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13/05/2019 STJ conclui julgamento sobre prazo de redirecionamento de dívida a sócio

APÓS QUASE NOVE ANOS

STJ conclui julgamento de repetitivo sobre


redirecionamento de dívida a sócios
Para 1ª Seção, contagem do prazo de cinco anos em casos de dissolução conta-se do momento do ato
irregular

BÁRBARA MENGARDO

09/05/2019 10:02
Atualizado em 09/05/2019 às 10:31

Ministro Herman Benjamin, do STJ. Crédito: José Alberto

Após nalizarem um processo que tramita há quase nove anos no Superior Tribunal
de Justiça (STJ), os ministros da 1ª Seção de niram que a contagem do prazo para
redirecionamento de débitos aos sócios em casos de dissolução irregular de
empresas deve ter início no momento do ato irregular praticado pela companhia. A
situação vale para casos em que a dissolução ocorreu após a citação ao
contribuinte.
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13/05/2019 STJ conclui julgamento sobre prazo de redirecionamento de dívida a sócio

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O resultado foi tomado no REsp 1.201.993, que envolvia a empresa Casa do Sol


Móveis e Decorações. O caso é analisado como repetitivo, o que signi ca que o
entendimento adotado pelo STJ deverá ser seguido pelas instâncias inferiores em
casos idênticos.

Foram rmadas três teses sobre a forma de contagem do prazo de cinco anos para
o redirecionamento da dívida aos sócios em caso de dissolução irregular da
empresa. De acordo com a primeira tese, que causou menos discórdia entre os
ministros, nos casos em que a dissolução ocorreu antes da citação da pessoa
jurídica os cinco anos devem ser contados a partir do segundo marco processual.

A maior polêmica em torno do processo, porém, dizia respeito às situações em que


a citação é anterior à dissolução. Nesses casos, de acordo com o precedente do
STJ, o termo inicial do prazo prescricional de cinco anos é a “prática de ato
inequívoco indicador do intuito de inviabilizar a satisfação do crédito tributário”, que
deverá ser demonstrado pelo sco.

No caso concreto, o Tribunal de Justiça de São Paulo impediu o sco estadual de


cobrar débitos do ICMS dos sócios da Casa do Sol Móveis e Decoração. A empresa
foi comunicada sobre a cobrança da dívida, sendo citada em 2 de julho de 1998. O
contribuinte aderiu a um programa de parcelamento, mas não quitou a obrigação.
Sete anos depois, em 2005, a Fazenda teve conhecimento da dissolução irregular da
empresa.

Dez pedidos de vista


O resultado unânime foi atingido após o relator, ministro Herman Benjamin, aceitar
posicionamento exposto anteriormente pela ministra Regina Helena Costa. Ele pediu
vista regimental do caso em 24 de abril, porém na ocasião defendeu a contagem do
prazo a partir do momento em que a Fazenda toma ciência das irregularidades
cometidas pela empresa.

O posicionamento foi criticado por Regina Helena. Para a ministra, o entendimento


poderia ser utilizado pela Fazenda Nacional para prolongar o prazo prescricional.
“Ficaria na mão da Fazenda dizer quando houve a dissolução”, a rmou.

Apontado como o repetitivo mais antigo a ser enfrentado pela 1ª Seção, o caso
envolvendo a empresa Casa do Sol chegou ao STJ em 2010. Após quatro pedidos de

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13/05/2019 STJ conclui julgamento sobre prazo de redirecionamento de dívida a sócio

vista, em 2014 o colegiado decidiu renovar o julgamento por conta de uma mudança
substancial na composição. A partir de então foram seis pedidos de vista, quatro
deles requeridos pelo relator.

Caso a caso
Integrante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o procurador Péricles
Pereira de Sousa a rmou que o resultado signi ca uma “vitória parcial” à entidade.
Ele destacou que muitos tribunais vinham considerando que o prazo de cinco anos
deveria ser contado a partir da citação do contribuinte, independentemente de a
dissolução irregular acontecer antes ou após esse marco processual. O
posicionamento facilitava a ocorrência da prescrição.

Segundo Pereira de Sousa, o entendimento da 1ª Seção impactará cerca de 6


milhões de execuções. Ainda, o procurador a rmou que o precedente do STJ
esbarrará em outra questão: qual pode ser considerado o ato inequívoco que gerou a
dissolução? Para ele, essa análise deverá ser feita caso a caso pela 2ª instância, já
que não cabe ao STJ analisar provas.

Leia abaixo a transcrição das teses expostas por Benjamin durante o julgamento:

1-O prazo de redirecionamento da execução scal, xado em cinco anos contados


da citação da pessoa jurídica, é aplicável quando o referido ato ilícito previsto no
artigo 135, III, do Código Tributário Nacional (CTN), for precedente a esse ato
processual.

2- A citação positiva do sujeito passivo devedor original da obrigação tributária por si


só não provoca o início do prazo prescricional quando o ato de dissolução irregular
for a ela posterior, uma vez que em tal hipótese inexistirá, na aludida data da citação,
pretensão contra o sócio gerente. O termo inicial do prazo prescricional para
cobrança do crédito dos sócios gerentes infratores nessas hipóteses é a data da
prática de ato inequívoco indicador do intuito de inviabilizar a satisfação do crédito
tributário já em curso de cobrança executiva promovida contra a empresa
contribuinte, a ser demonstrado pelo sco.

3- Em qualquer hipótese, a decretação da prescrição para o redirecionamento impõe


seja demonstrada a inércia da Fazenda Pública ou ato inequívoco mencionado no
item anterior, respectivamente nos casos de dissolução irregular, precedente ou
superveniente à citação da empresa, cabendo às instâncias ordinárias o exame dos
fatos e provas atinentes à demonstração da prática de atos concretos no sentido de
cobrança do crédito tributário no decurso do prazo prescricional.

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13/05/2019 STJ conclui julgamento sobre prazo de redirecionamento de dívida a sócio

BÁRBARA MENGARDO – Editora

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