uma cueca preta e
calçava medonhos tamancos barulhentos. Alimentava-se mal, espichava-se na
cama, roncava o dia inteiro e passava as noites acordado, passeando, agitando
o soalho, o que provocava a indignação dos outros pensionistas. Quando se
cansava, sentava-se a uma grande mesa ao fundo da sala e escrevia o resto da
noite. Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a
artigos, uns quarenta ou cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos
jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa diferente daquela e pagar
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ao barbeiro.
Mudamo-nos, separamo-nos, perdemo-nos de vista. Creio que os artigos de
psicologia não foram publicados, pois há tempo li este anúncio num semanário:
“Intelectual desempregado. Amadeu Amaral Júnior, em estado de desemprego,
aceita esmolas, donativos, roupa velha, pão dormido. Também aceita trabalho”.
O anúncio não produziu nenhum efeito.
Muita gente se espanta com o procedimento desse amigo. Não sei por quê. Eu,
por mim, acho que Amadeu Amaral Júnior andou muito bem. Todos os
jornalistas necessitados deviam seguir o exemplo dele. O anúncio, pois não. E,
em duros casos, a propaganda oral, numa esquina, aos gritos. Exatamente
como quem vende pomada para calos.
Graciliano Ramos. Um amigo em talas. In: Linhas tortas. Rio de Janeiro:
Record, 1983, p. 125 (com adaptações).
14) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
ele, formulou cento e vinte perguntas, as quais ela respondeu sem vacilar. Os
dois se amaram noites adentro, foram a Barcelona, tiraram fotos juntos,
compraram álbuns, porta-retratos... Desde então, por alguma razão
desconhecida, o homem que só tinha certezas foi perdendo todas elas, uma por
uma. No início ainda tentou disfarçar. Mas as dúvidas multiplicavam-se como
praga, espalhavam-se pelo mundo, e agora, meu Deus? Deus existe? Existe
sim. Ou será que não? Ele não estava bem certo.
Adriana Falcão. O homem que só tinha certezas. In: O doido da garrafa. São
Paulo: Planeta do Brasil, 2003, p. 75 (com adaptações).
16) CESPE/Tec/INSS/2016
Texto
Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um
escritório para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas dava para
armar ali a minha tenda de reflexões e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os
17) CESPE/Tec/INSS/2016
Bibliotecas sempre deram muito o que falar. Grandes monarquias jamais
deixaram de possuir as suas, e cuidavam delas estrategicamente. Afinal, dotes
de princesas foram negociados tendo livros como objetos de barganha; tratados
diplomáticos versaram sobre essas coleções. Os monarcas portugueses, após o
terremoto que dizimou Lisboa, se orgulhavam de, a despeito dos destroços,
terem erguido uma grande biblioteca: a Real Livraria. D. José chamava-a de
joia maior do tesouro real. D. João VI, mesmo na correria da partida para o
Brasil, não se esqueceu dos livros. Em três diferentes levas, a Real Biblioteca
aportou nos trópicos, e foi até mesmo tema de disputa.
Internet: <http://observatoriodaimprensa.com.br> (com adaptações).
Acerca de aspectos linguísticos e dos sentidos do texto acima, julgue o item que
se segue.
O sinal de dois-pontos empregado imediatamente após “biblioteca” introduz um
termo de natureza explicativa.
Certo
Errado
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público, para que seus agentes sempre atuem, de fato, em prol do interesse
público.
Entende-se que a integridade pública representa o estado ou condição de um
órgão ou entidade pública que está “completa, inteira, perfeita, sã”, no sentido
de uma atuação que seja imaculada ou sem desvios, conforme as normas e
valores públicos.
De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), a integridade é mais do que a ausência de corrupção, pois envolve
aspectos positivos que, em última análise, influenciam os resultados da
administração, e não apenas seus processos. Além disso, a OCDE compreende
um sistema de integridade como um conjunto de arranjos institucionais, de
gerenciamento, de controle e de regulamentações que visem à promoção da
integridade e da transparência e à redução do risco de atitudes que violem os
princípios éticos.
Nesse sentido, a gestão de integridade refere-se às atividades empreendidas
para estimular e reforçar a integridade e também para prevenir a corrupção e
outros desvios dentro de determinada organização.
Internet: <www.cgu.gov.br> (com adaptações).
que seja executada por meio de pessoa interposta. Isso quer dizer que o tribunal
de contas deve recusar, por exemplo, a prestação de contas apresentada por
uma prefeitura referente à obrigação de um ex-prefeito.
Quer dizer também que o ex-prefeito continua sujeito a todas as sanções
previstas para aqueles que não prestam contas.
Por essa razão, é necessário que haja a separação das contas — que devem,
inclusive, ser processadas em autos distintos — quando ocorrer de o cargo de
prefeito ser ocupado por mais de uma pessoa durante o exercício financeiro.
Nesse caso, cada um será responsável pelo período em que ocupou o cargo.
Ailana Sá Sereno Furtado. O dever de prestar contas dos prefeitos. Internet: <
https://jus.com.br> (com adaptações).
Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do
texto CB5A1AAA.
A supressão da vírgula empregada logo após a expressão “Assim sendo”
prejudicaria a correção do texto.
Certo
Errado
21) CESPE/TA/ANATEL/Administrativo/2014
As cidades foram criadas para a segurança de seus habitantes. Foram elas que
propiciaram, segundo autores clássicos e contemporâneos, o desenvolvimento
da cidadania, da racionalidade econômica, de um sistema de leis válidas para
todos e de novas formas de associação entre indivíduos, fora dos laços de
parentesco e de servidão. Desde o clássico de Weber (1958) até as obras mais
recentes de Godbout (1997) e Jacobs (1993), a liberdade é apresentada como
uma conquista urbana.
Essas novas formas de liberdade foram saudadas porque dissolviam laços de
domínio dos poderes familiares e feudais que impediam o aparecimento de um
poder público voltado para o povo (Habermas, 1994). Mas, simultaneamente,
por atraírem pessoas vindas de diferentes lugares, com diferentes culturas,
religiões, compromissos políticos e identificações, que apenas se esbarrariam
nos novos espaços, as cidades teriam, então, comprometido o estabelecimento
de relações duradouras entre seus habitantes.
Mas há quem diga que a história inicial não foi tão sublime, mas que tudo
começou como uma brincadeira: Mark teria colocado as fotos das garotas da
Universidade na internet, à revelia, para que os colegas escolhessem qual a
mais bonita. Outro detalhe não menos importante seria que o desenvolvimento
do Facebook contou com a colaboração de mais colegas, entre eles o brasileiro
Eduardo Saverin, reconhecido como o cofundador do site.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
“Mas, às vezes, uma simples ideia pode valer mais do que muita tecnologia”.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)
O emprego das vírgulas, nesse caso, se repete, pela mesma razão, em:
a) “Vimos que o Vale do Silício é um tecnopolo importante, com indústria
avançada, de ponta,...”;
b) “Pensando nisso, Mark elaborou – em duas semanas e com apenas 19 anos
de idade...”;
c) “... ele e seus amigos tinham muito a compartilhar: suas fotos, o que
estudavam, de que gostavam, entre tantas outras coisas...”;
d) “Mark teria colocado as fotos das garotas da Universidade na internet, à
revelia, para que os colegas escolhessem qual a mais bonita”;
e) “faturamento bilionário e um valor de 50 bilhões de dólares, estimado pelo
Banco Sachs em janeiro de 2011, maior do que o da Time Warner”.
(Mundo Educação)
A locomotiva desacelera
o que estudavam, de que gostavam, entre tantas outras coisas que os amigos
curtem. Pensando nisso, Mark elaborou – em duas semanas e com apenas 19
anos de idade – a primeira versão do que se tornaria essa famosa rede social.
Mas há quem diga que a história inicial não foi tão sublime, mas que tudo
começou como uma brincadeira: Mark teria colocado as fotos das garotas da
Universidade na internet, à revelia, para que os colegas escolhessem qual a
mais bonita. Outro detalhe não menos importante seria que o desenvolvimento
do Facebook contou com a colaboração de mais colegas, entre eles o brasileiro
Eduardo Saverin, reconhecido como o cofundador do site.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)
do “Você sabe com quem está falando?” (como bem explica DaMatta, em várias
de suas obras). Os da camada “de cima” (na nossa organização social) se julgam
no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis assim como os “de
baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e
retroalimenta a chaga arcaica. De onde vem essa canhestra forma de
organização social? Por que somos o que somos?”
(Luiz Flávio Gomes, JusBrasil)
No primeiro parágrafo do texto há um conjunto de termos colocados entre
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)
Utopias e distopias
XÓPIS
Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são
as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do
mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do
planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros
de conveniência com que o Primeiro Mundo – ou pelo menos uma ilusão de
Primeiro Mundo – se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos,
qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar
entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)
CIDADE URGENTE
Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades (chegará a 90%
ao final desta década), quem pode esquecer a relevância do tema?
os incômodos de cada crise, quem ganha dinheiro no caos urbano toca em frente
seus negócios e quem ganha votos, sua campanha. Só alguns movimentos
populares e organizações civis – Passe Livre, Nossa São Paulo e outros –
insistem em plataformas, debates e campanhas para enfrentar os problemas e
encontrar soluções sustentáveis.
A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o Brasil
enfrentaria o desafio urbano, integrando as políticas públicas no âmbito
municipal, estabelecendo parâmetros de qualidade de vida e promovendo boas
práticas. Passados quase 12 anos, o ministério é mais um a ser negociado nos
arranjos eleitorais.
(....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação das organizações
civis e movimentos sociais que acumularam experiências e conhecimento dos
moradores das periferias e usuários dos serviços públicos. Quem vive e estuda
os problemas, ajuda a achar soluções.
35) FGV/TMD/DPE-RJ/2014
CIDADE URGENTE
Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades (chegará a 90%
ao final desta década), quem pode esquecer a relevância do tema?
A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia supor que o Brasil
enfrentaria o desafio urbano, integrando as políticas públicas no âmbito
municipal, estabelecendo parâmetros de qualidade de vida e promovendo boas
práticas. Passados quase 12 anos, o ministério é mais um a ser negociado nos
arranjos eleitorais.
(....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação das organizações
civis e movimentos sociais que acumularam experiências e conhecimento dos
moradores das periferias e usuários dos serviços públicos. Quem vive e estuda
os problemas, ajuda a achar soluções.
a) 1/2.
b) 1/3.
Cópia registrada para Juarez Lima (CPF: 033.254.205-08)
c) 2/3.
d) 3/4.
e) 4/5.
c) “só não imaginava Caminha que com sua bela carta de apresentação da
ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais lusitanos poderia estar
lançando as sementes da arraigada e onipresente cultura de esbanjamento...”;
d) “cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de desperdício explícito
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
1 A 7 E 13 E 19 C 25 D 31 D
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
2 A 8 A 14 C 20 E 26 D 32 A
3 A 9 E 15 C 21 C 27 A 33 A
4 D 10 B 16 C 22 E 28 E 34 D
5 A 11 E 17 C 23 E 29 B 35 E
6 E 12 C 18 E 24 C 30 A 36 C
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