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Autor desconhecido
RESUMO
A cidade é o lugar no qual temos o maior número de espaços, que por sua vez tem a
maior variedade de usos e usuários. Portanto, o ambiente urbano é possesso de
grande variedade de sensações causadas por estes diversos espaços, onde os
elementos urbanos ocupam grande importância nesta relação de usuário e cidade.
Os mobiliários urbanos são os objetos que equipam as cidades e que se relacionam
de forma direta e constante com todos os habitantes. A proposta deste trabalho é o
desenvolvimento de mobiliário urbano, tendo como metodologia de processo o
design emocional e participativo. O primeiro corresponde à relação ou estudo
emocional entre os usuários e os produtos, propondo assim além da união entre
urbanismo e design o entendimento entre objeto e usuário; já o segundo processo
citado, tem como objetivo valorizar a participação dos usuários durante o processo
de desenvolvimento dos produtos. Desta forma, o usuário assume o papel de
cidadão, participa da criação dos bens culturais, exercita a crítica e atua
politicamente na sociedade. Primeiramente, delimitou-se as praças como local de
estudo e buscou-se um entendimento das funções e usos através de uma análise de
áreas residenciais e comerciais de diferentes regionais da cidade de Ipatinga.
Através desta pesquisa, notou-se que a grande quantidade de elementos urbanos
implantados não supre as necessidades de seus usuários. Para o TCC2, decidiu-se
utilizar todos os dados coletados para projetar elementos urbanos capazes de
corresponder às necessidades locais, desenvolvendo por fim um catálogo de novos
mobiliários para a cidade de Ipatinga.
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................ 13
1.1 Proposta ............................................................................................... 13
1.2 Objetivos ............................................................................................... 14
1.3 Justificativa ........................................................................................... 15
2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................... 17
2.1 ESPAÇO PÚBLICO .............................................................................. 17
2.1.1 Introdução ..................................................................................... 17
2.1.2 Espaço público: definições ........................................................... 18
2.1.3 Espaço público: desenho e projeto .............................................. 19
2.1.4 Espaço público: tipologias ............................................................ 20
2.1.5 Praças: tipologia adotada como estudo ....................................... 21
2.1.6 Espaço público: características de projeto ................................... 22
2.2 DESIGN URBANO................................................................................ 24
2.2.1 Introdução ao Design.................................................................... 24
2.2.2 Design Urbano .............................................................................. 25
2.2.3 Metodologias de Design Urbano .................................................. 26
2.2.4 Design Participativo ...................................................................... 28
2.3 DESIGN EMOCIONAL ......................................................................... 30
2.3.1 Introdução ..................................................................................... 30
2.3.2 Design emocional: definições ....................................................... 31
2.3.3 Design emocional: três níveis de design ...................................... 33
2.3.4 Usabilidade ................................................................................... 39
2.3.5 Agradabilidade .............................................................................. 40
2.3.6 Ferramentas ................................................................................. 41
2.4 MOBILIÁRIO URBANO ........................................................................ 44
2.4.1 Introdução ..................................................................................... 44
2.4.2 Mobiliário urbano: definições ........................................................ 46
2.4.3 Mobiliário urbano: funções ........................................................... 47
2.4.4 Classificação do mobiliário urbano ............................................... 48
2.4.5 Relação com o design .................................................................. 50
2.4.6 Relação com o espaço público e os usuários .............................. 54
2.5 DESIGN EM AÇO ................................................................................ 55
2.5.1 O material ..................................................................................... 55
2.5.2 Possíveis técnicas de utilização ................................................... 56
2.5.3 Design em aço .............................................................................. 62
2.6 OUTRAS REFERÊNCIAS .................................................................... 65
3.METODOLOGIA ......................................................................................... 70
3.1 ÁREA DE ESTUDO: CIDADE DE IPATINGA ....................................... 70
3.2 METODOLOGIA DE TRABALHO ........................................................ 70
3.3 MAPEAMENTOS .................................................................................. 71
3.3.1 Definição da área de estudo: bairros e praças ............................. 71
3.3.1.1 Cariru: Praça Natsuo Isak ......................................................... 73
3.3.1.2 Horto: Praça Sândalos .............................................................. 75
3.3.1.3 Cidade Nobre: Praça João Teófilo Pereira ................................ 78
3.3.1.4 Centro: Praça 1º de maio .......................................................... 81
3.3.1.5 Canaãzinho: Praça da Av. Galiléia ............................................ 84
3.3.1.6 Bethânia: Campo do Itamaraty .................................................. 86
3.3.1.7 Bom Jardim: Praça Valdomiro Serafim da Costa ...................... 88
3.4 RESULTADO E ANÁLISE DOS MAPEAMENTOS .............................. 90
3.4.1 Praças mapeadas ......................................................................... 90
3.4.2 Mobiliário urbano .......................................................................... 92
3.4.3 A relação e o desejo do usuário ................................................... 97
4.CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS ............................................ 100
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 103
6.ANEXOS ................................................................................................... 108
6.1 QUESTIONÁRIO PRAÇAS ................................................................ 108
6.2 QUESTIONÁRIO DESIGN EMOCIONAL ........................................... 109
6.3 LIVRO MOBILIÁRIO URBANO – IPATINGA/MG ............................... 110
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO
1.1 Proposta
1.2 Objetivos
1.3 Justificativa
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 Introdução
O que é o espaço público? De qual forma ele é visto? Qual sua importância
para a cidade e seus habitantes? São perguntas que podem ser respondidas por
diferentes pontos de vista, o que ao final da análise de todas, percebe-se que cada
uma das opiniões, mesmo divergentes, se completa. Sua definição é tão pública e
variada quanto sua realidade. O espaço público é um lugar de liberdade, convivência
e tolerância, mas também é onde acontecem conflitos e onde se encontram as mais
variadas diferenças.
Percebe-se, portanto, que a importância dos espaços públicos vai muito além
da estrutura física, social, econômica e ambiental das cidades, eles funcionam
também como símbolos, tendo um papel importante na memória destas, construindo
assim uma identidade social.
[...] Nos últimos dois séculos, o poder humano de controlar e dar forma ao
ambiente que nos cerca e no qual habitamos aumentou progressivamente:
hoje, é lugar-comum falar de um mundo feito pelo homem. O instrumento
desta transformação foi a indústria mecanizada: de suas oficinas e fábricas
saiu o verdadeiro dilúvio de artefatos e mecanismos para satisfazer as
necessidades e desejos de parte cada vez maior da população mundial. A
mudança não foi apenas quantitativa, mas alterou também radicalmente a
natureza qualitativa da vida que vivemos ou desejamos viver. (HESKETT,
1998)
O uso do termo inglês, design, pode ser definido de uma forma geral como uma
atividade desenvolvida pelo homem com o desejo de criar algo novo, que pode estar
relacionado a inúmeras questões, por exemplo: de uso, mercado, produção,
utilidade, estética, industrial, dentre outras. O design apresenta-se como uma das
características essenciais na qualidade de vida, afetando o cotidiano da sociedade e
proporcionando aos usuários a descoberta de novas tecnologias e formas de
utilização dos objetos do dia-a-dia.
Baxter (2003), explica que o design é um desenvolvimento com o objetivo de
produzir princípios de projeto para um novo produto, satisfazendo as exigências do
consumidor e diferenciando este produto de outros existentes no mercado. Este
25
conceito atribuído aos projetos pode ser definido também pelas palavras de
Cardoso (2007):
O termo inglês urban design foi traduzido para português como desenho
urbano. Segundo ASSUNÇÃO (1999), o termo representa o campo de tratamento
das questões ambientais da cidade, através da inter-relação de seus sistemas físico
26
Pensar, criar e desenvolver projetos para cidade requer uma boa e abrangente
análise dos locais a serem trabalhos. O “bom design” do espaço urbano é o
27
Sanders (2006) explica que, está cada vez mais evidente que as pessoas
não estão satisfeitas em serem “consumidores”, todos os dias estas pessoas
também querem ser “criadores”. Segundo a autora, “as pessoas gostam de fazer
coisas e sentir-se criativas em seu cotidiano. Todo mundo é criativo, mas os níveis
de domínio das experiências de suas vidas variam”.
O projeto brasileiro realizado com a Associação Ver-as-Ervas, é um exemplo
da participação de diversas pessoas em um projeto único, neste exemplo específico
os ervateiros precisavam se organizar quanto grupo e se apresentar visualmente à
sociedade. Com isso, foi desenvolvida a identidade visual do grupo junto á uma
equipe de design contratada para o trabalho. O resultado dessa união foi o
reconhecimento da identidade da associação, valorização do seu universo e o
fortalecimento do grupo.
2.3.1 Introdução
1
Sociedades religiosas que se estabeleceram nos Estados Unidos (1775), com objetivo de realizar o
reino de Deus sobre a Terra em comunhão de fé, vida e trabalho (LÖBACH, 2001).
34
FIGURA 4: Função prática - Cadeira jantar das comunidades Shaker, EUA, 1850.
Fonte: adaptado de Löbach (2001).
FIGURA 5: Função estética - Poltrona Garden Egg, design Peter Ghyczy, 1968.
Fonte: adaptado de Löbach (2001).
35
2.3.4 Usabilidade
usuário. Para tal composição um produto deve seguir as seguintes metas: ser
eficaz, eficiente e seguro no uso; ser de boa utilidade; ser fácil de aprender; ser fácil
de lembrar como se usa. Tais características vêm da norma ISO 9241-11, através
classificação proposta pela ISO (Internacional Standards Organisation ou
Organização Internacional de Padrões), para o termo usabilidade.
Jordan (2000) também ressalta que o fato de um produto ser facilmente usado
por uma pessoa não significa necessariamente que poderá ser utilizado da mesma
forma por outro indivíduo. Desenvolver um projeto tendo como base a usabilidade,
significa projetar especificamente para aqueles indivíduos que irão utilizar o produto
em questão. Sendo assim, o conhecimento e compreensão sobre quem são os
usuários finais do produto, e suas características são de extrema importância para o
sucesso de um produto.
2.3.5 Agradabilidade
2.3.6 Ferramentas
Para um melhor entendimento deste método, será disposta a seguir a lista com
as 10 expressões analisadas e seus respectivos sentimentos relacionados a elas, de
acordo com os autores:
1. Franzindo a testa: concentração, desagrado ou falta de clareza.
2. Levantando a sobrancelha: reação negativa, surpresa, incerteza.
3. Olhar longe: decepção, derrota, vergonha, culpa ou submissão.
4. Sorrindo: satisfação, alegria.
5. Comprimir os lábios: frustração, confusão, nervosismo.
6. Movendo a boca: sinal de estar perdido, incerteza.
7. Expressões vocais: frustração ou decepção.
8. Tocando o rosto com a mão: confusão, incerteza, usuário perdido ou
cansado.
9. Arredando a cadeira para trás: desejo de ficar longe da situação atual.
10. Inclinando o tronco para frente: depressão, frustração, atenção.
A análise desta dimensão afetiva no design é importante, pois tal avaliação
fornece aos profissionais da área um quadro mais preciso na compreensão da
experiência de uso, que resulta na produção de interfaces e produtos centrados nos
usuários.
Outra abordagem para avaliar a emoção é o instrumento desenvolvido por
Desmet (2003), denominado PrEmo (Product Emotion Measurement instrument),
que mede um conjunto de 14 emoções. Cada emoção é retratada com um
personagem de desenho animado por meio de dinâmicas de tratamento facial,
corporal e expressão vocal em uma interface de computador. Os usuários
comunicam suas respostas, selecionando aquelas animações que correspondem
com a emoção sentida ao visualizar a imagem de um determinado produto a ser
analisado. Para o autor a qualidade de experiência emocional de um produto está
cada vez mais importante, uma vez que estes têm se tornado semelhantes no que
diz respeito às características técnicas, de qualidade e de preço.
Na concepção do instrumento, as 14 emoções foram dividas da seguinte forma:
sete emoções são agradáveis (desejo, surpresa agradável, inspiração, diversão,
43
2.4.1 Introdução
2.5.1 O material
O corte com jato de água, pura ou com abrasivo, é um processo a frio e corta
por erosão, com alta precisão e qualidade de acabamento. É, atualmente, uma das
tecnologias mais avançadas para cortar quase todos os tipos de material com
precisão, eficiência e qualidade no acabamento. O corte ocorre com a pressurização
da água em altíssima pressão, e a utilização de abrasivos acontece para o corte de
todos os tipos de metais. A tecnologia possibilita trabalhar com diversos tipos de
materiais, como: mármores, granitos, cerâmicas, vidros, acrílicos, PVC, entre outros,
assim como quaisquer materiais de alta dureza e de variadas espessuras. Algumas
das vantagens desse tipo de técnica são: corte a frio, logo não há queima do
material; corte em qualquer direção; corte de diversos tipos de materiais; não
necessita de acabamento, dependendo da utilização; não agride o meio ambiente;
não há emissão de partículas e gases perigosos.
59
FIGURA 32: Banco El Poeta.Empresa: b.d. Barcelona Design. Designer Alfredo Häberli,2005.
Fonte: < http://www.bdbarcelona.com>
FIGURA 33: Banco Berta.Empresa: Vilagrasa. Designer Franc Fernández (dia e noite).
Fonte: < http://www.vilagrasa.com/esp/productos>
FIGURA 34: Suporte para bicicleta key. Empresa: Santa & Cole, Design: Studio Lagranja.2007.
Fonte: < http://www.santacole.com>
FIGURA 35: Suporte para bicicleta. Empresa: Wolters. Design: Roel Vanderbeek.
Fonte: < http://www.core77.com>
Outro modelo desenvolvido pelo mesmo designer, para Street and Garden
Furniture Company em Brisbane. também agrega as característica já citadas.
3. METODOLOGIA
3.3 MAPEAMENTOS
Cariru
BICICLETÁRIO 1
APARELHOS AERÓBICOS 0
MOBILIÁRIO INFANTIL 0
BANCOS 5
MESAS 8
ORELHÃO 1
LIXEIRAS 3
POSTES ORNAMENTAIS 6
PONTO COMÉRCIO/FIXO 0
BANCA DE JORNAL 1
PONTO DE ÔNIBUS 0
Com relação aos elementos que compõem a praça, em sua maioria, encontra-
se em boas condições, uma vez que está passou por reforma há pouco tempo. Há
um grande número de bancos, e a iluminação é boa. Faltam mobiliários que
permitam interações diferentes de seus usuários, para intensificar o uso durante
finais de semana e por outras faixas etárias (crianças e idosos).
Horto
BICICLETÁRIO 1
APARELHOS AERÓBICOS 0
MOBILIÁRIO INFANTIL 0
BANCOS 26
MESAS 4
ORELHÃO 0
LIXEIRAS 4
POSTES ORNAMENTAIS 14
PONTO COMÉRCIO/FIXO 0
BANCA DE JORNAL 1
PONTO DE ÔNIBUS 1
A Praça João Teófilo Pereira localiza-se no bairro Cidade Nobre e está inserida
na Regional 3, onde também fazem parte os bairros Ferroviários, Ideal e Iguaçu.
Através da análise do contexto existente, optou-se pela escolha desta praça por sua
característica comercial e uso intenso.
Possuindo um caráter diferente das outras praças analisadas, o fluxo de
pessoas durante a noite é maior neste local, decorrente do grande número de bares
e restaurantes nas proximidades da praça. O fluxo de pessoas durante o dia é
moderado, uma vez que é utilizada por passagem pela maioria dos moradores ou
por pessoas que utilizam o comércio próximo. Em razão da existência de alguns
mobiliários destinados a crianças, notou-se também a presença dessa faixa etária no
uso da praça. Existem poucas áreas de permanência durante o dia devido ao
pequeno número de áreas sombreadas na praça.
A localização da praça no contexto dos bairros e o fluxo de carros e pessoas
na área resultam no acontecimento de diferentes eventos na praça nos finais de
semana.
79
Cidade Nobre
BICICLETÁRIO 0
APARELHOS AERÓBICOS 0
MOBILIÁRIO INFANTIL 3
BANCOS 9
MESAS 4
ORELHÃO 0
LIXEIRAS 2
POSTES ORNAMENTAIS 0
PONTO COMÉRCIO/FIXO 0
BANCA DE JORNAL 0
PONTO DE ÔNIBUS 1
FIGURA 49: Quantitativo de equipamentos da Praça João Teófilo Pereira, no bairro Cidade
Nobre.
81
Centro
BICICLETÁRIO 0
APARELHOS AERÓBICOS 0
MOBILIÁRIO INFANTIL 0
BANCOS 7
MESAS 0
ORELHÃO 3
LIXEIRAS 2
POSTES ORNAMENTAIS 0
PONTO COMÉRCIO/FIXO 0
BANCA DE JORNAL 1
PONTO DE ÔNIBUS 0
Por fim, a praça é ampla e os espaços são pouco aproveitados, através das
entrevistas, foi possível identificar que para os usuários, não há beleza vista e nem
orgulho por parte destes. Há uma insatisfação geral pela falta de limpeza, lixeiras,
bicicletários, bancos confortáveis e iluminação da praça. Perguntados sobre o que
gostariam de mudar no local, a resposta foi comum em todos os casos, gostariam
que situações envolvendo drogas, sexo e violência não acontecessem na área, pois,
para os entrevistados, é através destes usos que ocorre a degradação do local,
diminuindo também a segurança deste.
84
Cannãzinho
BICICLETÁRIO 1
APARELHOS AERÓBICOS 0
MOBILIÁRIO INFANTIL 3
BANCOS 8
MESAS 6
ORELHÃO 1
LIXEIRAS 2
POSTES ORNAMENTAIS 10
PONTO COMÉRCIO/FIXO 1
BANCA DE JORNAL 1
PONTO DE ÔNIBUS 1
Bethânia
BICICLETÁRIO 2
APARELHOS AERÓBICOS 1
MOBILIÁRIO INFANTIL 8
BANCOS 14
MESAS 9
ORELHÃO 0
LIXEIRAS 2
POSTES ORNAMENTAIS 0
PONTO COMÉRCIO/FIXO 0
BANCA DE JORNAL 0
PONTO DE ÔNIBUS 1
Bom Jardim
BICICLETÁRIO 2
APARELHOS AERÓBICOS 0
MOBILIÁRIO INFANTIL 4
BANCOS 30
MESAS 8
ORELHÃO 0
LIXEIRAS 2
POSTES ORNAMENTAIS 11
PONTO COMÉRCIO/FIXO 1
BANCA DE JORNAL 1
PONTO DE ÔNIBUS 1
públicos da cidade de Ipatinga. Através disso, foi possível entender e explicar qual
o tipo de espaço irá ser trabalhado durante a próxima etapa do trabalho de
conclusão de curso, como este funciona, quais são seus usos, suas necessidades e
quem são seus usuários.
Em geral, nota-se que o maior uso e movimento de pessoas em um grande
número de praças da cidade é resultado da proximidade destas com áreas
comerciais. Esse caráter do entorno foi notado uma vez que é comum encontrar
ambulantes e barracas nestes locais. O intenso fluxo de carros em algumas
avenidas e ruas é outro ponto responsável por uma maior movimentação, pois
aderem a estes espaços públicos características de comercialização, que as praças
de bairros predominantemente residenciais não possuem.
Quanto ao uso destes espaços, há um grande número de usuários que
trabalham nestas áreas e outras que utilizam a praça como ambiente de descanso e
lazer. Notou-se uma variedade muito grande de uso de um bairro para outro,
podendo explicar tal fato, através de um entendimento de que a diferença de cultura,
faixas etárias e classe social são determinantes importantes no uso da cidade.
Em sua maioria, as praças são mais utilizadas durante o dia, uma vez que a
falta de iluminação foi uma constante na análise geral, causando insegurança nos
moradores dos bairros. Os espaços de permanência e passagem são claros em
algumas praças, e em outras se tornam confusos ou inexistentes. Áreas de
sombreamento, bom calçamento, bancos confortáveis são variáveis que contribuem
para a delimitação dessas áreas que devem existir, a partir do momento que a praça
é utilizada.
Em geral, percebeu-se entre visitas a outras praças da cidade que estas não
são vistas pela população como áreas públicas, uma extensão de suas casas, onde
é permitido acontecer os mais variados eventos e usos. O descuido dos órgãos
públicos resulta em uma desvalorização destes espaços por conta dos cidadãos,
que em sua maioria não têm cuidado, orgulho e gosto pelos locais. O resultado da
pesquisa levou a conclusão de que, as praças de Ipatinga não propiciam interações
diferentes entre seus usuários, não correspondem com seus desejos e anseios de
segurança, conforto e beleza. Mas ainda assim, são características fortes da cidade,
onde são expressas as mais diferentes opiniões, de uma variedade enorme de
pessoas.
92
Ipatinga. O que instiga por uma melhora na qualidade estética e funcional dos
espaços públicos, comprovando assim, a necessidade de projetos específicos para
tais elementos.
1º lugar
10% CONFORTO
31% SEGURANÇA
BELEZA
9% 47%
INTERATIVIDADE ENTRE
USUÁRIOS/EVENTOS
SERVIÇOS
3%
PÚBLICOS/BANHEIRO
2º lugar
CONFORTO
25% 25%
SEGURANÇA
9% BELEZA
22%
19% INTERATIVIDADE ENTRE
USUÁRIOS/EVENTOS
SERVIÇOS
PÚBLICOS/BANHEIRO
3º lugar
3% CONFORTO
12% 19%
SEGURANÇA
16%
BELEZA
4º lugar
22% 19% CONFORTO
6% SEGURANÇA
12% BELEZA
5º lugar
CONFORTO
19%
31%
SEGURANÇA
BELEZA
25%
12% INTERATIVIDADE ENTRE
13% USUÁRIOS/EVENTOS
SERVIÇOS
PÚBLICOS/BANHEIRO
O design destes produtos ditará seus usos. Suas formas e conceitos devem
ser pensados para que o resultado sejam objetos em harmonia com a cidade e
funcionais para seus usuários.
O que se pretende seguir no processo de design dos produtos, é a simplicidade
de formas, facilidade de montagem, mínimo gasto de material, e principalmente
utilizar métodos limpos de montagem e produção. O conceito deve basear-se na
funcionalidade, versatilidade de funções, modularidade e conforto do usuário.
Inicialmente, foram escolhidas duas das praças mapeadas para a continuação
deste trabalho. A Praça do Campo do Itamaraty, no bairro Bethânia, e a Praça 1º de
Maio, no Centro, foram as duas áreas escolhidas para o desenvolvimento do
trabalho. A escolha foi decorrente de uma busca por locais que apresentassem
intensa movimentação de pessoas e entornos com características distintas, assim,
considerou-se o caráter residencial da primeira praça e comercial da segunda.
O processo de criação e desenvolvimento destes novos produtos para o
ambiente urbano acontecerá baseado nos processos de design participativo e
emocional.
A proposta do design participativo é valorizar a participação dos usuários
durante o processo de desenvolvimento dos produtos. Através de oficinas e
ferramentas colaborativas, estes usuários participam ativamente da definição das
características do que será projetado. Ou seja, acontecerão nos locais pré-definidos,
oficinas de desenvolvimento de produtos, nas quais, através de desenhos dos
próprios usuários e/ou conversas serão pensados os conceitos e formas.
Após a prática das oficinas, será necessário realizar uma análise dos desenhos
adquiridos, que funcionarão como base concreta para o projeto de produto a ser
finalizado pela autora. As diversas opiniões, formas, materiais e necessidades
apresentadas pelos usuários, conformarão em características básicas que resultarão
em uma única tipologia de produto.
Realizado o ante-projeto destes mobiliários urbanos, a próxima etapa
acontecerá usando de uma ferramenta do design emocional. Através de imagens
dos produtos recém-desenvolvidos, será realizado um questionário com os usuários
das praças visitadas na pesquisa deste trabalho e com amigos e usuários da cidade
como um todo. O questionário (Anexo 6.2) funcionará como uma pesquisa de quais
são as emoções mais despertadas pelos produtos, de que forma os produtos são
vistos e entendidos. A ferramenta a ser utilizada será a mesma desenvolvida por
102
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUISMA, Max. We do not need new forms, we need a new mentality. Alden-
Biesen, Belgium, http://www.xs4all.nl/~maxb/unp-idem.htm. 1995.
A.F. and Wright, P.C. (Eds.), Funology: from usability to enjoyment. Kluwer
Academic Publishers. Dordrecht, Boston, London, 2003.
6. ANEXOS