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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ-

CÂMPUS MARINGÁ
CURSO DE DIREITO

MAYCON VINHOTO SANTANA

TRABALHO:
DO SISTEMA FINANCEIRO HABITACIONAL

MARINGÁ
2010
MAYCON VINHOTO SANTANA

TRABALHO:
DO SISTEMA FINANCEIRO HABITACIONAL

Trabalho apresentado ao Curso de Direito da


Pontifícia Universidade Católica do Paraná-
Câmpus Maringá, como requisito para
aprovação na disciplina Direito Bancário II.

Prof. Mestre Marcelo Dantas Lopes.

MARINGÁ
2010
SISTEMA FINANCEIRO HABITACIONAL

a) Da Organização do Sistema Financeiro Habitacional


O Sistema Financeiro Nacional pode ser definido como o conjunto de instituições e
órgãos que regulam, fiscalizam e executam as operações relativas a circulação da moeda e do
crédito.
A entidade normativa máxima do Sistema Financeiro Nacional é o Conselho
Monetário Nacional - CMN, composto por três membros: o ministro da fazenda (preside o
conselho), o presidente do Banco Central e o ministro do planejamento.
Com inspiração numa abordagem realizada por Rudge e Cavalcante (1996), pode-se
agrupar as instituições financeiras no Brasil, segundo a natureza principal de suas atividades,
da seguinte forma:
• Crédito de curto prazo: bancos comerciais, caixas econômicas, cooperativas de
crédito, empresas de factoring e companhias de crédito, financiamento e investimentos
("financeiras").
• Crédito de médio e longo prazos: bancos de investimento, bancos de
desenvolvimento, companhias de leasing (arrendamento mercantil) e consórcios.
• Crédito imobiliário: caixas econômicas, companhias de crédito imobiliário,
associações de poupança e empréstimo (APE), cooperativas habitacionais e consórcios.
• Intermediação de títulos e valores mobiliários (basicamente ações e
debêntures): sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários distribuidoras de títulos e
valores mobiliários e agentes autônomos de investimentos.
• Capitalização: seguradoras, companhias de capitalização, fundações de
seguridade social, fundos de investimentos e clubes de investimentos.
• Câmbio: sociedades corretoras de câmbio e bancos comerciais.
Todas estas entidades são consideradas instituições financeiras e operam sob as
normas e limites fixados pelo CMN e sob a fiscalização e controle do Banco Central.
É o Banco Central o principal órgão executor da política econômica oficial e
fiscalizador do sistema financeiro. É uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. Suas
principais atribuições são: executar a política monetária (incluindo gestão do depósito
compulsório, redesconto, emissão e circulação de moeda), fiscalizar e controlar as instituições
financeiras em geral, administrar a dívida interna e externa, financiar o Tesouro Nacional e
ser depositário de reservas oficiais de ouro e moedas.
É comum ver-se expressões como autoridade monetária ou autoridade competente
utilizadas em noticiários e até em textos de normas e regulamentos oficiais, possivelmente
quando os redatores não sabiam ou não quiseram se dar ao trabalho de identificar exatamente
a qual autoridade se referiam. Por suas atribuições, o Banco Central é a autoridade monetária.
Em alguns textos, percebe-se a preferência pela expressão autoridade monetária com o intuito
de estender a abrangência, de forma vaga, às entidades superiores como o CMN e o próprio
Ministério da Fazenda. Recomenda-se, sempre que possível, pesquisar melhor para nominar
sem medo o órgão ou os órgãos pretendidos, ao invés de se utilizar substitutos imprecisos
como autoridade monetária e, pior ainda, autoridades competentes...
Além da fiscalização por parte do Banco Central, as instituições financeiras que
operam com valores mobiliários passaram a ser adicionalmente fiscalizadas pela Comissão de
Valores Mobiliários - CVM, outra autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda e criada em
1976. Antes desta data a fiscalização era exercida diretamente pelo Banco Central. A criação
da CVM talvez tenha sido moldada na SEC americana (Securities and Exchange Comission).
Além das instituições financeiras que operam com valores mobiliários, a CVM fiscaliza ainda
sociedades anônimas de capital aberto, bem como auditores, consultores e administradores de
carteiras de valores mobiliários.
Para finalizar esta rápida síntese sobre o sistema financeiro nacional, considere-se
ainda três importantes agentes financeiros oficiais: a Caixa Econômica Federal, destacando-se
no financiamento habitacional, o Banco do Brasil, principal executor da política de crédito
agrícola e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, responsável
pela maior parte dos financiamentos de projetos industriais e agente do programa de
privatização de empresas estatais.

b) Das Atribuições do Conselho Monetário Nacional


O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão máximo do sistema financeiro
brasileiro, cabendo-lhe traçar as normas a serem empreendidas na política monetária. Nesse
sentido tem como atividade primordial a formulação da política de moeda e crédito do país,
além de exercer o controle da organização bancária e seus intermediários financeiros. O CMN
é o órgão central da política financeira nacional, tendo suas deliberações baixadas pelo Banco
Central, sob a forma de resoluções.
Posto isso, resta enumerar algumas das principais atribuições do Conselho Monetário
Nacional:
a) regular o volume monetário necessário às atividades do país;
b) fixar as diretrizes e normas da política cambial, regulando em decorrência a balança
de pagamentos do país;
c) disciplinar o crédito em todas as suas modalidades, determinando, se necessário,
recolhimentos compulsórios;
d) regular o valor interno da moeda nacional, servindo como seu verdadeiro guardião,
a fim de evitar ou ao menos minimizar surtos inflacionários ou deflacionários;
e) estabelecer as operações de redescontos;
f) orientar e redirecionar a aplicação de recursos das instituições financeiras, a fim de
possibilitar um desenvolvimento econômico mais equilibrado entre as várias regiões do país;
g) zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
h) determinar as normas para as operações de mercado aberto;
i) regular as atividades das bolsas de valores, corretoras e demais instituições afetas a
esse mercado;
j) determinar as taxas dos recolhimentos compulsórios das instituições financeiras.

c) Do Banco Central
Com a extinção da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), foi criado em
em 31 de dezembro de 1964, com a promulgação da lei nº4.959, o Banco Central do Brasil,
autarquia federal, com incumbência de cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o
funcionamento do sistema financeiro brasileiro, bem como a política econômica levada a
efeito pelo CMN.
Nesse sentido, o Banco Central do Brasil funciona como verdadeiro "banco dos
bancos", na medida em que recebe com exclusividade o depósito compulsório dos bancos.
Tem também o BACEN extraordinária importância na medida em que financia o Tesouro
Nacional, através da colocação de títulos públicos no mercado. Em síntese, podemos
enumerar dentre as principais funções do Banco Central do Brasil:
a) emitir moeda, nas condições impostas pelo Conselho Monetário Nacional;
b) fiscalizar as instituições financeiras, impondo-lhes as penalidades cabíveis;
c) autorizar a atuação das instituições financeiras no país;
d) regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros títulos; e
e) representar o governo brasileiro junto às instituições financeiras estrangeiras e
internacionais.
REFERÊNCIAS

Barros, Alexandre Castro. O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SUA ESTRUTURA:


Data Venia; Ano V - Nº 48 - julho de 2001. Disponível em:
http://www.datavenia.net/artigos/Direito_Constitucional/Alexandre_Barros.htm; Acesso em:
03/11/2010.

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