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8 e 9 de junho de 2012

ISSN 1984-9354

UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS


PARA ELABORAÇÃO DE CONTEÚDO
DA DISCIPLINA DE GERENCIAMENTO
DE RISCOS

[!]Autor[!]

Resumo
O ensino dos conceitos de gerenciamento de riscos é influenciado pelas
demandas do mercado e, portanto uma atividade dinâmica. A proposta
deste trabalho é demonstrar a elaboração do conteúdo da disciplina de
gerenciamento de riscos do cursoo de pós-graduação em engenharia
de segurança do trabalho utilizando mapas conceituais, que são
ferramentas gráficas para organizar e representar o conhecimento. O
trabalho utiliza como ponto de partida o conhecimento implícito nos
planos de ensino de 4 cursos atuais e de uma proposta de ementa
oriunda do CONFEA, assim como do conhecimento adquirido por
profissionais que atuam na área. Os resultados demonstram que o
mapa é um forte aliado na construção do plano de ensino, e ajuda a
definir os domínios de conhecimento que devem ser desenvolvidos em
conformidade com as características do curso, dos discentes e do
estado atual da arte.

Palavras-chaves: [!]Palavras chaves[!]

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1. Introdução

O gerenciamento de riscos pode ser definido como a ciência e arte de antecipação,


identificação, avaliação e tomada de decisão compreendendo a formulação e a implementação
de medidas, ações e procedimentos técnicos, financeiros e administrativos que objetivam
eliminar, neutralizar, prevenir, reduzir e/ou controlar os riscos, viabilizando a continuidade
operacional de uma empresa dentro de padrões de segurança considerados como toleráveis,
durante toda a sua vida útil. (CETESB, 2002)
Compreende também as ações planejadas, os investimentos e os recursos humanos e
materiais disponíveis para minimizar a extensão da gravidade decorrente dos riscos, uma vez
configurada a sua materialização (mitigação). Adicionalmente e não menos importante,
envolve os aspectos relativos a tratativa dos riscos residuais ou toleráveis, isto é, o
financiamento dos riscos, no que diz respeito a decisão sobre as perdas consideradas
absorvíveis, que não irão impactar os negócios da empresa, isto é, a retenção financeira dos
riscos ou, caso contrário, pela sua transferência para entidades externas (seguradoras). Em
síntese o gerenciamento de riscos é a combinação da avaliação de riscos, controle da
exposição, monitoramento dos riscos, preparação para mitigar os seus impactos e o tratamento
financeiro.
A questão do tratamento financeiro do risco é relegada a um segundo plano pela
grande maioria das organizações, exceto as análises de risco de empreendimentos tais como
indústrias petrolíferas, químicas, off-shore dentre outras. As operações são dimensionadas
quase que exclusivamente visando a operação física dos sistemas, ou seja, sua operação
normal e manutenção, porém os custos de operação associados aos riscos de acidentes, quer
sejam ambientais ou ocupacionais são relegados a segundo plano, a tal ponto que na
ocorrência de um acidente de proporções significativas em relação aos ativos da empresa, a
mesma fica vulnerável.
A percepção do risco, o processo pelo qual as pessoas recebem ou extraem
informações do ambiente e como interpretam estas, representa um ponto central no processo
de gerenciamento do risco, demandando pesquisa e melhor compreensão do fenômeno nas
organizações com o intuito de se implementar ações estratégicas.
Na Figura 1, apresenta-se a estrutura básica do processo de gerenciamento de riscos,
englobando as fases de análise do risco, com definição do sistema, processo, usos e objetivos.

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Na fase projetual é possível antecipar os perigos inerentes às decisões técnicas e
administrativas referente ao empreendimento. Também é nesta fase que é realizada a
identificação dos perigos existentes na instalação/atividade e finalmente a avaliação das
probabilidades de ocorrência e suas respectivas conseqüências em termos de gravidade. Na
Fase seguinte é o processo decisório de avaliação do risco, onde além de critérios
quantitativos aparecem os aspectos relacionados a percepção de risco da pessoa ou equipe
responsável pela decisão de aceitação ou não da fase anterior.
Definição do Sistema
Objetivos/ Usos

Antecipação dos
Perigos
Análise de Risco
Identificação dos
Perigos Redução
do risco
Estimativa do Risco
(Freqüência e gravidade)

Tolerabilidade
do Risco Não
estimado
Avaliação do
Risco

Sim

Tratamento do
risco residual
tolerável

Financiamento do Prevenção e Segurança de Mitigação


risco controle total de Processos
perdas (para indústria de
processo) Plano de
contingência
Gerenciamento
Monitora- de crise
mento dos Auto Auto Transferência
riscos Seguro adoção para
seguradora
Plano de Plano para
controle de controle de
emergência outras crises

FIGURA 1 - Visão geral do gerenciamento de riscos.

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No caso de aceitação do risco, a decisão tomada foi no sentido de que o risco é
tolerável, e, portanto aparece a figura do risco residual, que deve receber atenção especial para
a questão do financiamento do risco, com as opções de auto-seguro, auto-adoção ou
transferência para seguradora externa. É nesta fase que novamente a percepção do risco faz
com que a operação da maioria das organizações fique vulnerável ao risco residual não
tratado adequadamente.
Finalmente ainda fazem parte do processo de tratamento do risco residual os
programas de controle total de perdas, segurança de processo e de mitigação, que engloba
basicamente o plano de gerenciamento de crise.
O objetivo deste trabalho é o de apresentar o processo de elaboração da ementa da
disciplina de gerenciamento de riscos do curso de pós graduação lato senso em Engenharia de
Segurança do Trabalho com o auxílio do mapa de conceitos, que permite apresentar na forma
gráfica os domínios e conceitos fundamentais para o processo de ensino e formação de futuros
profissionais.
O trabalho está estruturado em 4 seções, sendo a primeira esta introdução sobre
gerenciamento de riscos, a segunda aborda o mapa de conceitos, a terceira o estudo
desenvolvido e discussão e finalmente na quarta seção as conclusões obtidas.

2. Mapa de Conceitos

Os mapas de conceito foram desenvolvidos por Novak em 1972, baseado nos estudos
da psicologia do aprendizado de David Ausubel dos anos de 1963 e 1968, cuja principal
característica é que o aprendizado é realizado pela assimilação de novos conceitos e
proposições a partir de conceitos existentes e quadros de referência do aprendiz. Esta estrutura
de conhecimento é denominada como estrutura individual cognitiva. (NOVAK e CANAS,
2008
A estrutura cognitiva está constantemente se reestruturando durante a aprendizagem
significativa. O processo é dinâmico; o conhecimento vai sendo construído. (NOVAK, 1990a,
1990b, 1995, 1998)
Os mapas de conceitos são ferramentas gráficas para organizar e representar o
conhecimento. Eles incluem conceitos, normalmente representados em círculos ou caixas e
relações entre os conceitos, indicadas por uma linha entre os dois conceitos, e uma frase de
ligação, especificando a relação entre os dois conceitos. (NOVAK e CANAS, 2008)
Novak e Canas (2008) definem conceitos como uma regularidade percebida em eventos ou
objetos, ou registros de eventos ou objetos designados por um rótulo. O rótulo para a maioria

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dos conceitos é uma palavra. Proposições são afirmações a cerca de um objeto ou evento no
universo, de ocorrência natural ou construída. As proposições contêm dois ou mais conceitos
conectados usando palavras ou frases de ligação de forma a gerar afirmações com um sentido.
Estas unidades são também chamadas de unidades semânticas, ou unidades de
significado. A Figura 2 mostra um exemplo de um mapa conceitual que descreve a estrutura
do mapa conceitual e ilustra as características descritas.
Outra característica dos mapas conceituais é que os conceitos são representados de
forma hierárquica com o mais inclusivo, mais geral, no topo do mapa, e os mais específicos
na parte baixa do mapa. A estrutura hierárquica para um campo especifico do conhecimento
também depende do contexto no qual aquele conhecimento é aplicado, desta forma é melhor
que a construção do mapa faça referência a uma questão focal a ser respondida. A inclusão de
interrelacionamentos entre os conceitos de diferentes segmentos do mapa ajudam a entender
como um conceito de um domínio do mapa se relaciona com outro conceito pertencente a
outro domínio. O interrelacionamento está quase sempre associado com a criatividade do
“produtor” do conhecimento. Dois atributos importantes do mapa conceitual que são
importantes no processo de pensamento criativo são a estrutura hierárquica e a habilidade da
busca de novas interrelações entre conceitos. O último atributo importante é a adição de
exemplos, que normalmente não são colocados em caixas, uma vez que não representam
conceitos (NOVAK e CANAS, 2008).

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FIGURA 2 - Mapa Conceitual mostrando seus atributos chave. Fonte: Novak e Canas, 2008, adaptado.

3. Elaboração da ementa com auxílio do Mapa de Conceitos

Para a elaboração deste trabalho, como ponto de partida, foram selecionadas


aleatoriamente instituições de ensino que ministram o curso de Engenharia de Segurança do
Trabalho e por meio da análise dos respectivos planos de ensino buscou-se extrair os tópicos
chave da disciplina de gerenciamento de riscos. Cabe ressaltar que tais planos de ensino
encontram-se disponíveis nos respectivos sites das instituições de ensino. No Quadro 1,
apresentam-se 5 ementas disponibilizadas por 5 diferentes instituições, que no presente estudo
foram denominadas genericamente por instituição “A”, até “D”, mantendo o sigilo da
instituição, uma vez que o presente trabalho não tem por objetivo avaliar os respectivos
programas, mas sim extrair os pontos comuns. A última avaliação de ementa foi extraída da
proposta elaborada pela Câmara Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho do
CONFEA (CONFEA, 2010).

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QUADRO 1 - Pesquisa de Planos de Ensino de diferentes Instituições de Ensino.
Instituição Ementa
A Apresentar e discutir a natureza dos riscos, a identificação dos riscos, inspeções de segurança,
investigação e análise de acidentes e incidentes, controle total de perdas, retenção de riscos e
seguros, e administração de seguros.
B Natureza dos riscos empresariais, riscos puros e riscos especulativos. Conceituação e evolução
histórica. Segurança de sistemas. Sistemas e subsistemas. A empresa como sistema.
Responsabilidade pelo produto. Identificação de riscos: inspeção de segurança, investigação e
análise de acidentes. Técnica de incidentes críticos. Fundamentos matemáticos: Confiabilidade e
álgebra booleana. Análise de riscos: análise preliminar de riscos, análise de modos de falha e
efeito, série de riscos. Análise de árvores de falhas. Avaliação de riscos. Avaliação das perdas de
um sistema. Custo de acidentes. Previsão e controle de perdas: controle de danos, controle total de
perdas. Programas de prevenção e controle de perdas. Planos de emergência. Retenção de riscos e
transferência de riscos. Noções básicas de seguro.
C Natureza dos Riscos Empresariais, Riscos Puros e Riscos Especulativos. Conceituação e Evolução
Histórica, Segurança de Sistemas. Sistema e Subsistemas. A Empresa como Sistema.
Responsabilidade pelo Produto. Identificação de Riscos: Inspeção de Segurança, Investigação e
Análise de Acidentes. “Técnica de Incidentes Críticos”. Fundamentos Matemáticos: Confiabilidade
e Álgebra Boleana. Análise de riscos: Análise Preliminar de Riscos (APR), Análise de Modos de
Falhas e Efeitos (FMEA), Série de Riscos, Análise de Árvore de Falhas (AAF), Análise de Perigos
e Operabilidade (HAZOP). Avaliação de Riscos: Riscos e Probabilidades, Distribuições de
Probabilidade, Previsão de Perdas por Estatísticas. Avaliação das Perdas de um Sistema. Custo de
Acidentes. Prevenção e Controle de Perdas: Controle de Danos, Controle Total de Perdas.
Programas de Prevenção e Controle de Perdas. Planos de Emergência. Retenção de Riscos: Auto-
adoção de Riscos e Auto-seguro. Transferência de Riscos. Noções Básicas de Seguro.
D Natureza dos Riscos Empresariais, Riscos Puros e Riscos Especulativos; Conceituação, Segurança
e Sistema; Sistema e Subsistemas, a Empresa como Sistema; Responsabilidade pelo Produto;
Identificação de Riscos: Inspeção de Segurança, Investigação e Análise de Acidentes, “ Técnicas
de Incidentes Críticos”; Fundamentos Matemáticos: Confiabilidade e Álgebra Booleana;
Análise de Riscos: Análise Preliminar de Riscos, Análise de Modos de Falhas e Efeitos, Série de
Riscos, Análise de Árvores de Falhas;
Avaliação de Riscos: Análise Preliminar de Riscos, Análise de Modos de Falhas e Efeitos, Série de
Riscos, Análise de Árvores de Falhas;
Avaliação das Perdas de um Sistema; Custos de Acidentes; Prevenção de Controle de Perdas:
Controle de Danos, Controle Total de Perdas; Programa de Prevenção e Controle de Perdas; Planos
de Emergência; Retenção de Riscos: Auto-Adoção de Riscos e Auto-Seguro;
Transferência de Riscos; Noções Básicas de Seguro.
CONFEA Introdução a gerencia de riscos; Natureza dos riscos empresariais; Riscos puros e riscos
especulativos; Conceitos de Segurança de Sistemas e Subsistemas; Identificação e análise de
riscos; Técnicas de incidentes críticos (TIC); Análise preliminar de riscos (A.P.R); Análise de
vulnerabilidade das instalações industriais; Análise de árvore de falhas (AAF); Análise de modos
de falhas e efeitos(AMFE); Hazop e confiabilidade; Administração do controle de prevenção de
perdas; Sistema de gestão das condições e Meio Ambiente Trabalho; Modelo de um programa de
gerenciamento de riscos; Custos dos acidentes; Plano de contingência; Noções básicas de seguro;
administração de seguros;

A partir desta pesquisa inicial extraiu-se os tópicos chave ministrados nos 5 cursos
pesquisados, mediante a análise de coincidência das ementas.
A partir deste resultado inicial e de entrevistas não estruturadas com um grupo de
especialistas em gerenciamento de riscos foi elaborado o Mapa de Conceitos da disciplina de
gerenciamento de riscos utilizando-se para tanto o auxílio da ferramenta IHMC CmapTools,
versão 5.4 disponível em http://cmap.ihmc.us/.
Utilizou-se também o modelo conceitual de análise de risco proposto por CETESB

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(2002), conforme Figura 1, assim como as boas práticas de gerenciamento de risco que tem
sido utilizadas na prática e descritas na bibliografia especializada (GREENBERG e
CRAMER, 1991; VINCOLI, 1993; VINNEM, 2007).

4. Resultados e Discussão

Os Tópicos Chave extraídos das ementas foram Investigação e Análise de Acidentes,


Fundamentos matemáticos da confiabilidade e da álgebra booleana, Identificação e Análise de
riscos, Avaliação de Riscos, Programas de Gerenciamento de Riscos, Planos e Emergência,
Natureza dos Riscos Empresariais e Segurança de Sistemas. Na Tabela 2 apresentam-se os
tópicos com detalhamento.
TABELA 2 - Tópicos Chave extraídos das ementas dos Cursos Pesquisados.
1. Investigação e Análise de Acidentes
2. Fundamentos matemáticos: Confiabilidade e Álgebra booleana
3. Identificação e Análise de Riscos
Ferramentas: Técnicas de incidentes críticos (TIC);
Inspeção de Segurança;
Análise preliminar de riscos (A.P.R);
Análise de Modos de Falhas e Efeitos (FMEA),
Série de Riscos,
Análise de Árvore de Falhas (AAF),
Análise de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
4. Avaliação de Riscos
Avaliação de Riscos: Riscos e Probabilidades, Distribuições de Probabilidade,
Previsão de Perdas por Estatísticas. Avaliação das Perdas de um Sistema. Custo de
Acidentes.
5. Programas de Gerenciamento de Risco
Controle de Perdas
6. Planos de Emergência
7. Natureza dos riscos empresariais. Conceituação e evolução histórica.
8. Segurança de sistemas. Sistemas e subsistemas

Para a construção do mapa conceitual, além dos tópicos


chave descritos anteriormente, ponto de partida, tomou-se por
base as entrevistas com especialistas.

Os domínios representados no Mapa, são definidos por


Apresentação, Objetivo, Análise, Avaliação do Risco, e

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Implementação. Na Figura 3 apresenta-se o primeiro dos
domínios Apresentação.

FIGURA 3 - Domínio 1 – Apresentação da disciplina.

Neste domínio, ou tópico da disciplina são abordados os tópicos referente a história do


gerenciamento de riscos, desde os primórdios das aplicações militares e espaciais, a evolução
da tentativa e erro até a atual engenharia de sistemas e a apresentação dos grandes eventos
acidentais registrados na história, com o objetivo de contextualizar a disciplina e demonstrar
os diferentes campos de atuação. Neste ponto os exemplos citados podem ser diferentes em
função da experiência prévia do professor e também da formação básica dos alunos.
Na Figura 4, apresenta-se o domínio os objetivos da disciplina, que por meio de
técnicas de eliminação, neutralização, prevenção e redução dos perigos existentes em
máquinas e equipamentos, fábricas, obras, sistemas, instalações e ambientes garante-se a
continuidade operacional das atividades com um mínimo de impactos devido a acidentes.

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FIGURA 4 - Domínio 2 – Apresentação domínio – Objetivo.

No domínio análise do risco são apresentados os aspectos essenciais da antecipação e


identificação dos Perigos, utilizando as ferramentas tradicionais, tais como Lista de
Verificação (Check-List e Tickler-List), que tem por objetivo estabelecer procedimentos
mínimos para execução de operações de forma padronizada e segura. Técnicas de
identificação de Perigos tais como What-If, que introduz a importância do questionamento
sistemático de cada ação ou procedimento nas conseqüências de uma operação. A Análise
Preliminar de Perigos – (APP), técnica de origem militar que visa priorizar os Perigos e
adequar o nível de gestão responsável pelas decisões. Figura 5.
A Análise de Modos de Falhas e Efeitos – (FMEA) que introduz a preocupação da
investigação sistemática e minuciosa de todos os componentes de um sistema, na busca de
falhas que possam comprometer a segurança da operação. A análise de Perigos e
Operacionalidade – (Hazop), que busca através dos desvios anormais de uma operação,

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identificar os possíveis perigos do mesmo. A Técnica dos Incidentes Críticos – (TIC) que visa
identificar todos os desvios detectados pelos operadores de um sistema durante a operação, e
utilizar estes desvios como ponto de partida para prevenção. A ferramenta que se destaca é o
Bow-Tie, uma técnica que visa identificar as causas, conseqüências de um perigo, incluindo o
estudo das barreiras necessárias, assim como verificar como essas barreiras podem falhar,
contribuindo para a adoção de medidas de gerenciamento. É a ferramenta que liga a
identificação dos Perigos com o processo de gerenciamento de riscos, e, portanto essencial
para os objetivos da disciplina.

FIGURA 5 - Domínio Análise.

No domínio Avaliação, Figura 6, estuda-se a construção de modelos de análise


probabilística dos acidentes, utilizando conhecimentos de álgebra booleana aplicada na
construção de árvore de falhas e árvore de eventos, que tem por objetivo calcular as
probabilidades de ocorrência dos cenários acidentais, e ao mesmo tempo estudando os
modelos de vulnerabilidade, que possibilitam a avaliação do risco. Nesta fase do curso
também são introduzidos os aspecto ligados à Tomada de decisão, analisando os critérios

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técnicos e legais da tolerabilidade dos riscos e os aspectos da percepção do risco, que
norteiam as análises de risco e, portanto as decisões.

FIGURA 6 – Domínio Avaliação.


Finalmente o domínio de implementação que estuda as medidas, ações e
procedimentos que visam estabelecer a segurança de processos e programas de prevenção,
considerando os aspectos de financiamento do risco e implementação de programas de
gerenciamento de crises, envolvendo planos de emergência, conforme Figura 7.

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FIGURA 7 – Domínio Implementação.

5. Considerações finais

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A disciplina de gerenciamento de riscos é fundamental na formação de engenheiros de
segurança, e para tanto a reflexão sobre a elaboração da ementa é facilitada pela construção
do mapa conceitual da disciplina, tendo de um lado os assuntos abordados tradicionalmente
nos cursos e de outro lado o que a prática, neste caso representado pelo modelo conceitual da
CETESB, exigirá do profissional.
O Mapa conceitual apresentado neste trabalho, não pode ser considerado definitivo e
muito menos único, pois depende do conhecimento da pessoa que o elabora e do estado da
arte do gerenciamento do risco reinante na prática.
O objetivo deste mapa é o de suscitar discussões sobre o tema, visando a melhoria da
formação dos profissionais da área, e também propiciar ao docente ensino de forma mais
efetiva e com adequação aos profissionais que se deseja formar e que o mercado necessita.
Referências
[CETESB]. COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL.
Análise, avaliação e gerenciamento de riscos. São Paulo: CETESB, 2v. 2002, 244p.
[CONFEA]. Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Proposta N°
0006/2010 CCEEST – Proposta de Curriculum Mínimo Curso de Engenharia de Segurança
do Trabalho. 2010.
GREENBERG H. R.,;CRAMER, J.J. Risk Assessment and Risk Management for the
Chemical Process Industry. John Wiley and Sons, 1991
NOVAK, J. D. & A. J. CAÑAS, The Theory Underlying Concept Maps and How to
Construct and Use Them, Technical Report IHMC CmapTools 2006-01 Rev 01-2008, Florida
Institute for Human and Machine Cognition, 2008, Disponível em:
http://cmap.ihmc.us/Publications/ResearchPapers/TheoryUnderlyingConceptMaps.pdf
NOVAK, J.D., "Concept Mapping: A Useful Tool for Science Education", Journal of
Research in Science Teaching, Vol.27, No.10, pp.937-949, 1990a.
NOVAK, J.D., "Concept Maps and Vee Diagrams: Two Metacognitive Tools to Facilitate
Meaningful Learning", Instructional Science, Vol.19, No.1,, pp.29-52, 1990b.
NOVAK, J.D., "Concept Mapping: A Strategy for Organizing Knowledge", pp.229-245 in
Glynn, S.M. & Duit, R. (eds.), Learning Science in the Schools: Research Reforming Practice,
Lawrence Erlbaum Associates, (Mahwah), 1995.
NOVAK, J.D., "The Nature of Knowledge and How Humans Create Knowledge", pp.79-111
[Chapter 6] in Novak, J.D., Learning, Creating, and Using Knowledge: Concept Maps™ as
Facilitative Tools in Schools and Corporations, Lawrence Erlbaum Associates, (Mahwah),
1998.

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VINCOLI, J.W. Basic Guide to System Safety. New York: John Wiley & Sons.1993
VINNEM, J.-E. Offshore Risk Assessment: Principles, Modelling and Applications of QRA
Studies. Springer, 2° Ed. 2007

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