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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO


PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIAS E
VÍCIOS EM UMA EDIFICAÇÃO

LAUDO TÉCNICO

SAMYRA SILVA GOULART

OURO PRETO
AGOSTO DE 2017
PERÍCIA DE ARQUITETURA – PARECER TÉCNICO

Samyra Silva Goulart, Arquiteta e Urbanista, registrada no CAU-BR sob n.


0001254-2, perita especialista em patologias inerentes a revestimentos de
edifícios e pequeno e médio porte, no âmbito da Arquitetura, e conforme
determinado por ordem da Vossa Excelência, a Juíza Júlia Mendes da comarca de
Ouro Preto e em contrato de prestação de serviços firmado entre o Instituto
Federal de Minas Gerais e a empresa SSG Arquitetura, apresenta seu parecer
técnico conforme segue:

1 – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1.1 – Finalidade

Tem o presente a finalidade de relatar as anomalias referentes a degradação


e corrosão do revestimento interno (pintura de paredes) e outras análises às
áreas comuns do edifício, cuja denominação é Pavilhão Central, localizado
dentro do perímetro do Instituto Federal de Ouro Preto – Campus Ouro Preto,
localizado na rua Pandiá Calógeras, n. 898, Bauxita, Ouro Preto – MG, conforme
vistoria efetuada in-loco em 21 de julho de 2017.

1.2 – Da edificação

Trata-se de uma edificação de um pavimento, dividida em três blocos


interligados, com aproximadamente 1385 m² de área total, idade aproximada de
60 anos, o abastecimento de água conta com reservatório superior. Constitui um
prédio estruturado em concreto armado em vigas e pilares e lajes e paredes de
alvenaria de tijolo cerâmico, com revestimento externo em tijolo ornamental. Na
década de 60, no perímetro em que se encontra o Campus, funcionava as
instalações do Batalhão de Caçadores do Exército Brasileiro, e após sua
desativação, a então Escola Técnica foi transferida para o local e os prédios
foram adaptados para atender ao uso institucional, entre eles o prédio em
estudo. Ao longo dos próximos anos, foram realizadas várias reformas e
manutenções corretivas no edifício, a última no ano de 2008.
Atualmente o edifício está passando por mais uma reforma, uma vez que está
sofrendo uma série de patologias, como: descolamento de forro de cobertura,
descolamento da pintura, esquadrias danificadas, revestimento de piso solto
e/ou faltante e crateras em partes das paredes de alvenaria.
Localização
do Pavilhão

Localização
do Campus

UFOP

Imagem 01: Vista aérea retirada do Google Maps em 25 de agosto de 2017,

representando a planta de localização do edifício em estudo.

Imagem 02: Planta de situação do edifício dentro do perímetro do Campus, com edificações
vizinhas. Imagem retirada do acervo interno do local e cedidas pela arquiteta responsável.
Imagem 03: Planta do Pavilhão Central, IFMG – Campus Ouro Preto, com localização das
patologias contidas no laudo. Imagem retirada do acervo interno do local e cedidas pela arquiteta
responsável.

1.3 - Descrição do Pavilhão

O prédio funciona como bloco de aulas para o ensino médio e técnico do


instituto e para atividades relacionadas ao funcionamento interno do Campus.
Abriga salas de aula, laboratórios, sanitários coletivos e salas de serviços. O
fluxo diário de pessoas no edifício gira em torno de 200 a 300 pessoas.
Possui um pavimento dividido em três blocos interligados.
Idade de construção: aproximadamente 60 anos;
Estado de conservação: ruim;
Paredes: alvenaria de tijolo cerâmico de 20cm de espessura;
Lajes de piso: em tijolo cerâmico de 10 cm, sem juntas de dilatação;
Revestimento de piso: tijolos cerâmicos;
Lajes de teto: em tijolo cerâmico de 10 cm, sem juntas de dilatação;
Revestimento de teto: forro de madeira pinus;
Cobertura: telhado plano de duas águas, coberto com telhas cerâmicas do tipo
colonial, em estrutura de madeira Cambará, com beiral e calha nas laterais;
Esquadrias: portas internas em madeira e portas externas e janelas em alumínio
com revestimento em vidro;
Fachada: revestimento de pastilhas de tijolo aparente;
Revestimento das paredes internas: tinta acrílica Suvinil na cor Azul Céu.

2 – DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Embora a equipe interna de manutenção do Instituto seja responsável por


manter em boas condições os prédios do Campus, o número de funcionários
responsáveis e o tamanho da área edificada total não são compatíveis,
resultando em acúmulo de patologias e afetando o desempenho dos edifícios e
seus usos. Visto isso, acumulam-se muitos problemas e resultam em uma obra
de reforma cara e demorada.
No prédio em questão, as seguintes patologias podem ser observadas:
 A pintura das paredes internas está extremamente desgastada e trechos
das paredes sofreram descolamento do revestimento, deixando a
estrutura aparente;
 O forro de revestimento do teto possui trechos em que a madeira está
estufada, deslocada e até mesmo alguns em que a madeira sofreu
apodrecimento por conta de umidade vinda do telhado.
 A estrutura de cobertura perdeu algumas telhas, deixando a água
proveniente de chuvas atingir a parte interna do prédio e
consequentemente afetar os revestimentos internos;
 Há trechos de infiltração e manchas de umidade mas faces internas das
paredes;
 Muitas peças do revestimento de piso estão soltas e/ou ausentes,
formando falhas no piso que, além de afetar a estética do prédio, também
ocasionam problemas como na questão da acessibilidade;
 Algumas paredes estão com rachaduras e falhas na alvenaria;
 Algumas portas estão empenadas, quebradas ou sofrendo ataque
biológico, necessitando de substituição.
 No revestimento externo, também há pastilhas de tijolo aparente faltantes,
quebrados ou parcialmente soltos.
2.1 – Da vistoria

Foi realizada uma vistoria visual numa sexta-feira, às 13 horas, no dia 21 de


julho do corrente ano, após solicitação da Juíza Júlia Mendes da comarca de
Ouro Preto e posterior contato com a diretoria do Instituto Federal de Ouro Preto
– Campus Ouro Preto.
Com base na vistoria visual e registros fotográficos, pode-se observar várias
manifestações patológicas na dada edificação, que pela gravidade contatada,
orienta-se contratar com urgência um laudo pericial. Laudo este que teria a
finalidade de aprofundar o estudo das manifestações patológicas apontadas
nesse presente laudo e outras a serem verificadas após estudo técnico mais
detalhado.
Para o registro fotográfico, utilizou-se câmera fotográfica de aparelho celular
Samsung, modelo Moto G Turbo.

2.2 – Dos trabalhos periciais

Os trabalhos para a elaboração do presente laudo implicaram os seguintes


procedimentos técnicos:
 Vistorias em:
- Corredores internos dos três blocos do prédio, com anotação dos danos
encontrados, principalmente no que se refere aos danos à pintura de
revestimento das paredes.
Não foi possível verificar a ocorrência dessas patologias em demais
ambientes, visto que o prédio, além de ter aulas durante todo o dia, ainda
passa por reforma, estando muitos ambientes com acesso restrito ou
indisponível.
 Análises técnicas dos seguintes documentos:
- Projeto arquitetônico e planta de situação aprovados pelo Instituto e
cedidos pela arquiteta responsável pelo Campus;
- Relatórios de projetos de reformas anteriores de acompanhamento de
obras;
- Levantamento técnico dos materiais de revestimentos utilizados em
reformas anteriores.
2.3 - Das patologias encontradas

Foram encontradas várias patologias já abordadas acima nesse presente


relatório. Abaixo, o registro fotográfico das patologias encomendadas no
estudo técnico solicitado ao contratante.

Imagem 04: Descascamento de pintura da parede interna do corredor principal do


edifício. Foto retirada em 21 de julho de 2017, acervo pessoal.

Imagem 04: Descascamento de pintura da parede interna do corredor principal do


edifício. Foto retirada em 21 de julho de 2017, acervo pessoal.
3 – DIAGNÓSTICO

As paredes internas do edifício possuem diversas áreas que apresentam


descascamentos da tintura de revestimento interno e desplacamento do
reboco, além de bolhas na tintura, manchas esbranquiçadas e pontos em
que a estrutura está aparente.
Há necessidade da contratação de um laudo técnico mais detalhado sobre a
real cauda da patologia, porém, de forma geral, as possíveis causas podem
ser:
 Infiltração de água decorrente de impermeabilização inaqueada ou até
mesmo problemas no telhado que permitem a passagem de umidade
para o interior do prédio;
 Má preparação inicial da superfície em que foi aplicada a tinta
(limpeza inadequada, resquícios de revestimento velho,
empoeiramento) ou mesmo da própria tintura, assim como a aplicação
das demãos posteriores sem a espera do tempo mínimo de secagem
da primeira;
 Tintura de má qualidade ou inadequada ao ambiente e/ou uso;
 Falta de manutenção preventiva, considerando o grande fluxo diário
de pessoas no edifício e o uso destinado.

Bem provavelmente, à parte da causa específica da patologia, ela de


desenvolveu em maior escala pela ausência de manutenção. Devido
provavelmente à infiltração proveniente da cobertura, surgiram pontos de
vulnerabilidade nas paredes, que desencadearam o clico de desplacamento da
tintura. Esse ciclo se intensificou devido ao clima da cidade, que tem a umidade
elevada em boa parte do ano e não permitiu a secagem dessa umidade,
agravando o problema descrito. A impermealização inadequada também facilitou
essa patologia, pois não teve eficiência na retenção da umidade e ocasionou
além de falhas na pintura, desprendimento de trechos da argamassa de reboco.
A fim de evitar que após reforma e solução das patologias encontradas, é
necessário primeiramente uma atenção na escolha e preparação da tintura a ser
utilizada. No processo de aplicação, é indicado homogeneizar a tinta com
superfície retangular. Também é preciso que a superfície das paredes esteja
limpa e livre de resíduos que podem contaminar o material.
Para manter a eficiência da manutenção, também é indispensável que as demais
patologias do edifício sejam solucionadas, principalmente no que se refere a
pontos de infiltração e de entrada de umidade no interior do edifício.

4 – PROCEDIMENTOS DE REPARO

Para a solução dos problemas contidos nesse relatório, deverá ser elaborado
um projeto de reforma feito por profissional habilitado, com definição de
materiais a serem utilizados e se possível, dos modos adequados de preparo
e aplicação dos mesmos. Posteriormente ao projeto, é fundamental o
acompanhamento da obra por responsável técnico durante todo o processo
de recuperação e/ou reforma.

4.1 – Preparo da superfície

a) Lixar as paredes com lixa 220 ou 240 (mais finas) se a superfície estiver
firme e sem muito excesso no reboco ou lixa 80 ou 100 (mais
grossa) nas partes em que a superfície estiver mais grosseira. Com o
próprio tato da palma das mãos você verifica se a superfície está lisa o
suficiente para receber o selador;
b) Limpar toda a superfície para que não haja resquícios de pó do material
retirado.

4.2 - Aplicação do selador

c) Abrir a lata de selador, misturar bem para que o material fique uniforme,
colocar uma quantidade na bandeja de aplicação e, com o rolo de lã
(23cm de largura) aplicar na parede em movimentos de sobe e desce.
d) Repetir a aplicação por todas as paredes do cômodo.

4.3 – Aplicação da massa corrida

e) Aplicar a massa corrida com uma desempenadeira e auxílio de uma


espátula para os cantos. Identificar, também, os pequenos buracos que
ainda podem ter ficado na parede e fazer a correção com massa corrida,
aplicando-a com uma espátula.
f) Deixar secar por duas ou três horas e, em seguida, passar a lixa para
regularizar a superfície. Aplicar o selador sobre a massa corrida.

4.4 - Aplicação da tinta

g) Ler as orientações de aplicação do fabricante na lata da tinta. Abrir a lata


de tinta, fazer a diluição recomendada e misturar bem para que o material
fique uniforme.
h) Colocar uma boa quantidade na bandeja de aplicação (que deve estar
limpa e seca). Pegar o rolo lã de carneiro e envolve-lo em toda a tinta,
sem excessos, evitando que ele fique muito encharcado.
i) Iniciar a aplicação sobre a superfície em movimentos uniformes de vai-e-
vem, cobrindo toda a superfície. Repetir o movimento até que toda a
parede receba a tinta de maneira uniforme.
j) Em média, quatro horas após a aplicação da primeira demão, pode-se
aplicar a segunda demão (verificar as indicações do fabricante na lata).
Iniciar a segunda demão, que será o acabamento final.
k) Pintar novamente toda a parede com os mesmos movimentos de vai-e-
vem, cobrindo toda a superfície até finalizar todo o cômodo. Aplicar
também a segunda demão também nos cantos, bonecas de porta e
janelas.

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ineficiência da pintura de revestimento de um edifício é um problema


recorrente na maioria dos edifícios, e além de afetar na estética do prédio,
também pode colaborar para outras patologias, e se não resolvida de modo
precoce, acarretará em um alto custo na manutenção e correção dos problemas.
É importante que se perceba previamente o motivo que está causando tal
patologia para que se possa solucionar o mais rapidamente possível e evitar que
ela se expanda para demais áreas do edifício. Além disso, é necessário que se
respeite o tempo de vida útil de cada material e que faça uma manutenção
preventiva ao invés de esperar que o problema volte a suceder.

5.1. Conclusões técnicas

O edifício, na data da vistoria, se encontrava em mal estado de


conservação e uma série de danos presentes em diversos locais.
Para solução dos problemas aqui listados, recomenda-se a contratação de um
laudo detalhado de todas as patologias do edifício e posterior projeto de reforma,
assim como a elaboração de projeto de planejamento de manutenção preventiva
com datas previamente definidas.
6 – CONCLUSÃO E ENCERRAMENTO

Após o desplacamento e corrosão da pintura e argamassa de reboco


provocados por possível infiltração e ausência de manutenção do Pavilhão
Central, constata-se, visualmente, a perda total da eficiência do revestimento das
paredes internas do edifício, bem como a necessidade de reparo imediato e
manutenção preventiva, para que não ocorra o agravamento do problema e para
que não se repita em curto prazo após correção;

Dá-se por encerrado o trabalho encomendado, contendo


este laudo 10 folhas, rubricada e assinada com data de
27 de agosto de 2017.

Ficamos a disposição para quaisquer esclarecimentos.

Samyra Silva Goulart


Arquiteta e Urbanista
CAU n. 0001254-2
Referências bibliográficas

https://drive.google.com/file/d/0BySgzju4tA4Cd0xfT3RWWkdmdTg/v
iew - acesso em 25 de agosto de 2017

https://www.getninjas.com.br/guia/reformas-e-
reparos/pedreiro/como-evitar-descascamento-de-paredes/ - acesso
em 26 de agosto de 2017

http://pedreirao.com.br/pintura-interna-passo-a-passo/ - acesso em
26 de agosto de 2017

https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/patologias-da-pintura-saiba-
evita-las_6272_0_0 - acesso em 26 de agosto de 2017

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