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BEM-VINDO MUNDO! Criança, cultura e formação de educadores. (Carvalho S.,
Klisys A., Augusto S. organizadoras, 2006)
burocráticas, financeiras e comunitárias e têm dificuldades de atender o
primordial, que é a qualidade do trabalho com as crianças. Esses profissionais
reconhecem a si mesmos, em geral, como “apagadores de incêndio”, tratando
mais de questões emergenciais do que despendendo atenção para os processos
necessários para consolidar um trabalho educativo de qualidade. Portanto,
contribuir para que priorizem, selecionem e foquem sua ação é o grande apoio
do Capacitar Educadores.
Funções do diretor
No processo formativo os próprios diretores participam da construção de
um quadro de suas funções profissionais:
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Que fazer com as sobras de comida no CEI?
“O projeto teve início quando começamos a observar que as crianças
derramavam muita comida nas mesas e no chão, recusavam determinados
alimentos e sobrava muita comida nos pratos. Começamos a perceber que tinha
algo errado e partimos para as observações. Concluímos que as refeições eram
servidas pelas educadoras em pratos prontos, de modo que dificultava a livre
escolha dos alimentos e da quantidade necessária a cada criança. Para algumas
crianças já crescidinhas a comida era colocada na boca. A maneira como as
crianças pegavam os utensílios de vidro chegava a nos dar calafrios, enfim a
hora do almoço era muito formal.
Houve várias mudanças relacionadas à alimentação: os acordos antes
das refeições; educadores como modelo na hora; a estética dos pratos e a
reorganização do espaço físico também foi levada muito à sério. A implantação
do sistema de self-service facilitou a liberdade de escolha. Investimos na criação
de cardápios balanceados e nutritivos, baseados nas preferências das crianças.
Todos esses fatores contribuíram para maior autonomia e socialização e serviu
de incentivo para que as crianças passassem a se alimentar melhor e com mais
prazer. Para nossa surpresa hoje praticamente não há sobras, pois elas colocam
o tanto que querem e repetem quantas vezes for necessário.
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No caso de diretores de instituição privada, na rede pública esta função não é do diretor uma vez que
em geral há concursos públicos para provimento de cargos.
6-Gerenciar parcerias diversas
A identificação, mobilização de diferentes instâncias parceiras é também tarefa
do gerenciamento, preocupado em compor com outros setores sociais que
compartilham a responsabilidade e o interesse pela educação da criança, sem,
no entanto, perder a sua especificidade e seu papel neste processo. Assim,
compreende-se o estabelecimento de parcerias como uma ação compartilhada,
derivada de competências diferentes, em prol de um objetivo comum.
a) Família
As famílias são parceiras prioritárias do processo educativo principalmente em
se falando de crianças pequenas. Considera-se a família como uma instituição
plural, que apresenta diferentes composições, dinâmica, não harmônica, onde
emergem sentimentos, necessidades e interesses nem sempre coesos. A ideia
de parceria, prevê tornar a instituição um ambiente acolhedor e receptivo às
famílias por meio das seguintes ações:
- Considerar o conhecimento, cultura das famílias como parte integrante do
processo educativo
- Planejar cuidadoso da entrada da criança no equipamento
- Contatos prazerosos entre ambas as instituições
- Reuniões em pequenos grupos para discutir o currículo, atividades e demais
assuntos
- Participação e organização de eventos
- Participação nos projetos pedagógicos
- Abertura para comissões de pais que porventura sejam criadas
O importante é manter canais abertos de comunicação entre ambas as
instituições, permitindo uma cooperação significativa e enriquecedora para
ambos.
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A visão das mães está mudando muito
... porque a gente está começando a passar para elas que as crianças hoje ficam
na creche não para serem só alimentados pelas “tias” e sim que elas também
estão participando de um aprendizado. Muitas mães gostam, elas elogiam e
falam: — “nossa, ele chegou em casa, ele falou isso, ele aprendeu isso, ele sabe
aquilo”! A Creche hoje em dia está mudando muito, não muito naquilo só de
passar o dia inteiro a criança ser cuidada e ser alimentada, a creche também
está muito empenhada... Antigamente o que eu achava da creche era o que as
mães mesmo achavam que era: a criança vinha na creche para ser cuidada
pelas tias, que a gente estava ali fazendo o papel de mãe, enquanto a mãe não
estava, a gente teria que estar cuidando dela, dando carinho para elas, cuidando
bem delas para quando a mãe delas chegasse a criança estar ali bem
arrumadinha, sem machucado, e hoje em dia não, eu estou vendo que a creche
mudou bastante, porque a creche realmente era bem isso, muitas creches
continuam nesse ritmo. Eu percebo que o meu papel hoje está como professora
da criança, trazer o que eu estou aprendendo... Eu estou aprendendo muito,
porque eu não fiz o magistério, eu ainda estou fazendo
Regina Scarpa. Era Assim agora não. Depoimento da professora Marisa,
Considerações finais, pág. 113.
c) Instâncias governamentais
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