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plug cultura informativo da secretaria de cultura do estado da bahia 

| ano i / n 2 | jun – dez 2007

Cultura é o quê?
Bahia responde com
ampla participação na
II Conferência
Estadual de Cultura

Mais cultura
para o interior
Programa de Fomento chega
a todos territórios e editais
estimulam a diversidade baiana
EDITORIAL

Plug Cultura – Informativo da Secretaria de


Cultura do Estado da Bahia | Ano 1 – Nº 2
Julho a Dezembro 2007
CULTURA É O QUÊ?
Governador do Estado da Bahia: Jaques Wagner
Secretário de Cultura: Márcio Meirelles Márcio Meirelles
Chefe de Gabinete: Carlos Paiva Secretário de Cultura do Estado da Bahia
Superintendente de Cultura: Ângela Andrade
Superintendente de Promoção Cultural:
Paulo Henrique de Almeida
Diretor da FPC: Ubiratan Castro
Diretor do Irdeb: Pola Ribeiro
Diretora da Funceb: Gisele Nussbaumer
Diretor do Ipac: Frederico Mendonça
Rede Ascom Secult: Cyntia Nogueira,
Luciano Matos, Ana Paula Vargas,
André Santana, Geraldo Moniz, Marcos Pierry

Editores: Shirley Pinheiro (DRT – BA 836)


& Iuri Rubim
Projeto Gráfico e Diagramação: Estúdio Quimera
Fotos: Aristeu Chagas, Daniele Canedo,
Jamile Menezes, João Milet Meirelles,
Juliana Dias, Lázaro Sérgio, Luiz Henrique,
Manu Dias, Marcio Lima,Maurício Requião,
Raimundo Silva, Xando Pereira.
Capa: arte Estúdio Quimera
sobre foto de Agnaldo Novais (Agecom).

Para receber o Plug semanalmente,


envie email para: plug@cultura.ba.gov.br

Assessoria de Comunicação – Secretaria de Cultura do Estado da Bahia: Contato: 71 3116-4109 / ascom@cultura.ba.gov.br


www.cultura.ba.gov.br / Av. Tancredo Neves, 776, Ed. Desenbahia, Pituba Salvador BA CEP 41.820-904
GIRO CULTURAL

PONTOS
DE IRRADIAÇÃO
CULTURAL
Os 11 Centros de Cultura do interior do Es-
tado passaram a funcionar como pontos
de convergência e irradiação cultural em
seus territórios de identidade. Com a mu-
dança de gestão, houve aumento do núme-
ro de freqüentadores, redução dos custos
de manutenção, além de maior interlocu-
ção com os artistas e produtores locais. O
jornalista e gestor cultural Hamilton Viei-
ra, do Centro de Cultura Lauro de Freitas,
conta que, com a nova política cultural, o
espaço está sendo dinamizado. “Estamos
priorizando os grupos culturais locais em
nossa programação”, destaca.
Durante o I Encontro de Coordenado-
res de Espaços Culturais promovido pela
Fundação Cultural do Estado (Funceb), os
coordenadores dos centros apresentaram
seus planos de gestão para os espaços e
também de articulação territorial das po-
líticas culturais. “Em Juazeiro, estamos
contribuindo com a descentralização e de-
mocratização da cultura no território”, dis-
se o gestor cultural Márcio Ângelo Ribeiro,
do Centro de Cultura João Gilberto.

INFORMATIVO DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA  


GIRO CULTURAL

O Encontro Internacional PORTAS ABERTAS


de Negócios Musicais colocou
frente a frente produtores baianos
com empresários da Europa e EUA Diversos espaços culturais foram reaber-
tos. O Museu do Recolhimento dos Hu-
mildes, em Santo Amaro, fechado há dois
anos, reabriu suas portas para a comuni-
dade e ganhou um programa de dinamiza-
ção. O Palacete das Artes – Rodin Bahia e o
Forte Santo Antonio passaram a ser geri-
dos pelo Estado e já estão com uma inten-
sa programação. Após 14 anos de protesto,
o Centro Cultural Plataforma, no subúrbio
ferroviário de Salvador, tem agora gestão
participativa com os principais grupos cul-
turais da região.
Vale registrar também os efeitos da
adequação e reforma do Museu de Arte
Moderna, do Solar do Ferrão e de Centros
de Cultura no interior, que foram incorpo-
rados ao dia-a-dia da população baiana. A
perspectiva até 2009 é de implantação de
novos centros culturais, através do pro-
grama Mais Cultura, do Ministério da Cul-
tura, em parceria com os municípios.

INTERCÂMBIO GESTÃO DA CULTURA NOS


MUNICÍPIOS
INTERNACIONAL Constituído em maio de 2007, a partir de
provocação da Secretaria Estadual de Cul-
O lançamento do PAR - Programa Artistas Residentes, uma  ini- tura, o Fórum de Dirigentes Municipais de
ciativa inédita  no Brasil, foi uma das principais ações da Secre- Cultura é composto por secretários muni-
taria de Cultura na área internacional em 2007. O programa inclui cipais e gestores públicos dos 26 territórios
bolsas para artistas baianos participarem de residências artís- de identidade da Bahia. Funciona como um
ticas no exterior (edital) e para artistas estrangeiros (africanos, espaço de comunicação permanente entre
latinoamericano e de língua portuguesa) participarem do pro- a Secretaria e os governos municipais para
grama de residência na Bahia (parceria com o Instituto Sacatar, o planejamento, formulação e execução de
em Itaparica, primeira residência artística criado no Brasil). As políticas públicas para a cultura.
trocas culturais com outros países também foram intensificadas “Estamos trabalhando para fortalecer
através de parcerias com instituições estrangeiras e da realiza- os mecanismos de descentralização dos
ção de eventos de intercâmbio internacional. recursos para o interior junto aos gover-
Artistas da Índia, Brasil e África do Sul se encontraram duran- nos municipal, federal e estadual”, afirma
te o 1º Festival de Música e Dança IBAS. Já o encontro Internacio- o coordenador geral do Fórum, Gildelson
nal de Negócios Musicais colocou artistas, produtores e músicos Felício, secretário de Cultura de Vitória da
baianos frente a frente com compradores e empresários de agên- Conquista, destacando a importância da
cias, gravadoras e distribuidoras do mercado musical europeu articulação com as prefeituras. Muitas já
e americano. No final do ano, o 1º Encontro Internacional Capo- assinaram protocolo de intenções com o
eira Angola Pai e Filho possibilitou o encontro de capoeiristas e Governo do Estado para criação do Siste-
aprendizes de vários países na Bahia. ma Estadual de Cultura.

  PLUG CULTURA  JUL — DEZ 2007


NO INTERIOR, O PROJETO JÁ
CAPACITOU 194 MULTIPLICADORES
QUE VÃO DIFUNDIR A PROPOSTA
DE INCLUSÃO DA CULTURA AFRO-
BRASILEIRA NOS CURRÍCULOS

Irê Ayó
Um dos pressupostos do projeto Irê Ayó, que significa “caminho
da alegria” em ioruba, é de que “nunca é tarde para se buscar
aquilo que ficou para trás”, afirma a historiadora e doutora em
Educação, Vanda Machado.
O propósito é abrir espaço nas escolas para a inclusão da
cultura afro-brasileira nos currículos. Através da Secretaria de
Cultura, o projeto, que começou em 1998 na Escola Municipal Eu-
gênia Anna dos Santos, no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, chegou,
em 2007, a escolas de Valença, Tancredo Neves, Taperoá, Nilo
Peçanha, Cairu, Wenceslau Guimarães, Piraí do Norte, Ituberá,
Maraú, Ituberá, Camamu, Igrapiúna, Taperoá, Irecê, São Gabriel,
Presidente Dutra, Itabuna, Itacaré, Ilhéus, Ubaitaba e Coaraci.
O projeto foi realizado em parceria com a Câmara de Educação
dos Municípios do Baixo Sul e as secretarias municipais de Edu-
cação. Nada menos que 20 municípios assumiram o compromisso
com a Secretaria de Cultura para fazer valer a Lei 10.639, que de-
termina a inclusão da cultura e da história da civilização africana
nos currículos escolares de todo o país. Em dezembro foi assina-
do o convênio com a Secretaria de Educação do Estado/Instituto
Anísio Teixeira para aplicação na rede estadual de ensino.

INFORMATIVO DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA  


Produtores discutem cultura em

Mais cultura
Conceição de Almeida

para o interior
PROGRAMA DE FOMENTO À CULTURA EM 2007 tos ou 26,8% do total. Se em 2006, apenas
CHEGA AOS MUNICÍPIOS BAIANOS 4,5% do total aprovado pelo Fundo foi para
projetos do interior, em 2007 esta propor-
A produção cultural avançou em todo o Es- ção quase dobrou, passando para 8,8%.
tado. Mais artistas, produtores e institui- O resultado foi mais expressivo no Faz-

115
ções tiveram acesso, em 2007, aos recur- cultura. Dentre os 71 vencedores dos editais
sos do Estado para a Cultura, sobretudo do de apoio nessa modalidade, 38,8% foram
interior, onde as políticas culturais eram para projetos realizados no interior. A des-
antes quase inacessíveis. Projetos do interior concentração regional avançou com o Faz-
O lançamento do Programa de Fomento inscritos no Fundo cultura mais que dobrando a participação
à Cultura contribuiu para a democratiza- de Cultura de produtores do interior, que foi de 16,1%
ção e descentralização dos recursos. Fo- (em 2006 se limitaram a 6,5% do total).
ram realizadas mudanças no regulamento A maior participação do interior foi con-

38,8%
tanto do Fazcultura como do Fundo de Cul- seqüência tanto das mudanças no progra-
tura e lançados 23 editais (sendo 16 inédi- ma de fomento, divulgação mais ampla,
tos) para as diversas linguagens artísti- como da capacitação aos produtores, com
cas. Foram lançados ainda o programa de Projetos do interior a realização de workshops para elabora-
microcrédito CrediBahia Cultural, um dos aprovados no ção de projetos e apresentações públicas
pioneiros no Brasil, e o programa Carna- Fazcultura do programa em vários municípios duran-
val Ouro Negro, para apoio dos blocos de te os encontros territoriais preparatórios
matriz africana. para a II Conferência Estadual de Cultura.
Finalmente a desconcentração espacial Uma prática que será ampliada em 2008,
começou a se tornar realidade com a nova junto com as discussões sobre a nova le-
política de fomento. Em 2007 o Fundo de gislação de fomento à cultura, cujo projeto
Cultura registrou um incremento expres- de lei deve ser encaminhado à Assembléia
sivo de projetos do interior, com 115 inscri- Legislativa ainda no primeiro semestre.

  PLUG CULTURA  JUL — DEZ 2007


FOMENTO À CULTURA

FUNDO DE CULTURA FAZCULTURA

As mudanças no regulamento do Fundo de O interior do Estado teve uma participação

427
Cultura ampliaram o acesso para produto- maior de projetos aprovados pelo Fazcul-
res em todos os cantos da Bahia. O número tura, passando de 13,9% para 38,8% em
de inscrições saltou de 140 em 2006 para 2007. Um resultado impulsionado pela
427 em 2007. O número de projetos apro- mudança do regulamento, que estabele-
vados também aumentou de 40 para 206. Total de projetos ceu cotas para garantir recursos a proje-
No total foram destinados R$ 11,3 milhões inscritos no Fundo tos realizados no interior, evitando assim
para o apoio direto aos projetos de artistas, de Cultura a concentração registrada em 2006 de
produtores e instituições culturais. Entre 93,5% dos recursos em projetos de Salva-

3 mi
as novidades, o Fundo apoiou projetos cul- dor e Região Metropolitana.
turais de intercâmbio e de pequeno valor No total, 71 projetos foram aprovados
(até R$ 20 mil) e de manutenção de grupos R$ em diversas áreas, somando o investimen-
artísticos. Com isso, antigas demandas do to de R$ 6,8 milhões. O Fazcultura é um
setor puderam ser atendidas, como a ga- Valor destinados ao programa de incentivo ao patrocínio cultu-
rantia de participação de artistas, técnicos fomento do Carnaval ral. Depois de ter seu projeto aprovado, o
e estudiosos em eventos culturais no país Ouro Negro proponente tem que buscar uma empresa
e no exterior, além do repasse de recursos patrocinadora, que deduz o valor investido

23
para o apoio regular a grupos de teatro, no imposto sobre ICMS.
dança e outras linguagens.

CARNAVAL OURO NEGRO


CREDIBAHIA CULTURAL Editais lançados
em 2007, sendo Com recursos da ordem de R$ 3,670 mi-
O programa de microcrédito CrediBahia 16 inéditos lhões, o programa de fomento Carnaval
Cultural – voltado inicialmente para pro- Ouro Negro, lançado em novembro de
fissionais que moram ou trabalham no 2007, apoiou 106 entidades de matriz afri-
Pelourinho e adjacências – promete dina- cana em seus desfiles no carnaval de 2008,
mizar a economia da cultura na região. A incluindo os blocos afros, de afoxés, sam-
iniciativa, pioneira no Brasil, foi lançada ba, reggae e índio. Pela primeira vez, hou-
em 2007 numa parceria entre a Secretaria ve antecipação do repasse dos recursos,
de Cultura da Bahia, a Desenbahia, a Pre- que foi feito individualmente, ou seja, bloco
feitura de Salvador e o Sebrae. a bloco (sem a intermediação dos coletivos
O objetivo é apoiar pequenos empreen- e fóruns), a partir de critérios objetivos e
dedores a viabilizarem negócios na área transparentes, definidos em conjunto com
da cultura. Os limites de crédito vão de o Conselho Municipal de Carnaval.
R$ 200 a R$ 5 mil no caso de investimento Ainda este ano, a Secretaria de Cultura
fixo e de R$ 200 a R$ 3 mil para capital de da Bahia vai lançar edital de apoio regular
giro. A agência piloto funciona na Rua Frei a essas entidades, para potencializar suas
Vicente, nº 4, Pelourinho. Em 2008 serão atividades culturais e sociais durante todo
instaladas mais duas agências, sendo uma o ano e requalificar sua gestão para o pró-
no interior do Estado. ximo carnaval.

INFORMATIVO DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA  


FOMENTO À CULTURA

EDITAIS ESTIMULAM A
DIVERSIDADE E PARTICIPAÇÃO
Artistas e produtores da capital e interior participaram dos 23 editais de fomento à cul-
tura lançados em 2007 pela Secretaria de Cultura. Voltados aos diversos segmentos
da cultura, os editais reuniram nada menos que mil inscritos. Desse total, 159 projetos
foram premiados, sendo 34% do interior, totalizando R$ 2.025 milhões em prêmios.
A Fundação Cultural do Estado da Bahia quadruplicou o número de editais em relação
à gestão anterior e lançou 16 inéditos, atendendo áreas antes não contempladas, como
culturas indígenas, culturas populares, desenvolvimento de roteiro para cinema, resi-
dência artística no exterior, cessão de pauta em espaços culturais, curadoria de exposi-
ção em artes visuais e design.
Na área de novas tecnologias, foram lançados o Edital de Apoio à Cultura Digital,
assim como o de Produção de Conteúdo Digital em Música, estimulando a elaboração
de videoclipes e registros audiovisuais, como fez um dos ganhadores, Tiago Trad, com o
espetáculo “Bogary in Concert”.
Dos 26 territórios de identidade que compõe a Bahia, 24 estiveram representados na
seleção dos editais. O interior participou com 216 inscrições, tendo 54 projetos vence-
dores – o que representa 35% do total de premiados, como é o caso de “Cultura, Tempo,
Identidade e Lugar”, de Rogéria Maciel Meira, de Vitória da Conquista. Vencedora do edi-
tal Diálogos Estéticos, de apoio a curadoria de artes visuais, a artista realizará, em 2008,
uma exposição em sua terra natal.
O processo de interiorização dos editais foi conseqüência da política de descentra-
lização adotada, inclusive com a previsão de prêmios específicos para projetos de fora
da Região Metropolitana de Salvador e lançamento de editais inéditos voltados a mani-

  PLUG CULTURA  JUL — DEZ 2007


PROGRAMA DE FOMENTO À CULTURA EM 2007 Fotos de vencedores dos Editais: Dois Gumes
(dança), Terreiro Circular (música), O Nariz do
CHEGA A TODA A BAHIA Poeta (teatro), Gravura Baiana (artes visuais).

festações predominantemente características do interior do esta-


do, como o Prêmio Manifestações Tradicionais da Cultura Popular

155
e o Prêmio Iniciativas Culturais Indígenas. O Prêmio Manifestações
Tradicionais da Cultura Popular contou com 75 inscritos e 25 pre-
miados, contemplando projetos voltados à manutenção de grupos
folclóricos, oficinas de produção de adereços típicos e gravação de Total de projetos
CD com músicas tradicionais. premiados em 2007
Já o Prêmio Iniciativas Culturais Indígenas, no valor total de R$ 100
mil, obteve 14 inscritos e 10 vencedores de aldeias diversas, como a

35%
Pankarerê, de Santo Amaro – esta comunidade indígena, que reúne
1500 habitantes, publicará o livro intitulado “A Festa do Amaro”.
Além de premiar projetos do interior, estima-se que mais de 50
cidades serão beneficiadas pela circulação de projetos e espetácu- dos projetos
los resultantes dos editais. Uma das inovações no regulamento foi vencedores são
justamente a inclusão de um plano de acesso e/ou formação para do interior
potencializar os projetos propostos, seja na forma de workshops,
palestras ou apresentações a preços populares.

1,9 mi
A premiação através de editais tem demonstrado ser um eficiente
e democrático mecanismo de incentivo à criação, produção, forma-
ção, pesquisa e difusão das linguagens artísticas e manifestações
R$ 
culturais em todo o Estado. valor total em prêmios

Conheça os projetos premiados pelos editais:


www.funceb.ba.gov.br

INFORMATIVO DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA  


NEOJIBÁ da música, trabalho em grupo, disciplina
e responsabilidade, o projeto tem também
entre seus desafios capacitar jovens arte-
sãos na fabricação e reparação de instru-
INTEGRAÇÃO Ter idade entre 8 e 18 anos, interesse em mentos musicais.
DE JOVENS algum instrumento de orquestra, dispo- A primeira meta do Neojibá é formar
ATRAVÉS nibilidade para comparecer às atividades núcleos e orquestras juvenis e infantis por
de segunda a sexta, no período da tarde. todo o Estado. O primeiro núcleo começou
DA PRÁTICA Não precisa saber tocar nem possuir ins- a funcionar em setembro e já resultou na
ORQUESTRAL trumento. Esses foram os critérios para a criação da Orquestra Sinfônica Juvenil da
pré-inscrição no projeto Neojibá – Núcleos Bahia Dois de Julho. Formada por cerca
Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis de 90 crianças e jovens, com idade entre
da Bahia, lançado em 2007, sob a coorde- oito e 24 anos, a nova orquestra abriu sua
nação do pianista Ricardo Castro, gestor temporada de concertos no Teatro Castro
artístico da Orquestra Sinfônica da Bahia. Alves e realizou seis apresentações públi-
Em pouco tempo de lançamento, o Neo- cas em 2007.
jibá já é reconhecido como um dos proje- O Neojibá conta com patrocínio da De-
tos bem sucedidos de integração social senbahia, através da Lei Rouanet, e está
Na foto Ricardo Castro de jovens através da prática orquestral. sendo desenvolvido em intercâmbio com
rege Orquestra Juvenil Além de contribuir para a construção éti- a Fundación del Estado para el Sistema
Dois de Julho ca e pedagógica da infância e da juventude, Nacional de las Orquestras Juveniles de
mediante a instrução e a prática coletiva Venezuela.

10  PLUG CULTURA  JUL — DEZ 2007


CONSELHO DE CULTURA

INSTITUIÇÕES INDICAM
CONSELHEIROS
O CONSELHO REÚNE
REPRESENTANTES DE DIVERSOS
TERRITÓRIOS E DAS CULTURAS
SERTANEJA, AFRODESCENDENTE
E INDÍGENA

A escolha dos membros do Conselho Estadual ATUAÇÃO DO CONSELHO


de Cultura contou com maior participação da “Temos de
sociedade. Os 20 conselheiros e 10 suplentes ser capazes, Um das principais funções do Conselho
foram indicados através de consulta pública a com a nossa Estadual de Cultura é contribuir para o
mais de 30 instituições, incluindo universida- diversidade, desenvolvimento da política estadual de
des, sindicatos e associações profissionais. cultura. Entre as competências também
Espelhando a diversidade da cultura baiana,
de contribuir estão a de propor medidas para estímulo,
o Conselho reúne representantes de diversos para este valorização da cultura e proteção dos bens
territórios, assim como das culturas serta- novo momento culturais baianos, além de opinar sobre
neja, afrodescendente e indígena. político que tombamento e restauração de imóveis,
A idéia é conferir mais autonomia a esse tem impacto entre outros temas. O Conselho atua atra-
órgão. Na primeira reunião, o secretário de vés de quatro Câmaras: de Articulação e
Cultura, Márcio Meirelles, sinalizou que é
no cenário Integração; de Políticas Sócio-Culturais;
preciso alterar a forma de indicação de seus cultural” de Produção Cultural Contemporânea e de
membros, transferindo-a para a sociedade Emiliano José Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e
civil. “O Conselho deve fazer a transição para Paisagístico.
um novo modelo, mais participativo”, disse,
ressaltando que, com o fortalecimento dessa
entidade, será possível intensificar o diálogo REPRESENTAÇÃO DO INTERIOR
do governo com a sociedade.
Eleito por unanimidade para assumir a Pela primeira vez o Conselho Estadual de
presidência do Conselho, o jornalista Emilia- Cultura conta com representação do inte-
no José observa que é preciso criar condições rior, com 20% de sua formação de pessoas
para que o órgão desempenhe um papel mais que residem ou trabalham no interior do
efetivo na condução da política cultural do Estado. Além disso, outros membros têm
Estado. “Temos de ser capazes, com a nossa seus trabalhos prioritariamente direciona-
diversidade, de contribuir decisivamente para dos para questões da cultura interiorana
este novo momento político que tem um gran- em suas diversas formas, desde as mani-
de impacto no cenário cultural”, afirmou. festações das culturas indígena, sertaneja
Reforçando esse argumento, o professor e tradicional, até questões referentes ao
Albino Rubim, vice-presidente, defende a am- Nas fotos: patrimônio material e arqueológico.
pliação das discussões sobre políticas cul- Emiliano José, Cabe ainda ressaltar que todos os con-
turais: “O que queremos construir passa por Makota Valdina, selheiros desenvolvem trabalhos no cam-
uma relação nova do Conselho com a Secre- Paulo Miguez e po cultural, cuja importância ultrapassa
taria de Cultura e com a sociedade”. Antonio Godi os territórios.

INFORMATIVO DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA  11


CONFERÊNCIA ESTADUAL DE CULTURA

“Estamos apoiando essa “Há um esquecimento


política porque queremos histórico do sertão, de tudo
mostrar ao povo dessa terra o que se faz no interior. Com
o que ninguém conhece: a a conferência começa a se
cultura que meu povo carrega dar visibilidade ao interior,
há milhares de anos aqui onde vivem 80% da população
na Bahia, que é diferente de baiana”
outras etnias do Brasil”.
Juracy Dórea, artista plástico de
Paulo Titia, da etnia Pataxó hã hã hãe Feira de Santana

CULTURA “Todas as propostas


apresentadas na Conferência
são importantes para
incentivar a produção
cultural, incluindo as culturas
populares, a economia da

É O QUÊ?
cultura e o trabalho do
produtor e do artista”.
Nadinho do Congo, presidente da
Associação dos Afoxés da Bahia

A Bahia responde com ampla participação


na II Conferência Estadual de Cultura

A pergunta percorreu cidades do sertão e participaram de debates sobre as políticas


litoral, mobilizando cerca de 40 mil pesso- públicas para o setor e celebraram a di-
as em 390 municípios (93,5% do total dos versidade cultural do estado.
municípios baianos). O propósito: provocar Na conferência, os participantes escre-
as pessoas para pensar e discutir cultu- veram a Carta de Feira de Santana, com
ra em todo o Estado, principalmente para recomendações para a adoção de políticas
construir o Plano Estadual de Cultura. culturais. A plenária aprovou propostas
Resultado de um esforço coletivo inédi- para aumentar o orçamento público para
to, a Secretaria de Cultura da Bahia pro- a cultura, implantar o Sistema Estadual de
moveu encontros em todos os 26 territórios Cultura, viabilizar a descentralização e de-
de identidade do estado, culminando com mocratização dos recursos e ações, mapear
a realização, em outubro, da II Conferên- as atividades e grupos culturais, fomentar a
cia Estadual de Cultura, que contou com circulação e investir na formação continu-
a participação de 1.465 representantes de ada de gestores. Além disso, as propostas
269 municípios, além de 577 artistas, que apresentadas nos encontros municipais e

12  PLUG CULTURA  JUL — DEZ 2007


“A política mais revolucionária
deste Governo é a
descentralização da cultura,
garantindo o equilíbrio dos
recursos para todos. Nós que “É necessário discutir sobre
sempre fomos excluídos, agora uma política cultural que
temos os mesmos direitos, desconcentre recursos e
como participar da seleção de conceitos, é importante olhar
projetos e editais” a cultura de uma maneira mais
ampla”
Dimas Roque, produtor cultural de
Paulo Afonso Tom Zé, músico e compositor.

“O Governo está inovando em “Parabenizo a equipe da


sua relação com a sociedade Secretaria de Cultura pela
na questão da cultura. capacidade de fazer em menos
Uma renovação de direção de dez meses aquilo que era
política que está quebrando o nosso sonho, de construir
paradigmas para dar lugar uma cultura que mergulhasse
também para as novas em todo o Estado e que
expressões culturais dessa despertasse cada manifestação
Bahia tão plural”. cultural que a Bahia produz”
Gilberto Gil, Ministro da Cultura Jaques Wagner, Governador da Bahia

territoriais foram priorizadas e também vão


servir de referência para os Planos Territo-
riais e o Plano Estadual de Cultura, que já
Foram aprovadas também na Conferên-
cia propostas prioritárias para as áreas
de política cultural (planos, sistemas, re-
40 mil
Pessoas
começaram a ser elaborados. des, formação, cooperação e intercâmbio),
“Este é o início de um novo ciclo, de um patrimônio material (bens culturais, edu-
processo irreversível de diálogo perma-
nente entre Governo e agentes culturais”,
afirmou o secretário de Cultura do Esta-
cação patrimonial e museus), patrimônio
imaterial (culturas populares, indígenas,
afrodescendentes, festas e ritos), pensa-
390
Municípios
do, Márcio Meirelles, ressaltando que “só mento e memória (arquivos, bibliotecas,
é possível formular e executar políticas leitura e livro), audiovisual e radiodifusão
públicas à altura da riqueza cultural da
Bahia através de uma relação cooperativa
entre os poderes públicos e a sociedade”.
(audiovisual, cinema, rádio e TV pública/
comunitária), expressões artísticas (artes
visuais, circo, dança, literatura, música e
26
Territórios de
Na Conferência, o secretário conclamou teatro) e cultura digital, além do relacio- Identidade
todos os participantes para reforçar o pac- namento da área cultural com outros seg-
to federativo (governo federal, estadual e mentos, como Turismo, Educação, Gênero,
municipal) e trabalhar junto com o governo Desenvolvimento Urbano, Cidade e Campo.
para viabilizar as propostas. Mais informações: www.cultura.ba.gov.br

INFORMATIVO DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA  13


FUNCEB

CIRCULANDO
Lançamento de editais para todas as até agora, mais de 40 circos em atividade,
linguagens artísticas, capacitação de ESPETÁCULOS após visita a 10 municípios, encontros em
agentes culturais na elaboração de pro- DE DANÇA Salvador, Una e Serrinha e entrevista com
jetos, mapeamento de filarmônicas e cir- E TEATRO, 62 artistas.
cos, e um amplo programa de circulação No interior do Estado, a Funceb reali-
de espetáculos, exposições e oficinas, com OFICINAS za de janeiro a junho deste ano o Circuito
o Circuito Cultural Bahia. Estas foram al- DE MÚSICA, Cultural Bahia, que prevê a apresentação
gumas ações da Fundação Cultural do Es- WORKSHOPS de 34 projetos vencedores dos editais de
tado da Bahia em 2007 que contribuíram circulação lançados em 2007. O Circuito
para o desenvolvimento, a democratização E EXPOSIÇÕES vai beneficiar 23 municípios de 15 territó-
e a descentralização da cultura. CIRCULAM rios de identidade, com dez espetáculos
Mais de 100 projetos foram elaborados PELOS de dança, doze de teatro, três oficinas de
pelos participantes dos workshops de Ela- música, além de nove exposições de ar-
boração de Projetos Culturais. No total, fo- MUNICÍPIOS tes visuais. A programação inclui ainda
ram realizadas 30 oficinas em 28 cidades, BAIANOS workshops gratuitos oferecidos pelos pro-
contemplando todos os 26 territórios de ponentes.
identidade, com a presença de 1.143 parti- No ano passado, na área de artes visu-
cipantes. Desta iniciativa resultou o Manu- ais, o projeto Giro Cultural e o edital Sa-
al de Elaboração de Projetos, publicado no lões Regionais de Artes Visuais da Bahia
site www.funceb.ba.gov.br. também favoreceram a interiorização da
Já o Mapeamento de Filarmônicas co- cultura fazendo circular acervos públicos
meçou a ser realizado com visitas a 70 mu- que antes ficavam restritos à capital e es-
nicípios e encontros nas cidades de Feira timulando novos talentos com três edições
de Santana, Cipó e Serrinha. O Mapea- dos salões realizadas em Feira de Santa-
mento de Circos, por sua vez, cadastrou, na, Juazeiro e Jequié.

14  PLUG CULTURA  JUL — DEZ 2007


ESCOLA DE DANÇA

A Escola de Dança da Funceb, localizada


no Centro Histórico, ampliou sua atuação
em 2007. Como único núcleo de formação
profissionalizante de ensino médio na área
de dança na Bahia, abrigou 1.076 alunos, o
dobro de 2006, e o corpo docente cresceu
de 27 para 44 professores. A Escola tam-
bém aumentou a oferta de turmas e vagas
nos cursos livres, realizados à noite, assim
como o número de alunos na atividade de
extensão realizada no Centro Social Urba-
no do Nordeste de Amaralina, oferecendo
aulas de balé clássico a 205 crianças da
comunidade.

TCA 40 ANOS

Em 2007, o Teatro Castro Alves comple-


tou 40 anos com uma série de atividades
comemorativas. A exposição “6 Olhares
e 7 Traços”, em agosto, reuniu 13 artistas
apresentando sua visão sobre o complexo
cultural. O “Festival Quarentinha” apre-
sentou, em outubro, 17 espetáculos infan-
tis. No final do ano, oito cineastas produzi-
ram curtas metragens contando a história
do TCA na exposição “40 em 40 – 40 anos
em 40 minutos”. Os registros audiovisuais
estão sendo exibidos no Foyer do Teatro
Espetáculo O Tal do Quintal, do grupo Balangandança, no TCA até março de 2008.

SUA NOTA É UM SHOW DE CULTURA DOMINGO NO TCA

Além dos tradicionais shows musicais, o projeto Sua Nota é um Mais de 12 mil pessoas participaram do
Show de Cultura foi reformulado para garantir ao público o aces- projeto “Domingo no TCA”, que apresentou,
so a espetáculos de dança, teatro e exibição de filmes, além de em 2007, espetáculos de qualidade a R$ 1,
shows musicais. As apresentações passaram a ser realizadas nas manhãs de domingo, uma vez por mês.
tanto na Concha Acústica como na Sala Principal do TCA. A alte- Uma prova da democratização do acesso
ração do mecanismo de trocas das notas fiscais e ampliação da da comunidade baiana à programação ar-
quantidade de pontos de troca favoreceram o acesso às atrações tística e ao próprio Teatro Castro Alves.
apresentadas a partir de outubro. Parceria entre as secretarias Grande parte do público freqüentador foi
de Cultura e da Fazenda para promoção do Programa de Educa- pela primeira vez ao TCA.
ção Tributária – PET, o projeto trouxe a Salvador grupos interna- Até dezembro foram realizadas 10 apre-
cionais da área da dança, grupos de teatro e música de outros sentações, incluindo espetáculos de te-
estados do país, consolidando-se também como um importante atro, música, dança e até de circo, com o
espaço de divulgação de artistas e grupos locais. famoso Circo Picolino.

INFORMATIVO DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA  15


FPC

ABRIR CAMINHOS
PARA A LEITURA
A promoção do livro, da leitura e da li- Comunidades vés das bibliotecas-móvel, em parceria
teratura é prioridade da Fundação Pedro baianas com escolas locais.
Calmon, que em 2007 desenvolveu uma sé- tiveram acesso Oito bairros (Liberdade, Coutos III, Alto
rie de ações na capital e em municípios do do Cabrito, Castelo Branco, Pau da Lima,
interior, garantindo às comunidades baia- ao livro e ao Dom Avelar, São Cristóvão e Fazenda Gran-
nas o acesso ao livro e ao conhecimento conhecimento de IV) receberam, semanalmente, a visita
de sua história. de sua história do carro-biblioteca, levando um acervo
Apostando nas bibliotecas públicas de 1.500 livros, além de revistas e jornais,
como espaços de formação de leitores, a atendendo a uma média de 700 pessoas a
Fundação investiu na dinamização de suas cada semana de visita.
sete unidades fixas, nos bairros de Salva- As atividades de promoção da leitura
dor, além da implantação de oito biblio- também chegaram a praças, ruas, cre-
tecas municipais – Salinas da Margarida, ches, presídios, abrigos de idosos, orfa-
Conde, Brotas de Macaúbas, São Gabriel, natos, associações de bairro e centros so-
Lapão, Érico Cardoso, Coração de Maria e ciais urbanos, inclusive com a instalação
Feira da Mata – e da visita técnica a uni- de Caixa Estante.
dades de São Félix, Muritiba, Cachoeira, Em 2007, foram implantados 36 pontos
Botuporã, Caturama, Paramirim, Valença, em diferentes comunidades de Salvador e
Ituberá e assistência técnica a Jacobina. Foto do encontro no Presídio de Feira de Santana (mil livros),
A Fundação promoveu ações de incenti- literário no Dique em parceria com a Secretaria da Justiça,
vo à leitura nos bairros de Salvador, atra- do Tororó Cidadania e Direitos Humanos.

16  PLUG CULTURA  JUL — DEZ 2007


DOMINGO NA PRAÇA

Para incentivar a leitura, nada como ape-


lar para o lúdico, principalmente quando o
público é criança. Desde outubro, o proje-
to Domingo na Praça – Biblioteca e Brin-
quedo Móveis, em parceria com a Secre-
taria Municipal de Esportes e Lazer, vem
atendendo, em média, a 60 leitores a cada
domingo em vários espaços públicos. Em
2008, quatro locais fixos em Salvador re-
ceberão o projeto – Farol da Barra, Dique
do Tororó, Lagoa do Abaeté e Parque da Ci- CONVERSANDO COM A HISTÓRIA
dade, dentre outros ainda em avaliação.
OS DOCUMEN- Para preservar e difundir a história da
JORNADAS DE LITERATURA TÁRIOS DOS Bahia, a Fundação Pedro Calmon promo-
ENCONTROS veu, em 2007, uma série de seminários,
Mais de 500 pessoas participaram das FICARÃO conferências e debates abertos a toda a
Jornadas de Literatura, que percorreram, sociedade. Mais de 4 mil pessoas partici-
em 2007, cinco municípios (Cairú, Valença,
DISPONÍVEIS param dos debates sobre fatos marcantes
Nilo Peçanha, Lauro de Freitas e Camaça- AO PÚBLICO da história da Bahia, a exemplo do curso
ri) e três comunidades de cultura afro-bra- NO CENTRO DE Conversando com sua História, com mais
sileira (Quilombo Ilha de Maré, Quilombo MEMÓRIA DA de 1.5 mil pessoas inscritas para 20 pales-
Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, e FUNDAÇÃO tras, que abordaram diversos aspectos da
Terreiro Sultão das Matas, em Salvador). O história baiana, desde o período imperial
objetivo: incentivar o debate sobre literatu- até a república.
ra e o gosto pelos livros, com a realização Destaque também para o Ciclo de Con-
de oficinas de criação literária, contação ferências Independência da Bahia, a mesa
de história e debates sobre literatura e te- redonda sobre 209 anos da Revolta dos
mas culturais. Búzios e o seminário Quilombos: Histó-
rias e Experiências Negras, que reuniu os
GESTÃO DE ARQUIVOS MUNICIPAIS mais renomados especialistas no assunto
de todo o país, como Flávio Gomes (UFRJ),
Conservar a memória documental e ga- João José Reis (UFBA), Alfredo Wagner
rantir o acesso qualificado da sociedade (UFAM) e Edith Diniz (Ba), além da presen-
aos documentos oficiais foi um dos objeti- ça de cerca de 200 moradores de comuni-
vos da Fundação Pedro Calmon ao realizar, dades quilombolas.
em 2007, diagnósticos, vistorias de estru- Para resgatar o período de maior de-
tura física, reorganização e transferência senvolvimento econômico, político e cul-
de acervos em arquivos de 12 municípios tural do Estado – de 1945 a 1964 – o Ciclo
do Estado (Cachoeira, São Félix, Conde, de Conferências Memória do Desenvolvi-
Feira de Santana, Morro do Chapéu, Ja- mento da Bahia reuniu, em 11 palestras,
cobina, Muritiba, Santo Amaro, Lauro de autoridades e protagonistas das principais
Freitas, Mata de São João, Valença e Anda- mudanças ocorridas durante este período
raí). Para assegurar a gestão dos acervos baiano. Dentre os convidados o ex-Ministro
municipais por profissionais qualificados, Waldir Pires, o presidente da Petrobras,
foram realizados cinco cursos de capaci- Foto: Livros para José Sérgio Gabrielli, o poeta José Carlos
tação de Gestores em Arquivo, benefician- todos no projeto Capinam e o cineasta Orlando Senna. Em
do 120 técnicos de arquivo de mais de 30 Leitura do Povo 2008, o público terá acesso aos documen-
municípios. tários das conferências na Fundação.

INFORMATIVO DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA  17


IRDEB

A Educadora FM, a rádio pública da Bahia, pas- dade (18h) e Rádio África (19h), oferecendo aos
sou uma grande mudança na sua programação ouvintes boas opções de música e informação.
em 2007, em sintonia com os diversos segmen- Junto com No Balanço do Reggae, agora em
tos da música independente no Estado. Em ju- novo horário (16h), os programas formam, aos
lho, o Instituto de Radiodifusão Educativa da sábados, uma seqüência temática diversificada,
Bahia – Irdeb- realizou o I Encontro Educadora que passeia por variadas expressões da música
FM com a Produção Musical Baiana, passo es- negra.
tratégico para a aproximação com segmentos “Levar aos baianos a música dos blocos afros,
importantes da cultura, inclusive a periférica, a além de informações históricas sobre a cultura
exemplo do hip hop. negra e a agenda destes blocos na Bahia, é o que
Ouviu músicos, produtores, técnicos, jorna- pretende o Tambores da Liberdade”, segundo o
listas, estudantes e o público em geral para, diretor do Ilê Aiyê, Jônatas Conceição, um dos
junto com a comunidade, consolidar seu papel produtores do programa. “Evolução Hip-Hop
de rádio pública, empenhada em destacar a mergulha no universo do Movimento Hip Hop
pluralidade cultural e musical da Bahia. Logo em Salvador, trazendo notícias do rap e temas
em seguida, a rádio estreou uma faixa horária como saúde, educação e direitos humanos. Não
de quatro horas, aos sábados, em parceria com é um programa apenas para o jovem, mas para
produtores independentes, com programas que toda a cidade”, afirma DJ Branco, coordenador
resenham diferentes universos da música ne- da equipe de produção e apresentador.
gra, como o rap, o reggae, a música afro-baiana
e pop africano contemporâneo.
Na Semana da Consciência Negra, lançou
três programas em diferentes estilos musicais
– Evolução Hip-hop (17h), Tambores da Liber-

música
NEGRA
EDUCADORA FM ABRE O MICROFONE PARA A BAHIA

18  PLUG CULTURA  JUL — DEZ 2007


Imagem do vídeo Carro
de Boi, de Nicolas Hallet,
premiado no Festival 5
Minutos

TV PÚBLICA

A TV Pública esteve no centro dos deba-


tes do Irdeb em 2007. A Bahia foi esco-
lhida para sediar o seminário TV Pública:
Gestão & Tecnologia, que reuniu mais de
1.200 pessoas, incluindo estudantes, pro-
fessores, pesquisadores, produtores in-
dependentes, jornalistas e gestores de
emissoras públicas de diferentes estados,
além de representantes dos governos es-
tadual e federal. Na pauta de discussão,
a diferença entre o público e o estatal, o
impacto tecnológico e de conteúdo da tevê
digital, além dos diversos desenhos insti-
tucionais da tevê pública. Outra iniciativa
foi o workshop Programação para TV Pú-
blica, no mês de agosto, que contou com
a participação de profissionais e gestores
de diversos estados, dentre eles o Ministro
Franklin Martins e o Secretário do Audio-
visual Orlando Senna.

TVE BAHIA NO INTERIOR IMAGEM EM 5 MINUTOS

Aumentar a audiência da TVE Bahia no A mais recente produção audiovisual de curta duração do Brasil
interior do Estado é um dos principais esteve presente no Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 5
desafios do Irdeb. Depois de identificar a minutos, realizado em dezembro de 2007 pela Diretoria de Artes
falta de manutenção em 150 estações de Visuais e Multimeios – Dimas. Realizadores de todo o país mar-
transmissão no interior, o Irdeb recuperou, caram presença no Festival, que recebeu 358 inscrições prove-
desde março de 2007, em parceria com a nientes de 15 estados e do Distrito Federal, dentre as quais 205 do
Secretaria de Infra-estrutura, 60 dessas Estado da Bahia. Do total de inscritos, 50 vídeos foram seleciona-
estações. dos para a mostra competitiva. Os demais foram exibidos dentro
A audiência também cresceu no interior de uma programação extensa, que incluiu palestras, exposições,
com a cobertura de eventos significativos performances, encontros, oficinas, shows musicais e um seminá-
de vários municípios, a exemplo dos fes- rio sobre jogos eletrônicos. Paralelo, o I Encontro de Dirigentes
tejos juninos, carnavalescos e festas po- e Organizadores de Eventos de Difusão Audiovisual do Estado da
pulares tradicionais. O próximo passo é Bahia resultou na criação do Fórum Permanente dos Organiza-
aumentar a produção local através de par- dores de Festivais da Bahia - FPOFB, com representantes de 17
cerias com produtores independentes e do eventos audiovisuais baianos. O Fórum surge com o objetivo de
fomento a estratégias que estimulem, nas promover ações de interlocução entre os festivais e eventos e
várias regiões do estado, a criação de con- também com as esferas governamentais, a iniciativa privada e
teúdo e de novas bases de radiodifusão. entidades culturais do país e do exterior.

INFORMATIVO DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA  19


PELOURINHO

NOVO PELÔ trabalhar e para se visitar”, afirmou Mei-


relles, ressaltando que o programa de
Governo para a área foi construído e está
sendo implantado com a participação da
BOM LUGAR PARA MORAR, TRABALHAR E VISITAR sociedade.
É exatamente com essa dinâmica que
Buscar a sustentabilidade para o Pelouri- está atuando o Escritório de Referência do
nho dentro do contexto do Centro Antigo de Centro Antigo de Salvador, situado no Pe-
Salvador. Este é o propósito do acordo de lourinho, na Rua Gregório de Mattos, 41. Um
cooperação assinado pela União, Estado espaço de articulação e diálogo de ações,
e Município em outubro de 2007. Uma ini- propostas e programas voltados para o
ciativa inédita na história da cidade, a par- “O Pelourinho Pelourinho e seu entorno, envolvendo as
ceria envolve 25 instituições, sendo cinco deve ser três esferas de governo (federal, estadu-
ministérios, nove instituições estaduais e tratado a partir al e municipal), moradores, comerciantes,
nove municipais, além do Iphan e Unesco. do conceito empresas e representações institucionais.
Na oportunidade, o Governador Jaques utilizado para o “Temos o desafio de ajudar a resolver as
Wagner instituiu, por decreto, o Escritório meio ambiente: questões do bairro com planejamento es-
de Referência e também o Conselho Ges- é preciso tratégico”, afirma a arquiteta Beatriz Lima,
tor do Centro Antigo, sob a presidência do preservar e gestora do Escritório. Em sua opinião, “o
secretário Márcio Meirelles, com a parti- Pelourinho é mais do que um bairro, é um
garantir para
cipação de vários secretários de Estado. território de valor simbólico, e deve ser tra-
“Queremos que o novo Pelô seja econo-
as futuras tado a partir de um conceito muito utilizado
micamente viável e socialmente justo. Um gerações” para o meio ambiente: é preciso preservar
lugar bom para se morar, para freqüentar, Beatriz Lima, arquiteta e garantir para as futuras gerações”.

20  PLUG CULTURA  JUL — DEZ 2007


ESTUDO VAI DISCIPLINAR USO DOS CASARÕES

A Secretaria de Cultura iniciou o processo de Regularização da


Ocupação de Imóveis do Centro Antigo, sob a responsabilidade
do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac),
em parceria com a Fundação Escola de Administração da UFBA.
Além de mapear o parque imobiliário, o trabalho visa estabele-
cer normas de convivência nos imóveis e subsidiar o programa de
Educação Patrimonial no Centro Histórico de Salvador.
A primeira etapa desse trabalho, já concluída, apresenta o per-
fil dos ocupantes dos casarões do Estado e os usos – residenciais,
comerciais e institucionais – dos 226 imóveis que compõem o par-
que imobiliário do Ipac na região do Centro Antigo, o que corres-
ponde a 403 unidades imobiliárias.
Na segunda etapa, a ser concluída até o final de 2008, serão
definidas regras de convivência, pois em muitos casarões há con-
vivência simultânea e conflituosa de moradores, comerciantes e
entidades, sem que tenham recebido, ao longo dos anos, instru-
ções sobre normas condominiais. Além disso, as dívidas de mo-
radores, comerciantes e entidades que ocupam os casarões do
Pelourinho acumularam-se, nos últimos 10 anos, em cerca de R$
3,5 milhões.
Considerando o alto índice de inadimplência – que atinge cerca
de 70% dos concessionários comerciais – foram iniciados enten-
dimentos junto às secretarias estaduais da Administração e da
Fazenda e também com a Procuradoria Geral do Estado para aju- O secretário de cultura na inauguração do
dar na regularização fundiária dos imóveis. Escritório de Referência do Centro Antigo

VILA NOVA ESPERANÇA PROGRAMAÇÃO CULTURAL PARTICIPATIVA

Os moradores da Vila Nova Esperança (ex- A programação do Pelourinho valoriza cada vez mais a popula-
Rocinha) estão participando do projeto que ção local e suas matrizes culturais. Afinal, o que é bom para os
o arquiteto Marcelo Ferraz está desenvol- moradores é bom também para os turistas e visitantes. Assim
vendo para esse quilombo urbano, instala- é construída a grade de eventos, shows e atrações, através do
do no coração do Pelourinho. A proposta, Programa Pelourinho Cultural, propiciando a participação da co-
apresentada no final do ano, traz alterna- munidade local nas principais festas populares, como o Arraiá da
tivas para a melhoria na qualidade de vida Comunidade no São João, os Festejos de Santa Bárbara, a pro-
de 60 famílias que vivem no local, garan- gramação de Natal e até o Carnaval do Pelô. Destaque também
tindo moradia adequada, acessibilidade, para a maior diversidade de atrações artísticas, com significativo
espaços de lazer e de atividades culturais, apoio à cultura de raízes afro-brasileiras.
incluindo uma biblioteca, horto e até uma A intenção é proporcionar vida própria ao Pelourinho, passan-
cozinha comunitária. As obras, no valor de do a fazer com que a programação cultural, além de participativa,
R$ 6,5 milhões, serão realizadas através do conte com a efetiva aferição da comunidade. “O Pelourinho é o
Programa de Aceleração do Crescimento Patrimônio da Humanidade que todo mundo conhece e admira,
(PAC), numa parceria entre as secretarias mas deve ser também patrimônio para quem vive e freqüenta o
estaduais de Cultura e de Desenvolvimento local”, diz o secretário de Cultura, Márcio Meirelles.
Urbano, o Instituto do Patrimônio Histórico A Secult está realizando estudos para avaliar o impacto da pro-
e Artístico Nacional (Iphan) e a Prefeitura gramação para a sustentabilidade econômica e social do Centro
Municipal de Salvador. Antigo de Salvador.

INFORMATIVO DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA  21


IPAC

Sítios históricos Teixeira ; o escritório do Iphan; e 19 imó-


veis privados. Programa do Ministério da
Cultura, através do Iphan, o Monumenta

preservados
é considerado o mais importante investi-
mento em restauração executado no Bra-
sil, com financiamento do BID e contrapar-
tida do governo estadual.
Em Salvador, o Ipac realizou obras de
conservação, com recursos do Estado,
Diversos bens materiais e imateriais na em 18 imóveis no Centro Histórico de Sal-
CACHOEIRA capital e no interior do Estado estão sendo vador e no Corpo de Bombeiros da Baixa
RECEBE O recuperados pelo Instituto do Patrimônio de Sapateiros. Através do Prodetur 2 (Pro-
MAIOR VOLUME Artístico e Cultural da Bahia – Ipac. Na ci- grama de Desenvolvimento do Turismo no
DE RECURSOS, dade de Cachoeira, através do programa Nordeste), foi assinado convênio no valor
Monumenta, foram concluídas, em 2007, de R$14 milhões entre Governo da Bahia e
NO VALOR as obras da Igreja Matriz Nossa Senhora Ministério do Turismo, com financiamento
DE R$ 24,3 do Rosário e de imóveis que vão abrigar a do BID e contrapartida do Tesouro esta-
MILHÕES Universidade Federal do Recôncavo. O pro- dual, para recuperar quatro monumentos:
grama também está beneficiando 28 imó- igreja do Boqueirão, igreja e cemitério do
veis privados através de um sistema espe- Pilar, Palácio Rio Branco e Casa das Sete
cial de financiamento para proprietários. Mortes, com obras já licitadas.
Entre as 26 cidades em que o Monumenta No ano de comemoração dos seus 40
atua, Cachoeira recebe o maior volume de anos, o Ipac iniciou tombamentos de imó-
recursos, no valor de R$ 24,3 milhões. veis de linhas arquitetônicas modernistas
Foto da entrega Em Lençóis, o investimento do Monu- e art déco, como os edifícios Oceania (Fa-
da Igreja da Matriz menta chega a R$ 4,5 milhões. Já foram rol da Barra), A Tarde (Praça Castro Alves)
restaurada em recuperadas a Igreja Senhor dos Passos, e Caramuru (Comércio). Iniciativa inédi-
Cachoeira principal capela da cidade dedicada ao ta no Brasil, o instituto vem promovendo
padroeiro dos garimpeiros e a Avenida de também estudos para mapeamento e ela-
mesmo nome; a Casa de Cultura Anísio boração de plano de manejo para os sítios
arqueológicos da Bahia, assim como para
o registro de bens intangíveis, a exemplo
do Carnaval de Maragogipe, Carnaval de
Salvador e Festa de Santa Bárbara.

22  PLUG CULTURA  JUL — DEZ 2007


Projeto de Lina Bo Bardi
para o MAM

SEGURANÇA PARA OS MUSEUS

No primeiro semestre de 2008 o Ipac inicia


a implantação do mais moderno e com-
pleto sistema de segurança patrimonial já
implantado em museus baianos. O Plano
de Segurança Conciliada inclui circuito in-
terno de TV e alarmes, aliados aos investi-
mentos em vigilância humana. A tecnologia
permite detectar qualquer situação atípica
nos museus.”De qualquer lugar do mun-
do, os gestores poderão acessar, on line,
todas as salas onde estão os preciosos
acervos museológicos da Bahia”, explica o
diretor geral do Ipac, o arquiteto Frederico
Mendonça.
O sistema vem somar aos investimentos
MAM INTERNACIONAL realizados em 2007 para dotar os museus
do Estado de infra-estrutura adequada
Com uma programação artística local, nacional e internacional para atender a nova política de acesso a
que vem atraindo os mais diversos públicos, a nova direção do todos os baianos, a exemplo das melho-
MAM tem resgatado ações da concepção original do museu, pro- rias no Museu de Arte Moderna, com a
posta pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi, como a implantação recuperação do casarão, capela e oficinas
de residências artísticas, bolsas de pesquisa para os artistas pre- do complexo arquitetônico-histórico do
miados nos salões de artes e a abertura para o debate cultural. Unhão, construção do século XVI tombada
Novas ações como a instalação de uma cafeteria, a construção pelo Iphan. Obras de requalificação física
de uma reserva técnica para o acervo de 1,2 mil obras e a res- e restauração de peças artísticas expostas
tauração completa do complexo arquitetônico também estão nos a céu aberto estão sendo promovidas no
planos do MAM, que ampliou, no ano passado, seus espaços de Parque das Esculturas. Coleções valiosas,
exposição. O projeto Jam Sessions aos sábados foi reativado em como a Claudio Masella de Artes da África
agosto. Com uma nova localização no Solar do Unhão, o projeto e a de Arte Popular Lina Bo Bardi serão
vem atraindo uma média de 2 mil pessoas em cada sessão. Ou- beneficiadas com as obras de recuperação
tras novidades são as atividades comunitárias – como o Pinte no do Solar Ferrão, monumento do século XVI
MAM – e os programas educativos, com monitores e muita inte- localizado no Centro Histórico de Salva-
ratividade, uma tendência verificada nos museus de todo o mundo dor e tombado individualmente pelo Iphan
nas duas últimas décadas e que finalmente chegou à Bahia. Cada piso do casarão será ocupado por
espaços abertos ao público, como a nova
Biblioteca do Ipac, Museu Abelardo Rodri-
IPAC LANÇA CARTILHA gues e Galeria Ferrão.
Destacam-se, ainda, as recentes reaber-
Em comemoração aos seus 40 anos, o Ipac lançou no Dia Mundial turas do Palacete das Artes – Rodin Bahia,
da Cultura, 5 de novembro, a cartilha Salvaguarda de Bens Cultu- em Salvador, e do Museu do Recolhimento
rais da Bahia. Um instrumento valioso para esclarecimento sobre dos Humildes, em Santo Amaro, que esta-
a importância da preservação, passos e etapas de tombamentos, va fechado há dois anos. O Forte Santo An-
relação de bens tombados e os que estão em processo de regis- tônio Além do Carmo, monumento tomba-
tro. “Com essa publicação as pessoas podem entender um pouco do pelo Ipac e antes propriedade da União,
mais, por exemplo, sobre leis de salvaguarda e serviços públicos passa agora para o Estado, que está pro-
promovidos pelo Ipac em diferentes territórios da Bahia”, explica pondo nova concepção de gestão e amplia-
a arquiteta do Ipac, Milena Tavares. ção de uso da fortificação.

INFORMATIVO DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA  23


Bahia vai implantar mais
150 Pontos de Cultura
CONVÊNIO ENTRE O MINC E O GOVERNO DA BAHIA
DESTINA R$ 27 MILHÕES PARA A CULTURA.

Os Pontos de Cultura vão ser triplicados na Bahia. Os 59


já existentes em Salvador e no interior irão se juntar a 150
novos pontos que serão implementados por meio do con-
vênio assinado entre o Governo do Estado/ Secretaria de
Cultura e o Ministério da Cultura (MinC). O investimento
é de R$ 27 milhões até 2010. A contrapartida de R$ 9 mi-
lhões do governo baiano será aplicada em 2008.
“É muito bom começar o ano falando de cultura, in-
clusão social e respeito. Esses convênios mostram como
a articulação entre os governos federal e estadual está
construindo um Brasil e uma Bahia de todos”, afirmou o
Governador Jaques Wagner.
“Os Pontos de Cultura são muito importantes para que
as pessoas tenham a oportunidade de entrar no percurso
da produção cultural, contribuindo para o progresso so-
cial”, declarou o ministro da Cultura, Gilberto Gil.
“Queremos ampliar a participação e garantir que os
26 territórios de identidade do Estado tenham Pontos de
Cultura”, disse o secretário de Cultura, Márcio Meirelles,
anunciando o lançamento, em março, do edital público
para seleção dos projetos das entidades. O resultado deve
sair até o final de maio.
Os Pontos de Cultura são denominações para as en-
tidades da sociedade civil que, selecionadas por editais
públicos, tornam-se responsáveis por articular e impul-
sionar ações culturais em suas comunidades.
O programa traduz um dos princípios da política cultu-
ral do Estado: quem produz cultura é a sociedade, cabe
ao poder público fornecer meios para apoiar e incentivar
o desenvolvimento cultural do seu povo.

24  PLUG CULTURA  JUL — DEZ 2007

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