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Continuada a Distância
Curso de
Perícias Criminais
Aluno:
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
Introdução à perícia criminal
Breve histórico da perícia criminal no mundo
Histórico da perícia criminal no Brasil
Criminalística, investigação criminal e a carreira de perito criminal e suas
competências
MÓDULO II
Tipos de identificação
Exame pericial no local do crime
Tipos de vestígios nos locais do crime
Coleta, armazenamento e transporte de materiais coletados na cena do
crime
Fotografia da cena do crime
MÓDULO III
Noções de Papiloscopia
Noções de Análise de Fibras
Noções de Documentoscopia
Noções de Medicina legal
MÓDULO IV
Noções de Odontologia legal
Noções de DNA forense
MÓDULO V
Noções de Balística forense
Noções de Perícia em Engenharia e em Crimes Informáticos
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Noções de Perícias Ambientais
Noções de Fonética forense
Laudo pericial
Concursos públicos para perito criminal
Considerações finais
Glossário
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
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poderá servir como apoio e incentivo para o seu ingresso na carreira de perito
criminal ou mesmo na atuação da mesma na pesquisa e na docência.
No entanto, o curso pretende esclarecer os alunos da importância da
realização de perícias e o quão reluzente e magnífico é o seu estudo, não somente
para sanar curiosidades, mas sim divulgar os modos de investigação de crimes para
estimular a justiça.
Nos primórdios da ciência forense, a sua definição era de uma ciência
“mista” utilizada para esclarecer a justiça. Atualmente, a ciência forense é tida como
uma profissão. A ciência forense é descrita como o estudo de associação entre
pessoa, lugares e coisas que envolvem atividades criminais, na qual diferentes
disciplinas assistem na investigação de casos criminais e civis.
Período Acontecimento
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http://archimedes2.mpiwg-
berlin.mpg.de/archimedes_templates/popup.h
tm. Acessado em 20/01/2009
A legenda "Eureka" de
Archimedes pode ser
considerada o primeiro relato
da antropologia forense no
Cerca de qual ele determina que a
200 a.C. coroa não era feita totalmente
de ouro, demonstrando que
poderia ser fraudulenta.
Disponível em:
<http://en.wikipedia.org/wiki/File:XiYuanJiLuD
iagram.jpg>. Acesso em 20/01/2009.
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Anos de
1500
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1686
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Em Lancaster, Inglaterra, John Toms foi condenado pelo
1784 assassinato, com base de um chumaço de jornal encontrado na pistola
que coincidia com o pedaço remanescente encontrado em seu bolso.
Anos
1800
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1810
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ocorreu na Alemanha, na qual se utilizou testes químicos para
marcadores de tintas específicas. O documento analisado foi o Konigin
Hanschritt.
1813
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medicina e química forense na Universidade de Paris, publicou Traite
des Poisons Tires des Regnes Mineral, Vegetal et Animal, ou
Toxicologie General l e foi considerado o “Pai da toxicologia moderna”.
Ele também trouxe significativa contribuição para o desenvolvimento de
testes para a presença de sangue em um contexto forense e foi o
primeiro a utilizar o microscópio na análise de amostras de sangue e
sêmen.
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Estudo dos
efeitos da
decomposi
ção em
corpos
exumados,
1831
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Livro de Orfila
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1
823
1
Willian Nichol inventou o microscópio polarizado.
828
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Adolphe Quetelet, um
estaticista belgo,
providenciou uma fundação
para os trabalhos de
Bertillion que seriam
desenvolvidos no futuro, de
que não existem dois
corpos humanos
exatamente iguais.
Cerca de
1830
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1836 James Marsh, um químico escocês, foi o primeiro a utilizar a
toxicologia em um julgamento criminal, detectando o arsênico.
1856
Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:William_James_Herschel.j
pg.> Acesso em: 20/01/2009
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1862 J. (Izaak) Van Deen desenvolveu uma técnica para teste de
sangue
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1869
O DNA foi isolado pela primeira vez pelo médico suíço Friedrich
Miescher que descobriu a substância microscópica em pus de curativos
de cirurgia.
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Mesmo sendo publicada cientificamente, a ideia aparentemente não foi
utilizada dessa fonte.
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Fotografia de Bertillon realizando medidas antropométricas.
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Fotografia de Bertillon realizando medidas antropométricas.
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Mensurações realizadas por Alphonse Bertillon.
Foto disposta no National Gallery of Canada, Ottawa.
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1
887
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1
887
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1891 Disponível em: <http://www.criminaldep.chnu.edu.ua/en/history/hans_gross.html.>
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Hans Gross, jurista criminal e
professor de direito criminal na
Universidade de Graz na Áustria
publicou livros sobre investigação
criminal, nos quais utilizou a evidência
física para a resolução de um crime.
1
892
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1 Disponível em:
<http://www.onin.com/fp/fmiru/juan_vucetich.jpg.>
892
Acesso em: 20/01/2009.
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Vucetich escreveu as instruções para a tomada de impressões
digitais, incluindo diagramas explicativos.
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Impressões digitais não foram usadas somente para identificar
suspeitos e criminosos, mas sim como controle do governo argentino.
Os cidadãos argentinos eram identificados em um livro com a sua foto e
a sua impressão.
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Disponível em:
<http://www.onin.com/fp/fmiru/thumbprint_and_signature_juan_vucetich.jpg.> Acesso
em: 20/01/2009.
1896
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distinguia sangue humano de sangue animal.
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sanguíneos para transfusão
1901
1905
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Victor Balthazard, professor de medicina forense da
Universidade de Paris, na França, publicou o primeiro livro significativo
sobre o estudo de cabelo, incluindo casos criminais envolvendo cabelos.
1910 Estudos também fotografias ampliadas de projéteis e cartuchos para
determinar o tipo de arma e foi o primeiro a individualizar um projétil de
uma arma.
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Disponível em:
<http://www.onin.com/fp/fmiru/edmond_loca
rd.jpg>.
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Walter Specht, do instituto de
medicina legal e criminalística científica da
Universidade de Jena desenvolveu o reagente
luminol para testes de detecção de sangue.
1950
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A Academia Americana
de Ciências Forenses é criada,
assim como, se iniciou a
publicação do jornal científico
Journal of Forensic Science,
periódico referência na área.
1953
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Lucas, no Canadá descreveu pela primeira vez a utilização de
1960
cromatografia a gás para a identificação de petróleo e seus derivados.
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1984
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1986
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Henry Erlich, da Cetus Corporation desenvolveu a técnica de
1986
PCR adaptada para o uso forense.
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Criação do banco nacional de dados de perfis genéticos de
1998
criminosos americanos, denominado CODIS.
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BREVE HISTÓRICO E DEFINIÇÃO DA PERÍCIA CRIMINAL NO BRASIL
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CRIMINALÍSTICA, INVESTIGAÇÃO CRIMINAL E A CARREIRA DE
PERITO CRIMINAL E SUAS COMPETÊNCIAS
Espíndula, 2007
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autores.” Os objetos presentes na cena de um crime possuem características gerais
e específicas, que quando analisadas por técnicas cientificamente comprovadas ou
caracterizadas, podem proporcionar dados suficientes para a identificação de um
crime e criminoso.
A nomenclatura Criminalística, às vezes, é associada como sinônimo de
ciências forenses. Criminalística é uma palavra derivada do alemão kriminalisticI,
que engloba os diversos aspectos dos métodos científicos e tecnológicos aplicados
a investigação e resolução de matérias legais. Criminalística é uma área da ciência
forense que envolve a coleta e análise de evidências físicas geradas por atividades
criminais (Houck e Siegel, 2006). No entanto, muitos autores consideram os
criminalistas, os cientistas forenses ou como é denominado aqui no Brasil, peritos
criminais.
Criminalística é a profissão e a disciplina científica diretamente relacionada
ao reconhecimento, a identificação, a individualização e a avaliação da evidência
física pela aplicação das ciências aplicadas às questões legais. Um criminalista
utiliza o princípio científico da química, da biologia e da física para deduzir
informações da cena do crime e da evidência física (Gialamas, 2001).
Traduzindo do inglês forensic science – ciência forense – termo mais
comumente utilizado para definir a ciência relacionada aos estudos judiciais, ou
melhor, a ciência forense é descrita como o estudo de associação entre pessoa,
lugares e coisas que envolvem atividades criminais, na qual diferentes disciplinas
assistem na investigação de casos criminais e civis. Como profissão, seria aquela
composta por cientistas cujo trabalho é responder questões para a corte por
intermédio de informações e testemunhas (Houck e Siegel, 2006). No Brasil, o termo
mais comumente utilizado é o de perícias criminais, mas o termo ciências forenses
também pode ser utilizado, mas para definir o estudo das questões judiciais que
envolvem casos criminais e civis, e não somente a criminal.
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Para um melhor
entendimento acerca das
perícias criminais, se fazem "O dever de um perito é dizer a
necessários o entendimento e a verdade; no entanto, para isso é
necessário: primeiro saber
diferenciação da mesma com a encontrá-la e, depois querer dizê-
perícia cível. Dessa maneira, la. O primeiro é um problema
científico, o segundo é um
serão explicados a seguir alguns problema moral."
conceitos básicos da perícia
cível e criminal: Nerio Rojas (1966)
“Seção II – Do perito
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§ 1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário,
devidamente inscritos no órgão de classe competente, respeitado o disposto no Capítulo Vl,
seção Vll, deste Código. (Incluído pela Lei nº 7.270, de 10.12.1984)
Art. 146. “O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que Ihe assina a lei,
empregando toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando motivo
legítimo.”
Nas perícias no fórum civil, caso seja necessário, o juiz nomeia o seu perito,
que é denominado perito do juiz e cada parte indicará um assistente técnico que
poderá elaborar quesitos a serem respondidos pelo perito do juiz e também podem
criticar, concordar ou complementar o laudo do perito oficial, que poderá ser ou não
aceito pelo juiz (Código de Processo Civil - Lei Federal n. 5.869, de 11/01/73):
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Art. 426. Compete ao juiz:
I - indeferir quesitos impertinentes;
II - formular os que entenderem necessários ao esclarecimento da causa.
Art. 427. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e
na contestação, apresentarem sobre as questões de fato pareceres técnicos ou
documentos elucidativos que considerar suficientes. (Redação dada pela Lei nº
8.455, de 24.8.1992)
Art. 428. Quando a prova tiver de realizar-se por carta, poderá proceder-se à
nomeação de perito e indicação de assistentes técnicos no juízo, ao qual se
requisitar a perícia.
Art. 429. “Para o desempenho de sua função, podem o perito e os
assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo
testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder
de parte ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas,
desenhos, fotografias e outras quaisquer peças.”
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- PERITO AD HOC: Perito não oficial, nomeado por uma autoridade ou juiz
para executar um exame específico, nos locais que não existe perito oficial, como é
descrito no capítulo II do Código de Processo Penal (Decreto-Lei n°3689, de outubro
de 1941):
“CAPÍTULO II
DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo
de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito
oficial, portador de diploma de curso superior. (LEI 11.689 de 2008 - alteração em vigor após
10/08/2008)
§ 1 o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica,
dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
§ 2 o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3 o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente
técnico.
§ 4 o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes
intimadas desta decisão.
§ 5 o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a
quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem
esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo
apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser
fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6 o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à
perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e
na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua
conservação.
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§ 7 o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a
parte indicar mais de um assistente técnico.
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente
o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias,
podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer
hora.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se
os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele
prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas
permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a
verificação de alguma circunstância relevante.
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará
para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará
auto circunstanciado.
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar
da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a
sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade
procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem
encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios
deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando
possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos,
devidamente rubricados.
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder-se-á
ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou
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pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no
qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações.
Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos os
objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido
incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial
ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado,
ou de seu defensor.
§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito,
a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I,
do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 (trinta) dias, contado da
data do crime.
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a
autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a
chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou
esquemas elucidativos.
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das
coisas e discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com
provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.
Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a
subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios,
indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato
praticado.
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas,
deterioradas ou que constituam produto do crime.
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à
avaliação por meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências.
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Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que
houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio,
a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação
do fato.
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra,
observar-se-á o seguinte:
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o
ato, se for encontrada;
II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa
reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja
autenticidade não houver dúvida;
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos
que existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se
daí não puderem ser retirados;
IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os
exibidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver
ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória,
em que se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever.
Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da
infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência.
Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência.
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo
deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação
poderá ser feita pelo juiz deprecante.
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na precatória.
Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor
da repartição, juntando-se ao processo o laudo assinado pelos peritos.
Art. 179. No caso do § 1o do art. 159, o escrivão lavrará o autorrespectivo, que será
assinado pelos peritos e, se presente ao exame, também pela autoridade.
Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o laudo, que poderá ser
datilografado, será subscrito e rubricado em suas folhas por todos os peritos.
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do
exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o
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seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade
poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.
Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões,
obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade,
complementar ou esclarecer o laudo. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo
exame, por outros peritos, se julgar conveniente.
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo
ou em parte.
Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública, observar-se-á o disposto no
art. 19.
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial
negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da
verdade.
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As especialidades em perícias descritas acima só são emitidas para peritos
oficias, como disposto no REGULAMENTO PARA A CONCESSÃO DO TÍTULO DE
ESPECIALISTA EM ÁREAS PERICIAIS (Associação Brasileira de Criminalística,
2009):
“Da Concessão
º
Art. 3 - O título de especialista será concedido somente aos peritos
criminais que sejam filiados às suas respectivas entidades de classe estaduais e
estas, por sua vez, estejam em dia com as suas obrigações junto a ABC, nos termos
previstos em seu Estatuto.
Parágrafo Único - Para satisfazer o requisito previsto no “caput” é
necessário que esteja filiado, ininterruptamente, a pelo menos 3 (três) anos, o qual
deverá ser comprovado pela cópia da ficha de inscrição e declaração da sua
entidade, assinada pelo Presidente e Tesoureiro.
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criminais em algumas de suas áreas, dando uma ênfase maior na parte de
identificação humana e crimes contra a pessoa. Essa base auxiliará o aluno a
perceber o quão extenso, interessante e difícil é o estudo das perícias criminais.
Os alunos poderão perceber a vasta quantidade de informações para a
realização de perícias criminais, que nunca poderão ser realizadas somente por um
perito ou entendida amplamente por uma só pessoa, seja um perito criminal, um
investigador, um advogado, um delegado, etc.; mas, sim, por um conjunto de
pessoas que se unirão para que se traga o esclarecimento para a justiça do fato
ocorrido.
No final desse curso, colocaremos alguns dados sobre concursos públicos
para o ingresso na carreira de perito criminal.
As perícias criminais são realizadas para os diversos tipos de crimes
dispostos no Código Penal, mas que são facilmente visualizados nessa tabela 1
elaborada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE (2009),
que permite também a visualização da quantidade de crimes cometidos no Estado
de São Paulo.
Ocorrências Policiais
Natureza do Crime
Decap Demacro Deinter
(1) (2) (3)
1.436.63
TOTAL
745.540 413.171 0
59
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Trânsito
Homicídio Culposo, Outros 94 59 179
Indução/Auxílio ao Suicídio 31 53 46
Aborto 89 66 298
Lesões Corporais Dolosas 33.010 28.282 121.211
Lesões Corporais Culposas por
Acidentes de Trânsito 23.073 16.555 78.305
Lesões Corporais Culposas, Outras 1.276 734 2.602
Perigo de Vida ou Saúde 254 217 652
Maus Tratos 950 933 4.053
Omissão de Socorro 120 146 391
Calúnia, Difamação e Injúria 8.827 7.416 40.160
Constrangimento Ilegal 877 608 1.735
Ameaça 32.387 27.162 111.347
Violação de Domicílio 406 693 3.944
Outros Crimes Contra a Pessoa 1.197 1.650 5.190
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Furto Qualificado Tentado 1.486 493 5.448
Receptação 3.920 2.591 4.026
Apropriação Indébita 2.837 1.699 7.867
Dano Material 8.058 6.284 33.123
Estelionato 28.666 10.712 29.210
Fraudes Diversas 440 202 1.348
Outros Crimes Contra o Patrimônio 4.083 2.403 13.400
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Peculato 20 12 68
Corrupção 55 38 129
Resistência 282 191 711
Desacato 584 797 6.261
Contrabando ou Descaminho 31 21 267
Comunicação Falsa de Crime 99 77 204
Falso Testemunho 24 19 59
Exercício Arbitrário das Próprias Razões 1.273 1.135 3.493
Fuga de Presos 217 146 655
Desobediência 660 890 3.584
Outros Crimes Contra a Administração
Pública 2.126 1.831 2.838
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Perturbação de Trabalho e Sossego 1.598 1.216 12.388
Jogo do Bicho 97 29 307
Embriaguez 1.380 825 2.174
Outras Contravenções Penais 1.537 1.054 11.623
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orientando aspectos técnicos e científicos da perícia médico-legal, podendo se
estender as perícias odontolegais. São eles:
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Realizar uma necropsia bem feita com cautela e cuidado, a fim de evitar
perícias sucessivas, que podem ser dificultadas devido às condições do corpo ou
mesmo da impossibilidade de recuperação do material para estudo.
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Decidir com firmeza e manter suas decisões.
6°) Ser livre para agir com isenção
Não permitir que convicções, paixões e ideologias influenciem o resultado.
7°) Não aceitar a intromissão de ninguém
Não aceitar que alguém deforme sua conduta ética e profissional
8°) Ser honesto e ter vida pessoal correta
É preciso ser honesto para ser justo, conferindo credibilidade e
respeitabilidade.
9°) Ter coragem para decidir
O que sabe, o que não sabe.
10°) Ser competente para ser respeitado
Atualizar os estudos permanentemente.
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