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A musicoterapia é uma forma de tratamento que atua fundamentalmente como técnica psicológica, ou
seja, consiste na identificação de problemas emocionais e na mudança de atitudes, que será o esforço
para qualquer patologia física ou psíquica.
Contudo seu principal recurso não é a comunicação verbal, a fala em si mas, os não verbais como
sons, instrumentos musicais, o próprio corpo que tem sua forma particular de comunicar-se, e a
música. Esta tem o poder de tocar no mais profundo do indivíduo, de despertar emoções infinitas e
provocar reações diversas.
Quem nunca se emocionou ao ouvir determinada canção? Ou mesmo lembrou-se de uma situação
vivida ao ouvir uma música novamente? A música resgata lembranças e ajuda também na
memorização. Isto explica porque muitos guardam a letra enorme de uma canção, mas tem dificuldade
em memorizar um texto ou um simples número telefônico.
Um bom exemplo disso tem sido o uso da musicoterapia em alunos que irão prestar vestibular,
trabalhando além de técnicas de memorização, a diminuição do estresse, muito frequente nessa fase. E
níveis elevados de estresse interferem na evocação dos conteúdos já armazenados na memória.
A ideia de que a música afeta a saúde e o bem-estar das pessoas já era conhecida por Aristóteles e
Platão. Somente na segunda metade do século 20, porém, os médicos conseguiram estabelecer uma
relação entre a música e a recuperação de seus pacientes.
No final da Segunda Guerra Mundial, músicos foram chamados para tocar em hospitais como forma
de auxiliar o tratamento dos feridos. Como a experiência surtiu resultados positivos, as autoridades
médicas dos Estados Unidos decidiram habilitar profissionais para utilizar criteriosamente a música
como terapia. O primeiro curso de musicoterapia foi criado em 1944, na Universidade Estadual de
Michigan.
A música pode representar mais que uma habilidade para tocar um instrumento ou cantar. Pode ser um
instrumento de saúde, desenvolvendo potenciais, actuando na prevenção ou no tratamento de questões
como o stress. A musicoterapia é uma modalidade que pode ser usada individualmente, em família ou
em grupo.
Por meio dos sons, podemos tocar outras instâncias. É o que mostra a musicoterapia, ao buscar
desenvolver potenciais, restaurar funções de saúde do indivíduo através de reabilitação, prevenção ou
tratamento.
”É uma modalidade de trabalho que se utiliza da música e de elementos constituintes da música numa
relação terapêutica para ajudar a pessoa a atender as suas necessidades. Destina-se a pessoas que
têm alguma deficiência, algum distúrbio psíquico como depressão, autismo, esquizofrenia, assim
como a atendimentos geriátricos ou pessoas que buscam auto-desenvolvimento”
Pesquisas revelaram que as ondas sonoras provocam movimento do protoplasma celular; sementes
estimuladas musicalmente possuem traços aprimorados… A música afeta o nível de vários hormônas,
inclusive o cortisol (responsável pela excitação e pelo stress), testosterona (responsável pela
agressividade e pela excitação) e a oxitocina (responsável pelo carinho). Assim como as endorfinas, a
serotonina (neurotransmissor que faz a comunicação entre os neurónios).
“A música responde a uma fonte poética de criatividade através de um cérebro que ressoa em resposta
às solicitações de um cosmos que lhe fala.” O fato de geralmente encontrarmos acordes e intervalos
consonantes em diferentes culturas musicais parece ser causado, portanto, uma tendência herdada dos
mamíferos de preferirem tais combinações sonoras (consonantes).
Se considerarmos apenas a influência do ambiente e da tradição, torna-se por outro lado difícil
imaginar de que modo um aspecto tão específico como as relações sonoras harmónicas se pôde
desenvolver de maneira tão independente em diferentes culturas musicais através dos tempos, assim
como em ratos sem treino prévio – tudo ao acaso.
Esse facto implica que deve existir alguma predisposição neurobiológica que faz com que
determinadas combinações sonoras soem de um jeito especial ao ser humano. Quando as ondas
sonoras alcançam o ouvido, o tímpano é acionado como uma membrana microfone, que vibra com a
frequência do som.
As vibrações são transmitidas através dos ossículos do ouvido médio para a cóclea e, então,
movimentam as fibras de uma membrana que está no interior da cóclea.
Essa membrana (basilar) é composta de “cordas” transversais, entrelaçadas, cada uma afinada com
uma frequência/altura específica. Devido às leis da ressonância e da estrutura da membrana, as
vibrações da membrana (deslocamento) serão maiores na “corda” que está afinada com a frequência
em questão. Cada nota terá, uma localização específica ao longo da membrana – da mesma forma
como as cordas de uma harpa ou de um piano.
As “cordas” no ouvido interno são acionadas pela ressonância, de um modo bastante semelhante ao
que ocorre quando se levanta a tampa do piano e se grita no seu interior, enquanto se aperta o pedal
direito; o piano “responde” com um som fraco correspondente à altura do grito devido às vibrações
(ressonância) nas cordas afinadas com o grito.
Lição 03: Cada ritmo musical produz um trabalho e um resultado diferente no corpo
O musicoterapeuta pode utilizar apenas um som, recorrer a apenas um ritmo, escolher uma música
conhecida e até mesmo fazer com que o paciente a crie sua própria música. Tudo depende da
disponibilidade e da vontade do paciente e dos objetivos do musicoterapeuta. A música ajuda porque é
um elemento com que todo mundo tem contato. Através dos tempos, cada um de nós já teve, e ainda
tem, a música em sua vida.
O profissional é preparado para atuar na área terapêutica, tendo a música como matéria-prima de seu
trabalho. São oferecidos ao aluno conhecimentos musicais específicos, voltados para a aplicação
terapêutica, e conhecimentos de áreas da saúde e das ciências humanas. São oferecidas também
vivências na área de sensibilização, em relação aos efeitos do som e da música no próprio corpo.
A música, como meio de expressão e de comunicação entre os homens numa determinada cultura,
sempre foi utilizada desde os povos mais primitivos aos mais civilizados. Como Schurmann (1989)
nos aponta, as produções musicais de cada época refletem o seu momento sócio-histórico e estão
intrinsecamente ligadas às motivações destas épocas. Uma das facetas de emprego da música na
história da humanidade é como meio de cura para males do corpo e da alma. De acordo com as
concepções de saúde/doença de cada época, a música foi considerada de diversas formas como
instrumento auxiliar na cura das pessoas.
O capítulo sobre A música como cura ao longo da história(3) procurou explorar um pouco esta
trajetória, desembocando nos diferentes usos que se faz deste instrumento atualmente, e entre eles a
Musicoterapia que é uma área teórico-metodológica recente, melhor estabelecida na segunda metade
do século XX e que busca explorar os diversos usos da música e de seus efeitos para fins terapêuticos.
Mas, o que é música?
Cada vez que tentamos afirmar algo a respeito da música, ou do próprio mundo em que vivemos “...
estamos construindo o mundo através da representação de nossas sensações dentro de nosso sistema de
linguagem culturalmente obtido. Isso significa que não temos nenhum meio de saber ‘o que realmente
é a música’. Tudo o que possuímos são diferentes perspectivas estéticas que são, na verdade, dados
acerca de visões diferentes sobre música.” (Ruud, 1990, p.19) Por isso existem várias definições sobre
música.
Há as que enfatizam o caráter ‘mágico’ dos seus efeitos produzindo explicações do tipo “música é uma
força vibrante, curativa, uma energia” e assim por diante; há as que se atém mais aos aspectos
cientificamente comprovados de seus componentes e em teorias musicais com definições mais
racionais e objetivas; e há ainda as afirmações que consideram todos os tipos de sons, improvisações
livres e produções estruturadas como música. Esta última, mais ampla por englobar todas as produções
sonoras e até sons da natureza e do nosso próprio corpo como música, é a mais aceita entre os
profissionais que a utilizam em contextos terapêuticos.
A música constitui-se também numa importante forma de expressão, de interação entre as pessoas, e
canal de comunicação alternativo à linguagem verbal. Este quesito alternativo é o que traz a
importância do emprego da música em contextos psicoterapêuticos, ou seja, como via alternativa à
fala, muito utilizada nas psicoterapias, vem a música com todo o seu potencial de meio de
comunicação de afetos e conteúdos às vezes difíceis de serem traduzidos numa linguagem verbal, e
que expressados podem constituir material para a terapia e processo do indivíduo. Ruud (1990)
considera a música uma espécie de linguagem emocional, “... capaz de atingir áreas de nossa psique
que processam informação e que nós, por vários motivos, não comunicamos com clareza a nós
mesmos.”
Isto é, constitui-se num meio de acesso privilegiado às emoções, mas permitindo, como Costa (1989)
nos aponta, a expressão de uma riqueza de conteúdos com muito mais fluidez e liberdade do que a
linguagem falada. Porque os significantes da música dão abertura para uma ampla gama de
significados; fato que não ocorre na comunicação verbal, que privilegia o logos, o racional.
Lição 05: Influencias da voz e comunicação humana, audição da voz e comunicação humana
Para Estienne (2004), a voz se adapta continuamente pelo fenômeno de “feedback”, que é o retorno
que o locutor tem de sua própria voz e do que o ouvinte lhe reenvia. Essa capacidade de adaptação é
uma qualidade essencial da voz, e se o locutor não puder ouvir o outro e também não puder ouvir a
própria voz, terá também problemas vocais.
fala, no caso de pessoas com diminuição auditiva ou surdez, podem gerar desconfiança, inclusive
idéias de perseguição. Muitas das pessoas com problemas de visão ou até cegas, raramente apresentam
sintomas de paranóia, ao contrário das que tem problema de audição.
Aparentemente, o fato de que o ouvido alcança o ângulo de 360º no espaço, e o olho somente de 160º,
explica o porquê das pessoas que têm problemas de visão, quase não terem estas ‘neuroses’. Os que
têm problema de visão, podem facilmente controlar o espaço que as rodeia, através das funções
auditivas, e geralmente não tem paranóia dos acontecimentos
provenientes de estímulos externos. As pessoas com problemas de audição, só podem controlar com os
olhos os 160º mencionados, e facilmente interpretam com desconfiança e inclusive com idéias
delirantes o que acontece à sua volta. Parece, portanto, que as ondas acústicas são mais importantes
para a comunicação humana do que os sinais ópticos.
toda a audição. Por não conseguir acompanhar as reuniões, e ter dificuldade em ouvir o que os colegas
de trabalho falavam, começou a ficar desconfiado e, por causa de suas reações, foi demitido da
empresa em que trabalhava.
A musicoterapia é um tratamento alternativo que surgiu em 1944, nos EUA, embora evidências em
papiros médicos egípcios datados de 1500 a.C., encontrados pelo antropólogo francês Vlande Petkie
no século 19, mencionassem os efeitos benéficos que a música pudesse provocar na fertilização da
mulher.
A técnica estuda as reações do indivíduo diante de estímulos sonoro-musicais e tem por objetivo
facilitar a comunicação e estimular a relação, motivação e o aprendizagem de pessoas ou portadores de
deficiências.
A terapia tem sido bastante utilizada em deficientes físicos e mentais, pessoas com transtornos
neurológicos (Mal de Parkinson, de Alzheimer, Síndrome de Down), distúrbios da linguagem
(dificuldades na fala), surdez e cegueira.
Mas sua aplicação não pára por aí. Segundo especialistas, em mulheres gestantes, por exemplo, os
sons estimulam o bebê a ser mais criativo e comunicativo após o nascimento. Nas escolas, a
musicoterapia ajuda no aprendizado da criança e, em idosos, auxilia no desenvolvimento da
valorização individual. Mas há uma contra-indicação para indivíduos com epilepsia musicogênica, ou
seja, determinados ruídos ou músicas podem provocar ataques epiléticos.
Nos EUA, estudo da Universidade da Califórnia com vítimas crônicas de enxaqueca demonstraram
que pacientes reagiram melhor aos medicamentos tradicionais quando submetidos à musicoterapia.
Melhor, inclusive, do que sessões de relaxamento.
A técnica consiste em saber usar a linguagem sonora, verbal e corporal em benefício próprio. O
musicoterapeuta lança mão de audições musicais, atividades ritmicas e a percepção de sons corporais,
instrumentais e vocais e a improvisação (inclusive dramática).
Nem sempre a sessão começa com relaxamento, cada caso requer um direcionamento específico do
processo terapêutico. Para alguns indivíduos que sofrem de estresse, ansiedade e depressão é indicado
o relaxamento prévio. Quando a terapia é em grupo, o musicoterapeuta pode sugerir o aquecimento.
Na musicoterapia definida como receptiva, sons da natureza e a música "new age" geralmente
auxiliam a tranquilizar o paciente. Em alguns indivíduos, por exemplo, tal gênero musical tem efeito
contrário, isto é, causa irritação. Por isso a sonoridade relacionada com a vida "musical" do paciente é
levada em conta.
O musicoterapeuta deve escolher corretamente a música: alguns temas de filmes, por exemplo, são
relaxantes, mas podem trazer uma emoção indesejada no paciente naquele momento da terapia.
Violão, piano, teclados, sintetizadores e instrumentos de percussão, como pandeiros, bongôs, reco-
recos, entram em cena no modo definido como ativo da terapia.
Em alguns casos, por exemplo, usam-se outras terapias integradas, como a arteterapia, cantoterapia,
dançaterapia e a psicologia durante o processo.
Outra modalidade, a projetiva, trabalha com a audição de músicas e de sons, na qual o indivíduo
expressará o que ouve por meio do desenho, da escrita ou da modelagem.
O psicodrama é outra das ferramentas: voz, corpo e instrumentos integrados ajudam a potencializar a
criatividade do paciente. Os musicoterapeutas afirmam que as sessões são sempre direcionada de
acordo com o objetivo e o tipo de problema desenvolvido pelo indivíduo.
Em casos de depressão, estresse e ansiedade os benefícios podem ser sentidos após quatro meses de
tratamento.
Tudo que é música, para uma criança, sempre é positivo. Mas devemos ter em conta que este deve ser
adaptada aos seus ouvidos, à sua capacidade de ouvir, à sua idade.
A musicoterapia pode ajudar muito a uma criança na sua aprendizagem, coordenação, controle de
ansiedade e melhoria do estado de ânimo, entre outros. Mas, sobretudo ajudar-lhe a organizar a nivel
interno. A influência da música é muito maior do que acreditamos.
Quanto ante se exponha uma criança à música, mais benefícios existem, seja como terapia ou como
uso lúdico. O uso de canções para ensinar habilidades académicas, sociais e motoras às crianças
pequenas, tornou-se numa práctica comum para alguns professores e educadores de música e claro,
para muitos musicoterapeutas dos Estados Unidos.
Existem muitos estudos que demonstram que a música e os seus componentes produzem padrões de
actividade cerebral. Isto leva a uma maior eficácia a nivel de funcionamento do cérebro não só como
director dos processos cognitivos, mas também como regulador das funções vegetativas do organismo.
Quando se aplica uma destas alternativas a um paciente, como pode ser a musicoterapia, é porque
existe algo no seu sistema que não acaba de funcionar, seja em maior ou menor grau, mas é
suficientemente importante para evitar desencadear outros problemas do tipo psicológico, social,
motriz, fisiológico… Por vezes, um problema que tem solução na musicoterapia, evita outros futuros
problemas no desenvolvimento tanto da criança como do adulto.
A música tem valores universais que afectam todas as pessoas e que se definem pelo ritmo, a
harmonia, a melodia e o tom. Assim, o musicoterapeuta deve descobrir a personalidade musical de
cada paciente para seleccionar a música adequada, porque segundo a sua personalidade e o seu estado,
pode ser mais benéfico um tipo de música ou outro.
Os efeitos que Musicoterapia tem nos distintos âmbitos são muitos, mas se nos baseamos nos que
influenciam as crianças, são os seguintes:
- Fisiología: produz mudanças no ritmo cardíaco e respiratório, assim como na tensão muscular.
- Médica: apoio psicológico e físico (pode reduzir a dor) a pacientes, médicos que enfrentam situações
difíceis como a cirugía, doenças terminais, cuidados intensivos…
Áreas de Atuação:
Indicações
Desafinação
Insatisfação com relação à qualidade da produção vocal
Dificuldade em cantar devido a bloqueios
Nós, calos, fendas, rouquidão e outras patologias oriundas do uso incorreto da voz
Perda ou diminuição da qualidade vocal no idoso
Traumas
Resultados Esperados
O paciente entra em contato com as forças curativas da sua voz e, através dela, experimenta a
realização e o crescimento individual.
Bibliografia:
SCHURMANN, E.F. (1989) – A música como linguagem – uma abordagem histórica, São Paulo:
Brasiliense.
SKAR, P. (1995) – Music and analysis – contrapunctal reflections, Zürich 95 – Open Questions in
Analytical Psychology – 389 – 403.