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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS


CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Evelyn Karen Silva de Oliveira


Lucas de Lima Silva
Maik do Nascimento Ribeiro

Analise de área, produção e produtividade da soja no Estado do Tocantins


(2006 – 2016)

Palmas – TO
2019
Evelyn Karen Silva de Oliveira
Lucas de Lima Silva
Maik do Nascimento Ribeiro

Análise de área, produção e produtividade da soja no Estado do Tocantins (2006 –


2016)

Artigo apresentado como requisito parcial


de avaliação na disciplina de Economia da
Agricultura, pelo Curso de Ciências
Econômicas da Universidade Federal do
Tocantins - UFT.

Orientadora: Prof.ª Dra. Keile Aparecida Beraldo

Palmas – TO
2019
1

ANÁLISE DA ÁREA, PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE DA SOJA NO ESTADO


DO TOCANTINS (2006 – 2016)

Evelyn Karen Silva de Oliveira1


Lucas de Lima Silva2
Maik do Nascimento Ribeiro3
Prof.ª Dra. Keile Aparecida Beraldo

Resumo: O objetivo desse trabalho foi avaliar a importância e o desempenho do novo ciclo
de produção da agroindústria brasileira com foco na produção de soja, por se tratar de um
dos principais responsáveis pelo dinamismo do setor nos últimos anos. Analisando a
importância dessa cultura para o estado do Tocantins. Na metodologia foram utilizados os
dados balança comercial do estado do Tocantins entre os anos de 2006-2016, e dados das
safras da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) de 2006-2016, o aumento da
produção em grande parte foi ocasionado pelo crescimento do valor das commodities no
mercado internacional, crescimento da demanda por soja principalmente nos países asiáticos.
Gerando novas oportunidades e desafios para o setor principalmente no Tocantins.
Palavras-chave: balança comercial. Agronegócio. Soja. Tocantins.

1. INTRODUÇÃO

A produção agrícola brasileira vem passando por vários ciclos desde sua
colonização - pau-brasil, cana-de-açúcar, cacau, café, borracha - e, presentemente se
encontra transitando no CICLO DA SOJA, que teve seu início na década de 1970,
tendo seu impacto notado pelo mercado a partir do final da década de 80 e mais
notoriamente na década de 90.
O ciclo de produção da soja constitui um marco no processo do
desenvolvimento agroindustrial do Brasil. Sua influência é tão profunda, que é possível
dividir esse processo em duas fases: antes (agricultura de subsistência) e depois da
soja (agricultura empresarial). O estabelecimento da soja no Brasil foi um importante
fator de desenvolvimento econômico e social.
Brum et al (2005) afirmam, que a soja foi uma das principais responsáveis pela
introdução do conceito de agronegócio no país, não só pelo volume físico e financeiro,
mas também pela necessidade empresarial de administração da atividade por parte

1 Acadêmica de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Tocantins - UFT.


2 Acadêmico de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Tocantins - UFT.
3 Acadêmico de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Tocantins - UFT.
2

dos produtores, fornecedores de insumos, processadores da matéria-prima e


negociantes.
O rápido crescimento que ocorreu na produção é identificado por dois fatores:
expansão da área cultivada e do aumento da produtividade. A partir da década de
1970, os rendimentos passaram a ter influência crescente na explicação das taxas de
crescimento da produção. É claro que os preços dos produtos agrícolas influenciam e
são influenciados pelo aumento da produção. Mas, é usual admitir que a tecnologia
moderna trouxe um aumento da produção e este reflete-se na queda dos preços.
Tanto no Brasil quando no estado do Tocantins a área de soja cultivada
aumentou em grande escala a partir de 2006. Tal fato se deu pela ampliação consumo
internacional desse produto nos principais países compradores de soja, chegando na
safra de 2016/17 a um consumo de 329,2 milhões de toneladas, principalmente na
China que consome 101,5 milhões de toneladas.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

A análise se inicia com os dados obtidos através do portal de informações


agropecuárias na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), referente a
estimativa nacional e do estado do Tocantins da área cultivada, produção e
produtividade de soja, nas safras de 2006/7 a safra de 2016/17. Tais dados são
obtidos através do Mapeamento das Culturas Agrícolas do Brasil, que segundo a
Conab:
“O mapeamento dos cultivos agrícolas é realizado por meio de sensoriamento
remoto. Ele tem por objetivo contribuir com a estimativa de área e de
produtividade, oferecendo informações precisas sobre a distribuição
geográfica em cada estado. Na estimativa de área, o resultado do
mapeamento auxilia na análise da informação declarada, como um dado
passível de verificação em campo. Na estimativa de produtividade, o
conhecimento da localização das áreas de cultivo possibilita o monitoramento
das áreas produtivas através de parâmetros agrometeorológicos, oferecendo
indicativos sobre a previsão de rendimento das lavouras.”
Os dados de produção, custos, funcionários, renda per capta, maquinário e
aumento da área cultivada na região que foi utilizado para estudo do aumento da
produção, foram levantados através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Atualmente, a cultura da soja pode ser cultivada em várias regiões do Brasil,


em diferentes épocas, viabilizando muitos sistemas de produção e muitas fronteiras
agrícolas graças ao desenvolvimento de novas cultivares oriundas dos programas de
melhoramento que se adaptam a essas condições de solo e ambiente. O
desenvolvimento agrícola de estados como o Mato Grosso, Goiás, Tocantins,
Maranhão, Piauí e Bahia são bons exemplos. É necessário que os pesquisadores e
produtores atuem conjuntamente de modo a identificar razões que possam colaborar
para expressar a produtividade da soja em todo o seu potencial.
A produção de soja no Tocantins vem crescendo nos últimos anos e
apresentando produtividade cada vez mais expressiva. Os produtores estão
constantemente em busca de implementos - técnicos e tecnológicos - e boas práticas
para aumentar a produtividade das lavouras, conseguindo, assim, produzir mais a um
custo menor, ganhando competitividade no mercado.
A área utilizada para plantio da soja tocantinense na safra 2016/17 foi de 964
mil hectares, apresentando um aumento de 260% no ultimo decênio. Conseguiu-se
verificar o mesmo com o total da produção e produtividade da soja, atingindo nessa
safra 2.826,4 mil toneladas (aumento de 347%) e 2.932 kg por hectare (aumento de
21,4%) respectivamente (gráfico 1).

Gráfico 1 - Área cultivada, produtividade e produção soja no Tocantins

Fonte: Conab
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Depois de cinco anos estáveis com os índices de crescimento em mais de 10%


a cada safra, a safra de 2015/2016 no Tocantins tem uma queda na produção. De
acordo com os institutos de meteorologia toda a safra de 2015/2016 estaria à mercê
do fenômeno climático El Ninõ, que trouxe instabilidade a toda a produção nacional
de grãos. As maiores dificuldades se iniciaram no plantio da soja no Tocantins devido
à estiagem de novembro a dezembro, havendo pouca humidade disponível no solo
para a germinação. Devido aos empecilhos encontrados no plantio, paralisações por
falta de chuva, dificuldade no estabelecimento da lavoura, necessitando de replantio
acarretado pela pouca humidade e qualidade ruim da semente teve também a
proliferação de pragas, que neste caso foi a ferrugem asiática. O aumento nos custos
foi significativo, tendo maiores gastos com aplicações de fungicidas, inseticidas e
replantio em mais de 10% das áreas plantadas devido as perdas.
Se analisarmos a balança comercial tocantinense a soja representa o maior
porcentual dos produtos exportados no estado (gráfico 2). No período analisado de
2009-2016 as exportações de soja aumentaram de um volume de US$
143.483.922,00 para US$ 399.025.470,00, chegando a um pouco mais da metade do
valor exportado no ano de 2014 US$ 626.798.100,00.

Gráfico 2 - Balança comercial tocantinense

Fonte: Comex

No Brasil, entre as safras de 2006/07 e 2016/17 a produtividade da soja


aumentou de 2.823 kg por hectare para 3.364 Kg por hectare. A área de cultivada foi
de 20.686 mil hectares para 33.909 mil hectares, e a produção subiu de 58.391 mil
toneladas para 114.075 mil toneladas (gráfico 3).

Gráfico 3: Área cultivada, produtividade e produção e da soja no Brasil


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Fonte :Conab

Mesmo demonstrando avanços na produção e área plantada, a cultura da soja


no estado do Tocantins se encontra ainda em desenvolvimento, acarretando em níveis
de produtividade menos relevantes que grandes produtores do grão, como Mato
Grosso do Sul, Paraná e Goiás. A elevação da produtividade média da soja
consistente depende também da viabilidade econômica, da aplicabilidade e
acessibilidade de melhoramentos produtivos a todo e qualquer produtor. Entretanto
percebe-se que no estado que a quantidade de implementos utilizados na agricultura
ainda é inferior ao que está presente nas grandes produções agroindustriais.

5. CONCLUSÃO

Apesar dos prognósticos positivos, ainda existem grandes desafios a serem


superados para que este potencial produtivo seja totalmente efetivado. Compreender
esses desafios faz-se necessário para que a produção de soja do Tocantins, visando
à prospecção de demandas e de potenciais de manejo do sistema de produção
agrícola, consiga se equiparar a produtividade nacional.
Seu avanço deve se manter em um médio prazo, uma vez que existe
considerável território ocupado por pastagens degradadas, subutilizadas pelos
pecuaristas do estado. Nessa conjuntura, o setor produtivo tem a perspectiva de que
o estado ultrapasse a marca de 1,0 milhão de hectare nas próximas safras.
A agroindústria, como o caso da soja, é um dos setores em desenvolvimento
no estado e que vai exigir uma mão de obra preparada. É identificar os tipos de
especialização em falta e promover a capacitação. Para isso, ver-se necessário o
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contato com as principais empresas que estão estabelecidas e também com os


sindicatos, objetivando identificar qual o perfil de profissional que eles necessitarão.

REFERÊNCIAS

BORGHI, E. et al. Produção de Soja no Estado do Tocantins: percepções


iniciais sobre o sistema produtivo. XXXIV Reunião de Pesquisa de Soja,
Londrina, ago. 2014.
BRUM, A. L.; HECK, C. R.; LEMES, C. L.; MÜLLER, P. K.: A economia mundial da
soja: impactos na cadeia produtiva da oleaginosa no Rio Grande do Sul 1970-
2000. Anais dos Congressos. XLIII Congresso da Sober em Ribeirão Preto. São
Paulo, 2005.
CONAB. A Produtividade da Soja: Análise e Perspectivas. 10 v. Companhia
Nacional de Abastecimento, 2017.
CONAB. Acompanhamento da safra brasileira de grãos. Brasília: Conab, 2019.
Disponível em: <http://www.conab.gov.br>. Acesso em 20 jun. 2019.
EMBRAPA. Diagnóstico da produção de soja na macrorregião sojícola 5.
Londrina: Embrapa Soja, 2018.
SEAGRO. Ministro da Agricultura destaca potencial do Tocantins em produção
de grãos. Elaborado por Cláudio Paixão. Disponível em:
<https://seagro.to.gov.br/noticia/2018/2/16/ministro-daagricultura-destaca-potencial-
do-tocantins-em-producao-de-graos/>. Acesso em: 21 jun. 2019.
SOARES, Rafael Moreira. A INFLUÊNCIA DO EL NIÑO NA SAFRA DE SOJA: O El
Niño nas condições climáticas para a safra 2015/2016. 2016. Disponível em:
<http://fundacaomeridional.com.br/artigos/2015/12/03/a-influencia-do-el-nino-na-
safra-de-soja>. Acesso em: 01 jul. 2018.

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