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Trata-se de mais uma peripécia do sofrido povo brasileiro para adequar suas
necessidades básicas à dura realidade vivida no cotidiano; no caso, o principal intuito é
suprir um dos direitos mais sagrados a um ser humano, a moradia, tão maltratada nos
grandes centros urbanos.
Em termos práticos, uma pessoa tem uma casa, e na parte superior de sua residência,
constrói o “puxadinho”, para a habitação de um parente querido, quiçá um filho, ou até
mesmo para fazer uma renda extra, locando a terceiro desconhecido.
O Direito Brasileiro, até bem pouco tempo atrás, não conferia formalidade e guarida
legal expressa a tal circunstância, o que mudou com a recente Lei Federal n° 13.465/17,
marcada pela regularização fundiária, citada na última coluna como fundamental para a
usucapião extrajudicial. Não só turbinou a usucapião extrajudicial, como inovou ao criar
o novíssimo “direito real de laje”.
Há a previsão para a cessão de sucessivos direitos de laje, o que nos parece totalmente
inadequado, especialmente por fomentar a criação de condomínios irregulares, gerando
insegurança e insalubridade. Se um só direito de laje, multiplicado por inúmeras
propriedades, pode criar verdadeiros formigueiros humanos, o que dizer de sucessivos?