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CATEGORIAS DOS JOGOS COOPERATIVOS

As categorias aqui apresentadas seguem um modelo proposto por Orlick

(1978). Elas nos permitem vivenciar diferentes níveis de cooperação por meio

dos Jogos Cooperativos, dependendo, em grande parte, da categoria em que

se escolhe jogar. Tais categorias podem ainda ser utilizadas a partir de uma

combinação que envolva, por exemplo, duas delas.

a) JOGOS COOPERATIVOS SEM PERDEDORES

Nesta categoria de jogos os participantes formam uma única equipe em que

todos compartilham do mesmo desafio, facilitando assim a identificação de um

objetivo comum. Nesse sentido, o trabalho em equipe desenvolvido pelo grupo

busca convergir para que todos alcancem o objetivo proposto; esse esforço

conjunto é também um fator de estímulo para que o grupo aprimore suas

habilidades de comunicação, persistência e resolução de conflitos, entre

outras.

Nessa forma de jogar, todos iniciam o jogo juntos e permanecem juntos até o

final, o que facilita um alto grau de cooperação, envolvimento e diversão.

b) JOGOS DE RESULTADO COLETIVO

Neste tipo de jogo os participantes estão agrupados em duas equipes, no

entanto, como todos estão envolvidos em uma ação conjunta, para superar um

desafio comum, tal ação se caracteriza como um trabalho coletivo, e não como

oposição entre as duas equipes.


Nesta categoria de jogo, o agrupar de forças envolve as duas equipes que, ao

compartilharem dos resultados, costumam repensar a postura, comumente

adotada, quando se joga contra outra equipe.

Segundo Orlick (1978): “Esses jogos tendem a derrubar as barreiras

tradicionais entre duas equipes que jogam uma contra a outra”. (p. 126)

c) JOGOS DE INVERSÃO

Nesta categoria, apesar de duas equipes disputarem entre si, os jogos

oferecem uma estrutura que possibilita aos participantes “trocarem de time”,

uma, algumas ou várias vezes durante o Jogo.

Essa troca constante de time permite mexer com padrões estabelecidos e

idéias tradicionais, nas quais o adversário que joga no outro time é alguém de

quem se deve “manter distância”.

Dessa forma, uma vez que as inversões são aceleradas, o placar deixa de ser

o mais importante, pois, ao final do jogo, não importa muito quem ganhou ou

perdeu.

Segundo Orlick (1978): “O método de inversão parece diminuir a preocupação

exagerada com o resultado, pois tanto o resultado numérico quanto os times

não são definidos”. (p. 128)

As inversões de jogadores e pontuação aprimoram ainda a noção de

interdependência, bem como a percepção de que, na verdade, todos fazem

parte de um mesmo time.

d) JOGOS SEMICOOPERATIVOS
Nesses jogos, as estruturas cooperativa e competitiva convivem ao mesmo

tempo, o que possivelmente contribua para que o jogo se torne mais divertido.

Um dos objetivos nessa categoria é equilibrar as oportunidades de real

participação, de forma que todos sejam reconhecidos como pessoas

importantes para os times e para o desenvolvimento do jogo.

Nessa categoria de jogos, mesmo havendo competição entre as equipes, o

resultado passa a não ser tão importante, pois busca-se como meta aprimorar

a interação e a cooperação entre os participantes, de forma que todos

continuem jogando.

Os jogos semicooperativos são, possivelmente, a melhor indicação para o

início do trabalho com grupos que têm pouco contato com os Jogos

Cooperativos.

Sobre essa questão Brotto (2001), observa que:

Considerando a integração dos Jogos


Cooperativos em ambientes e grupos com pouca
ou nenhuma experiência anterior, é aconselhável
iniciar pelos Jogos Semi-Cooperativos e
gradativamente, caminhar na direção dos Jogos
sem perdedores.
(p. 87)

Tais jogos facilitam ainda a percepção do ritmo do outro e o respeito às

diferenças presentes no jogo.

Neste sentido aprender a cooperar na Educação Física Escolar por meio das

diferentes categorias de Jogos Cooperativos parece uma proposta viável e

necessária, mas que dependerá também de um processo de ensino-

aprendizagem coerente com a dinâmica dos Jogos.

Segundo Brotto (2001), o processo de ensino e aprendizagem para os Jogos

Cooperativos apóia-se na interdependência de três dimensões:


CONVIVÊNCIA  CONSCIÊNCIA  TRANSCENDÊNCIA

A convivência: Está relacionada à ação, à vivência, à percepção de si mesmo

e ao contato com o outro por meio dos jogos.

A consciência: Está associada ao processo de reflexão sobre a vivência do

jogo, à revisão de nossas posições e escolhas, bem como à mudança de

comportamento.

A transcendência: Busca a transformação, a mudança de atitude e a

integração dos processos vividos à nossa vida diária. (p.63)

Inspirados por esse processo pode-se reconhecer na Educação Física Escolar

um espaço repleto de possibilidades para descobertas pessoais, especialmente

por meio dos jogos, dança e esporte, que costumam oferecer ótimos momentos

de reflexão sobre nossas ações, além de um contexto propício ao processo de

transformação.

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