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Índice
Introduca
AS ASSOCIACOES SINDICAIS

O sindicalismo: sentido e fundamento

O sindicalismo tem sido tema de vasta literatura, não apenas sob perspectiva jurídica,
mas também no âmbito da economia, sociologia, da ciência política, da história social. A titulo
introdutório vale a pena considera-lo como facto, quer sob ponto e vista do seu sentido e razão de
ser, quer numa perspectiva funcional.1

É Sobretudo nos EUA que se encontram importantes desenvolvimento no campo das


teorias sindicais, quer dizer, das explicações propostas para origem e actuação dos sindicados,
que tomam o associativismo operário como objecto de analise ou, quando muito, de formulações
prospectivas sob a influencia da psicologia, da sociologia e da economia.2

Assim, numa perspectiva marcadamente psicossociológica, pode encarar o movimento


sindical como um fenómeno originado e condicionado pelo sentimento de revolta decorrente da
frustração e da inadaptação do trabalhador ao ambiente; pela nascença de uma “interpretação
comum da situação social” e de uma consequente “programa de acção comum para melhorar”,
potenciada pelo “temperamento” dos líderes e dos membros do grupo; e pelo sentimento de
“comunidade moral e psicológica” entre homens ligados por uma tarefa comum, contra a
atomização social e a insegurança económica decorrentes na mecanização de trabalho. Uma
abordagem deste tipo envolve a atribuição ao sindicato de um papel fundamental na mudança
social, e tenderá a visualiza-lo como instrumento particularmente afeiçoado á acção política e a
promoção de projectos ideológicos reformistas ou revolucionarias. O movimento sindical
europeu-continental (se pode adequadamente falar-se de uma tal realidade) tem a sua tradição
repassada deste modo de encarar e viver o sindicato. Na história do sindicalismo europeu,
ressalvadas as importantíssimas peculiaridade nacionais, a vertente política (e, muitas vezes,
partidárias) da accao sindical combina-se com orientacaoes de promoção social e económica,
segundo uma formula tendencialmente homogénea.3

1
FERNANDES, Antonio Lemos Monteiro, direito do trabalho, almedina, 11ª edicao, Coimbra 1999, pag. 643
2
Idem, pag.643
3
Ibidem, pag. 644
Sempre na óptica económica, cabe referir ainda a visão de MARSHAL, em termos de
oferta e procura, a situação do trabalhador isolado é a de um vendedor que dispõe de uma só
unidade, a jornada de trabalho e tem necessariamente que vende-la, num mercado em que a
oferta excede por sistema a procura. Tudo joga em benefício do comprador (empresa): o “atrito
económico”, o custo de negociação, é suportado (trabalhador), visto que o decurso do tempo gera
perdas acumuladas podendo reduzi-lo a preços (salário) inferiores ao próprio mínimo vital, em
todo caso, a salários inferiores aos que resultariam do jogo de uma procura e uma oferta com
idêntica margem de manobras. A associação dos trabalhadores pode permitir que a oferta de
força de trabalho seja limitada por uma “reserva de preço”, tendendo para o restabelecimento do
equilíbrio com a procura e aproximação entre o rendimento esperado do trabalho e o
correspondente salário.4

Estas formulações, enfatizando a função económica do sindicado – mais precisamente,


apresentando-o como verdadeiro agente económico num mercado que lhe são próprios, tendem a
configura-lo como realidade alheia à acção política, a atribuir-lhe uma business orientation que
adere estreitamente às realidades específicas do sindicalismo norte-americano: os sindicatos
tendem a funcionar ai como verdadeiros ‘’carteis de forca de trabalho’’, para o que contribuem
acordos feitos com as entidades empregadoras e suas associações (as chamadas cláusulas de
garantia sindical).

4
FERNANDES, Antonio Lemos Monteiro, direito do trabalho, almedina, 11ª edicao, Coimbra 1999, pag. 644.

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