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Direito Notarial e

Registral
Módulo 2

Os cartórios e a
Fazenda Pública

© 2016 Prof. Dr. Ivanildo Figueiredo


Doutor e Mestre em Direito Privado (UFPE)
Especialista em Direito Registral Imobiliário (PUC-MG)
Professor da Faculdade de Direito do Recife (UFPE)
Professor da Escola Judicial do Tribunal de Justiça de
Pernambuco (ESJUD)
Tabelião do 8º Tabelionato de Notas do Recife
Programa da disciplina

1. Regime jurídico da atividade notarial e


registral.

2. Os cartórios e a Fazenda Pública.

3. Tabelionatos de Notas e de Protesto.

4. Registros Públicos.
2. Os cartórios e a Fazenda Pública.

2.1. A função dos cartórios como agentes auxiliares da


arrecadação tributária.

2.2. Responsabilidade tributária do tabelião e do registrador.

2.3. Fiscalização da arrecadação de tributos federais,


estaduais e municipais.

2.4. Informações da Declaração de Operações Imobiliárias


para a Receita Federal (DOI).

2.5. Emolumentos, taxas do Poder Judiciário, contabilidade e


tributação da atividade notarial e registral.

2.6. Responsabilidades, regime disciplinar e fiscalização da


atividade notarial e registral pelo Poder Judiciário.
2.1. A função dos cartórios como agentes
auxiliares da arrecadação tributária.
Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos)

Art. 305. No exercício de suas funções, cumpre aos


oficiais de registro fazer rigorosa fiscalização do
pagamento dos impostos devidos por força dos atos
que lhes forem apresentados em razão do ofício.

Lei 8.935/1994 (Lei dos Notários e Registradores)

Art. 30. São deveres dos notários e dos oficiais de


registro: (...)
XI - fiscalizar o recolhimento dos impostos
incidentes sobre os atos que devem praticar;
Código de Normas dos Serviços Notariais e
Registrais da Corregedoria Geral da Justiça de
Pernambuco
(Provimento CGJ 20/2009)

Art. 203. Os notários e registradores velarão


para que sejam pagos os tributos, contribuições e
obrigações patrimoniais devidas sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu
ofício.
Código de Normas dos Serviços Notariais e
Registrais da Corregedoria Geral da Justiça de
Pernambuco

Art. 204. Constitui falta funcional gravíssima a


evasão da receita destinada aos cofres públicos, por
ação ou omissão do notário ou do oficial de registro,
seja em decorrência da obrigação de recolher a TSNR
e os valores devidos FERC, seja em razão do dever
de fiscalizar o recolhimento de tributos federais,
estaduais ou municipais incidentes sobre o ato que
praticar.
Regularidade fiscal dos delegatários
Código de Normas da CGJ

Art. 206. Os delegatários titulares ou aqueles que


estejam respondendo pela serventia devem encaminhar
à Corregedoria Geral da Justiça, até o final do mês de
junho de cada ano, os seguintes documentos e
informações:
1) Certidão negativa conjunta de tributos da Receita
Federal do Brasil, da Previdência Social e da Dívida
Ativa da União (CND).
2) Certidão de regularidade perante o FGTS.
3) Certidão negativa de débito relativa ao ISS.
Documentos exigidos nas escrituras públicas
imobiliárias
Lei 7.433/1985

Art 1º. Na lavratura de atos notariais, inclusive os


relativos a imóveis, além dos documentos de
identificação das partes, somente serão apresentados os
documentos expressamente determinados nesta Lei.

§ 2o O Tabelião consignará no ato notarial a


apresentação do documento comprobatório do
pagamento do Imposto de Transmissão inter vivos, as
certidões fiscais e as certidões de propriedade e de
ônus reais, ficando dispensada sua transcrição.
(Redação da Lei 13.097/2015)
Prova da quitação das obrigações tributárias
na alienação de imóveis
Lei 7.711/1988

Art. 1º Sem prejuízo do disposto em leis


especiais, a quitação de créditos tributários exigíveis,
que tenham por objeto tributos e penalidades
pecuniárias, bem como contribuições federais e
outras imposições pecuniárias compulsórias, será
comprovada nas seguintes hipóteses:

b) registro em Cartório de Registro de Imóveis.


STF – ADI 173-DF
“Constitucional. Direito fundamental de acesso ao
judiciário. Direito de petição. Tributário e política fiscal.
Regularidade fiscal. Normas que condicionam a prática de
atos da vida civil e empresarial à quitação de créditos
tributários. Caracterização específica como sanção
política. Ação conhecida quanto à Lei Federal 7.711/1988,
art. 1º, I, III e IV, par. 1º a 3º, e art. 2º. 1. (...) Os incisos I,
III e IV do art. 1º violam o art. 5º, XXXV da Constituição, na
medida em que ignoram sumariamente o direito do
contribuinte de rever em âmbito judicial ou administrativo a
validade de créditos tributários. Violam, também o art. 170,
par. ún. da Constituição, que garante o exercício de
atividades profissionais ou econômicas lícitas. (STF, Pleno,
ADI 173-DF, Relator Ministro Joaquim Barbosa, DJ 19/03/2009)
Tribunal de Justiça de São Paulo

"Mandado de segurança pretensão de afastar a


exigência feita pelo tabelião de notas da apresentação
da certidão negativa de débitos federais como condição
para a lavratura de escritura com referência à alienação
de bem imóvel – Admissibilidade – A comprovação da
regularidade fiscal não pode ser pressuposto da
efetivação do registro da transação imobiliária, sob pena
de configurar meio indireto de cobrança de tributos
sentença reformada para conceder a segurança.
Recurso provido." (TJSP, 12ª Câmara de Direito Público,
Apelação nº 0263444-14.2009.8.26.0000, Relator
Desembargador Venício Paula Salles, julgado em
20/07/2011).
Lei Orgânica de Custeio da Seguridade
Social
Lei 8.212/1990

Art. 47. É exigida Certidão Negativa de Débito-


CND, fornecida pelo órgão competente, nos seguintes
casos:
I - da empresa:
a) na contratação com o Poder Público e no
recebimento de benefícios ou incentivo fiscal ou
creditício concedido por ele;
b) na alienação ou oneração, a qualquer título, de
bem imóvel ou direito a ele relativo;
Código de Normas da Corregedoria Geral da
Justiça de Pernambuco

Lavratura da escritura imobiliária de pessoa


jurídica
Art. 302. Na alienação de imóvel por pessoa
jurídica, de direito público ou privado, é obrigatória a
apresentação e transcrição, na escritura, contendo
número ou código, data de expedição e validade, da
Certidão Negativa ou Positiva com Efeitos de
Negativa de Débitos relativos a Créditos Tributários
Federais e à Dívida Ativa da União (CND), emitida
pela Receita Federal do Brasil.
Código de Normas da Corregedoria Geral da
Justiça de Pernambuco

No Registro de Imóveis
Art. 1.070. Sendo o vendedor pessoa jurídica,
de direito público ou privado, deverá também
apresentar e, assim, expressamente constar na
escritura pública ou contrato de compra e venda:
I – a Certidão Negativa de Débito (CND) da
Previdência Social;
II – a Certidão conjunta, emitida pela Receita Federal
do Brasil e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
(PGFN), relativa a tributos federais e Dívida Ativa da
União.
2.2. Responsabilidade tributária do tabelião e do
registrador.

Responsabilidade tributária dos notários e


registradores como contribuintes solidários
Código Tributário Nacional – CTN – Lei 5.172/1966

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de


exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos
atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis: (...)
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários
de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados
por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
Obrigação pela prestação de informações sobre
atos ou negócios jurídicos sujeitos à tributação

CTN

Art. 197. Mediante intimação escrita, são


obrigados a prestar à autoridade administrativa
todas as informações de que disponham com
relação aos bens, negócios ou atividades de
terceiros:

I - os tabeliães, escrivães e demais


serventuários de ofício;
2.3. Fiscalização da arrecadação de tributos
federais, estaduais e municipais

Modos de auxílio à Fiscalização Federal:

1) Exigência de regularidade fiscal para alienação de


imóveis por pessoas jurídicas.
2) Verificação da regularidade fiscal do espólio em
inventários extrajudiciais.
3) Impedimento à alienação de imóveis com
penhoras fiscais.
4) Informações de operações imobiliárias (DOI).
5) Fornecimento de certidões de atos notariais e
registrais.
Tributos Federais
Regulamento do Imposto de Renda
Decreto 3.000/1999

Art. 210. São pessoalmente responsáveis


pelos créditos correspondentes a obrigações
tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poderes ou infração de lei, contrato
social ou estatutos (CTN, art. 135):

III - os tabeliães, escrivães e demais


serventuários de ofício, pelo imposto devido sobre
os atos praticados por eles, ou perante eles, em
razão do seu ofício
Legislação Municipal
Código Tributário do Município do Recife
Lei 15.563/1991

Art 36. (....)

§ 3º Não serão lavrados, autenticados ou


registrados pelos tabeliães, escrivães e oficiais de
Registro Geral de Imóveis e de Cartórios de Notas
os atos e termos sem a prova da inexistência de
débito referente ao Imposto Predial e Territorial
Urbano –IPTU incidente sobre o imóvel.
Código Tributário do Município do Recife
Lei 15.563/1991

Art. 50. São solidariamente responsáveis pelo


pagamento do imposto devido:

II – os oficiais dos Cartórios de Registro de


Imóveis e seus substitutos, os tabeliães, escrivães e
demais serventuários de ofício, nos atos em que
intervierem ou pelas omissões que praticarem em
razão do seu ofício.
Código Tributário do Município do Recife
Lei 15.563/1991

Art. 56. Nas transmissões de que trata o art.


43 desta Lei (ITBI), serão observados os seguintes
procedimentos:
I – o sujeito passivo deve comunicar ao órgão
competente a ocorrência do fato gerador do imposto
de acordo com o que estabelecer o Poder Executivo;
II – os tabeliães e escrivães farão referência,
no instrumento, termo ou escritura, ao DAM e à
quitação do tributo, ou às indicações constantes do
requerimento e respectivo despacho, nos casos de
imunidade ou isenção.
Código Tributário do Município do Recife
Lei 15.563/1991

Art. 59. Não serão lavrados, autenticados ou


registrados pelos tabeliães, escrivães e oficiais de
Registro Geral de Imóveis os atos e termos sem a
prova do pagamento do imposto, quando devido.

Art. 60. Os serventuários da justiça são


obrigados a manter à disposição do fisco, em
cartório, os livros, autos e papéis que interessem à
arrecadação do imposto.
Legislação do Estado de Pernambuco
Recolhimento do Imposto causa mortis e
doação - ICD
Resolução CNJ 35/2007, art. 15

A escritura de inventário e partilha extrajudicial


somente pode ser lavrada com o recolhimento dos
tributos incidentes, devendo nela constar a base de
cálculo e o valor do tributo (Imposto de
Transmissão Causa Mortis e Doação – ICD).

Base de cálculo em Pernambuco: Valor da


avaliação fiscal do bem calculado pela Secretaria
da Fazenda do Estado (Lei 13.974/2009).
Recolhimento do Imposto causa mortis e doação
ICD
Lei 13.974/2009

Art. 13. Respondem solidariamente com o


contribuinte, nos atos em que intervierem ou pelas
omissões de que forem responsáveis:

VI – o servidor público, o tabelião, o escrivão,


o oficial de registro de imóvel e demais
serventuários de ofício, pelo imposto devido, e não-
recolhido, por inobservância do disposto no art. 17
desta Lei;
Recolhimento do Imposto causa mortis e doação
ICD
Lei 13.974/2009

Art. 17. O servidor público, o tabelião, o


escrivão, o oficial de registro de imóvel e demais
serventuários de ofício, em razão de seus cargos,
não devem lavrar, registrar, inscrever, autenticar,
averbar ou praticar qualquer outro ato relativo à
transmissão ou à tradição de bens ou de direitos a
eles relativos, sem a prova de pagamento do
imposto devido ou do reconhecimento do direito à
respectiva isenção, observado o disposto no
parágrafo único deste artigo.
2.4. Informações da Declaração de Operações
Imobiliárias para a Receita Federal (DOI).
Instrução Normativa RFB 1.112/2010

Art. 2º A declaração deverá ser apresentada sempre


que ocorrer operação imobiliária de aquisição ou
alienação, realizada por pessoa física ou jurídica,
independentemente de seu valor, cujos documentos
sejam lavrados, anotados, averbados, matriculados ou
registrados no respectivo cartório.
Valor da operação: será o informado pelas partes ou, na
ausência deste, o valor que servir de base para o cálculo
do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)
ou para o cálculo do Imposto sobre Transmissão Causa
Mortis e Doação (ITCD ou ICD).
Preenchimento da DOI - IN RFB 1.112/2010
1) Pelo Tabelião do Cartório de Ofício de Notas, na lavratura
do instrumento relativo a alienação de imóveis, fazendo
constar a expressão "EMITIDA A DOI";
2) Pelo Oficial do Cartório de Cartório de Registro de
Imóveis, quando o documento tiver sido:
a) celebrado por instrumento particular;
b) celebrado por autoridade particular com força de escritura
pública;
c) emitido por autoridade judicial (adjudicação, herança,
legado ou meação);
d) decorrente de arrematação em hasta pública; ou
e) lavrado pelo Cartório de Notas, independente de ter havido
emissão anterior de DOI;
3) Pelo Registrador de Cartório de Títulos e Documentos,
quando promover registro de instrumento particular.
Entidades conveniadas para execução de atos
relativos ao CPF
Instrução Normativa RFB 1.548/2015

Art. 24. Para a execução dos atos perante o


CPF, a RFB poderá celebrar convênios com as
seguintes entidades:
(.....)

VII - Associação dos Notários e Registradores do


Brasil (ANOREG);

VIII - Associação dos Registradores de Pessoas


Naturais do Brasil (ARPEN);
2.5. Emolumentos, taxas do Poder
Judiciário, contabilidade e
tributação da atividade notarial e
registral.
Emolumentos: Valor fixado por lei
para a remuneração do notário ou
registrador pela prestação dos
serviços.
Sentido etimológico: do latim
emolumentum; essa palavra
significava a quantia paga ao moleiro
(proprietário do moinho) para este
realizar a moagem dos grãos colhidos
pelo agricultor; emolere: moer bem.
Lei Federal de Emolumentos

Lei 10.169/2000: Regulamenta o art. 236, § 2º da


Constituição.

Art. 1o Os Estados e o Distrito Federal fixarão o


valor dos emolumentos relativos aos atos
praticados pelos respectivos serviços notariais e
de registro, observadas as normas desta Lei.

Princípio geral: O valor fixado para os


emolumentos deverá corresponder ao efetivo
custo e à adequada e suficiente remuneração
dos serviços prestados.
Classificação dos atos notariais e registrais para
efeitos de cobrança de emolumentos
Lei 10.169/2000, art. 2º
a) atos relativos a situações jurídicas, sem
conteúdo financeiro, cujos emolumentos atenderão
às peculiaridades socioeconômicas de cada região;
b) atos relativos a situações jurídicas, com
conteúdo financeiro, cujos emolumentos serão
fixados mediante a observância de faixas que
estabeleçam valores mínimos e máximos, nas quais
enquadrar-se-á o valor constante do documento
apresentado aos serviços notariais e de registro.
Composição do valor dos serviços notariais
e registrais em Pernambuco

1) Emolumentos do titular do cartório (Lei Estadual


12.978/2005).

2) Taxa de Fiscalização dos Serviços Notariais e


Registrais – TSNR, arrecadada para o Tribunal
de Justiça do Estado (Lei Estadual 11.404/1996).

3) Fundo Especial do Registro Civil das Pessoas


Naturais – FERC (Lei Estadual 14.642/2012).
Controle da receita e da despesa dos
cartórios

Pernambuco - Sistema de Controle de


Arrecadação das Serventias Extrajudiciais
(SICASE) - Ato Presidência do TJPE 530/2010

Provimentos 34/2013 e 45/2015 do Conselho


Nacional de Justiça - Disciplina a manutenção e
escrituração de Livro Diário Auxiliar pelos titulares
de delegações de notas e de registro para controle
da receita e da despesa das serventias
extrajudiciais.
Controle das Receitas e Despesas dos
cartórios
Provimento CNJ 45/2015

Art. 1º Os serviços notariais e de registros públicos


prestados mediante delegação do Poder Público
possuirão os seguintes livros administrativos, salvo
aqueles previstos em lei especial:
a) Visitas e Correições;
b) Diário Auxiliar da Receita e da Despesa;
c) Controle de Depósito Prévio.
Livro Diário Auxiliar da Receita e Despesa
Provimento CNJ 45/2015

Art. 5º O Livro Diário Auxiliar observará o


modelo usual para a forma contábil e terá suas
folhas divididas em colunas para anotação da data,
da discriminação da receita e da despesa, além do
valor respectivo, devendo, quando impresso em
folhas soltas, encadernar-se tão logo encerrado.
Imposto de Renda do Notário e do Registrador
Lei 7.713/1988 – Lei 8.134/1994

Art. 6°. O contribuinte que perceber rendimentos


do trabalho não assalariado, inclusive os titulares dos
serviços notariais e de registro, a que se refere o art. 236
da Constituição, e os leiloeiros, poderão deduzir, da
receita decorrente do exercício da respectiva atividade:
I - a remuneração paga a terceiros, desde que com
vínculo empregatício, e os encargos trabalhistas e
previdenciários;
II - os emolumentos pagos a terceiros;
III - as despesas de custeio pagas, necessárias à
percepção da receita e à manutenção da fonte produtora.
Imposto de Renda do Notário e do Registrador
Decreto 3.000/1999
Art. 75. O contribuinte que perceber rendimentos
do trabalho não-assalariado, inclusive os titulares dos
serviços notariais e de registro, a que se refere o art. 236
da Constituição, e os leiloeiros, poderão deduzir, da
receita decorrente do exercício da respectiva atividade:
I - a remuneração paga a terceiros, desde que com
vínculo empregatício, e os encargos trabalhistas e
previdenciários;
II - os emolumentos pagos a terceiros;
III - as despesas de custeio pagas, necessárias à
percepção da receita e à manutenção da fonte
produtora.
Imposto de Renda do Notário e do
Registrador
Conceito de despesas de custeio
Instrução Normativa SRF 15/2001, art. 51

Considera-se despesa de custeio aquela


indispensável à percepção da receita e à manutenção
da fonte produtora, tais como:
a) aluguel;
b) água;
c) luz;
d) Telefone;
e) material de expediente;
f) material de consumo.
Imposto de Renda do Notário e do Registrador
Regime de apuração: Livro Caixa
Deduções autorizadas ou permitidas: Instrução
Normativa 1.500/2014, art. 104.

Deduções não autorizadas:


1) depreciação de instalações, máquinas e
equipamentos, e despesas de arrendamento;
2) despesas de locomoção e transporte;
3) rendimentos da prestação de serviços de transporte
em veículo próprio, locado, arrendado ou adquirido
com reserva de domínio ou alienação fiduciária.
Despesas e custos considerados essenciais pelo
Conselho Nacional de Justiça
Provimento CNJ 45/2015

Art.8º As despesas serão lançadas no dia em que


se efetivarem e sempre deverão resultar da prestação do
serviço delegado, sendo passíveis de lançamento no
Livro Diário Auxiliar todas as relativas investimentos,
custeio e pessoal, promovidas a critério do delegatário,
dentre outras:

1) locação de bens móveis e imóveis utilizados para a


prestação do serviço, incluídos os destinados à guarda
de livros, equipamentos e restante do acervo da
serventia;
Despesas e custos considerados essenciais pelo
Conselho Nacional de Justiça
Provimento CNJ 45/2015

2) contratação de obras e serviços para a conservação,


ampliação ou melhoria dos prédios utilizados para a
prestação do serviço público;
3) contratação de serviços, os terceirizados inclusive, de
limpeza e de segurança;
4) aquisição de móveis, utensílios, eletrodomésticos e
equipamentos mantidos no local da prestação do serviço
delegado, incluídos os destinados ao entretenimento dos
usuários que aguardem a prestação do serviço e os de
manutenção de refeitório;
Despesas e custos considerados essenciais pelo
Conselho Nacional de Justiça
Provimento CNJ 45/2015

5) aquisição ou locação de equipamentos (hardware), de


programas (software) e de serviços de informática,
incluídos os de manutenção prestados de forma
terceirizada;
6) formação e manutenção de arquivo de segurança;
7) aquisição de materiais utilizados na prestação do
serviço, incluídos os utilizados para a manutenção das
instalações da serventia;
Despesas e custos considerados essenciais pelo
Conselho Nacional de Justiça
Provimento CNJ 45/2015

8) plano individual ou coletivo de assistência médica e


odontológica contratado com entidade privada de saúde
em favor dos prepostos e seus dependentes legais,
assim como do titular da delegação e seus dependentes
legais, caso se trate de plano coletivo em que também
incluídos os prepostos do delegatário;
9) despesas trabalhistas com prepostos, incluídos FGTS,
vale alimentação, vale transporte e quaisquer outros
valores que lhes integrem a remuneração, além das
contribuições previdenciárias devidas ao Instituto
Nacional do Seguro Social - INSS ou ao órgão
previdenciário estadual;
Despesas e custos considerados essenciais pelo
Conselho Nacional de Justiça
Provimento CNJ 45/2015

10) custeio de cursos de aperfeiçoamento técnico ou


formação jurídica fornecidos aos prepostos ou em que
regularmente inscrito o titular da delegação, desde que
voltados exclusivamente ao aprimoramento dos
conhecimentos jurídicos, ou, em relação aos prepostos, à
melhoria dos conhecimentos em sua área de atuação;
11) o valor que for recolhido a título de Imposto Sobre
Serviço – ISS devido pela prestação do serviço
extrajudicial, quando incidente sobre os emolumentos
percebidos pelo delegatário;
Despesas e custos considerados essenciais pelo
Conselho Nacional de Justiça
Provimento CNJ 45/2015

12) o valor de despesas com assessoria jurídica para a


prestação do serviço extrajudicial;
13) o valor de despesas com assessoria de engenharia
para a regularização fundiária e a retificação de registro.
2.6. Responsabilidades, regime disciplinar e
fiscalização da atividade notarial e registral pelo
Poder Judiciário.

Os notários e registradores estão sujeitos a rígido


regime de direito público inerente ao exercício dos
serviços extrajudiciais, com fiscalização dos seus
atos pelo Poder Judiciário, em todos os seus níveis e
aspectos, com responsabilidade objetiva sobre
esses atos.

Responsabilidades dos notários e registradores:


a) Administrativa ou disciplinar.
b) Civil pelos prejuízos causados a terceiros.
c) Penal.
Responsabilidade do notário e do registrador
Lei 8.935/1994
Redação da Lei 13.286/2016

Art. 22. Os notários e oficiais de registro são


civilmente responsáveis por todos os prejuízos que
causarem a terceiros, por culpa ou dolo,
pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou
escreventes que autorizarem, assegurado o direito
de regresso.

Parágrafo único. Prescreve em três anos a


pretensão de reparação civil, contado o prazo da
data de lavratura do ato registral ou notarial.
Responsabilidade do notário e do registrador

“Processual Civil. Agravo regimental no Recurso


Especial. Danos materiais causados por titular de
serventia extrajudicial. Atividade delegada.
Responsabilidade objetiva do tabelião e subsidiária do
Estado. 1. O acórdão recorrido encontra em consonância
com a jurisprudência desta Corte, segundo a qual nos
casos de danos resultantes de atividade estatal
delegada pelo Poder Público, há responsabilidade
objetiva do notário, nos termos do art. 22 da Lei
8.935/1994, e apenas subsidiária do ente estatal.
Precedentes: 2. Agravo regimental não provido”. (STJ, 1ª
Turma, AgRg no REsp 1377074/RJ, Relator Ministro
Benedito Gonçalves, Dje 23/02/2016).
Deveres dos notários e registradores
Lei 8.935/1994
1) Manter em ordem os livros, papéis e documentos
de sua serventia, guardando-os em locais
seguros;
2) Atender as partes com eficiência, urbanidade e
presteza;
3) Atender prioritariamente as requisições de papéis,
documentos, informações ou providências que
lhes forem solicitadas pelas autoridades
judiciárias ou administrativas para a defesa das
pessoas jurídicas de direito público em juízo;
4) Manter em arquivo as leis, regulamentos,
resoluções, provimentos, regimentos, ordens de
serviço e quaisquer outros atos que digam
respeito à sua atividade;
5) Proceder de forma a dignificar a função exercida,
tanto nas atividades profissionais como na vida
privada;
6) Guardar sigilo sobre a documentação e os
assuntos de natureza reservada de que tenham
conhecimento em razão do exercício de sua
profissão;
7) Afixar em local visível, de fácil leitura e acesso ao
público, as tabelas de emolumentos em vigor;
8) O observar os emolumentos fixados para a
prática dos atos do seu ofício;
9) Dar recibo dos emolumentos percebidos;
10) Observar os prazos legais fixados para a
prática dos atos do seu ofício;
11) fiscalizar o recolhimento dos impostos
incidentes sobre os atos que devem praticar;
12) Facilitar, por todos os meios, o acesso à
documentação existente às pessoas legalmente
habilitadas;
13) Encaminhar ao juízo competente as dúvidas
levantadas pelos interessados;
14) Observar as normas técnicas estabelecidas
pelo juízo competente.
Infrações disciplinares
Lei 8.935/1994, art. 31

1) a inobservância das prescrições legais ou


normativas;
2) a conduta atentatória às instituições notariais e de
registro;
3) a cobrança indevida ou excessiva de
emolumentos, ainda que sob a alegação de
urgência;
4) a violação do sigilo profissional
5) o descumprimento de quaisquer dos deveres
descritos no art. 30.
Penalidades disciplinares aplicáveis aos
notários ou registradores
Lei 8.935/1994, art. 31

Art. 32. Os notários e os oficiais de registro estão


sujeitos, pelas infrações que praticarem, assegurado
amplo direito de defesa, às seguintes penas:
I - repreensão;
II - multa;
III - suspensão por noventa dias, prorrogável por mais
trinta;
IV - perda da delegação.
Fiscalização da atividade extrajudicial pelo
Poder Judiciário
Funções do magistrado

• Judicante ações relativas a atos notariais e de


registros públicos (Código Civil; Lei 6.015/1973; Lei
8.935/1994): usucapião; adjudicação compulsória;
abertura de testamento; ações de família; penhora
de imóveis; protesto de títulos; inventário e partilha.
• Administrativo-processual suscitação de
dúvidas de registro (Lei 6.015/1973).
• Correicional fiscalização e inspeção das
serventias extrajudiciais (Código de Normas da
Corregedoria Geral da Justiça).
Serviços dos cartórios: exercício em caráter
privado, submetido à delegação, controle e
fiscalização do Poder Judiciário.

Lei 8.935/1994
Art. 37. A fiscalização judiciária dos atos
notariais e de registro, mencionados nos arts. 6º a
13, será exercida pelo juízo competente, assim
definido na órbita estadual e do Distrito Federal,
sempre que necessário, ou mediante representação
de qualquer interessado, quando da inobservância
de obrigação legal por parte de notário ou de oficial
de registro, ou de seus prepostos.
Procedimento de suscitação de dúvida
(Lei 6.015/1973)

a) Registro Civil de pessoas naturais: arts. 48; 53; 56.


b) Registro Civil de pessoas jurídicas: art. 116.
c) Registro de Títulos e documentos: art. 157.
d) Registro de Imóveis: arts. 198 a 208.
e) Tabelião de Protestos: Lei 9.492/1997, art. 18.

Atividade notarial: princípio da livre escolha;


existindo dúvida, pode ser dirimida através de
consulta em tese à Corregedoria Auxiliar.
Atividade de fiscalização e correição
Código de Normas da Corregedoria Geral da Justiça

Aspectos para Inspeção e avaliação dos cartórios


a) Instalações e funcionamento.
b) Situação geral de prestação dos serviços.
c) Alocação, formação e treinamento de recursos
humanos.
d) Informatização dos serviços cartoriais.
e) Cobrança de emolumentos, recolhimento de TSNR,
FERC e controle financeiro (Livro Diário).
f) Informações e esclarecimentos do delegatário.
g) Avaliação da qualidade dos serviços e pesquisa de
satisfação dos usuários.
FIM
Módulo 2

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