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ACÓRDÃO
Documento: 546412 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/09/2006 Página 1 de 51
Superior Tribunal de Justiça
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da CORTE
ESPECIAL do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas
constantes dos autos, prosseguindo no julgamento, após o voto-vista da Sra. Ministra Eliana
Calmon, acompanhando o voto da Sra. Ministra Relatora, e os votos dos Srs. Ministros Paulo
Gallotti, Francisco Falcão e Antônio de Pádua Ribeiro no mesmo sentido, por maioria, conhecer
do recurso ordinário em mandado de segurança e dar-lhe provimento, nos termos do voto da Sra.
Ministra Relatora. Vencidos os Srs. Ministros Barros Monteiro, Ari Pargendler, Fernando
Gonçalves, Felix Fischer, Gilson Dipp e Hamilton Carvalhido. Os Srs. Ministros Luiz Fux,
Antônio de Pádua Ribeiro, Cesar Asfor Rocha, José Delgado, Eliana Calmon, Paulo Gallotti e
Francisco Falcão votaram com a Sra. Ministra Relatora. Não participaram do julgamento os Srs.
Ministros Nilson Naves, Humberto Gomes de Barros, Carlos Alberto Menezes Direito, Aldir
Passarinho Junior, Jorge Scartezzini, Laurita Vaz, João Otávio de Noronha e Teori Albino
Zavascki. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Gilson Dipp.
Brasília (DF), 2 de agosto de 2006(data do julgamento).
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Superior Tribunal de Justiça
RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 17.524 - BA (2003/0218891-4)
RELATÓRIO
Documento: 546412 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/09/2006 Página 3 de 51
Superior Tribunal de Justiça
Inconformada, interpôs recurso de apelação. Formulou preliminar de
incompetência absoluta do 2.º Juizado Especial de Defesa do Consumidor para
apreciar a lide, posto que o valor em execução é de R$ 176.994,97, cerca de vinte
vezes o teto estabelecido pelo art. 3.º, I, da Lei 9.099/95. Requereu que o seu recurso
fosse apreciado por uma das Turmas do TJBA.
A 4.ª Turma Recursal Cível de Defesa do Consumidor e Causas Comuns
negou provimento ao recurso interposto pela recorrente. Determinou o
desapensamento dos autos e o prosseguimento da ação de execução.
A recorrente então impetrou mandado de segurança, com pedido liminar,
perante o TJBA.
Em síntese, sustentou que (i) o julgamento da apelação interposta contra
a sentença de rejeição dos embargos de terceiro que opusera compete ao TJBA; (ii) a
ação de execução excedeu os limites impostos pelo art. 3.º, I, da Lei 9.099/95, motivo
pelo qual há de ser remetida a uma das Varas Cíveis; (iii) que a sentença proferida
pelo 2.º Juizado Especial de Defesa do Consumidor é ineficaz, nos termos do art. 39
da referida Lei.
Acórdão: inicialmente, o TJBA deferiu o pedido liminar para suspender
o curso da ação de execução até o julgamento do mandado de segurança. Contudo,
denegou a ordem por acórdão assim ementado:
"Mandado de segurança. Decisão prolatada por Presidente de
Turma Recursal. Incompetência dos Tribunais de Justiça. Precedentes.
Na esteira do entendimento do Tribunal de Justiça da Bahia, em sua
composição plena, e de julgados emanados do Superior Tribunal de
Justiça, falece competência aos Tribunais de Justiça para rever decisões
prolatadas pelos Juizados Especiais, ainda que em sede de mandado de
segurança."
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RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 17.524 - BA (2003/0218891-4)
VOTO
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Superior Tribunal de Justiça
impugnação de uma decisão proferida pelos juizados especiais. Nada mais que isso.
Definido, de maneira precisa, o objeto do recurso, passa a ser possível
apreciá-lo, dirimindo as questões importantíssimas que a matéria suscita. É o que se
passa a fazer.
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se convertem em motivos de impugnação. Não obstante, a doutrina, de maneira geral,
defende a permanência desse instituto na atualidade, com base no artigo 741, inciso I,
do Código de Processo Civil. Assim, a querela nullitatis , estaria embutida na ação de
Embargos à Execução Judicial, sendo passível de utilização nas hipóteses de
inexistência da sentença decorrente de nulidade na citação do Réu revel. Como a
disposição do artigo 741, inciso I, todavia, somente se reporta a sentenças de natureza
condenatória , parte da doutrina também defende que, para as demais modalidades de
sentença (constitutiva, declaratória), a querela nullitatis poderia ser veiculada sob o
manto da ação declaratória de nulidade.
Todavia, ainda que admitida a sobrevivência desse instituto no direito
brasileiro moderno nesses casos específicos, não se pode deixar de lado o fato de que a
querela nullitatis somente seria passível de ser utilizada nas hipóteses de sentença
inexistente . A sentença proferida por juízo incompetente – ainda que se esteja falando
de incompetência absoluta – configura-se sentença nula, e não inexistente –, de forma
que a querela nullitatis , mesmo em tese, não seria cabível para impugná-la. Disso
decorre que não me parece adequada a adoção dessa solução para o caso concreto.
Além disso, é importante relembrar que admitir o controle de competência dos
Juizados Especiais unicamente mediante a propositura de uma nova ação, perante o
juízo comum, representaria uma postura diametralmente contrária aos princípios de
celeridade e simplicidade que informa essa justiça especializada. Assim, por todos
esses motivos, a querela nullitatis não consubstancia um meio adequado de dar
solução ao caso de que se ocupa este julgado.
II.b) A Reclamação
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Superior Tribunal de Justiça
II.c) O Mandado de Segurança
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Superior Tribunal de Justiça
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
CORTE ESPECIAL
Relatora
Exma. Sra. Ministra NANCY ANDRIGHI
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro EDSON VIDIGAL
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. FLAVIO GIRON
Secretária
Bela. VANIA MARIA SOARES ROCHA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : CIDADE COMPANHIA DE INCORPORAÇÕES E DESENVOLVIMENTO
ADVOGADOS : JOSÉ LEITE SARAIVA FILHO
PEDRO BORGES DA SILVA TELES
T. ORIGEM : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
IMPETRADO : PRESIDENTE DA 4A TURMA RECURSAL CÍVEL DE DEFESA DO
CONSUMIDOR E CAUSAS COMUNS
RECORRIDO : ANDRÉ JOSÉ DOS SANTOS FILHO
ADVOGADO : GIL RUY LEMOS COUTO
ASSUNTO: Execução - Embargos - Terceiro
SUSTENTAÇÃO ORAL
Sustentou oralmente, pela recorrente, o Dr. José Leite Saraiva Filho.
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Após o voto da Sra. Ministra Relatora, conhecendo do recurso ordinário e dando-lhe
provimento, pediu vista o Sr. Ministro Luiz Fux.
Aguardam os Srs. Ministros Antônio de Pádua Ribeiro, Barros Monteiro, Francisco
Peçanha Martins, Cesar Asfor Rocha, Ari Pargendler, José Delgado, José Arnaldo da Fonseca,
Fernando Gonçalves, Felix Fischer, Gilson Dipp, Hamilton Carvalhido, Eliana Calmon, Paulo
Gallotti e Francisco Falcão.
Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Sálvio de Figueiredo Teixeira, Humberto
Gomes de Barros e Carlos Alberto Menezes Direito, substituído pela Sra. Ministra Nancy Andrighi
e, ocasionalmente, o Sr. Ministro Nilson Naves.
Licenciado o Sr. Ministro Franciulli Netto.
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RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 17.524 - BA (2003/0218891-4)
VOTO-VISTA
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ainda que em sede de mandado de segurança." (fls. 260)
Por sua vez, no mesmo julgado, o respeitado Ministro Menezes Direito exarou
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o seguinte posicionamento:
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julgamento de embargos de terceiros de valor tão sobejamente superior ao previsto para esse
segmento de justiça (R$ 150.000,00) entendeu a parte de insistir na tese que restou rejeitada
pela Turma Recursal.
Consoante é possível entrever-se, essa questão escapa ao controle difuso da
constitucionalidade através do Recurso Extraordinário, porquanto matéria estritamente
infraconstitucional.
Destarte inadmissível o Recurso Especial haja vista que as turmas recursais
não representam tribunais de única ou última instância.
Nada obstante, dessa decisão alegando exercício abusivo de poder jurisdicional
a parte impetrou Mandado de Segurança, inadmitido sob a alegação de que as causas dos
juizados começam e terminam no âmago desse microssistema.
A assertiva é de relevo e de procedência quando se pretende através do writ
utilizar a garantia fundamental como simulacro de recurso.
Entretanto, é mister, ao menos em tese, o mandamus , porque dirigido contra
ato judicial impassível de recurso.
É que a lei mandamental nº 1.533/51 dispõe, em seu artigo 5º, inciso II, que:
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anterior). Contudo, entendendo competente o Tribunal de Alçada,
quer em razão do valor da causa, quer em razão da matéria posta em
discussão, já, também, assim decidiu o TJPR." (grifou-se)
É cediço que dos atos do juiz, quando cabível, o mandado de segurança deve
ser endereçado ao Tribunal de Justiça, por isso que, exsurgindo dessa decisão, eventual
violação à constituição federal ou à legislação infraconstitucional, desafia-se, in itinere,
recurso para os tribunais superiores.
Essa interpretação sistemática se impõe, não obstante a limitação recursal
inerente aos juizados especiais, que pressupõe, para a restrição impugnativa, que a causa seja
efetivamente da competência desse seguimento de jurisdição.
Deveras, a quaestio juris, quanto ao cabimento do writ perante os Juizados
Especiais, segundo Luiz Carlos Cercato Padilha, em artigo publicado na Revista da
Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, nº 70, ano XXIV - julho - 1997, merece ser
enfrentada sob o seguinte enfoque:
"O cruzamento do writ com o ato judicial produziu, tanto na doutrina
como na jurisprudência, as mais variadas contradições, ou seja,
desde a negativa absoluta até a admissão contra coisa julgada. (...)
Em resumo, a autoridade fere o direito líquido e certo do impetrante
quando pratica um ato ilegal, isto é, quando se desvincula da lei, ou
quando comete um ato abusivo, ou seja, no momento em que não
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aplica o esquema subsuntivo de velar pela segurança de forma
acertada, ou, melhor, no instante em que preenche o conceito vago
erradamente (lembrando, sempre, que não ocorre discricionariedade
na juris dictio).
Como já se frisou, não só a doutrina, como a jurisprudência produziu
neste campo, as mais diferentes teses e pronunciamentos (na maioria
em relação às decisões interlocutórias): a) para dar efeito
suspensivo; b)contra a própria decisão; c) com a necessidade da
interposição do recurso; d) independentemente do recurso; e) com
pedido alternativo: ou vulnerar a decisão ou a concessão do efeito
suspensivo, por fim, a mais completa liberalidade: f) contra a coisa
julgada.
O que o particular busca, na realidade, por intermédio do juicio de
amparo, não é o efeito suspensivo ao recurso, mas sim, initio litis,
através da liminar, a suspensão da eficácia do ato apontado como
ilegal ou abusivo que, concedida, indiretamente, dará suspensividade
à insurgência recursal.
Convenhamos que, para tanto, o mesmo necessitará ter muito mais
que fumus boni iuris, ou seja, deverá provar, de plano, o fato certo e
o direito certo. Por outro lado, é possível atacar o ato ilegal ou
abusivo pela via do mandamus, ao invés do recurso ou ao lado dele.
Todavia, para tal desiderato, a situação fática deve revestir-se da
excepcionalidade de que o ato guerreado, permanecendo eficaz,
produzirá um danno irreparabile.
Busca, diante disso, o impetrante, ou suspender a eficácia da
sentença enquanto tramita o recurso, ou , definitivamente, por lhe
gerar um dano de impossível reparabilidade ,Diante da Lei n°
9.099/95, afora outros atos que possam ser praticados, parece
perfeitamente admissível a utilização do mandado de segurança, em
substituição ao recurso vedado de agravo, quando, por exemplo, o
Juiz deixa de admitir o recurso, por incabível ou intempestivo,
declara-o deserto sem ser o caso, ou ainda, se não concede o efeito
suspensivo, porque aí terá praticado um ato ilegal e, permanecendo
eficaz a sentença, como antes realçado, pode gerar ao impetrante um
danno irreparabile, " (In, "Recurso Perante os Juizados Especiais
Cíveis e Turmas de Jujízes - Lei 9.099/95") (grifou-se)
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RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 17.524 - BA (2003/0218891-4)
VOTO
matéria pacífica na Corte em face do enunciado da Súmula 203 – que não cabe aos
segurança junto ao próprio Colégio Recursal com recurso daí, em sendo o caso, para o
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Supremo Tribunal Federal; ou, ainda, a hipótese de reclamação perante o órgão
próprio, cuja competência fosse subtraída. Estou convencido de que não se pode
Luiz Fux, por considerar descabido o mandado de segurança no caso, nego provimento
ao recurso.
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VOTO
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Superior Tribunal de Justiça
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
CORTE ESPECIAL
Relatora
Exma. Sra. Ministra NANCY ANDRIGHI
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro EDSON VIDIGAL
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. ÁUREA MARIA ETELVINA N. LUSTOSA PIERRE
Secretária
Bela. VANIA MARIA SOARES ROCHA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : CIDADE COMPANHIA DE INCORPORAÇÕES E DESENVOLVIMENTO
ADVOGADOS : JOSÉ LEITE SARAIVA FILHO
PEDRO BORGES DA SILVA TELES
T. ORIGEM : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
IMPETRADO : PRESIDENTE DA 4A TURMA RECURSAL CÍVEL DE DEFESA DO
CONSUMIDOR E CAUSAS COMUNS
RECORRIDO : ANDRÉ JOSÉ DOS SANTOS FILHO
ADVOGADO : GIL RUY LEMOS COUTO
ASSUNTO: Execução - Embargos - Terceiro
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo no julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro Luiz Fux, acompanhando o
voto da Sra. Ministra Relatora, o voto do Sr. Ministro Cesar Asfor Rocha, no mesmo sentido, e o
voto do Sr. Ministro Barros Monteiro, entendendo descabido o mandado de segurança, pediu vista o
Sr. Ministro Ari Pargendler.
Aguardam os Srs. Ministros José Delgado, José Arnaldo da Fonseca, Fernando
Gonçalves, Felix Fischer, Gilson Dipp, Hamilton Carvalhido, Eliana Calmon, Paulo Gallotti e
Francisco Falcão.
Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Sálvio de Figueiredo Teixeira e Gilson Dipp
e, ocasionalmente, os Srs. Ministros Antônio de Pádua Ribeiro e Francisco Peçanha Martins.
Não participaram do julgamento os Srs. Ministros Nilson Naves, Humberto Gomes de
Barros, Carlos Alberto Menezes Direito e Franciulli Netto.
Licenciado o Sr. Ministro Fernando Gonçalves.
O Sr. Ministro Gilson Dipp foi substituído pelo Sr. Ministro Arnaldo Esteves Lima.
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RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 17.524 - BA (2003/0218891-4)
VOTO-VISTA
Quid ?
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embargos de terceiro são ajuizados por parte diferente e
instalam outra ação, cujo valor pode não coincidir com o da
causa principal, embora incidental àquela.
Documento: 546412 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/09/2006 Página 3 8 de 51
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
CORTE ESPECIAL
Relatora
Exma. Sra. Ministra NANCY ANDRIGHI
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro JOSÉ DELGADO
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. FLAVIO GIRON
Secretária
Bela. VANIA MARIA SOARES ROCHA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : CIDADE COMPANHIA DE INCORPORAÇÕES E DESENVOLVIMENTO
ADVOGADOS : JOSÉ LEITE SARAIVA FILHO
PEDRO BORGES DA SILVA TELES
T. ORIGEM : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
IMPETRADO : PRESIDENTE DA 4A TURMA RECURSAL CÍVEL DE DEFESA DO
CONSUMIDOR E CAUSAS COMUNS
RECORRIDO : ANDRÉ JOSÉ DOS SANTOS FILHO
ADVOGADO : GIL RUY LEMOS COUTO
ASSUNTO: Execução - Embargos - Terceiro
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo no julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro Ari Pargendler, negando
provimento ao recurso em mandado de segurança, pediu vista o Sr. Ministro Cesar Asfor Rocha.
Aguardam os Srs. Ministros Antônio de Pádua Ribeiro, Francisco Peçanha Martins,
Fernando Gonçalves, Felix Fischer, Gilson Dipp, Hamilton Carvalhido, Eliana Calmon, Paulo
Gallotti e Francisco Falcão.
Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Nilson Naves e Hamilton Carvalhido e,
ocasionalmente, os Srs. Ministros Antônio de Pádua Ribeiro e Edson Vidigal.
Não participaram do julgamento os Srs. Ministros Humberto Gomes de Barros e Carlos
Alberto Menezes Direito.
Documento: 546412 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/09/2006 Página 3 9 de 51
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RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 17.524 - BA (2003/0218891-4)
VOTO-VISTA
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segurança para afastar tal excesso, sob pena de os juizados especiais terem a
última palavra sobre a própria competência.
Como já dito, o eminente Ministro Ari Pargendler, atento às
peculiaridades do caso concreto, houve por bem negar provimento ao presente
recurso. Ponderou Sua Excelência que, na fase de execução, foi penhorado bem da
ora recorrente e aos seus embargos de terceiro foi atribuído o valor de R$ 4.000,00,
dentro da competência dos juizados especiais. Salientou, ainda, que não houve
impugnação ao valor da execução, questão surgida somente quando do julgamento
desses embargos pela turma recursal.
Todavia, com a mais respeitosa vênia, não creio, por isso, possa ser
obstaculizado o curso da demanda por esses fundamentos.
Com efeito, uma coisa é a competência para o exame do mandamus
e outra, bem distinta, é a competência nele versada como matéria de fundo da
impetração.
O que está em discussão, no momento, é tão-somente a primeira
questão, ou seja, decidir se incumbe ou não ao Tribunal de Justiça julgar o
mandado de segurança de que ora se cuida. Não cabe agora decidir se houve ou
não impugnação ao valor da causa no juizado especial, ou se tal matéria foi
aventada ou não em momento oportuno. Essas questões são atinentes ao mérito e,
como tais, devem ser decididas pelo Tribunal a quo, pressupondo, portanto, o
acolhimento do presente recurso. O exame do mérito, dessarte, não pode ser aqui
antecipado.
A única indagação que estaríamos autorizados a fazer, nessa linha de
raciocínio, é se há ou não, no bojo do mandado de segurança, discussão referente
à exacerbação da competência do juizado especial.
Por esse motivo, Sr. Presidente, reitero minha orientação no sentido
do acolhimento do presente recurso ordinário, acompanhando a eminente Ministra
Relatora.
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VOTO
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VOTO
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RETIFICAÇÃO DE VOTO
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
CORTE ESPECIAL
Relatora
Exma. Sra. Ministra NANCY ANDRIGHI
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. HAROLDO FERRAZ DA NOBREGA
Secretária
Bela. VANIA MARIA SOARES ROCHA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : CIDADE COMPANHIA DE INCORPORAÇÕES E DESENVOLVIMENTO
ADVOGADO : JOSÉ LEITE SARAIVA FILHO E OUTRO
T. ORIGEM : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
IMPETRADO : PRESIDENTE DA 4A TURMA RECURSAL CÍVEL DE DEFESA DO
CONSUMIDOR E CAUSAS COMUNS
RECORRIDO : ANDRÉ JOSÉ DOS SANTOS FILHO
ADVOGADO : GIL RUY LEMOS COUTO
ASSUNTO: Execução - Embargos - Terceiro
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo no julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro Cesar Asfor Rocha,
acompanhando o voto da Sra. Ministra Relatora, e o voto do Sr. Ministro José Delgado, no mesmo
sentido, e os votos dos Srs. Ministros Fernando Gonçalves, Felix Fischer, Gilson Dipp e Hamilton
Carvalhido, acompanhando a divergência, tendo o Sr. Ministro Fernando Gonçalves retificado voto
para aclarar que acompanhava a divergência pela conclusão do voto do Sr. Ministro Barros
Monteiro e pela fundamentação do voto do Sr. Ministro Ari Pargendler, pediu vista a Sra. Ministra
Eliana Calmon.
Aguardam os Srs. Ministros Paulo Gallotti, Francisco Falcão e Antônio de Pádua Ribeiro.
Não participaram do julgamento os Srs. Ministros Nilson Naves, Carlos Alberto Menezes
Direito, Aldir Passarinho Junior, Jorge Scartezzini, Castro Filho, Laurita Vaz e Teori Albino
Zavascki.
Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Antônio de Pádua Ribeiro, Barros Monteiro,
Humberto Gomes de Barros, Francisco Falcão e João Otávio de Noronha.
Documento: 546412 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/09/2006 Página 4 5 de 51
Superior Tribunal de Justiça
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RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 17.524 - BA (2003/0218891-4)
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Superior Tribunal de Justiça
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
CORTE ESPECIAL
Relatora
Exma. Sra. Ministra NANCY ANDRIGHI
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. DELZA CURVELLO ROCHA
Secretária
Bela. VANIA MARIA SOARES ROCHA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : CIDADE COMPANHIA DE INCORPORAÇÕES E DESENVOLVIMENTO
ADVOGADO : JOSÉ LEITE SARAIVA FILHO E OUTRO
T. ORIGEM : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
IMPETRADO : PRESIDENTE DA 4A TURMA RECURSAL CÍVEL DE DEFESA DO
CONSUMIDOR E CAUSAS COMUNS
RECORRIDO : ANDRÉ JOSÉ DOS SANTOS FILHO
ADVOGADO : GIL RUY LEMOS COUTO
ASSUNTO: Execução - Embargos - Terceiro
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo no julgamento, após o voto-vista da Sra. Ministra Eliana Calmon,
acompanhando o voto da Sra. Ministra Relatora, e os votos dos Srs. Ministros Paulo Gallotti,
Francisco Falcão e Antônio de Pádua Ribeiro no mesmo sentido, a Corte Especial, por maioria,
conheceu do recurso ordinário em mandado de segurança e deu-lhe provimento, nos termos do voto
da Sra. Ministra Relatora. Vencidos os Srs. Ministros Barros Monteiro, Ari Pargendler, Fernando
Gonçalves, Felix Fischer, Gilson Dipp e Hamilton Carvalhido.
Os Srs. Ministros Luiz Fux, Antônio de Pádua Ribeiro, Cesar Asfor Rocha, José Delgado,
Eliana Calmon, Paulo Gallotti e Francisco Falcão votaram com a Sra. Ministra Relatora.
Não participaram do julgamento os Srs. Ministros Nilson Naves, Humberto Gomes de
Barros, Carlos Alberto Menezes Direito, Aldir Passarinho Junior, Jorge Scartezzini, Laurita Vaz,
João Otávio de Noronha e Teori Albino Zavascki.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Gilson Dipp.
Documento: 546412 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 11/09/2006 Página 5 0 de 51
Superior Tribunal de Justiça
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