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RESUMO
Inúmeros pensadores se debruçaram em diversas questões na investigação dos princípios filosóficos
da política, como: O que é a pessoa? O que é sociedade? Qual o papel do estado na sociedade?
Qual é a essência do poder? A íntima conexão entre os conceitos de inteligência, vontade, pessoa
constituem-se entre os principais fundamentos racionais no pensamento político de Jacques
Maritain. Tais conceitos também se conectam harmoniosamente com os conceitos de nação, estado,
soberania, sociedade, e como essas definições são salutares para a redação da Declaração Universal
dos Direitos Humanos.
ABSTRACT
Many thinkers has focused on various issues in the investigation of the philosophical principles of the
policy, such as: What is the person? What is society? What is the role of the state in society? What is the
essence of power? The intimate connection between the concepts of intelligence, will, person are among
the main rational grounds in the political thought of Jacques Maritain. These concepts also connect
harmoniously with the concepts of nation, state, sovereignty, society, and how these definitions are
salutary for the drafting of the Universal Declaration of Human Rights.
1 Universidade São Judas Centro Universitário Íbero - Americano - UNIBERO, Faculdades Integradas Campos Salles.
1. INTRODUÇÃO
A busca dos fundamentos racionais no pensamento político de um autor tem quase uma mes-
ma fisionomia: uma compreensão da dinâmica política do seu tempo pela construção de conceitos
que passam pelos direitos, estado, individualidade, sociedade, entre outros. Com Maritain, não é
diferente. Vejamos como o autor tece seu arranjo conceitual em termos de política.
2. JUSTIFICATIVA
Trata-se de um tema relevante para a história da filosofia no Ocidente, um tópico não total-
mente explorado e, portanto, não totalmente esclarecido na bibliografia a que esse tema pertence
e sobre o qual muito pouco ou nada existe em português. O estudo dessa temática vem para contri-
buir significativamente para o aumento da bibliografia disponível em língua portuguesa.
3. METODOLOGIA
Utilização de fontes primárias do autor que remetem à discussão dos fundamentos filosóficos
no pensamento político de Maritain
4. REFERENCIAL TEÓRICO
“(...) A inteligência tem o ser por objeto, (...) é a própria existência que se dirige
a inteligência quando formula dentro de si um julgamento que corresponde ao
que a coisa é ou não é fora do espírito. (...) a vontade se refere à existência como
extramental, como exercida ou mantida por uma realidade atual que está fora do
espírito, fora do próprio ato espiritual da vontade; enquanto a inteligência, o ato da
inteligência, se completa na inteligência afirmada ou negada em um julgamento,
na existência atingida, como vivida ou mantida por um sujeito, dentro do espírito,
dentro do próprio ato espiritual do intelecto”2
A indicação é salutar, pois Maritain concede a razão um lugar de destaque. Esclarecer o ho-
mem não somente acerca de suas garantias como pessoa e cidadão, mas visa esclarecê-lo igual-
mente como pessoa inserida na malha social, visando suas garantias como trabalhador: “é evidente
que a razão humana veio a tornar-se consciente, não apenas dos direitos do homem como pessoa
e cidadão, mas ainda dos seus direitos como uma pessoa social, participante de seus direitos como
trabalhador.”3
3 MARITAIN, Jacques. O Homem e o Estado, tradução de Alceu Amoroso Lima, Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 4ª ed., 1966, P. 125
“é um todo, mas não um todo fechado. É um todo aberto, e não um pequeno deus
sem portas nem janelas como a mônada de Leibniz, ou um ídolo que não vê, não
ouve, nem fala. Por sua própria natureza ela tende para a vida social e para a co-
munhão” 4
A pessoa não é um meio, mas um fim em si mesmo. Isso significa dizer que a dignidade huma-
na está acima de quaisquer utilitarismos. O autor ainda complementa que a pessoa além de ser uma
totalidade aberta que carece de vida social, é uma totalidade diferente cuja intimidade nem a natu-
reza, nem o Estado podem violar: “pessoa é um universo de natureza espiritual dotado de liberdade
de escolha e constituindo um todo diferente (independente em face do mundo não podendo nem a
natureza nem o Estado tocar neste universo sem sua permissão.”5
Outra perspectiva que se põe em questão é a noção de pessoa. Cada pessoa é única, traz con-
sigo características peculiares, singulares:
Uma questão se coloca naturalmente: como Maritain harmoniza a aparente contradição que
se põe entre as noções de pessoa e indivíduo? O pensador francês explica que o homem está circuns-
crito entre o domínio material (individualidade) e o domínio imaterial (personalidade verdadeira):
“(...) o ser humano está metido entre dois pólos: um pólo material, que não diz
respeito, na realidade, à pessoa verdadeira, mas antes à sombra da personalidade,
ou o que chamamos, no sentido estrito da palavra, a individualidade, e um pólo
espiritual que diz respeito à personalidade verdadeira.” 7
6 MARITAIN, Jacques. A Pessoa e o Bem Comum, tradução de Vasco Miranda, Lisboa; Maria Morais Editora, 1962, P. 35
7 Idem, ibidem, P. 35
tividade da pessoa nada tem a ver com a unidade sem portas nem janelas da mô-
nada leibnitziana, exige as comunicações da inteligência e do amor. Pelo simples
fato de ser uma pessoa e de me dizer eu próprio a mim, exijo comunicar com o ou-
tro e com os outros na ordem do conhecimento e do amor. É essencial à personali-
dade exigir um diálogo em que as almas realmente comuniquem. Tal comunicação
raramente é possível. Por isso é que a personalidade parece ligada no homem à
experiência da dor, mais profundamente ainda que à do esforço criador. A pessoa
tem uma relação direta com o absoluto, onde só pode ter a sua plena satisfação; a
sua pátria espiritual é todo o universo do absoluto e dos bens sem declínio que são
como uma introdução ao Todo absoluto que transcende o mundo”8
4. 3. Sociedade
A sociedade no papel da pessoa tem a sua importância, na medida em que auxilia no desen-
volvimento integral de sua singularidade e subjetividade. Deve fomentar o desenvolvimento huma-
no de todo o homem e do homem todo, sob a égide material, intelectual, moral e a paz social:
Nessa direção, o pensador francês distingue nação de sociedade: “nação não é uma socieda-
de, não chega a transpor o limiar da esfera política”11, mas “uma comunidade de comunidades, uma
trama consciente de sentimentos e representações comuns, que a natureza e o instinto humano
8 MARITAIN, Jacques. A Pessoa e o Bem Comum, tradução de Vasco Miranda, Lisboa; Maria Morais Editora, 1962P. 43-44
9 MARITAIN, Jacques. O Homem e o Estado, tradução de Alceu Amoroso Lima, Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 4ª ed., 1966, P.18
11 MARITAIN, Jacques. O Homem e o Estado, tradução de Alceu Amoroso Lima, Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 4ª ed., 1966, P.14
fizeram pulular em torno de certos dados físicos, históricos e sociais” 12 Em outros termos, nação é a
diversidade de sentimentos e manifestações inseridas em uma unidade espacial. O bom funciona-
mento dessa estrutura somente é possível a partir da tolerância, a convivência saudável de posições
antagônicas que fomentam reflexões para o desenvolvimento da pessoa e do corpo social.
Estabilidade política, sustentação econômica são chaves no pensamento de Maritain que cri-
tica uma concepção de interdependência das nações com o viés econômico, que não é garantia de
paz, mas um aceno à guerra:
“Ao contrário da Nação, tanto o Corpo Político como o Estado pertencem à ordem
da sociedade, mesmo da sociedade em sua forma mais alta e ‘perfeita’. Em nossos
tempos, os dois termos são usados como sinônimos, tendendo o segundo a su-
plantar o primeiro. Entretanto, se quisermos evitar sérios enganos, devemos distin-
guir claramente o que seja Estado e o que seja Corpo Político. Essas entidades não
pertencem a duas categorias diversas, mas diferem entre si como uma parte difere
do todo. O Corpo Político ou a Sociedade Política é o todo. O Estado é uma parte – a
parte principal desse todo”14
Vale precisar que quando o pensador francês afirma que o Estado é a principal parte do Corpo
Político, significa dizer que ele é superior às outras partes, mas não é superior ao mesmo: “quando
afirmamos ser o Estado a parte superior do corpo político, quer isso dizer que ele é superior aos
outros órgãos ou partes coletivas, desse corpo, mas não significa ser ele superior ao próprio corpo
político.”15 Nesse sentido o Estado sendo a parte superior do Corpo Político, deve estar subordinado
ao mesmo, no sentido de servi-lo: “o Estado é inferior ao corpo político como um todo e está a ser-
viço desse corpo político como um todo.”16 Dizendo de outra forma, o Estado deve servir ao Corpo
Político e não servir-se dele para fins escusos: “pois no corpo humano a cabeça é um instrumento de
12 Idem, ibidem, P.14
14 MARITAIN, Jacques. O Homem e o Estado, tradução de Alceu Amoroso Lima, Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 4ª ed., 1966, P.17
faculdades espirituais, tais como o intelecto e a vontade, que o corpo todo tem de servir; ao passo
que as funções exercidas pelo Estado existem para o corpo político e não o corpo político para elas.”17
Em outros termos, as garantias populares não devem ser repassadas ao estado, pois é ele que
deve estar a serviço do Corpo Político e não o contrário. Ainda que a concepção de Estado assuma
no pensamento maritainiano um aspecto metafísico, ele possui sua importância, seu lugar, onde as
garantias populares devem ser salvaguardadas:
“Os direitos do povo ou do corpo político não são, nem podem ser, transferidos ou
cedidos ao Estado. Mais ainda, enquanto o Estado representa o corpo político (nas
relações externas do último com os outros corpos políticos), ‘o Estado’ é uma mera
entidade abstrata que nem é pessoa moral nem sujeito de direitos. Os direitos que
lhe são atribuídos não são direitos que lhe pertençam por sua própria natureza.
São direitos do corpo político – que é idealmente substituído por essa realidade
abstrata e representado realmente pelos homens que foram colocados em funções
públicas e investidos de poderes determinados” 18
“Visa a política, em particular, o bem comum do corpo social; eis sua medida. Este
bem comum, (...), é muito principalmente moral, e é por isto que é incompatível
não importa com que meio intrinsecamente mau. Mas exige também, unicamente
pelo fato de que ele é a bem intencionada vida comum de uma multidão de seres
fracos e pecadores, que para procurá-lo se saiba aplicar o princípio do menor mal,
e tolerar males cuja interdição acarretaria males maiores. Enfim, não diz respeito
o político a entidades abstratas, o bem e o mal a que se refere são encarnados
19 MARITAIN, Jacques. O Homem e o Estado, tradução de Alceu Amoroso Lima, Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 4ª ed., 1966, P.18
Mais ainda convém definir o que Maritain entende por bem comum. Não se trata de um con-
ceito que transcenda o sensível. Está intrinsecamente relacionado com a moral, ou seja, não com-
porta a utilização de meios maus em vista na obtenção de algo bom. É o bem que se estende a todas
as pessoas da sociedade. Não se trata de um amontoado de bens privados ou bem próprio. Pelo
contrário, o foco é no todo. É capaz de abdicar de alguma coisa, de se sacrificar para que o bem do
tecido social seja atingido, ainda que isso custe alguma perda para o indivíduo:
“Se o bem comum da cidade implica, e nisso insistiremos, uma ordenação intrínse-
ca para o que o ultrapassa, é que, já na sua própria constituição e no interior da sua
esfera, a comunicação ou redistribuição às pessoas que constituem a sociedade
é exigida pela própria essência do bem comum. Supõe as pessoas e derrama-se
sobre elas e, neste sentido, realiza-se nelas.“21
O bem comum também não pressupõe o êxito de partes isoladas, mas sim, a soma das qua-
lidades, esforços e dedicação de cada qual, até mesmo de uma sabedoria hereditária inconsciente
que se traduz em atitudes. Isso em nome da sadia convivência do corpo social:
21 MARITAIN, Jacques. A Pessoa e o Bem Comum, tradução de Vasco Miranda, Lisboa; Maria Morais Editora, 1962, P. 55
22 MARITAIN, Jacques. A Pessoa e o Bem Comum, tradução de Vasco Miranda, Lisboa; Maria Morais Editora, 1962P. 56-57
A concepção de direito que o pensador francês trata é a noção de direito natural que vem
filósofos romanos como Cícero, os estóicos. Da vertente cristã, recebe essa concepção de Paulo, os
padres da Igreja, do medievo, Tomás de Aquino e finalmente, do baixo medievo, Suarez e Francisco
de Vitória:
24 MARITAIN, Jacques. O Homem e o Estado, tradução de Alceu Amoroso Lima, Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 4ª ed., 1966, P.125
25 MARITAIN, Jacques. O Homem e o Estado, tradução de Alceu Amoroso Lima, Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 4ª ed., 1966, P.133-134
26 MARITAIN, Jacques. Os Direitos do Homem e a Lei Natural. 3 ed., Rio de Janeiro: José Olympio, 1967, P. 58.
27 MARITAIN, Jacques. O Homem e o Estado, tradução de Alceu Amoroso Lima, Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 4ª ed., 1966, P.22
É a partir desse conceito de democracia que Maritain critica o que denomina de falsa filosofia
de vida das democracias modernas, ao denunciar que essas retiraram de seu horizonte o senso de
justiça, heroísmo e a transcendência:
Ao criticar a democracia moderna, não implica que o pensador francês não reconheça os avan-
ços e esclarecimentos trazidos pela própria modernidade. Antes, se tratam de uma justa compre-
ensão de seus limites e avanços, seus progressos e retrocessos: “(...) não repelimos tudo aquilo que
os filósofos modernos têm podido dizer tudo que ele, materialmente, trouxeram ao pensamento
durante três séculos, seria pura loucura e ofensa àquilo que é divino, subsiste em cada esforço em
direção à verdade.”30 O posicionamento de Maritain não o impede de reconhecer valores em idéias
contrárias, bem como a importância do debate frutuoso que produza reflexões úteis, pertinentes. E
faz isso a partir da liberdade, igualdade e fraternidade, ideais da Revolução Francesa:
“Estou plenamente convencido de que o meu modo de justificar a crença nos di-
reitos do homem e no ideal de liberdade, de igualdade e de fraternidade é o único
que se baseia firmemente na verdade. Isso não me impede de concordar, em re-
lação a essas conclusões práticas, com aqueles que estão convencidos de que os
seus próprios modos de as justificarem – inteiramente diversos do meu ou mesmo
a ele opostos no seu dinamismo teórico – são também os únicos que têm funda-
mento na verdade” 31
O centro de sua preocupação é uma política que harmonize o bem de todo homem e o bem
do homem todo. O bem comum traz em seu escopo o desabrochar da vida moral e intelectual em
cada homem. O desenvolvimento integral do homem não somente proporciona o bem estar mate-
rial, mas uma vida interior, do espírito. Nessa direção, a obra política é:
29 MARITAIN, Jacques. O crepúsculo da civilização. A Ordem, Rio de Janeiro, v. 19, nov., 1939, P.189
30 MARITAIN, Jacques. Por um Humanismo Cristão, Editora Paulus, São Paulo, 1999, P.20
31 MARITAIN, Jacques. O Homem e o Estado, tradução de Alceu Amoroso Lima, Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 4ª ed., 1966, P.81
Dito de outra forma, o bem estar material e o fomento de atividades artísticas e éticas fazem
parte do desenvolvimento humano. Essa questão está no escopo do humanismo que Maritain suge-
re. A obra política visa humanizar do micro para o macro, humanizar o homem, a sociedade, a nação,
o estado, o corpo político:
“dizer cultura ou civilização é dizer bem comum terrestre ou temporal do ser huma-
no, se é verdade que a cultura é o desenvolvimento material da vida humana, que
compreende não só o desenvolvimento material necessário e suficiente para nos
permitir conduzir uma vida reta na terra, mas acima de tudo, o desenvolvimento
das atividades especulativas e práticas (artísticas e éticas); e tudo isso que merece
ser chamado desenvolvimento humano. Não há cultura que não seja humanista.
Uma posição essencialmente anti-humanística seria uma condenação absoluta da
cultura da civilização.” 33
“pode ser concebível um acordo entre homens reunidos para uma tarefa de ordem
intelectual a ser cumprida de comum acordo, homens que vêm dos quatro cantos
do mundo, e que não pertencem somente a culturas e civilizações diferentes, mas
a famílias espirituais e a escolas de pensamento antagônicas? (...)’’34
Na concepção da Declaração Universal dos Direitos Humanos, não importava para Maritain
32 MARITAIN, Jacques. Oeuvres Complètes, t. VII. Fribourg: Éditions Universitaires, 1988, P. 647
33 MARITAIN, Jacques. Por um humanismo cristão, Editora Paulus, São Paulo, 1999, P.48
34 MARITAIN, Jacques. Oeuvres Complètes, t. IX. Fribourg: Éditions Universitaires, 1990, P. 568-569
escolas filosóficas específicas. Antes, era preciso colher os ensinamentos práticos que a experiência
e a história mostravam, objetivando uma aplicação útil a todos os homens:
“É preciso dizer que o que está em jogo nas preparações históricas da afirmação
comum dos direitos do homem são menos essas escolas filosóficas em si do que as
correntes de pensamento que sem dúvida se ligam mais ou menos a elas, mas nas
quais as lições da experiência e da história e certa tomada de consciência prática
exercem a função principal, e trazem consigo uma carga dinâmica mais forte e ao
mesmo tempo uma grande liberdade com respeito aos princípios e à lógica dos
sistemas abstratos.” 36
Ainda que a declaração possua benefícios inegáveis ao mundo contemporâneo, Maritain ad-
verte que o uso da linguagem foi desvirtuado, muitos utilizam da retórica e das palavras para as mais
variadas conveniências e finalidade, exceto para o bem comum. É nesse sentido que o pensador
francês explica que uma excessiva valorização dessa declaração não é saudável, pois a massa popu-
lar espera coerência das atitudes:
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Do senso comum vem a consideração (largamente difundida) de que Jacques Maritain é ape-
nas um comentador de Tomás de Aquino, filósofo e teólogo do medievo, no século XII. O acesso aos
textos do pensador francês permite inferir que podemos encontrar um pensamento autêntico na
sua trama conceitual política.
Essas considerações são o suficiente para considerar o autor bem mais do que um simples
comentador de Tomás de Aquino, por seu legado na fundamentação política através de conceitos
filosóficos e contribuição decisiva na elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
REFERÊNCIAS
MARITAIN, Jacques. A Pessoa e o Bem Comum, tradução de Vasco Miranda, Lisboa; Maria Morais
Editora, 1962.
__________________. O Homem e o Estado, tradução de Alceu Amoroso Lima, Livraria Agir Editora,
Rio de Janeiro, 4ª ed., 1966.
__________________. Os direitos do homem. 3ª ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora,
1967.