Desenvolvimento de um protótipo para automação

residencial utilizando um controle remoto universal

Aldrumont Ferraz Júnior

Daniel Fernando Piai
Diego Ciuldim Bonagurio
Joel Tiago A. S. Almeida
Renan Ferraretto

Capivari
2015
 Aldrumont Ferraz Júnior
Daniel Fernando Piai
Diego Ciuldim Bonagurio
Joel Tiago A. S. Almeida
Renan Ferraretto

Desenvolvimento de um protótipo para automação residencial utilizando um

controle remoto universal

Trabalho de conclusão de curso

apresentado ao Instituto Federal de São
Paulo, Campus Capivari, como parte dos
requisitos para obtenção do título de
Técnico em Manutenção e Suporte a
Informática.

Orientador: Prof. Ricardo Nogueira de

Figueiredo

Capivari
2015

2
 Aldrumont Ferraz Júnior
Daniel Fernando Piai
Diego Ciuldim Bonagurio
Joel Tiago A. S. Almeida
Renan Ferraretto da Silva

Desenvolvimento de um protótipo para automação residencial utilizando um

controle remoto universal

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

Instituto Federal de São Paulo, Campus Capivari,
como parte dos requisitos para obtenção do título
de Técnico em Manutenção e Suporte a
Informática.

Capivari, 25 de novembro de 2015.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________
Prof. Ricardo Nogueira de Figueiredo

____________________________________
Prof. Alexandre Garcia Aguado

____________________________________
Prof Me. Edivaldo Serafim

3
 AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus pelo dom da vida e estarmos aptos

a realizar este projeto.
Aos nossos pais e familiares, pela ajuda moral e até mesmo financeira
durante estes dois anos de curso.
Aos nossos professores que nos forneceram um ensino de qualidade,
especialmente ao professor Ricardo Nogueira pela orientação.
A Fábrica de Móveis Roni pelo fornecimento da madeira utilizada e ao
Senhor Claudio Bonagurio que efetuou os cortes na mesma, auxiliando na
construção da maquete.
Ao Instituto Federal e seu corpo de docente pela: oportunidade do curso,
espaço físico e incentivo a pesquisas.

4
“Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia
excedeu a nossa humanidade. ” (Albert Einstein).

5
 RESUMO

Diversos países ao redor do mundo possuem uma caraterística comum

em sua população, a tendência ao envelhecimento. O objetivo deste trabalho
consiste em trazer melhorias em pequenos atos na vida dos idosos e
deficientes (precisamente deficientes físicos). Uma das possibilidades
encontradas foi a automação residencial, onde através de um controle remoto o
usuário poder controlar diversos aparelhos eletroeletrônicos de sua casa, como
luz, ventilador, alarme, televisão, etc. O projeto é constituído de duas etapas, a
primeira etapa é basicamente estudos, pesquisas, discussões. E a segunda
etapa consiste em executar o projeto efetuar compra dispositivos, programação
e discussões. O funcionamento do sistema é de rápida aprendizagem
facilitando o entendimento por parte dos idosos. Abre-se a possiblidade de
aperfeiçoamento do projeto alterando o sistema de comunicação de
infravermelho para WiFi.

Palavras-chave: Automação Residencial, Arduino, Controle Universal.

6
 LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Distribuição etária da população. . ........................................................ 11

Figura 2 – População com deficiência no Brasil. ................................................... 13
Figura 3 – Integração por dispositivo móvel. .......................................................... 15
Figura 4 – Desenvolvedores do Arduino. ................................................................ 16
Figura 5 - Arduino Uno (a), Mega (b) e Nano (c)................................................... 17
Figura 6 - RelógioLcd.........................................................................................17
Figura 7 - Game of Light. ........................................................................................... 18
Figura 8 - Carrinho autônomo. ................................................................................. 19
Figura 9 - Nike FuelBand SE. .................................................................................. 20
Figura 10 - Project Mobii............................................................................................ 20
Figura 11 - Servo Motor.. .......................................................................................... 20
Figura 12 - Sensor LDR.. ........................................................................................... 22
Figura 13 - Módulo Relé. ........................................................................................... 23
Figura 14 - Receptor Infravermelho. ........................................................................ 23
Figura 15 - Emissor Infravermelho. ......................................................................... 24
Figura 16 - Protoboard. ............................................................................................. 24
Figura 17 – Controle Remoto .................................................................................... 25
Figura 18 – Características Arduino UNO. ............................................................. 27
Figura 19 – Componentes do Arduino..................................................................... 27
Figura 20 – Cortes na madeira. ................................................................................ 29
Figura 21 – Montagem da maquete. ........................................................................ 30
Figura 22 – Esquema Elétrico................................................................................... 31
Figura 23 - Imagem código........................................................................................ 32
Figura 24 – Ciclo de processamento ....................................................................... 32
Figura 25 (a) - Imagem Código................................................................................. 33
Figura 25 (b) - Imagem Código................................................................................. 34
Figura 26 – Projeto final. ............................................................................................ 35

7
 LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Características Arduino UNO.................................................................. 26

Tabela 2 – Materiais .................................................................................................... 28
Tabela 3 – Lista de periféricos ................................................................................... 30
Tabela 4 – Preços dos equipamentos ...................................................................... 36

8
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

V Volts
Ms Milissegundos
LDR Resistor Dependente de Luz
LCD Display de cristal líquido
LED Light Emitting Diode

9
 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................... 14
2.1 Automação residencial ..................................................................................... 14
2.2 Plataforma Arduino ........................................................................................... 15
2.3 EXEMPLOS DE PROJETOS COM ARDUÍNO ................................................ 17
2.3.1 RELÓGIO LCD ............................................................................................... 17
2.3.2 GAME OF LIGHT ........................................................................................... 18
2.3.3 Carrinho Autônomo........................................................................................ 18
2.4 LINGUAGEM C ...................................................................................................... 19
2.5 INTERNET DAS COISAS ................................................................................ 20
2.6 FUNCIONAMENTO DOS PERIFÉRICOS UTILIZADOS ............................ 21
2.6.1 Servo Motor..................................................................................................... 21
2.6.2 Sensor LDR..................................................................................................... 22
2.6.3 Módulo Relay .................................................................................................. 22
2.6.4 Receptor Infravermelho................................................................................. 23
2.6.5 Emissor Infravermelho .................................................................................. 24
2.6.6 Mini-Protoboard .............................................................................................. 24
2.6.7 Controle Remoto ............................................................................................ 24
3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 26
3.1 ARDUINO UNO ......................................................................................... 26
3.2 MATERIAIS ................................................................................................ 28
3.3 METODO .................................................................................................... 29
4 RESULTADO............................................................................................................. 35
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 37
5.1 Dificuldades encontradas ................................................................................. 37
5.2. Possíveis aperfeiçoamentos ao projeto ........................................................ 37
6 CONCLUSÃO............................................................................................................ 38
7 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ......................................................................... 39

10
 1 INTRODUÇÃO

Analisando a tendência de envelhecimento da população mundial,

Ignatzi (2014) e Esteves (2012), enfatizam que a taxa de crescimento desta
população é crescente, contrapondo a taxa de natalidade ao qual foi reduzida
de maneira considerável nos últimos 40 anos em países desenvolvidos.
O Brasil não possui diferenciação sobre essa informação, sendo que a
expectativa para os próximos anos é triplicar este número em curto prazo
(COLLUCCI, 2014).
De 1940 a 2009, os idosos brasileiros passarão de 1,7 milhão para cerca
de 21,5 milhões, e a expectativa é aumentar nas próximas décadas (G1,2010)
conforme pode ser visto na Figura 1.

Figura 1 - Distribuição etária da população. Fonte: IBGE (IBGE, 2010)

11
 Tais dados representam contribuições relevantes para a melhoria de
condições na expectativa de vida dos indivíduos, pois indicam mudanças em
diversas áreas. Segundo LEAL e HAAS (2006) estas áreas são:
 Acesso a serviços de saúde;
 Saneamento;
 Educação;
 Cultura;
 Lazer;
 Violência;
 Poluição do local onde vive a população.

Porém, ao mesmo tempo estes dados refletem o crescimento do número

de idosos, no qual possuem uma necessidade maior de atenção a esta parte
da população.
De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE, 3 entre 4 pessoas com
mais de 60 anos possuí uma doença crônica (Fontenelle, 2010).
Problemas de locomoção são manifestados das mais diversas maneiras,
entre elas: fraqueza e dores musculares e problemas nas articulações, estas
que elevam a possiblidade de quedas ao idoso, o que pode trazer sequelas
permanentes (Site Doutíssima, 2015).
Porém, o número de empresas que estão focando seus produtos na
terceira idade é baixo. Algumas empresas saem na frente quando tomam
decidem atender essa parcela da população, por exemplo a corporação norte
coreana LG.
Esta empresa está desenvolvendo em território brasileiro uma linha de
produto visando este público, como celulares com teclas maiores (Esteves. C.
S; Esteves. P. S; Slongo, 2012).

12
 Figura 2 – População com deficiência no Brasil. Fonte: (IBGE, 2010)

Outro nicho da população considerado ignorado é a população com

necessidades especiais, ou deficientes. Segundo dados do trabalho de Leitão
(2012), 23,9% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, onde
7% possui dificuldades motoras IBGE (2010). Essa informação pode ser
observada na Figura 2.
Visando atender esta parte da sociedade, idosos e deficientes com
problemas de locomoção, foi realizado uma análise de possíveis soluções (que
envolvessem conhecimento de informática) a problemas enfrentados por este
público.
Neste projeto, será desenvolvido um mecanismo de baixo custo que
permita a interação humana com diversos dispositivos eletrônicos caseiros
através de um controle remoto, tal sistema fornecerá uma melhor
acessibilidade a usuários que possuam qualquer tipo de problema ligado a
locomoção, uma vez que evita deslocações.

13
 2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta seção será apresentado a teoria a qual foi baseada para a

elaboração do projeto.

2.1 Automação residencial

Segundo Muratori e Bó (2015), a definição de automação residencial é:

“É o conjunto de serviços proporcionados por sistemas

tecnológicos integrados como o melhor meio de satisfazer as
necessidades básicas de segurança, comunicação, gestão
energética e conforto de uma habitação.”

A automação residencial permite a automatização de simples tarefas

realizadas em ambiente residencial, por meio de sensores e micro
controladores. Os benefícios gerados por esta tecnologia estão, comodidade
ao usuário, eficiência nos eletrodomésticos, economia como consequência da
eficiência, praticidade e segurança.

“Automação residencial é o uso da tecnologia para facilitar e

tornar automáticas algumas tarefas habituais que em uma casa
convencional ficaria a cargo de seus moradores. Com sensores
de presença, temporizadores ou até um simples toque em um
botão do keypad ou do controle remoto é possível acionar
cenas ou tarefas pré-programadas, trazendo maior praticidade,
segurança, economia e conforto para o morador.” (FORUM DA
CONSTRUÇÂO, 2015)

Os micros controladores utilizados para automação podem possuir

funções e comandos programados pelo usuário. Assim a automação
residencial trabalha com todos os aspectos pertencentes a residência como,
elétrica, segurança, multimídia e comunicações (MURATORI,2015).

14
 Figura 3 – Integração por dispositivo móvel. Fonte: http://projetx.com.br/servicos/automacao/

Tais vantagens oriundas da automação não desperta apenas a

curiosidade de usuários comuns, mas atrai empreendedores que visam
oportunidades de negócios na tecnologia. Atualmente pode-se encontrar
empresas que oferecem estes serviços, tais como a “GDS Automação” (GDS,
2015), “domotiksolutions” (Domotiksolutions,2015) e “iHouse” (iHouse,2015), o
preço são a partir de dois mil reais.

2.2 Plataforma Arduino

O denominado Arduino foi desenvolvido no ano de 2005 pelo professor

Massimo Banzi na cidade de Ivrea, Itália. Banzi tinha como objetivo
desenvolver um hardware de baixo custo com programação fácil, para que
assim seus alunos trabalhassem com tecnologia. Paralelamente, o professor
David Cuartielles, pesquisador da universidade de Malmo, também possuía
interesse em desenvolver um micro controlador, ao qual ambos atrelaram suas
ideias e assim nasceu a plataforma Arduino. Com o surgimento do conceito,
coube a Cuartielles e um aluno elaborarem o design da placa. Banzi programou
o software de execução e Gianluca Martino quem produziu os primeiros
duzentos exemplares da placa (Evans; Noble; Hochenbaum, 2013).

15
 Figura 4 – Desenvolvedores do Arduino. Fonte: Site Circuits Today (Jhon, 2014).

O conceito Arduino é uma plataforma de micro controlador open-source

(Arduino,2015), isto é, livre de direitos autorais, onde a alteração e cópia do
conceito é permitida. O micro controlador contém uma estrutura de entrada e
saída (E/S) que permite o desenvolvimento de sistemas e controle de circuitos
elétricos (Monk, 2013).
Existem diversos modelos da placa Arduino, entre as mais populares
estão: Arduino Uno, Arduino Mega e Arduino Leonardo.
A placa Arduino Uno é recomendada para os iniciantes em
desenvolvimento de sistemas embarcados. Com isso, possibilita a elaboração
de projetos considerados simples até projetos com maior complexidade. O
Arduino Uno possuí 20 portas de entrada e saída (Souza, 2013).
O Arduino Mega é uma placa com dimensões maiores, por sua vez é
indicada para grandes projetos, cuja a sua configuração consiste em 54 portas
de entrada/saída (Site Arduino, 2015).
O Arduino Nano, é o micro controlador com menor dimensão dentre os
demais dispositivos da plataforma Arduino (45 mm x18 mm). Por sua vez, este
instrumento é composto por 20 portas de entrada e saída e sua comunicação
com o computador é realizada através de uma entrada mini-USB. Tais
características tornam ideias para projetos q ue exijam pouco espaço físico
(Multilogica,2015).

16
 Figura 5 - Arduino Uno (a), Mega (b) e Nano (c). Fonte: (Site Arduino, 2015).

O preço das placas citadas são respectivame nte, R$59,99; R$99,99 e

R$59,99 (Felipeflop, 2015). A placa arduino possui uma estrutura de entrada e
saída E/S que há a interação com o computador, que é usada para programa-
lo. Uma das vantagens, é que não precisa haver a comunicação com a rede
para ter o funcionamento, só é necessário ter uma tensão elétrica ou uma fonte
externa de 5V (Volts).

2.3 EXEMPLOS DE PROJETOS COM ARDUÍNO

Nesta seção será apresentado alguns projetos de automação que

utilizam a plataforma Arduino.

2.3.1 RELÓGIO LCD

Figura 6 - Relógio LCD. Fonte: OARDUINO(Site O arduino, 2015)

O projeto desenvolvido por Alexandre Silva (2015), apresenta um relógio

digital feito com Arduino e um periférico chamado “Real Time Clock”. O
dispositivo armazena informações de tempo (data, hora), sendo que o protótipo
desenvolvido possui 3 botões, um para dia, ano, hora, minuto e segundo. Visto
que os outros dois botões servem para modificar os valores. Entre os materiais

17
utilizados se destacam o Arduino UNO, o Real time clock (RTC DS1307),
display lcd e por fim os botões push button.

2.3.2 GAME OF LIGHT

O projeto de Marsh (2013) consiste em um jogo de luz ao qual foi

elaborado por 5 alunos da Universidade de Oslo , no qual o trabalho é
composto por oito matrizes de Led’s bicolores de 32x16, Arduino, driver
ht1632c, botão de tela HT1632C e controles SNES para jogarem em até 4
pessoas.

Figura 7 - Game of Light. Fonte: HACKADAY(Site Hackaday, 2013)

2.3.3 Carrinho Autônomo

Um projeto feito para um carrinho se locomover sozinho, possui uma

programação que faz com que o mesmo desvie de objetos. No protótipo é
utilizado Arduino Uno, servo motor, micro servo motor, display de LCD 18x2,
sensor ultrassônico HC SR04, speaker, resistor, potenciômetro, mini
protoboard, botão liga/desliga, regulador de tensão LM 7805, rodas, bateria de
9v e jumpers. (Campbell, 2013)

18
 Figura 8 - Carrinho autônomo.
Fonte: Criando Robô com Arduino (Site criando robô com arduino, 2011)

2.4 LINGUAGEM C

A linguagem C foi criada em 1972 por Dennis Ritchie nos laboratórios

Bell. Desenvolvida inicialmente como um dos softwares que seriam distribuídos
junto com o sistema operacional Unix, com o decorrer dos anos a linguagem foi
sendo aperfeiçoada, até atingir a eficiência e popularidade atual (PINHO,2015)
(PRADO,2011).
A linguagem C é uma das linguagens mais populares e possuem poucas
arquiteturas que não existem compiladores para C, não se pode dizer que há
uma linguagem de aprendizagem obrigatória, se houvesse poder-se-ia dizer
que está é a linguagem C. (RENATO, 2011)
Diversas linguagens de programação têm sido influenciadas por ela,
uma das mais conhecidas é o C++ que foi criado inicialmente como uma
extensão da linguagem (Müller, 2015), além destas há o C#, Java, entre outras.
Os programas que podem ser desenvolvidos em C podem variar desde
um simples programa que imprima “Olá Mundo” até sistemas de alta
dificuldade, um sistema para um supermercado por exemplo. A linguagem C é
simples porem bem trabalhosa.
Um exemplo, senão o maior, de uma grande aplicação desenvolvida em
C é o Windows. O Windows XP possui mais de 300 mil linhas de códigos e foi
desenvolvido inteiramente em C/C++C/Assembly (Isac, 2012).
Atualmente a linguagem C não é usada somente para aplicações no
computador, na verdade vem crescendo cada vez mais o uso do C em
sistemas embarcados, aplicativos para dispositivos moveis, e a cada dia

19
surgem inovações desses aplicativos, que variam desde jogos até sistemas de
bancos.

2.5 INTERNET DAS COISAS

O conceito “Internet das coisas”, surgiu em 1991, e se refere a interação

de aparelhos do cotidiano a internet, muito presente na automação residencial
(Zambarda, 2014).
“Cada vez mais surgem eletrodomésticos, meios de transporte e até
mesmo tênis, roupas e maçanetas conectadas à Internet e a outros
dispositivos, como computadores e smartphones” (Zambarda, 2014).

Segue alguns exemplos desenvolvidos por grandes marcas como Nike e

Ford/Intel:

 Nike FuelBand SE

Figura 9 - Nike FuelBand SE.

Fonte: Criando Robô com Arduino (Site criando robô com arduino, 2011)

A pulseira da Nike é uma pulseira que armazena registros de atividades

físicas realizadas pelo usuário, e posteriormente através da tecnologia
Bluetooth se comunica a um aplicativo de smartphone, o qual elabora
estatísticas em cima dos dados coletados

 Project Mobii

Figura 10 - Project Mobii.

Fonte: Criando Robô com Arduino (Site criando robô com arduino, 2011)

20
 O protótipo Mobii, é uma ideia em desenvolvimento pela Ford e Intel, tal
conceito promete revolucionar o interior de automóveis, tal tecnologia permitirá
que o usuário ao entrar em seu veículo, uma câmera identificara o motorista e
através de um banco de dados será sugerido rotas, músicas. Em caso de não
reconhecimento da câmera, momentaneamente uma fotografia será enviada ao
celular do proprietário, com o intuito de impedir furtos.

2.6 Funcionamento dos periféricos utilizados

Será explicado nesta etapa o funcionamento dos seguintes periféricos,

estes que foram os utilizados no projeto:

 Servo Motor
 Receptor Infravermelho
 Emissor Infravermelho
 Módulo Relé
 Sensor de Luminosidade (LDR)
 Protoboard

2.6.1 Servo Motor

Os servos motores são usados em aplicações em que se tem a

necessidade de movimentar algo de uma forma precisa e controlada.
Uma das características do servo motores é a capacidade que ele
possui de movimentar o seu “braço” até uma posição graduada e assim mantê-
lo parado sem que sofra alguma alteração na sua posição.

Figura 11 – Servo motor. Fonte: Pictronics (Site Pictronics, 2015)

21
 Para o funcionamento dos servos motores e necessário uma fonte de
alimentação de 5 V e seu controle é através de sinal PWM (Pulse Widht
Modulation), sinal que trabalha com variação, assim podendo controlar a
intensidade, no caso graus de rotação. O sistema do servo fica monitorando o
sinal PWM em intervalo de cerca de 20 ms, caso nesse intervalo de tempo seja
detectada uma alteração no sinal PWM, ele altera a sua posição para que sua
posição corresponda com a do sinal recebido.

2.6.2 Sensor LDR

O sensor LDR é um resistor que trabalho com variação da intensidade

da luz, quanto mais forte for a intensidade da luz emitida em sua superfície,
menor será sua resistência, se a intensidade da luz for diminuindo a resistência
do sensor irá aumentar (Acroname, 2015). Com isso é possível medir a tensão
exercida sobre ele, quando a luz for alterada sobre o sensor irá fazer com que
a haja uma alteração de tensão em seus terminais, podendo transformar a
energia luminosa em diferença de potencial elétrico.

Figura 12 - Sensor LDR. Fonte: Engenhocas (Site Engenhocas, 2015)

2.6.3 Módulo Relay

O módulo relay é um dispositivo denominado eletromecânico, seu

funcionamento é similar aos interruptores, no entanto são acionados por um
sinal elétrico de baixa tensão, 5 Volts. Uma vez acionado, o relé pode suportar
tensões até 250 V alternada ou então 30 V contínuos e correntes de até 10A
(Engenheirando, 2015), ativando circuitos elétricos.

22
 Segundo Felipe Vieira (2014) o relé consiste basicamente por uma
bobina e contatos NA (normalmente aberto) e NF (normalmente fechado). Com
o relé desligado o contato NA ficará aberto e o contato NF fechado, quando
enviado o sinal elétrico, isto inverterá.

Figura 13 - Módulo Relé. Fonte: Robocore

2.6.4 Receptor Infravermelho

O receptor infravermelho é um dispositivo que capta raios de luz

infravermelha que não são visíveis a olho nu. Esse dispositivo serve para fazer
conexão com o emissor infravermelho, de maneira que juntos controlem algum
dispositivo, por exemplo a comunicação entre um controle e uma televisão.
Mas a tecnologia infravermelha pode ser facilmente interferida quando há a
existência de luzes no ambiente.

Figura 14 - Receptor Infravermelho. Fonte: Techtudo (Site Techtudo, 2015).

23
 2.6.5 Emissor Infravermelho

O emissor de luz infravermelha é um dispositivo eletrônico que emite luz

infravermelha não visível a olho nu. Os diodos de luz são emitidos de maneira
que a corrente elétrica flui em apenas uma direção. O emissor de infravermelho
também é utilizado para a transferência de dados entre dispositivos eletrônicos.

Figura 15 - Emissor Infravermelho. Fonte: Manutenção e Suprimentos (Site manutenção e suprimento,

2015).

2.6.6 Mini-Protoboard

A Mini - Protoboard é uma ferramenta muito utilizada na criação de

protótipos e circuitos sem necessidade da utilização da solda. Para utilizar um
Protoboard, os componentes são conectados aos terminais. Esses terminais
fazem conexão verticalmente, ao meio da Protoboard há uma repartição onde
esses terminais são cortados.

Figura 16 – Protoboard. Fonte: Blog Eletro 90 (Eletro 90, 2015)

2.6.7 Controle Remoto

Ao pressionar um botão de um controle remoto, o mesmo emite

mensagens codificadas através de luz infravermelho, luz invisível a olho nu.

24
Estes códigos fazem parte de uma composição binária que cera___2
interpretada pelo aparelho receptor, que através de sua pré-configuração
efetuara ação pré-determinada.

Figura 17 – Controle Remoto

25
 3 METODOLOGIA

Neste capítulo será descrito os materiais utilizados assim como a forma

de montagem do projeto.
O estudo efetuado neste projeto é de natureza aplicada e a abordagem
realizada é qualitativa uma vez que não se houve a preocupação em quantificar
o número de projetos já existentes

3.1 ARDUINO UNO

Dentre as diversas placas da plataforma Arduino, no projeto foi utilizado

a UNO, por possuir a quantidade de portas desejadas para a construção do
projeto.
Como descrito na seção 2.2, o Arduino UNO possuí 20 portas de
entrada e saída, contendo o chip ATmega328. Pode ser alimentada com uma
fonte externa ou pelo plug-in USB. A figura 18 descreve as especificações
técnicas da placa Arduino UNO:

Figura 18 - Características Arduino UNO. Fonte: Multilogica (Site multilogica, 2015)

A Figura 19 exibe a representação física do dispositivo e seus

componentes.

26
 Figura 19 – Componentes do Arduino.

1. Chip (ATmega328), responsável pelo armazenamento e controle

da programação e processos respectivamente. (Souza, 2013).
2. Fonte de alimentação: Responsável pela distribuição de energia.
3. Plug-in USB: Canal de comunicação entre o dispositivo
programador e processador.
4. Portas digitais: pinos os quais trabalham com tensão de 5 volts,
quando desativados fornecem sinal “LOW” 0v e uma vez acionados “HIGH” 5v.
4.1. As portas com o sinal “Til (~) ”, no caso porta 3, 5, 6, 9, 10, 11,
são as portas PWM. As portas PWM, modulação por largura de pulso em
português (Lopes, 2009), permite controlar a intensidade do pulso elétrico,
assim possibilitando voltagens entre 0v e 5v.
5. Portas Analógicas: Similares as portas PWM, trabalha com
variações de voltagem.
6. Pino 5 Volts – fornece tensão elétrica de 5 volts.
7. Pino 3,3 Volts – fornece tensão elétrica de 3,3 volts.

27
 8. Pino VIN – Input Voltage, fornece a mesma tensão a qual
alimenta a placa (Machado, 2013).
9. Pino GND – Do inglês “Ground”, funciona como o fio negativo,
terra (Machado, 2013).
10. Botão RESET – Reseta a programação, inicia o loop novamente.
11. Pino RESET – similar ao tópico 10.
12. Pino AREF – “Referência de voltagem para entradas analógicas”
(Site Webtronico, 2015).
13. Porta RX e TX (0 e 1) – Utilizados para receber e enviar dados
seriais (Site Webtronico, 2015).
14. ICSP, Serial para Programação, gravação direta na placa

3.2 MATERIAIS

Os materiais utilizados para realização do projeto e suas quantidades

são exibidos na Tabela 2.
Tabela 2 – Materiais

Componentes
Quantidade
Periféricos
Receptor
Infravermelho 1
Módulo Relay 1
Emissor
Infravermelho 1
Laser 1
Sensor LDR 1
Servo motor 1
Led’s 4
Lâmpada 1
Controle Remoto 1
Jumpers 100
Madeira (metro²) 5,4
Fonte 12v 1

28
 Resistor 1
Cabo USB 1
Ventoinha 1
Papelão (metro²) 1,4
Protoboard 1
Soquete p lâmpada 1
Arduino UNO 1

3.3 METODO

Os procedimentos para realização do projeto serão descritos nesta

sessão:
3.3.3 MAQUETE

Para a realização da maquete, foi efetuado cortes na madeira na forma

de paredes, telhado e base, para possibilitar a simulação de uma casa.

Figura 20 – Cortes na madeira.

Com pregos e cola alocamos as partes da “casa”, chegando ao

resultado a seguir (Figura 21):

29
 Figura 21 – Montagem da maquete.

3.3.4 Esquema elétrica

A central do esquema elétrico é o micro controlador Arduino, este é que

gerencia todo o sistema. Para melhor organização utilizou-se também uma mini
Protoboard. As conexões dos periféricos ao Arduino foram realizadas conforme
a Tabela 3.

Tabela 3 – Lista de periféricos

Periférico Porta
Receptor 9
Módulo Relay 7e8
Ventoinha 5
Emissor
Infravermelho 3
Laser 2
Sensor LDR A0
Servo Motor 6
Led’s A4 e A5
Alarme 12 e 13

Abaixo segue a lógica do esquema elétrico:

30
 Figura 22 – Esquema Elétrico.

3.3.5 Bibliotecas utilizadas:

Segue as bibliotecas utilizadas para auxilio da programação:
 IRremote: A biblioteca de comandos “IRremote” auxilia na
comunicação com o Arduino no recebimento ou transmissão dos códigos
hexadecimais (sinal infravermelho) (Shirriff, 2015)
 Servo: A biblioteca “Servo” auxilia no controle de um ou mais
dispositivos servo motores, seus comandos permitem controla-los através de
graus (0 a 180). Na maioria dos arduinos são suportados até 12 servos
motores e são sempre ligadas em portas PWM, sinal o qual controla a rotação
(Site Arduino, 2015).

 SerialRelay: A biblioteca SerialRelay foi desenvolvida para

facilitar o controle do modulo relay, este em específico para controle do
dispositivo desenvolvidos pela Robocore. Com a biblioteca basta determinar o
número do modulo relay e o número da placa que será acionada além de seu
estado (ligado ou desligado), sendo desnecessário uma porta para cada relay.
É possível controlar até 80 relays (20 módulos) (Laboratório de garagem,
2013).

31
 3.3.6 Programação do sistema:

Após a montagem do hardware concluída, inicia-se o processo de

programação, a qual a lógica é dividida nas seguintes etapas lógicas:

1. Captação e armazenamento dos códigos Hexadecimais emitido

pelo controle ao pressionar os botões utilizados para gerência (Entrada).

Figura 23 - Imagem código.

2. Atribuições de funções ao Ardui no quando receber os códigos

correspondentes e (Processamento);
3. Execução das funções aos periféricos nele conectados, quando
desejado (Saída).
Tais etapas descritas fazem parte do ciclo de processamento de dados
(Figura 24), e seus respectivos códigos são apresentados na Figura 25.

Ciclo de processamento de dados (Figura 24):

Figura 24 – Ciclo de processamento

32
Figura 25 (a) - Imagem Código

33
Figura 25 (b) - Imagem Código

34
4 RESULTADO

O resultado obtido seguindo a metodologia descrita, é um controle

multifuncional, o qual além de satisfazer as funções de um controle “normal”,
controlar eletrodomésticos, também possuí funções extras, como controlar
portões elétricos, lâmpadas, ventiladores, etc.
A ilustração que representa o saldo final é a Figura 21:

Figura 26 – Projeto final.

O preço total dos equipamentos utilizados no projeto ficou em torno de

R$ 192,99. Preço que varia de acordo com circunstancias momentâneas, como
a taxa de câmbio e local de compra (nacional ou importada), analisando custo-
benefício, peças chinesas se destacam amplamente quando não se leva em
conta o frete, estas possuem baixo preço porem demoram meses a chegar ao
local brasileiro. Devido ao curto tempo para elaboração do protótipo, os
dispositivos utilizados foram comprados em sites nacionais, o que elevou o
preço (Tabela 4) porem reduziu a espera.

35
 Tabela 4 – Preços dos equipamentos

Quantidade Produto Preço

1 Placa Arduino UNO R3 R$ 13,00
2 Servo Turnigy TG R$ 25,00
1 Sensor de Luminosidade LDR 5mm R$ 0,75
1 Módulo Relé Serial R$ 49,00
1 Resistor 300&#937 R$ 0,25
100 Jumpers R$ 15,00
1 Módulo Receptor IR R$ 9,00
1 Mini Protoboard Colorida Amarela R$ 9,00
1 Caneta Laser R$ 5,00
1 Campainha R$ 39,99
4 Led's R$ 2,00
1 Lâmpada R$ 5,00
1 Soquete R$ 8,60
1 Fonte 12V R$ 10,90
1 Emissor Infravermelho R$ 0,50
Total R$ 192,99

36
 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta seção será apresentada as últimas considerações sobre a
elaboração do presente projeto.

5.1 Dificuldades encontradas

Entre os problemas enfrentados, esteve o não co nhecimento profundo

em elétrica o que teve como consequência vários componentes eletrônicos
danificados, como Led’s, emissores e receptores infravermelhos.
Dificuldades no manuseio do modulo relay (4 canais) e na programação
do sistema de segurança, o que ocasionou certo atraso no planejamento
proposto.

5.2. Possíveis aperfeiçoamentos ao projeto

Devido ao pouco tempo disponibilizado a realização do projeto,

possíveis aperfeiçoamentos tiveram de ser abdicados, entre as diversas
possibilidades estão:
 Substituição do sistema infrave rmelho por tecnologia sem fio
(WiFi):
Entre as vantagens que este ato traria é a eficiência no recebimento de
informações por parte do Arduino, além do maior alcance, o WiFi não é
interferido pela iluminação do local, o que acontece quando se trata do
infravermelho. A substituição também possibilitaria o manuseio dos
equipamentos através de dispositivos moveis como smartphone e tablets.
A única desvantagem seria o aumento do custo financeiro, uma shield
ethernet que seria necessário custa R$185,00.
 Substituição do sistema infravermelho por comando de voz:
Isso possibilitaria comandar os dispositivos pela voz, podendo descartar
o controle remoto. Entre os problemas estão, a similaridade das palavras (o
que pode tornar um sistema falho) e o custo, R$359,00 a mais no orçamento.

37
 6 CONCLUSÃO

O resultado obtido atingiu o objetivo, foi elaborado um controle

“universal”, que diminui a necessidade de locomoção dos usuários, facilitando a
vida de deficientes e idosos.
Ao final do projeto, chegou se a um resultado positivo não previsto no
início da elaboração, o investimento para a realização do projeto é de baixo
custo quando comparado ao custo imposto por empresas especializadas em
automação residencial, isto significa que o projeto não se restringe apenas a
sociedade de classe alta, é uma boa opção para a população com baixa renda.
Deseja-se que este trabalho não termine aqui, mas sim seja
aperfeiçoado por futuros estudantes da área de TI, e ainda mais, deseja-se que
esta ideia possa ser aplicada a população de forma a qual o projeto elaborado
colabore efetivamente com a sociedade.

38
7 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

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