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Direito Penal
1.1. Conceito
- Direito Penal Subjetivo: é o próprio ius puniendi, ou seja, tem relação com a
possibilidade do Estado criar e executar suas normas, com a imposição das decisões
condenatórias prolatadas pelo Poder Judiciário.
O referido
O referido ius puniendi
ius puniendi podepode ser subdividido
ser subdividido em: positivo
em: positivo e negativo.
e negativo. O positivo
O positivo éo
é poder
o poder
dede
o oEstado
Estadocriar
criare eexecutar
executarsuas
suaspróprias
própriasdecisões
decisõesdedecunho
cunhocondenatório.
condenatório.OO
negativo
negativoé é manifestado
manifestado pela
pela possibilidade
possibilidade de extirpar do
de extirpar do ordenamento
ordenamento jurídico
jurídico
determinado
determinadopreceito
preceitopenal,
penal, tal
tal como
como ocorre no controle
ocorre no controle de
de constitucionalidade
constitucionalidade
realizado
realizadopelo
peloSupremo
SupremoTribunal
TribunalFederal.
Federal.
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1.2. Características
1.3. Funções
- Controle social: no âmbito do controle social, ele é exercido por meio de mecanismos
de prevenção.
- Garantia do indivíduo em face do Estado: almeja o controle da intervenção do Estado
incidente sobre a liberdade individual de cada cidadão.
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As fontes formais, por outro lado, são aquelas que têm a forma positivada do
Direito, podendo-se dizer que estas são retratadas nas normas jurídicas como
exteriorização do Direito. Subdividem-se em:
a) Fonte formal imediata: a lei, destacamos que somente ela poderá criar infrações
penais e cominar pena.
b) Fontes formais mediatas: são a Constituição Federal, os costumes e os princípios
gerais do direito.
Essa temática foi colocada em recente edital da Banca CESPE no Concurso para
Delegado de Polícia do Estado de Goiás de 2017.
- Garantismo Penal
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a) Nulla poena sine crimine: principio da retributividade ou da consequencialidade da pena
em relação ao delito;
b) Nullum crimen sine lege: principio da reserva legal;
c) Nulla lex sine necessitate: principio da necessidade ou da economia do direito penal;
d) Nulla necessitas sine injuria: principio da lesividade ou da ofensividade do resultado;
e) Nulla injuria sine actione: principio da materialidade ou da exterioridade da ação;
f) Nulla actio sine culpa: principio da culpabilidade ou da responsabilidade pessoal;
g) Nulla culpa sine judicio: principio da jurisdicionalidade;
h) Nullum judicium sine accusatione: principio acusatório ou da separação entre juiz e
acusação;
i) Nulla accusatio sine probatione: principio do ônus da prova ou da verificação;
j) Nulla probatio sine defensione: principio do contraditório ou da defesa, ou da
falseabilidade.
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Capítulo 2 Princípios
2.1. Princípios
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a) lei estrita: tem relação com a competência para a criação de crimes e cominação de
penas, através de lei editada somente pelo Poder Legislativo.
b) lei escrita: a lei deve ser escrita, sendo certo que o costume não é admitido como
fonte normativa no direito penal.
c) lei certa: a lei penal deve ser precisa e determinada, não se se admitindo tipos penais
vagos e imprecisos.
d) lei prévia: a lei penal incriminadora só pode ser aplicada para os fatos cometidos após
a sua vigência.
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- Requisitos:
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- Observação: os requisitos subjetivos não guardam relação com o fato, mas sim com o
agente e à vítima.
Jurisprudência
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O princípio defende que somente podem ser tipificados como infrações penais
os comportamentos que não sejam adequados no âmbito social. Restringe, assim, a
incidência do tipo penal, pois limita a sua interpretação com a exclusão das condutas
socialmente aceitáveis pela sociedade.
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3.1. Introdução
- Leis Penais Não Incriminadoras: são aquelas que preveem regras de licitude ou
impunidade de determinadas situações relevantes ao Direito Penal.
a) leis penais permissivas: são as que autorizam a prática de determinados atos típicos.
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3.3. Características
Em regra, a estrutura básica da lei penal é formada pelo preceito primário, que
descreve a conduta comissiva ou omissiva ilícita e pelo preceito secundário, que
estabelece a sanção penal.
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Em regra, os fatos ocorridos na vigência de determinada lei devem ser por ela regidos,
de acordo com o brocardo jurídico tempus regit actum. Entretanto, há exceção na
extra-atividade da lei penal mais benéfica, que permite a sua aplicabilidade retroativa,
bem como permite a sua ultra-atividade. A ultra-atividade é a aplicação da lei após a
sua revogação.
O conflito das leis penais no tempo é resolvido com a aplicação dos princípios
da irretroatividade da lei penal mais gravosa e da retroatividade da lei penal mais
benéfica.
A lei nova mais severa não pode ser aplicada aos fatos anteriores à sua vigência,
em decorrência do princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa. Assim, os
fatos anteriores continuarão sendo disciplinados pela lei anterior, com aplicação da sua
ultra-atividade.
Por outro lado, a lei penal mais benéfica retroage aos fatos anteriores à sua
vigência.
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Atenção! Competência para aplicação da lei nova mais benéfica: A rigor cabe ao juízo
da etapa de conhecimento. Caso o processo esteja em grau de recurso, cabe ao Tribunal.
Se estiver em fase de execução, cabe ao juízo da execução penal.
A lei nova incriminadora de uma conduta que antes não era positivada, só terá
início de vigência a partir da sua entrada em vigor, em respeito ao princípio da
anterioridade.
A Lei “Y” é aplicada aos três furtos cometidos em continuidade delitiva. O mesmo
raciocínio vale para o crime permanente.
Súmula 711 do STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.
Nessa temática das leis penais no tempo, é importante nós falarmos a respeito
da lei excepcional e da lei temporária:
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Quando houver diversos tipos penais parecendo incidir ao mesmo tempo num
fato, há o que chamamos de conflito aparente de normas.
Para não incorrer em bis in idem, devemos escolher qual o tipo penal que
incidirá sobre aquele único fato, embora haja diversos tipos penais conflitando entre si
aparentemente. Essa determinação se dará conforme alguns critérios, chamados de
princípios do conflito aparente de normas.
a) Princípio da especialidade: em eventual conflito entre o tipo penal geral e o tipo penal
específico, prevalecerá este último. Os elementos específicos são denominados
especializantes, os quais podem tornar o fato mais gravoso ou benéfico ao agente.
b) Princípio da subsidiariedade: a norma subsidiária prevê um crime autônomo com
sanção penal menos grave que a prevista em outro tipo penal, concebida como norma
primária. O tipo penal menos grave está contido dentro do tipo mais grave. A
subsidiariedade pode ser expressa ou tácita. Na subsidiariedade expressa, o tipo
expressamente declara a sua subsidiariedade, o que ocorre quando o artigo diz “se não
configurar crime mais grave”. Já a subsidiariedade tácita decorre da interpretação
sistemática da ordem jurídico-penal.
c) Princípio da consunção: ocorre quando há uma absorção de um crime por outro. A
consunção possui três vertentes: o crime progressivo; a progressão criminosa e o post
factum impunível. O crime progressivo ocorre quando o agente desde o início da sua
empreitada criminosa já sabe que violará outros bens jurídicos para consumar o seu
crime mais grave. As violações anteriores ficam absorvidas pelo crime fim. Na
progressão criminosa, o agente produz o resultado pretendido desde o início, mas, em
seguida, resolve praticar um resultado mais grave que o anterior. No post factum
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impunível, os tipos protegem o mesmo bem jurídico, a primeira infração penal lesa um
bem jurídico, enquanto que a segunda não enseja uma nova lesão, porque o bem já foi
violado anteriormente.
d) Princípio da alternatividade: aplica-se aos tipos penais mistos alternativos. Desse
modo, ainda que o agente tenha praticado várias condutas descritas no mesmo tipo
penal, só se terá praticado um único crime.
a) teoria da atividade: o local onde ocorreu a conduta (ação ou omissão), ainda que
outro seja o local de ocorrência do resultado.
b) teoria do resultado: o local onde ocorreu o resultado.
c) teoria mista ou da ubiquidade: local em que ocorreu a conduta (ação ou omissão),
no todo ou em parte, bem como onde produziu ou deveria ocorrer o resultado.
A doutrina diz que em razão da referida exceção, conclui-se que o Código Penal
adotou o princípio da territorialidade, mas de forma temperada.
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(Ano: 2014 Banca: ACAFE Órgão: PC-SC Prova: Delegado de Polícia Substituto)
e) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes de injúria, calúnia
e difamação praticados contra o Presidente da República do Brasil.
R: Alternativa C
R: Alternativa D
3.7. Interpretação e aplicação da lei penal
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Todos eles gozam de imunidade absoluta, ele é inviolável tanto na esfera civil,
quanto na penal, por seus votos, palavras e opiniões. Ele não responde por crime de
opinião. Ele não pode responder por uma injúria, calúnia, difamação, desacato. Para que
ele seja inviolável, esses votos, palavras e opiniões devem guardar relação com o múnus
da sua profissão. A imunidade do vereador é restrita às funções que ele tem definida
como vereador.
Observação: O Vereador não tem imunidade relativa na CF, a não ser que tenha previsão
Observação: O Vereador não tem imunidade relativa na CF, a não ser que tenha
na Constituição Estadual, mas isso não poderá afastar a competência constitucional do
previsão na Constituição Estadual, mas isso não poderá afastar a competência
Júri.
constitucional do Júri.
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De acordo com o conceito formal, crime é toda conduta que a lei prescreve
como delituosa capaz de causar lesão a um bem jurídico e que é cominada uma sanção
penal.
- Conceito material: crime é toda conduta que provoca lesão ou exponha a perigo um
determinado bem jurídico protegido. Observa-se que esse conceito se atém ao
conteúdo do ilícito penal, com a análise da conduta criminosa e a sua consequência
social.
Observação:
Observação:importante
importanteregistrar
registrarque
queooconceito
conceito tripartido
tripartido é o majoritário
majoritário no
nonosso
nosso
ordenamento jurídico.
ordenamento jurídico.
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4.2.1. Conduta
- Teoria Causalista: foi criada por Von Liszt e Beling no final do século XIX. Para essa
teoria, a ação humana consistia numa modificação no mundo exterior perceptível pelos
sentidos e por uma manifestação de vontade, ou seja, por uma ação ou omissão dotada
de voluntariedade.
De acordo com Hans Welzel, a conduta teria duas fases: subjetiva e objetiva:
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a) Fase subjetiva: é uma antecipação mental do resultado, com a seleção dos meios
aptos a atingir o resultado pretendido e leva em consideração os efeitos concomitantes
à utilização dos meios.
b) Fase objetiva: é a própria realização da conduta, ou seja, a conduta voluntária e
consciente e dirigida a uma finalidade é posto em prática pelo agente.
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(Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC Prova: Delegado de Polícia Civil)
Sobre a doutrina da ação finalista, tal qual formulada por Hans Welzel, é correto afirmar que:
a) o tipo, para Welzel, é objetivo e neutro, ao passo em que o injusto é uma criação normativa,
propiciada por juízos de valor que teriam como norte o objetivo almejado pelo legislador, seja
a proteção de bens jurídicos, seja outra situação estatal de conveniência.
b) para a teoria finalista de Welzel. ação é uma manifestação da personalidade, que abrange
todos os acontecimentos atribuíveis ao centro de ação psíquico-espiritual do homem, não
distinguindo a manifestação da personalidade da realização de um propósito.
c) a direção final de uma ação se dá em duas fases, que nas ações simples se entrecruzam, a
saber, uma que ocorre na esfera do pensamento, com a antecipação do fim a realizar, a seleção
dos meios necessários à sua realização e a consideração dos efeitos simultâneos decorrentes
dos fatores causais eleitos; e a concretização da ação no mundo real, de acordo com a projeção
mental.
d) ora a ação é apresentada como comportamento humano socialmente relevante, ora como
fenômeno social, em modelos nos quais a finalidade humana é apresentada como um fator
formador de sentido da realidade social.
e) a teoria foi desenvolvida a partir de modelos ditados pelo método científico de Descartes,
com as contribuições positivistas de pensadores como Comte, resultando em uma formulação
na qual o conteúdo da vontade é dissociado do processo causal que desencadeia a vontade no
mundo exterior.
R: Alternativa C
4.2.2. Dolo
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a) dolo direito de primeiro grau: ocorre quando o agente tem a consciência e a vontade
de praticar a conduta e de produzir o resultado criminoso.
b) dolo direito de segundo grau: é a representação na mente do agente do possível
efeito colateral como decorrência necessária do meio escolhido para a prática de
determinado crime.
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4.2.3. Culpa
Os tipos culposos devem ser expressamente previstos como tal, tendo em vista
que a modalidade dolosa é a regra.
a) negligência: é relevada por uma abstenção do agente. O agente não faz o que deveria
ter sido realizado e, assim, provoca uma violação do seu dever objetivo de cuidado.
b) imprudência: é manifestada por um agir indevido do agente. O agente atua com
precipitação, de forma perigosa.
c) imperícia: é relacionada com a inaptidão para o desempenho de arte ou profissão.
Espécies de culpa:
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4.2.4. Resultado
Importante destacarmos que todo crime possui resultado jurídico ou normativo, pois
sempre haverá perigo ou lesão a um bem jurídico. Todavia, nem todo crime terá um
resultado
As material
infraçõesou naturalístico,
penais podem ser tal classificadas
como ocorrecomo:
nos crimes de mera conduta e nos
crimes formais.
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O nexo de causalidade tem relevância nos crimes materiais, bem como nos
crimes omissos impróprios.
a)Teoria da equivalência dos antecedentes causais: de acordo com essa teoria, a ação
ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. É uma causa necessária para a
produção do resultado. Tudo aquilo que foi praticado que repercutiu no resultado
equivale como causa. Assim, qualquer causa antecedente que contribuiu fisicamente
para o resultado será levada em consideração. Conforme o procedimento hipotético de
eliminação de Thyrén, causa seria todo antecedente que retirado mentalmente
impediria a produção do resultado da forma que ocorreu.
b) Teoria da causalidade adequada: de acordo com essa teoria, embora haja vários atos
anteriores ao resultado, considera-se a causa mais adequada à produção do resultado.
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Nota-se que ao conceituar causa no artigo 13 do CP, não houve distinção entre a ação
ou a omissão. Pela leitura da parte final do citado artigo, concluímos que a omissão
também se demonstra
A omissão relevante
imprópria para
pode ser ser considerada
praticada causa
dolosa ou do resultado,
culposamente, bastando,
esta última a
para tanto,
depender que o omitente
de previsão tenha o dever jurídico de impedir ou tentar impedir a
legal expressa.
ocorrência do resultado.
A lei estabelece no artigo 13, §2º do CP que certas pessoas tenham um dever
jurídico especial de agir para evitar o resultado, denominados garantidores. A omissão
será penalmente relevante na hipótese em que o omitente devia e podia agir para evitar
o resultado.
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4.3. Tipicidade
- Tipicidade Formal: é a adequação entre o fato praticado pelo agente e o tipo penal. O
tipo penal possui elementos objetivos, que são os aspectos materiais e normativos e
elementos subjetivos, que são os dados relacionados à consciência e vontade do agente.
Esse juízo de tipicidade formal (adequação entre conduta e resultado) pode ser
feito de duas formas. Assim, são duas formas de adequação típica formal:
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- Tentativa: encontra-se no artigo 14, II do CP, ocorrendo quando o agente não consegue
alcançar à consumação do crime, em virtude de circunstâncias alheias à sua vontade.
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- Classificações da tentativa:
Este tema foi recentemente cobrado na prova da Banca IBADE no Concurso para
Delegado de Polícia Civil do Acre em 2017.
(Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC Prova: Delegado de Polícia Substituto)
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Austregésilo, verbalizando seu animus necandi, aponta uma arma de fogo municiada para
Aristóteles. Este, todavia, consegue entrar em luta corporal com Austregésilo, apossando-se
da arma de fogo antes do acionamento do gatilho. Considerando o caso proposto, é correto
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- Arrependimento Eficaz: ocorre quando o agente, após esgotar todos os meios de que
dispunha para consumar a infração penal, arrepende-se e atua de forma contrária,
evitando a produção do resultado inicialmente pretendido.
4.5. Ilicitude
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4.6. Culpabilidade
Elementos da culpabilidade:
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- Imputabilidade: a inimputabilidade.
- Potencial consciência de conduta diversa: erro de proibição.
- Exigibilidade de conduta diversa: inexigibilidade de conduta diversa.
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A potencial consciência da ilicitude do fato pode ser excluída com base no erro
de proibição, que ocorre quando o agente atua ou se omite sem a consciência da
ilicitude do fato, no momento em que as circunstâncias não lhe permitiam ter ou atingir
essa consciência. Tem como consequência a isenção do agente de pena.
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- Erro de tipo: ocorre quando faltar consciência sobre algum dos elementos do tipo pelo
agente. O erro de tipo pode ser espontâneo (cometido pelo próprio agente) ou
provocado por terceiro (o erro é determinado por terceiro).
- Erro de tipo essencial: é aquele que recai sobre os elementos constitutivos do tipo
penal ou sobre as circunstâncias. O erro de tipo pode ser evitável ou inevitável:
a) erro de tipo evitável: é aquele que poderia ter sido evitado se o agente tivesse tido a
diligência necessária. Nesse caso, haverá a exclusão do dolo, mas haverá punição a título
de culpa, se a infração penal admitir a modalidade culposa.
b) erro de tipo inevitável: é aquele que não poderia ter sido evitado, mesmo se o agente
tivesse agido com toda a diligência necessária.
- Erro de tipo acidental: não é relevante para fins de exclusão do dolo. Subdivide-se em:
a) erro sobre a pessoa: ocorre quando o agente pratica a ação delituosa direcionada a
uma vítima, mas que por falsa representação da realidade atinge outra pessoa. Nesse
caso, conforme dispõe o artigo 20, §3º do CP, devem ser consideradas as qualidades
pessoas da vítima desejada, também chamada de vítima virtual.
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b) erro sobre o objeto: ocorre quando o agente pratica a ação delituosa sobre
determinado objeto acreditando que, na verdade, se tratava de outro.
c) erro na execução (aberratio ictus): caracteriza-se quando por acidente ou erro nos
usos do meio de execução, o agente por erro atinge pessoa diversa da pretendida. Nesse
erro, o resultado pode ocorrer por: unidade simples ou resultado único, quando o
agente só atinge a pessoa diversa, ele responderá na forma do artigo 73, caput, 1ª parte
do CP; por unidade complexa (resultado duplo): aqui, o agente além de atingir a vítima
pretendida, também acaba por erro na execução atingindo pessoa diversa, aplica-se a
regra do concurso formal.
d) resultado diverso do pretendido (aberratio criminis): quando há um erro de coisa
para pessoa ou de pessoa para coisa. Caso ocorra além do resultado não pretendido, o
resultado pretendido pelo agente aplica-se a pena mais grave das penas cabíveis ou se
idênticas, somente uma delas, mas com o aumento, em qualquer caso, de um sexto até
a metade.
e) erro sobre o curso causal (aberratio causae): essa modalidade de erro acidental não
incide na mente do agente. Esse erro sobre o curso causal provoca consequências no
nexo de causalidade, pois o resultado ocorre em virtude de outra causa diferente da
inicialmente desejada pelo agente. Observa-se que por mais que a causa seja diversa, o
agente consegue atingir o resultado da mesma forma.
- Erro de Proibição: ocorre quando falta ao agente consciência sobre a ilicitude da sua
conduta. O agente age, com plena consciência sobre a proibição, sobre a ilicitude da
conduta. Subdivide-se em três espécies:
a) erro de proibição direto: No erro de proibição direto, o agente age sem saber que
aquilo é proibido. O erro de proibição direto se subdivide em erro de proibição
invencível, inevitável, escusável e em erro de proibição vencível, evitável, inescusável.
Se o erro de proibição direto for invencível, o agente está isento de pena. Toda vez que
a lei diz “é isento de pena”, está excluindo a culpabilidade. E se culpabilidade é elemento
integrante do conceito analítico de crime, excluindo-se a culpabilidade o próprio crime
desaparece. Portanto, no erro de proibição direto invencível, não há crime. Já no erro
de proibição vencível, a consequência é a diminuição de pena de 1/6 a 1/3.
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c) erro mandamental: O erro mandamental é aquele que incide sobre um crime, seja a
omissão própria ou imprópria. Como os demais erros, esse erro mandamental pode ser
vencível ou invencível, com idênticas consequências: se o erro for invencível, o agente
estará isento de pena. Se for vencível, haverá diminuição de pena.
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b) Teoria Limitada da Culpabilidade: é feita uma distinção sobre o erro que incide nas
descriminantes putativas, se o erro incidir sobre uma situação de fato será um erro de
tipo. Se a norma é permissiva, há um erro de tipo permissivo. Ao contrário, se o erro
incidir sobre a existência ou limites da causa de justificação será hipótese de erro de
proibição.
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5.1. Introdução
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5.3. Requisitos
5.4. Teorias
a) Teoria Monista ou Unitária: todos aqueles que praticam condutas com igual
propósito respondem pelo mesmo crime.
b) Teoria Dualista: devem-se diferenciar dois crimes, um crime para os autores e um
crime para os partícipes.
c) Teoria Pluralista: são tantos crimes quantos forem os agentes.
Observamos que, em regra, o nosso Código Penal adotou a teoria monista (unitária)
no artigo 29. Porém, a mencionada teoria é mitigada em razão das chamadas
exceções pluralísticas à teoria monista, razão pela qual dizemos que no ordenamento
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jurídico brasileiro vigora a teoria monista mitigada ou temperada.
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(Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: PC-DF Prova: Delegado de Polícia Substituto)
Assinale a alternativa correta acerca do concurso de pessoas.
a) De acordo com a teoria pluralística, há um crime para os autores, que realizam a conduta
típica emoldurada no ordenamento positivo, e outro crime para os partícipes, que desenvolvem
uma atividade secundária.
b) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio são puníveis ainda que o crime não tenha
sido tentado.
d) Segundo a teoria monista ou unitária, a cada participante corresponde uma conduta própria,
um elemento psicológico próprio e um resultado igualmente particular.
R: Alternativa E
R: Alternativa D
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a) Teoria Restritiva: autor é aquele que pratica o verbo núcleo do tipo penal.
b) Teoria Extensiva: autor é aquele que de qualquer forma concorre para a prática da
infração penal.
c) Teoria do Domínio Final do Fato: autor é aquele que tem o domínio finalístico do fato
criminoso.
a) Autoria direta ou imediata: ocorre quando o agente possui o domínio final sobre o
fato e o executa diretamente.
b) Autoria indireta ou mediata: ocorre quando o agente utiliza um terceiro como
instrumento para a consecução da prática delituosa.
- Autoria colateral: se caracteriza quando dois ou mais agentes atuam para a realização
do mesmo resultado, mas sem o conhecimento da conduta do outro. Não agem em
concurso de pessoas, pois não há liame subjetivo.
5.6. Participação
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- A participação material ocorre quando o partícipe presta auxílio com algum bem
material ou instrumento para o cometimento da infração penal.
Nesse caso, se algum dos agentes quis concorrer para um crime menos grave,
ele responderá tão somente por tal crime. Entretanto, caso o crime mais grave tenha
sido previsível, o agente responderá pelo crime menos grave, mas a pena será elevada
até a metade.
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6.1. Conceito
A pena pode ser conceituada como uma resposta do Estado ao indivíduo que
cometeu alguma infração penal. De forma clássica, entende-se que a pena é uma sanção
penal.
6.3. Princípios
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6.4. Teorias
a) Teorias Absolutas: a pena é vista como uma forma de retribuição justa pelo
cometimento de um crime.
b) Teorias Relativas: a pena é vista como uma forma de prevenir crimes, sendo um meio
de proteção aos bens jurídicos. Essa função preventiva se subdivide em: prevenção geral
e em prevenção especial. A prevenção geral e a especial são vistas sob duas formas:
negativa ou positiva. Vejamos cada uma delas em separado:
Prevenção Geral
Prevenção Especial
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6.5. Classificação
- Disciplina normativa: de acordo com o artigo 33 do CP, “A pena de reclusão deve ser
cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime
semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado”.
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Importante! A partir da leitura do §3º do artigo 33 do CP, conclui-se que o regime inicial
de pena será fixado conforme os critérios da: quantidade e espécie da pena, reincidência
e observância das circunstâncias judiciais.
Jurisprudência
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33, § 1º, alíneas “b” e “c”). No entanto, não deverá haver alojamento
conjunto de presos dos regimes semiaberto e aberto com presos do
regime fechado.
3. Havendo déficit de vagas, deverão ser determinados: (i) a saída
antecipada de sentenciado no regime com falta de vagas; (ii) a liberdade
eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou
é posto em prisão domiciliar por falta de vagas; (iii) o cumprimento de
penas restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que progride ao
regime aberto. Até que sejam estruturadas as medidas alternativas
propostas, poderá ser deferida a prisão domiciliar ao sentenciado.
4. Apelo ao legislador. A legislação sobre execução penal atende aos
direitos fundamentais dos sentenciados. No entanto, o plano legislativo
está tão distante da realidade que sua concretização é absolutamente
inviável. Apelo ao legislador para que avalie a possibilidade de reformular
a execução penal e a legislação correlata, para: (i) reformular a legislação
de execução penal, adequando-a à realidade, sem abrir mão de
parâmetros rígidos de respeito aos direitos fundamentais; (ii)
compatibilizar os estabelecimentos penais à atual realidade; (iii) impedir
o contingenciamento do FUNPEN; (iv) facilitar a construção de unidades
funcionalmente adequadas – pequenas, capilarizadas; (v) permitir o
aproveitamento da mão-de-obra dos presos nas obras de civis em
estabelecimentos penais; (vi) limitar o número máximo de presos por
habitante, em cada unidade da federação, e revisar a escala penal,
especialmente para o tráfico de pequenas quantidades de droga, para
permitir o planejamento da gestão da massa carcerária e a destinação
dos recursos necessários e suficientes para tanto, sob pena de
responsabilidade dos administradores públicos; (vii) fomentar o trabalho
e estudo do preso, mediante envolvimento de entidades que recebem
recursos públicos, notadamente os serviços sociais autônomos; (viii)
destinar as verbas decorrentes da prestação pecuniária para criação de
postos de trabalho e estudo no sistema prisional.
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- Importante: Confissão: é uma circunstância atenuante genérica (artigo 65, III, “d” do
CP), que incide na 2ª fase de aplicação da pena.
- Espécies:
a) Espontânea: é a atenuante genérica prevista no artigo 65, III, “d” do CP.
b) Parcial: ocorre na hipótese em que o agente confessa apenas parcialmente os fatos
alegados na denúncia.
c) Qualificada: ocorre na hipótese em que o agente admite a prática do fato criminoso,
mas alega em sua defesa um motivo que excluiria o crime ou o isentaria de pena.
Jurisprudência
Tema: compensação entre a agravante do artigo 61, II, “f” do CP (crime
praticado com violência contra a mulher) e a confissão espontânea
(artigo 65, III, “d” do CP)
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Jurisprudência
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Caso não haja o pagamento pelo condenado, a multa será considerada dívida
de valor, com aplicação das normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, nos
termos do artigo 51 do CP.
Jurisprudência
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Súmula
Súmula 527527
do STJ: O tempo
do STJ: de duração
O tempo da medida
de duração da de segurança
medida não deve ultrapassar
de segurança não deve
o limite máximo
ultrapassar da pena
o limite abstratamente
máximo cominada ao delito
da pena abstratamente praticado.
cominada ao delito praticado.
Observação:
Importante:OOSTF
STF jájá se
se posicionou
posicionou em
em julgados sustentando que
julgados sustentando que aa medida
medida de
de
segurança deverá
segurança obedecer
deverá obedecer a um
a prazo máximo
um prazo de 30de
máximo anos,
30 com
anos,base
comembase
umaem
analogia
uma
com o artigo
analogia com75o do CP,75
artigo e do
considerando que a CRFB/88
CP, e considerando veda as veda
que a CRFB/88 penasas de caráter
penas de
perpétuo.
caráter perpétuo.
Jurisprudência
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- Sursis simples: está previsto no §1º do artigo 78 do CP. O sursis simples requer o
cumprimento de requisito objetivo e subjetivo.
Observação:
Observação:o sursis somente
o sursis será possível
somente se não for
será possível se indicada
não for ou cabível ou
indicada a substituição
cabível a
prevista no artigo
substituição 44 dono
prevista CP.
artigo 44 do CP.
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a) Sursis etário: é aquele concedido a maior de 70 anos de idade que tenha sido
condenado a uma PPL não superior a quatro anos.
b) Sursis humanitário: permite ao condenado a uma pena não superior a quatro anos,
ver concedido o sursis, desde que razões de saúde a justifiquem.
S.Súmula
499 do STF: NãoSTF:
499 do obsta à concessão
Não do "sursis"
obsta à concessão docondenação anterior àanterior
"sursis" condenação pena deàmulta.
pena
de multa.
Observação: o artigo 77, §1º do CP prevê em igual sentido ao da súmula.
a) Sistema do cúmulo material: é aplicado como regra em nosso sistema, que consiste
no somatório simples das penas.
b) Sistema do cúmulo jurídico: a pena aplicada às infrações penas em concurso não
deve ser o seu somatório, e sim deve corresponder ao a gravidade dos delitos
envolvidos, para atingir valores inferiores ao somatório de todas, contudo, superior a de
cada infração penal singularmente.
c) Sistema de absorção: a pena do crime mais grave absorve a menos grave dos crimes
em concorrência.
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d) Sistema de exasperação: nesse haverá uma única pena, sempre a mais grave
aumentada de um quantum variável estabelecido em lei.
- Importante! No concurso formal próprio, a pena não poderá exceder a pena que seria
cabível pela regra do concurso material, que aplica o sistema do cúmulo material. Se o
resultado da exasperação for mais gravoso que a soma de penas, deve-se então somá-
las, aplicando a regra do cúmulo material (concurso material benéfico). Tal regramento
encontra-se no artigo 70, parágrafo único do CP.
- Requisitos:
a) Pluralidade de condutas
b) Pluralidade de crimes da mesma espécie
c) Mesmas condições de tempo
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Jurisprudência
Tema: Requisitos da continuidade delitiva (Informativo nº 457 do STJ)
- Crime continuado específico: nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos
com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade,
os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e
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- Características:
Direito Público: o titular para processar, julgar e executar as penas é o Estado.
Direito Subjetivo: o direito de ação pertence ao Ministério Público nas hipóteses
de ação penal pública. Também, a vítima, o seu representante legal ou
sucessores possuem o direito de ação penal privada, bem como a ação penal
privada subsidiária da pública.
Direito Autônomo: não depende da procedência ou improcedência do pedido.
- Classificação:
A ação penal no ordenamento jurídico brasileiro se classifica em: de iniciativa
pública ou de iniciativa privada.
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c) prescrição retroativa: é aquela calculada com base na pena em concreto. Ela depende
do trânsito em julgado da sentença penal condenatória para a acusação no que
concerne à pena fixada, em decorrência da não interposição do recurso cabível ou pelo
seu improvimento.
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Súmula 146 do STF: A prescrição da ação penal regula-se pela pena concretizada na
sentença, quando não há recurso da acusação.
S. 220 do STJ: A reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva.
Súmula 18 do STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção
S. da
438 do STJ: É inadmissível
punibilidade, a extinção
não subsistindo da efeito
qualquer punibilidade pela prescrição da pretensão
condenatório.
punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou
Súmula 220 do STJ: A reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão
sorte do processo penal.
punitiva.
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Jurisprudência
(Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: PC-GO Prova: Delegado de Polícia Substituto)
a) Uma lei de anistia pode ser revogada por lei posterior, diante de mudança de opinião do
Congresso Nacional a respeito da extinção de punibilidade concedida.
b) Graça e indulto somente podem ser concedidos pelo presidente da República, uma vez que
tais prerrogativas são insuscetíveis de delegação.
c) A punibilidade de qualquer crime pode ser extinta por meio de graça e indulto.
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e) A anistia ou abolitio criminis é causa extintiva de punibilidade discutida no âmbito do Poder
Legislativo.
R: Alternativa D
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Nos crimes contra a vida tutela-se a proteção da vida humana como bem
jurídico, sendo considerado o bem mais importante do indivíduo.
7.1.1. Homicídio
O tipo penal tipifica a conduta de matar alguém, que significa a retirada da vida
de outro ser humano, que estava vivo no momento do crime.
- Modalidades:
a) Homicídio Simples (artigo 121, caput do CP): é a forma simples do tipo penal “Matar
alguém”, não exige nenhum animus especial do agente.
b) Homicídio Privilegiado (artigo 121, §1º do CP): é uma causa de diminuição especial
de pena. O agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da
vítima.
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c) Homicídio Qualificado (artigo 121, §2º do CP): são hipóteses qualificadoras do crime,
umas relacionadas aos motivos do crime (incisos I, II, V, VI e VII) e outras com o modo
que o crime foi praticado (incisos III e IV).
d) Homicídio Culposo (artigo 121, §3º do CP): essa modalidade ocorre quando o agente,
com manifestada imprudência, negligencia ou imperícia, deixa de empregar a atenção
ou diligencia de que era capaz, provocando, com a sua conduta o evento morte.
e) Homicídio Culposo Majorado (artigo 121, §4º, 1ª parte do CP): são causas de
aumento de pena no crime cometido culposamente. Ocorre quando o crime é cometido
com inobservância da regra técnica de profissão, arte ou ofício; se o agente deixa de
prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato ou
foge para evitar prisão em flagrante.
- Causas de aumento de pena: quando o crime doloso for praticado contra pessoa
menor de 14 ou maior de 60 anos aumenta-se a pena em 1/3; quando o crime for
praticado por milícia privada, sob pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por
grupo de extermínio, aumenta-se a pena de 1/3 até a metade.
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O sujeito ativo e o passivo podem ser qualquer pessoa. O tipo penal descreve a
conduta do suicídio, que ocorre com a eliminação da própria vida, exigindo-se que a
vítima tenha cometido o suicídio de forma voluntária e consciente, ou seja, com
discernimento. O agente pratica o crime por meio de três formas: induzimento,
instigação ou auxílio.
7.1.3. Infanticídio
Ocorre o crime quando a mãe mata o seu filho sob a influência do estado
puerperal, ou seja, o crime deve ter sido cometido em virtude da perturbação de ordem
psíquica decorrente do estado puerperal.
7.1.4. Aborto
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O crime de aborto tutela a vida humana, se o crime for provocado por terceiro
também se protege a incolumidade da gestante. O aborto caracteriza-se por ser uma
descontinuação da gravidez, que leva a morte do feto.
a) Provocar o aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque (artigo 124
do CP): o sujeito ativo é a própria gestante. O sujeito passivo é o feto.
b) Provocar o aborto, sem o consentimento da gestante (artigo 125 do CP): o crime pode
ser cometido por qualquer pessoa. Há uma dupla subjetividade passiva, pois são sujeitos
passivos o feto e a gestante.
c) Provocar aborto com o consentimento da gestante (artigo 126 do CP): o crime pode
ser cometido por qualquer pessoa. O sujeito passivo é o feto.
Jurisprudência
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arts. 124 a 126 do Código Penal – que tipificam o crime de aborto – para
excluir do seu âmbito de incidência a interrupção voluntária da gestação
efetivada no primeiro trimestre. A criminalização, nessa hipótese, viola
diversos direitos fundamentais da mulher, bem como o princípio da
proporcionalidade.
(HC 124306/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto
Barroso, 1ª Turma, julgado em 29/11/2016).
- Classificação doutrinária:
7.3. Rixa
O crime tutela os bens jurídicos saúde e a vida. Não se exige condição especial
para o sujeito ativo e nem para o sujeito passivo, ou seja, qualquer pessoa poderá
praticá-lo. Exige-se, contudo, o concurso necessário de pessoas, pois se trata de crime
de natureza plurissubjetiva.
- Honra objetiva: é o conceito que a pessoa possui na sociedade, a sua reputação social.
- Honra subjetiva: é o conceito que a pessoa tem sobre si própria, a sua dignidade e
decoro.
7.4.1. Calúnia
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O bem jurídico tutelado é a honra objetiva. O tipo penal dispõe que a calúnia é
praticada quando o agente imputa a alguém falsamente fato definido como crime.
Observação: admite-se a calúnia contra os mortos, de acordo com o artigo 138, §2º
do CP.
7.4.2. Difamação
- Classificação doutrinária: é um crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo
e passivo.
7.4.3. Injúria
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- Classificação doutrinária: é um crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo
e passivo.
Demais classificações:
O tipo legal alude ao verbo constranger, que significa o ato de forçar, compelir
alguém a fazer ou deixar de fazer algo. O sujeito ativo comete o crime por meio de
violência, grave ameaça ou de qualquer outro meio capaz de impedir a resistência da
vítima.
- Classificação doutrinária: crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou
passivo.
7.5.2. Ameaça
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou passivo.
O tipo penal prescreve o verbo ameaçar, que significa intimidar, causar medo em
alguém, mediante a promessa de causar-lhe mal injusto e grave.
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou passivo.
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou passivo.
O crime prevê o dolo específico, pois o agente comete o crime com as seguintes
finalidades em relação à vítima:
Importante! A Lei 13.344/2016 revogou os artigos 231 e 231-A do CP, que tratavam
do tráfico internacional e interno para fins de exploração sexual. Não houve abolitio
criminis, apenas a revogação formal dos tipos penais. A conduta continua sendo
criminosa no artigo 149-A do CP. Na verdade, ocorreu a incidência do princípio da
7.6. Crime contra
continuidade a Inviolabilidade do Domicílio
normativo-típica.
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou passivo.
O crime ocorre quando o agente ingressa em casa alheia ou em suas dependências, sem
o consentimento do responsável, de forma dolosa. Não se admite a modalidade culposa.
A expressão “casa” encontra-se conceituada no artigo 150, §4º do CP, podendo ser:
qualquer compartimento habitado; aposento ocupado de habitação coletiva e
compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
7.7.1. Furto
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou passivo,
com a ressalva do proprietário do bem móvel não poder figurar como sujeito ativo. O
tipo penal prevê a subtração de coisa alheia móvel.
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- Furto noturno: o artigo 155, §1º do CP estabelece a causa de aumento de pena de 1/3,
se o crime for praticado durante o repouso noturno.
- Figura equiparada: conforme o artigo 155, §3º do CP, equipara-se a coisa móvel a
energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Jurisprudências
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7.7.2. Roubo
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou passivo.
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- Classificações:
- O crime poderá ser praticado mediante violência ou grave ameaça à pessoa. A violência
poderá ser própria ou imprópria:
- Causas especiais de aumento de pena: estão dispostas no artigo 157, §2º do CP.
Observação: a morte poderá ser causada tanto a título de dolo quanto de culpa, sendo
certo que ela deverá decorrer da violência empregada pelo agente e em razão do
crime de 443
Súmula roubo.
do STJ: O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de
roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a
sua exasperação a mera indicação do número de majorantes.
Súmula 582 do STJ: Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem
mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em
seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo
prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.
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Súmula 610 do STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda
que não realize o agente a subtração de bens da vítima.
DELEGADO CIVIL – DIREITO PENAL
Jurisprudência
7.7.3. Extorsão
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou passivo.
O tipo penal ocorre quando o agente constrange a vítima mediante violência física ou
grave ameaça a praticar um comportamento, com o objetivo de obter indevida
vantagem de natureza econômica. É crime formal.
Jurisprudência
- Extorsão mediante sequestro: está prevista no artigo 159 do CP. O crime ocorre
quando o agente sequestra pessoa, com o fim de obter para si ou para outrem, qualquer
vantagem, como condição ou preço do resgate.
7.8. Dano
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou passivo.
O tipo penal é caracterizado pelo dolo de destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia
móvel ou imóvel.
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou passivo.
O crime do artigo 171 do CP ocorre quando o agente obtém, para si ou para outrem,
vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.
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- Causa especial de aumento de pena: conforme o artigo 171, §3º do CP, a pena
aumenta-se de 1/3 se o crime for cometido em detrimento da entidade de direito
público ou de instituto de economia.
Súmula 246 do STF: Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de
emissão de cheque sem fundos.
Súmula 554 do STF: O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após
7.11. Receptação
o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.
- Classificação:
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Trata-se de crime comum, no qual qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O
sujeito passivo é o autor da obra, caso tenha sido transmitida aos herdeiros, estes irão
figurar como sujeito passivo. Da mesma forma, na hipótese em que a obra for
transmitida à pessoa jurídica, de direito público ou privado, esta será a vítima. Se a
violação recair sobre os direitos conexos do autor, os sujeitos passivos serão os
respectivos titulares.
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- Qualificadoras:
a) O artigo 184, §1º do CP é um crime comum, no qual qualquer pessoa poderá ser
sujeito ativo. O sujeito passivo é o titular dos direitos violados. Nesta hipótese, além do
dolo do agente, também deverá restar caracterizada a finalidade especial de obtenção
do lucro. É um crime formal.
b) O artigo 184, §2º do CP é um crime comum, no qual qualquer pessoa poderá ser
sujeito ativo, ainda que não seja comerciante, bastando que tenha a intenção de lucro.
A tipicidade depende de o agente não ter participado, de qualquer forma, da
reprodução fraudulenta, pois, caso contrário, deverá ser responsabilizado nos termos
do §1º do artigo 184 do CP. O sujeito passivo é o detentor dos direitos autorais que
sofreu as violações. Nesta hipótese, além do dolo do agente, também deverá restar
caracterizada a finalidade especial de obtenção do lucro. É um crime formal.
c) O artigo 184, §3º do CP é um crime comum, no qual qualquer pessoa poderá ser
sujeito ativo. O sujeito passivo é o autor, o artista intérprete ou executante, como
também, o produtor da obra. Nesta hipótese, além do dolo do agente, também deverá
restar caracterizada a finalidade especial de obtenção do lucro. É um crime formal.
De acordo com o artigo 184, §4º do CP: “O disposto nos §§ 1o, 2o e 3o não se
aplica quando se tratar de exceção ou limitação ao direito de autor ou os que lhe são
conexos, em conformidade com o previsto na Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998,
nem a cópia de obra intelectual ou fonograma, em um só exemplar, para uso privado do
copista, sem intuito de lucro direto ou indireto.”
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7.13.1. Estupro
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou passivo.
Trata-se de crime de ação múltipla, segundo a doutrina majoritária. O artigo 213 é um
crime contra a liberdade sexual, alguém não quis o ato sexual e foi forçado à prática
sexual, mediante violência, ameaça e então, nesse caso tem a questão da liberdade
sexual ter sido ofendida.
Observação:
Observação: não
não existe
existe mais
mais a diferença
a diferença entre
entre o estupro
o estupro e o atentado
e o atentado violento
violento ao
ao pudor,
pudor,
com a Leicom a Lei nºde12.015
nº 12.015 de 7 dedeagosto
7 de agosto 2009, de
os 2009,
crimesosdecrimes deeestupro
estupro e o de
o de atentado
atentado
violento ao violento ao pudor
pudor foram foramem
unificados unificados
uma só em
tipouma só tipo penal.
penal.
- Importante! A vítima desse estupro não pode ser um vulnerável, porque nessa
condição havendo ofensa à liberdade sexual ou não, o crime será o do artigo 217-A, que
são as pessoas que por sua própria condição não tem como se manifestar livremente de
uma forma que se considere válida com relação a sua dignidade sexual.
Jurisprudências
O estupro (art. 213 do CP), com redação dada pela Lei 12.015/2009, é tipo
penal misto alternativo. Logo, se o agente, no mesmo contexto fático,
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(HC 212.305/DF, Rel. Min. Marilza Maynard (Des. Conv. TJ/SE), 6ª Turma,
julgado em 24/04/2014).
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O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa e o sujeito passivo poderá ser homem
ou mulher na qualidade de vulnerável. O tipo penal se realiza por meio de conjunção
carnal ou pela prática de outro ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos, bem como
com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário
discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode
oferecer resistência.
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O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, porém o sujeito passivo somente
poderá ser a pessoa menor de 18 anos, bem como aquela que, por enfermidade ou
deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato. Trata-se
de crime que tutela a dignidade e a liberdade sexual, notadamente o desenvolvimento
sadio do menor de 18 anos.
7.14.1. Bigamia
- Classificação doutrinária: o crime é próprio, pois só pode ser cometido por pessoas
casadas. Na verdade, o tipo penal exige que ao menos um dos consortes seja casado.
Observação: a pessoa casada responde pelo crime descrito no artigo 235, caput do CP
e a pessoa solteira, consciente da condição do outro, responderá na forma privilegiada
descrita no §1º do artigo 235 do CP.
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7.15.1. Incêndio
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é representado pelo
Estado e as demais pessoas expostas ao risco de seu patrimônio, da sua integridade
física ou até mesma da vida. No tipo penal, o agente provoca de forma intencional a
propagação de fogo, que em virtude das suas proporções, causa uma situação de risco
para a coletividade.
7.15.2. Explosão
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é representado pelo
Estado e as demais pessoas expostas ao risco de seu patrimônio, da sua integridade
física ou até mesma da vida.
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou passivo.
O tipo penal consiste em estimular o cometimento de crime de qualquer natureza, com
previsão no Código Penal ou em outras leis. Para se caracterizar o crime é necessário
que o agente instigue grande número de pessoas a praticar determinado crime.
- Classificação doutrinária: crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo ou
passivo. É um crime de mera conduta e de perigo abstrato.
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é a coletividade e de forma mediata o próprio Estado. O tipo penal consiste na
associação de 3 ou mais pessoas, com o objetivo específico de cometer crimes.
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal consiste em falsificar, por meio da fabricação ou
alteração de moeda ou papel-moeda nacional ou estrangeira.
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado ou as pessoas físicas ou jurídicas que forem lesionadas. O tipo penal
pune a conduta de fabricar ou alterar papéis públicos elencados no artigo 293 do CP.
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado e as pessoas eventualmente lesadas. O documento público define-
se como sendo aquele emitido por funcionário público, no desempenho das suas
funções e em observâncias às prescrições legais.
- Causa especial de aumento de pena: caso o crime seja cometido por funcionário
público, prevalecendo-se das suas funções, a pena será acrescida de 1/6, nos termos do
artigo 297, §1º do CP.
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado e as pessoas eventualmente lesadas. O documento particular define-
se como sendo aquele que não é público por natureza e nem por equiparação.
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DELEGADO CIVIL – DIREITO PENAL
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado e as pessoas eventualmente lesadas. O documento possui
autenticidade em seus requisitos extrínsecos e é produzido pelo autor do crime, apenas
o seu conteúdo é falso. Assim, a falsidade se encontra no conteúdo das declarações
prestadas no documento.
- Causa especial de aumento de pena: caso o crime seja cometido por funcionário
público, prevalecendo-se das suas funções, a pena será acrescida de 1/6, nos termos do
artigo 299, parágrafo único do CP.
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado e as pessoas eventualmente lesadas. A conduta típica consiste em
atribuir-se ou atribuir a um terceiro, falsa identidade com vistas à obtenção de
vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem.
- Caso o agente se atribua falsa identidade para afastar de si a imputação por infração
- Caso o agente se atribua falsa identidade para afastar de si a imputação por infração
penal, há o crime do artigo 307 do CP?
penal, há o crime do artigo 307 do CP?
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é a coletividade. O crime é material, pois se exige a produção de um dos
resultados possíveis: utilização ou divulgação de conteúdo sigiloso do certame.
- Causa especial de aumento de pena: caso o crime seja cometido por funcionário
público, prevalecendo-se das suas funções, a pena será acrescida de 1/3, nos termos do
artigo 311-A, §3º do CP.
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7.21.1. Peculato
Trata-se de crime próprio, tendo em vista que o sujeito ativo deverá ser um
funcionário público. O sujeito passivo é o Estado.
- Classificação:
a) Peculato desvio: é diferente do crime de desvio de verbas públicas (artigo 315 do CP),
é um crime próprio, pois se exige um sujeito ativo especial, o funcionário público em
razão das suas funções, ainda que não seja no exercício delas. O funcionário público que
sabe que tem que dar o destino das verbas ao que a lei determina, ele vai desviar,
aplicará para outra finalidade, que deverá ocorrer em benefício próprio ou alheio.
Peculato próprio.
b) Peculato apropriação: é como se fosse à apropriação indébita, ele tem a coisa em seu
poder na condição de funcionário público, passando a dispor da coisa como se dono
fosse. (animus rem sibi habendi). Peculato próprio.
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c) Peculato furto: o bem não está em poder do funcionário público e ele se vale dessa
condição para subtrai-la. O bem particular que a lei trata é o que está sob custódia da
administração. Não precisa ser do mesmo âmbito de poder. Trata-se de delito funcional
impróprio, o §1º do artigo 312 do CP, ao contrário do que ocorre com o artigo 155 do
CP, utiliza não somente o verbo subtrair, mas também concorrer para que seja subtraído
o objeto material.
d) Peculato culposo: é aquele em que o funcionário contribuiu, culposamente, para o
crime de outrem. Nesse caso se a pessoa repara ou restitui a coisa antes do TJ estará
extinta a punibilidade, depois se reduz à metade. A norma do §3º é especial em relação
ao artigo 16 do CP. Para que ocorra esse crime não há necessidade de que o delito
principal tenha sido praticado também por outro funcionário, podendo ser praticado
por um particular.
e) Peculato mediante erro de outrem: o tipo penal ocorre quando há apropriação de
dinheiro ou de qualquer utilidade pelo funcionário público, que recebeu o bem por erro
de outrem enquanto estava no exercício de suas funções.
f) Peculato eletrônico: é a inserção de dados falsos em sistema de informações, ele se
aplica ao funcionário que tem acessos aos bancos de dados. Para que tenha esse crime
é indispensável o especial fim de agir.
7.21.2. Concussão
Trata-se de crime próprio, tendo em vista que o sujeito ativo deverá ser um
funcionário público. O sujeito passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de
exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
antes de assumi-la, mas em virtude dela, vantagem indevida.
Observação: a exigência de vantagem indevida pode se dar pelo próprio agente, sendo
Observação: a exigência de vantagem indevida pode se dar pelo próprio agente,
direta, ou por um terceiro ou de forma implícita, sendo indireta.
sendo direta, ou por um terceiro ou de forma implícita, sendo indireta.
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Trata-se de crime próprio, tendo em vista que o sujeito ativo deverá ser um
funcionário público. O sujeito passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de
solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em virtude dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem.
Observação:
Observação:o oterceiro
terceiro que
que oferecer
oferecer ou
ou prometer
prometer aoao funcionário
funcionário público,
público, para
para
determiná-lo
determiná-loa apraticar,
praticar,omitir
omitirou
ou retardar
retardar ato
ato de ofício, responderá
de ofício, responderá pelo
pelo crime
crimedede
corrupção
corrupçãoativa descrito
ativa nonoartigo
descrito 333
artigo dodoCP.
333 CP.
7.21.4. Prevaricação
Trata-se de crime próprio, tendo em vista que o sujeito ativo deverá ser um
funcionário público. O sujeito passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de
retardar ou deixar de praticar, indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Exige-se o
dolo específico, o especial fim de agir, de querer satisfazer interesse ou sentimento
pessoal.
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Trata-se de crime próprio, tendo em vista que o sujeito ativo deverá ser um
funcionário público. O sujeito passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de
deixar de responsabilizar o subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou
não levar o fato praticado pelo subordinado ao conhecimento da autoridade
competente.
- Classificação doutrinária: é um crime omissivo próprio, pois há uma omissão no dever
funcional de apurar a responsabilidade administrativa do funcionário público
subalterno.
Trata-se de crime próprio, tendo em vista que o sujeito ativo deverá ser um
funcionário público. O sujeito passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta do
funcionário público que patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante
a Administração Pública, valendo-se dessa qualidade. É um crime formal.
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Trata-se de crime próprio, tendo em vista que o sujeito ativo deverá ser um
funcionário público. O sujeito passivo é o Estado, na condição de vítima imediata e a
pessoa física que sofreu a violência, na condição de vítima mediata.
7.21.8. Resistência
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado e a vítima mediata ou secundária o funcionário que expediu a ordem.
O tipo penal descreve a conduta de se opor à execução de ato legal, mediante violência
ou ameaça a funcionário competente executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.
7.21.9. Desobediência
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de exercer função, atividade, direito,
autoridade ou múnus, de que foi suspendo ou privado por decisão judicial.
7.21.10. Desacato
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de desacatar funcionário público no
exercício da função ou em razão dela.
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de solicitar, exigir, cobrar ou obter,
para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em
ato praticado por funcionário público no exercício da função.
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de oferecer ou prometer vantagem
indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de
ofício.
7.21.13. Descaminho
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de iludir, no todo ou em parte, o
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pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de
mercadoria.
7.21.14. Contrabando
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de importar ou exportar mercadoria
proibida. É hipótese de norma penal em branco.
Trata-se de crime próprio, pois somente poderá ser cometido pelo empresário
individual ou por quem, exercendo cargo técnico-contábil na empresa, que detenha a
responsabilidade de lançar as informações relativas à Previdência Social.
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de dar causa a instauração de
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(Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: PC-PA Prova: Delegado de Polícia Substituto)
a) O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de configuração,
exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao menos,
determinável.
b) Para a configuração do crime de peculato-furto (art. 312, § 1⁰, CP) é suficiente que o sujeito
ativo, funcionário público, subtraia um bem móvel particular que esteja sob a guarda da
Administração pública.
c) Considera-se funcionário público, para efeitos penais, quem exerce múnus público, assim
entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso do curador.
d) Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do CP) e
modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (art. 313-B do CP) se exige
que figure, como sujeito ativo da conduta, o funcionário público autorizado.
R: Alternativa A
R: Alternativa D
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de provocar, ou seja, dar causa a
inútil ação estatal repressiva pela policia ou pelo Judiciário, por meio da comunicação
de infração penal inexistente ou diversa da verdadeiramente cometida.
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de incriminar-se perante a
autoridade policial, judicial ou ministerial, de crime inexistente ou cometido por outrem.
- Classificação doutrinária: crime de mão própria, pois o sujeito ativo deverá ser
praticado pela testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, quando exige a
atuação pessoal do agente.
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado, de forma secundária a pessoa que sofreu a coação. O tipo penal
descreve a conduta daquele que emprega violência ou grave ameaça, com
potencialidade intimidatória, contra autoridade, parte ou qualquer pessoa que funcione
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. De forma mediata, também poderá figurar como vítima a pessoa que
foi lesada pela conduta do autor. O tipo penal descreve a conduta de inovar
artificiosamente, na pendencia de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de
coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito.
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de auxiliar a subtrair-se à ação de
autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão.
Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de prestar auxílio a criminoso, sendo
necessário o dolo específico de querer tornar seguro o proveito do crime.
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Trata-se de crime comum, qualquer pessoa poderá ser sujeito ativo. O sujeito
passivo é o Estado. O tipo penal descreve a conduta de solicitar ou receber dinheiro ou
qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério
Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha.
(Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC Prova: Delegado de Polícia Substituto)
Jomar alega ser capaz de influir na decisão a ser tomada por um Juiz de Direito, solicitando
certa quantia em dinheiro a Ovídio para garantir uma sentença favorável aos interesses deste.
Jomar insinua, ainda, que parte do dinheiro será direcionada ao Juiz. Considerando que todas
as alegações são fraudulentas, majoritariamente se afirma que a conduta de Jomar:
a) é atípica.
R: Alternativa D
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