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MÁRCIA BIANCHI
SIMONE GOMES CALLEGARO
Por
Márcia Bianchi
Simone Gomes Callegaro
Agradecemos a Deus pela vida, pela força e esperança que nos dá, em especial pela
proteção ao longo de nossa caminhada.
Aos nossos familiares, nossos pais, namorados e amigos pelo carinho, apoio e
compreensão durante todo o curso.
Ao orientador, professor Sérgio Inácio Jung que colocou-se a disposição para nos
orientar no decorrer da prática profissional.
À empresa Siede & Siede Ltda. por permitir que nossa prática profissional fosse
realizada em suas dependências. À proprietária e suas funcionárias agradecemos pela atenção,
pela confiança, pela disponibilidade e auxílio no desempenhar das funções.
Os dados foram tratados de forma quantitativa pela distribuição física e financeira dos
custos dos produtos e também pelos cálculos dos custos, ponto de equilíbrio e dos preços de
vendas. Os dados foram tratados também de forma qualitativa quando se trataram da
organização dos centros de custos da empresa e da análise gerencial dos custos dos produtos
analisados, também quanto da comparação dos preços praticados pela empresa com seu
mercado de competição.
AGRADECIMENTOS ...........................................................................................................iii
RESUMO ..................................................................................................................................v
LISTA DE SIGLAS ................................................................................................................vi
LISTA DE TABELAS ...........................................................................................................vii
LISTA DE FIGURAS ...........................................................................................................viii
LISTA DE GRAFICOS ..........................................................................................................ix
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
A própria contabilidade gerencial mudou seu enfoque ao longo dos anos, no início ela
compreendia funções mais restritas em setores de produção, marketing e finanças. Atualmente
o seu emprego se expandiu para muitas outras áreas.
Sabemos também, que fica difícil para a empresa competir apenas com qualidade,
então, ela precisa ter custos baixos na fabricação de seus produtos para competir com preço
baixo. Por esse motivo levantou-se o seguinte problema: Quais são os custos de produção da
empresa Siede & Siede Ltda. e qual deve ser o preço de venda praticado por ela, para ser
competitiva no mercado?
Padozeve vai mais longe, ele diz que para que um ramo do conhecimento seja
considerado com ciência é necessário apresentar uma série de características que o tirem da
condição de simples técnica ou ferramenta.
Após pesquisar diversos autores, conceituaremos contabilidade como uma ciência que
estuda o patrimônio do ponto de vista econômico e financeiro, observando seus aspectos
quantitativos e qualitativos e as variações por ele sofridas.
2.1.1. Função
Assim, podemos dizer que o campo de aplicação da ciência contábil é toda pessoa,
seja física ou jurídica, pública ou privada, de fins lucrativos ou não.
Entidades com fins econômicos - chamadas empresas, visam ao lucro para preservar e/ou
aumentar o patrimônio líquido. Exemplo: empresas comerciais, industriais, agrícolas, etc.
Entidades com fins sociais - também chamadas instituições, têm por obrigação atender às
necessidades da coletividade a que pertencem. Exemplo: a União, os Estados e os
Municípios.
2.1.4. Objeto
2.1.5. Usuários
Pessoas físicas - para estas também há interesse na contabilidade, mas diferentemente dos
demais, para elas vale o conhecimento no controle e equilíbrio do orçamento doméstico.
O que torna a contabilidade de custos diferente dos demais ramos da contabilidade são
os procedimentos praticados na área de produção da empresa industrial, os quais exigem a
aplicação de critérios específicos para se apurar o custo de fabricação.
2.2.1. Origem
Baseadas nos diversos autores lidos, podemos concluir que a contabilidade de custos
originou-se da contabilidade geral com o fim específico de controlar os custos de produção.
Essa necessidade surgiu com o advento da Revolução Industrial, pois até então as operações
resumiam-se basicamente em comercialização de mercadorias.
2.2.2. Função
Determinação do lucro;
em custos são:
Princípios de Custos – Custos relevantes devem ser apropriados diretamente aos objetos
que se pretende custear, devem ser utilizadas bases de alocação que reflitam as relações de
causa e efeito entre recursos consumidos e as atividades e entre estas e os objetos que se
pretende custear, devem ser estabelecidos centros de custos com base em grupos
homogêneos de atividades e a utilização do Custeio Baseado em Atividades (ABC) deverá
melhorar o processo de apropriação.
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Custos Diretos - são os gastos com materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação
aplicados diretamente no produto. São assim denominados porque seus valores e
quantidades em relação ao produto são de fácil identificação.
Custos Indiretos - são os gastos com materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação
aplicados indiretamente no produto. São assim denominados por ser impossível uma
segura identificação de seus valores e quantidades em relação ao produto.
Custos Imputados - estes não aparecem nas demonstrações contábeis convencionais. Não
envolvem desembolso de caixa, eles surgem da necessidade de comparação de custos pela
necessidade de se tomar uma decisão.
Custos Comuns - quando uma mesma fase de produção for comum a dois ou mais
produtos, os custos serão comuns à eles e necessitarão de serem rateados.
Custo Padrão - é o custo ideal a ser perseguido pelas empresas, é estimado com maior
eficiência, sem desperdícios. São calculados com base nos parâmetros operacionais.
Custos Históricos - são os originais da época em que ocorreu a compra, pela nota fiscal.
Custo Fabril - é a soma dos custos de material direto, mão-de-obra direta e das despesas
indiretas de fabricação.
Custos Fixos - são aqueles que independem do volume de produção do período, isto é,
qualquer que seja a quantidade produzida, esses custos não se alteram.
Custos Variáveis - são aqueles que variam em função das quantidades produzidas, como
ocorre, por exemplo, com a matéria-prima.
Custos Semi-variáveis - é o custo composto por uma parcela fixa e uma parcela variável.
Ex. custo de manutenção.
Custos Por Degraus - permanecem constantes até certo ponto do volume de produção e,
nesse momento, eles sobem para uma plataforma onde permanecem constantes até chegar
a um outro ponto crítico do volume da produção.
Custos Incrementais - são aqueles que a empresa deverá arcar adicionalmente por ter
tomado ou caso venha a tomar uma decisão. É a diferença entre os custos totais de duas
alternativas que estão sendo consideradas.
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Custos de Oportunidade - é aquele benefício que a empresa deixa de ter por ter escolhido
uma alternativa de investimento e não outra.
Custos Evitáveis - são os custos que serão eliminados ao se deixar de realizar uma
determinada tarefa.
Custo de Qualidade - existe em função de uma baixa qualidade, ou seja, de se fazer algo de
modo errado. Dá a administração uma visão de cada departamento como sendo cada um
deles um centro de responsabilidade de melhoria da qualidade, com uma meta que possa
ser expressa no orçamento da empresa ou no planejamento de lucros.
Custos de Prevenção - são os que ocorrem para se evitar defeitos, se for analisar
financeiramente é muito mais um investimento do que uma despesa, pois evitarão futuros
custos.
Materiais Diretos – São os materiais que realmente entram no produto acabado e deste se
tornam parte. Distinguem-se dos demais materiais usados na operação da empresa, mas
não integrantes diretos do produto.
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Fase 3 Informações
CONTABILIDADE
DADOS DE CUSTOS INFORMAÇÃO
FEEDBACK
Fonte: LEONE (1996:17)
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2.2.10. Os Parâmetros
2.2.11. Departamentalização
Os Departamentos Produtivos – Têm seus custos jogados sobre os produtos, já que estes
passam inclusive fisicamente por eles.
6º Passo – Atribuição dos custos indiretos que agora só estão nos departamentos de
produção aos produtos segundo critérios fixados.
Segundo LEONE (1997:185) “os critérios para fazer a acumulação podem ser
normalmente de dois tipos”, a diferença básica para LEONE (1997:187) “está no que cada um
julga que sejam custos inventariáveis ou não.”
Estes produtos são solicitados de modo permanente por milhões de clientes que
constituem o mercado consumidor. Não há data para o término da produção. Se o produto está
sendo aceito pelo mercado consumidor e se está gerando lucro, o aconselhável é continuar a
fabricá-lo.
Segundo Kaplan apud NAKAGAWA (1993:36) “os atuais sistemas de custeio datam,
basicamente, de há mais de um século e foram desenvolvidos com o objetivo de gerarem
informações sobre oportunidade de melhoria de desempenho das empresas, em termos de
resultados econômicos.”
Pontos Positivos:
Os custos dos produtos podem ser comparados em base unitária independente do volume
de produção.
Melhor controle dos custos fixos, pois aparecem separadamente nas demonstrações.
Fornece mais instrumentos de controle gerencial.
Pontos Negativos:
Não considera os custos fixos na determinação do preço de venda.
Não é aceito pelo fisco.
Pode prejudicar a análise por parte dos credores no que se refere aos índices de liquidez e
capital circulante líquido.
Todos os custos são aloucados aos produtos fabricados, os custos diretos pela
apropriação direta, e os indiretos por meios de critérios de rateio.
Conforme Crepaldi o custeio por absorção apresenta pontos positivos e negativos, que
são:
Pontos Positivos:
É aceito pelo fisco.
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Pontos Negativos:
Não permite análise custo/volume/lucro.
A forma de atribuição de custos indiretos é por meio de rateios, o que é mais trabalhoso.
Os custos dos produtos não poderão ser comparados em bases unitárias.
De acordo com LEONE (1997:189) “uma outra maneira de atribuir os custos indiretos
aos produtos é denominada de Custeio ABC.”
Este custeio é originário do inglês Activity Based Cost, tem por objetivo sanar os
problemas encontrados nos demais custeios no que se refere aos custos fixos indiretos.
NAKAGAWA (1994:29) define o ABC como “um novo método de análise de custos,
que busca „rastrear‟ os gastos de uma empresa para analisar e monitorar as diversas rotas de
consumo dos recursos „diretamente identificáveis‟ com suas atividades mais relevantes, e
destas para os produtos e serviços.”
Segundo CHING (1997:41) “o ABC avalia o valor que cada atividade agrega para a
performance do negócio ou departamento.”
O critério ABC observa a metodologia do conceito de absorção, portanto, leva para si todas
as limitações inerentes a esse conceito. Algumas decisões importantes de curto prazo não
serão tomadas com base nas informações produzidas pelo critério ABC.
O montante das despesas e dos custos indiretos passa a ser substancial concomitantemente
à perda de relevância do montante dos custos da mão-de-obra direta, diante do custo de
produção;
Para Mendonça (online) o ABC, em seu estágio mais avançado, tem total possibilidade
de integração ao Sistema Orçamentário e à tradicional Contabilidade de Custos, além de
prestar grande colaboração à Controladoria, oferecendo crescentes opções de gerenciamento,
principalmente quando operacionalizado conjuntamente aos Sistemas Integrados de Gestão,
como Magnus, R/3 (SAP) – ou mesmo em “home systems” e planilhas do Excel ou Lotus.
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CONTABILIDADE DE CUSTOS
Segundo PADOVEZE (1996:282) “a teoria econômica indica que quem faz o preço de
venda dos produtos é o mercado, basicamente através da oferta e procura, fazendo as devidas
considerações para situações de monopólio, oligopólio, mercados cativos e situações
similares.”
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Levando em conta esta afirmação, não haveria necessidade do cálculo dos custos e
consequentemente da formação do preço de venda. A empresa deveria apenas estar sempre
atualizada com os preços de mercado através dos concorrentes, no entanto, dessa forma não se
estaria levando em conta vários fatores importantes, diríamos até, muitas vezes, mais
importante que o próprio preço dos concorrentes.
É o fato de que nenhuma empresa é igual a outra, por isso, não existem duas empresas
que tenham os mesmos custos de produção, de distribuição, que utilize a mesma mão-de-obra.
Dessa forma duas empresas vendendo ao mesmo preço produtos similares, porque
igual não seria possível, não significa que as duas teriam o mesmo lucro, ao contrário, uma
pode inclusive estar tendo prejuízo, estar pagando para produzir, e isso tudo muitas vezes sem
perceber.
Daí vem a importância de se ter claramente quais os custos reais de cada empresa, para
então partir para o cálculo do preço de venda.
Só depois de ter pronto os cálculos e o preço de venda fixado é que deve-se analisar os
preços concorrentes e os produtos oferecidos por eles.
Quanto maior for o montante de venda, maior será o montante de impostos ou taxas
sobre vendas. Assim, se a empresa nada vender, não serão gerados impostos nem taxas sobre
vendas.
Em relação ao valor pago o IPI deve ser considerado como custo para efeito do preço
de venda.
ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (também conhecido pela sigla de
ISQN) – De competência dos municípios e do Distrito Federal. As alíquotas variam de acordo
com as legislações municipais e de acordo com a natureza dos serviços.
Podem ser tributados pelo ISS os serviços não compreendidos no campo de incidência
do ICMS.
Seu uso é fundamental no cálculo do ponto de equilíbrio. É obtido pela diferença entre
o preço de venda e o custo variável unitário.
É importante salientar que não existe uma regra fixa, e devida a atual competição de
mercado, as empresas necessitam de diversas alternativas para gerenciar sua atuação no
mercado. Para isso precisam rever periodicamente sua estrutura e seus modelos de
competição, elas não podem parar, isso significaria estar ficando para trás, afinal os
concorrentes estão seguindo em frente.
Levando-se isto em conta podemos concluir que o ponto de equilíbrio nos mostra a
quantidade mínima a ser produzida ou vendida para que o valor alcançado seja equivalente
aos custos gerados. O valor cobre os custos variáveis e o total dos custos fixos. Sendo assim
análise de equilíbrio é o processo de calcular as vendas necessárias para cobrir os custos de
forma que os lucros e prejuízos sejam iguais a zero.
Ponto de Equilíbrio Contábil – O Ponto de Equilíbrio será obtido quando a soma das
margens de contribuição totalizar o montante suficiente para cobrir todos os custos e
despesas fixos. Esse é o ponto em que contabilmente não haveria nem lucro nem prejuízo.
Entre tantos tipos de pesquisa foi adotado o método utilizado por VERGARA
(1998:44-45) que classifica a pesquisa quanto aos fins e quanto aos meios.
Aplicada - calculamos os custos dos produtos citados para projetar os preços de venda
com margem de lucro esperada pela empresa, fornecendo subsídios para a empresa solucionar
eventuais problemas de lucratividade.
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3.2. Universo
O universo foi o setor de produção da empresa Siede & Siede Ltda., fábrica de lingerie
e moda praia.
3.3. Amostra
A pesquisa bibliográfica foi feita por meio de livros, revistas especializadas e jornais
que continham dados referentes ao assunto, ou seja, custos de produção e preço de venda.
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A pesquisa documental foi feita em documentos que interessavam à este estudo e que
foram fornecidos pela empresa.
A pesquisa de campo foi feita por meio de entrevistas semi-diretas com a proprietária,
com as funcionárias da empresa e também através do acompanhamento da produção dos cinco
produtos da amostra na empresa.
O estudo do caso foi feito pelo acompanhamento do setor produtivo da empresa, mais
especificamente, dos cinco produtos.
Ex post facto foi feito com base em valores já registrados contabilmente e que não
podem ser alterados.
Os dados fornecidos pela empresa Siede & Siede Ltda. foram a base de todo o estudo.
Foram tratados de forma quantitativa pela distribuição física e financeira dos custos
dos produtos e também pelos cálculos dos custos, ponto de equilíbrio e dos preços de vendas.
custos da empresa e da análise gerencial dos custos dos produtos já citados, também quando
da comparação dos preços praticados pela empresa com seu mercado de competição.
A amostra foi pequena quando comparada ao total de produtos fabricados pela empresa,
porém se houver necessidade e interesse por parte da proprietária da empresa, esta poderá
implantar o sistema de custos aos demais produtos.
Os valores de despesas e custos foram limitados aos fornecidos pela empresa, portanto
poderá não ser a totalidade dos custos atribuídos aos produtos, mesmo assim, acreditamos
que não houveram distorções significativas nos resultados finais.
O parâmetro utilizado para calcular o valor da mão-de-obra da fábrica foi por tempo gasto
à produção de cada peça. No entanto, como ocorre perda de tempo na troca de cada peça
produzida (a primeira peça demora mais para montar do que as demais) o que acarreta
distorções quantitativas nos cálculos dos custos para fabricação dos produtos resolvemos
utilizar a quantidade de peças produzidas por dia para o calculo da despesa com MOD.
O desperdício de material não foi um fator importante a ser considerado, visto que no
momento em que as funcionárias estavam desempenhando suas atividades não foi
observado desperdício, ao contrário, elas utilizam um grande potencial de aproveitamento.
4. A EMPRESA
A empresa na qual foi realizado este estágio, atua na área de confecção de peças
interiores do vestuário e iniciou suas atividades em 1992 na cidade de Araguaina, Estado de
Tocantins com o nome fantasia de Griffe Jack Modas, com apenas uma máquina e um saco de
retalho como matéria-prima, produzindo sete peças por dia e trabalhando na casa da
proprietária. Em menos de um ano mudaram-se para um lugar maior, trabalhando com sete
funcionárias, sendo seis máquinas domésticas e uma cortadeira e a matéria-prima era
comprada por metros, produzindo trinta peças por dia.
Em 1995, mudaram-se para a Esquina Gaúcha, interior de Entre Ijuís com o nome
fantasia de La Femme trabalhando com cinco funcionárias na própria casa. Nesta época,
vendiam suas mercadorias principalmente através de revendedoras. Tinham no centro de
Santo Ângelo um apartamento para fazer a distribuição e troca das mercadorias. Nesta época
foi adquirida uma máquina industrial que triplicava a produção, fabricando assim oitenta
peças por dia.
Procurando uma melhor localização e comodidade dos clientes da loja mudou-se para
a Travessa Mauá, nº 09 e a Fábrica para a Av. Brasil. Iniciando com a exportação refez todo o
planejamento de produção e com a mesma mão-de-obra e o mesmo número de máquinas
passou a produzir aproximadamente de cento e cinqüenta a duzentas peças por dia.
A empresa conta atualmente com sete funcionárias e sua gerência é exercida pela sócia
majoritária Jaqueline de Oliveira Siede.
Está registrada na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul sob nº 203574171
e no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda – CNPJ/MF sob nº
02.000.889/0001-32.
Pelos anos de trabalho da proprietária gerente neste ramo, a mesma já sabe quanto de
material se gasta para produzir determinado produto e tem uma estimativa do valor de mão-
de-obra utilizada.
Portanto, como a empresa não possui um controle de custos adequado, o que existe é
apenas uma forma de controlar os gastos de produção.
5. FLUXOGRAMA DA PRODUÇÃO
A produção inicia com o objetivo de repor o estoque das lojas e das revendedoras.
Quem determina o que deve e como deve ser feito é a proprietária gerente, muitas vezes
atendendo solicitações de clientes que sugerem modelitos novos ou alterações na fabricação
de peças já existentes.
Existe também a produção de grandes pedidos feitos por empresas comerciantes para
comercialização própria. Estes pedidos não são a base da fabricação, eles surgem
eventualmente e a medida do possível são aceitos e fabricados de acordo com a determinação
da empresa cliente, após concluídos os pedidos são remetidos para a sede da empresa
solicitante.
Quaisquer dos pedidos que chegam às mãos da gerente, após analisados por ela são
encaminhados ao setor de produção.
A produção das calcinhas analisadas inicia com o risco e corte do tecido, onde é
especificado na peça seu tamanho para passar para a montagem. Na montagem, é costurada a
peça, colocada a etiqueta de tecido e o elástico para posterior acabamento e limpeza.
Já o sutiã, que inicia da mesma forma, passa para a montagem onde é costurada a
peça, colocado a etiqueta de tecido e os elásticos. Após passa para o acabamento onde é
colocado os reguladores, o fechinho e as barbatanas, costurado o vies e o topinho e por último
é realizada a limpeza da peça.
A quantidade de cada material utilizado na confecção como pode ser vista nas tabelas
anteriores, foi contada e medida durante a análise do processo fabril. Os valores utilizados são
resultantes de pesquisas de mercado e análise de notas fiscais de compra de material.
De Segunda-feira a Sexta-feira:
- 7:30 min às 12 horas
- 12:30 min às 17 horas
Para o cálculo de despesas com MOD levou-se em conta as 9 horas diárias de trabalho,
sem considerar o intervalo, pois este, está incluído na despesa com salários. Como são
trabalhados 22 dias por mês, serão ao todo 198 horas mensais. Posteriormente serão
calculadas as despesas com salários para a apropriação diária sobre as 198 horas mensais.
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De Segunda-feira a Sexta-feira:
- 9 horas às 12 horas
- 13:45 min às 18 horas
Aos Sábados:
- 9 horas às 12 horas
8. MÃO-DE-OBRA DIRETA
Abaixo veremos as despesas com folha de pagamento por mês das funcionárias da
fábrica.
A quantidade diária de peças produzidas pela fábrica foi obtida no setor de produção
da empresa. De acordo com anotações das funcionárias e da própria gerente, a quantidade
fabricada por dia é a que veremos na tabela a seguir.
A despesa com salário da fábrica foi rateada proporcionalmente aos dias trabalhados
durante o mês, calculadas da seguinte maneira:
R$ 1.610,51 / 22 = R$ 73,21
9.1. Departamentalização
Para a montagem da tabela de rateio do CIF que veremos mais a diante, será utilizada
a despesa com depreciação de cada máquina e móvel separadamente por setor, de acordo com
a tabela a seguir:
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As áreas utilizadas tanto pela fábrica quanto pela proprietária somam 36,46 m2. A qual
será atribuída 50% a fábrica, ou seja, 18,23 m2.
A área total de utilização da fábrica é de 46,88 m2. Sobre essa área é que será
calculado o percentual de ocupação do apartamento.
Para calculo do percentual utilizado para o rateio foi aplicada regra de três da área:
Área Percentual
154,40 100%
46,88 30,36%
O valor gasto com o pagamento do IPTU é de R$248,00 por ano dividido por 12
meses = R$ 20,67 por mês X 30,36% = R$ 6,27
A despesa de água foi atribuída 50% para a fábrica e 50% para a proprietária, cabendo
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Para o rateio da despesa com água e material de expediente entre os setores utilizou-se
o critério de número de funcionárias, conforme percentual visualizado na tabela a baixo:
A despesa com energia elétrica, após análise dos gastos da proprietária, do maquinário
e pontos de luz da fábrica, verificou-se que ambas possuíam praticamente o mesmo número
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de watts, dessa forma atribuiu-se 50% da despesa para a fábrica, resultando em uma despesa
de R$ 35,00.
A despesa com fretes e carretos foi distribuída entre os setores de corte e costura, em
partes iguais.
A despesa com telefone foi toda para o setor auxiliar, ou seja, a administração.
O critério utilizado para o rateio das despesas do setor auxiliar para os setores
produtivos foi a divisão em partes iguais, ou seja, 20% para cada setor.
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O CIF e a MOD mensal foram apropriadas integralmente a cada um dos produtos, considerando que durante o mês fosse fabricado
só um tipo de produto.
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6.000,00
5.000,00
4.000,00
Material
3.000,00 CIF
MOD
2.000,00
1.000,00
0,00
Calcinha Calcinha Calcinha Calcinha Sutiã
Algodão, Algodão, Cotton, Lycra, Lycra,
Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo
Marta, Marta, Tanga Alta, Tanga Alta, Meia Taça,
Tam. P Tam. M Tam. M Tam. M Tam. M
Um problema a ser resolvido pelo sistema contábil é a fixação do preço de venda, pois este é um fator de fundamental importância para a
definição da estratégia de comercialização da empresa. A formação do preço de venda, no caso da empresa Siede & Siede Ltda., tem como base
o lucro simples. O percentual de margem de lucro desejado possui alíquotas diferenciadas, onde obtivemos um multiplicador para o preço de
venda. Utilizamos para o cálculo uma alíquota de 17% de ICMS e não há incidência de IPI sobre os produtos.
Abaixo sugestão de preço de venda da fábrica para representantes com diferentes percentuais de lucro desejado.
Os produtos analisados da Siede & Siede Ltda. saem da fábrica aos preços de:
Calcinha em Algodão, Modelo Marta, Tamanho P R$ 2,90
Calcinha em Algodão, Modelo Marta, Tamanho M R$ 2,90
Calcinha em Cotton, Modelo Tanga Alta, Tamanho M R$ 4,90
Calcinha em Lycra, Modelo Tanga Alta, Tamanho M R$ 4,90
Sutiã em Lycra, Modelo Meia Taça, Tamanho M R$ 6,90
Para que possamos fazer uma análise comparativa com seu mercado de concorrência é
necessário utilizarmos os preços de venda dos produtos quando saem da loja, os quais são:
Calcinha em Algodão, Modelo Marta, Tamanho P R$ 4,00
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Para comparação pesquisamos produtos similares que existem no mercado local e que
estão a disposição do público comsumidor.
Salientamos que existem ainda no mercado marcas famosas e com preços bem mais
elevados, como é o caso da Demillus, Del Rio, Du Loren, entre outras, no entanto estas não
concorrem diretamente com os produtos da Siede & Siede Ltda. que além de preocupar-se em
oferecer qualidade preocupa-se também em oferecer produtos acessíveis à consumidores de
menor poder aquisitivo.
11. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DA FÁBRICA
PEC = CFT .
CV/unit -1
PV/unit
O valor do lucro mínimo foi calculado 7% sobre o Capital Social, que é de R$ 7.000,00.
Através dos cálculos dos pontos de equilíbrio e análise das quantidades produzidas por
mês verifica-se que a empresa está acima do seu ponto de equilíbrio, produzindo mais do que
a quantidade mínima necessária para que a empresa não tenha prejuízo com seus custos fixos.
13. CUSTOS FIXOS DA LOJA
Abaixo veremos as despesas com folha de pagamento por mês das funcionárias da
loja.
PEC = CFT .
CV/unit -1
PV/unit
Como não possuímos dados suficientes sobre quantidade mensal vendida de cada
produto da loja, o que podemos através do ponto de equilíbrio é fornecer as quantidades
mínimas a serem vendidas de cada produto por mês para que a loja não gere prejuízo.
17. CONCLUSÃO
Após a realização deste relatório de pesquisa, que foi de grande valia para a nossa
formação acadêmica, verificamos que os preços de venda da fábrica não fogem da realidade,
estando bem calculados, mas é importante deixar claro que se refere apenas aos produtos
analisados, que são: calcinha em algodão, modelo Marta, tamanho P; calcinha em algodão,
modelo Marta, tamanho M; calcinha em cotton, modelo tanga alta, tamanho M; calcinha em
lycra, modelo tanga alta, tamanho M e sutiã em lycra, modelo meia taça, tamanho M, todos
em cor branca.
escolhido para a apropriação dos custos indiretos aos produtos fabricados por ser o que
julgamos mais apropriado por atribuir os custos gerados por atividades auxiliares à todos os
produtos fabricados permitindo a análise do custo/volume/lucro, o que não acontece no
custeio por absorção e no custeio direto ou variável não são considerados os custos fixos na
determinação do preço de venda.
Para o cálculo do preço de custo unitário dos produtos analisados foi calculado o preço
de venda unitário sem lucro, assim foi encontrado um preço de venda em equilíbrio que cobre
os custos unitários mais despesas com ICMS e com o SIMPLES, e para a sugestão do preço
de venda foram calculados sob vários índices de lucro desejado, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40,
45 e 50% e encontrado o multiplicador para cada um dos índices, como pode ser visto no
capítulo 10.
É importante ressaltar que a empresa Siede & Siede Ltda. prima pela qualidade de
seus produtos, e que a empresa oferece um diferencial aos consumidores, aceitando mudanças
na confecção de peças e até mesmo alterações de tamanho nos conjuntos para quem necessita
de tamanhos diferentes.
Outra coisa importante que pudemos verificar durante as visitas à fábrica é que os
retalhos são doados para o Lar dos Idosos e Lar da Menina, mostrando a preocupação da
empresa para com o bem estar social.
Outro fato negativo que foi constatado é o pagamento de contas em atraso, o que
acarreta juros e multas (considerado no custo dos produtos analisados), talvez isso ocorra até
mesmo pela falta de controle com os gastos. No momento em que se tem claramente tudo o
que precisa pagar durante o mês e seus vencimentos, fica mais fácil fazer uma provisão em
dinheiro ou até mesmo cortar gastos supérfluos para que, no dia do pagamento, se tenha
dinheiro em caixa, não atrasando assim seu pagamento e, consequentemente, livrando-se dos
juros e multas.
CHING, Hong Yuh. Gestão Baseada em Custeio por Atividade. 2ª edição. São Paulo: Atlas,
1997.
FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 23ª edição. São Paulo: Atlas, 1997.
IUDICIBUS, Sérgio de & MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 3ª edição. São
Paulo: Atlas, 1990.
94
MARTINS, Eliseu & ASSAF NETO, Alexandre. Administração Financeira: as Finanças das
Empresas sob Condições inflacionarias. São Paulo: Atlas, 1986.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Comercial Fácil. 11ª edição. São Paulo: Saraiva, 1996.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. 5ª edição. São Paulo: Saraiva, 1997.