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SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo

16º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo


FIAM-FAAM / Anhembi Morumbi – São Paulo – Novembro de 2018
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Jornalismo e software cultural: uma análise preliminar


da fan page do Jornal Correio do Estado

Gerson Luiz Martins1.

Adriana Queiroz2.

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Resumo: A transcodificação das mídias analógicas para digitais provocou mudanças estruturais
que resultaram em alteração de linguagens e formatos. A imagem, o texto, o vídeo, o áudio, são
códigos, representações numéricas, que ficam armazenadas em bases de dados. Uma linguagem
matemática que a partir dos usos e apropriações culturais está cada vez mais presente no
cotidiano. Partindo das considerações do teórico russo Lev Manovich sobre a linguagem das
novas mídias, a proposta deste artigo é apresentar uma breve reflexão sobre o uso de “softwares
culturais” pelo jornalismo, destacando os cibermeios de redes sociais. Como exemplo,
apontamos a página do Jornal Correio do Estado no Facebook. Com isso, o objetivo é contribuir
para o debate sobre a adaptação da linguagem às plataformas digitais.

Palavras-chave: Ciberjornalismo; Correio do Estado; Redes Sociais; Facebook; Jornalismo.

1 Jornalista, pós-doutor em Ciberjornalismo pela UAB/Espanha, professor, pesquisador e coordenador do


Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da UFMS, coordenador do Grupo de Pesquisa
em Ciberjornalismo (CIBERJOR/UFMS). E-mail: gerson.martins@ufms.br
2 Jornalista, mestranda em comunicação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Membro do

grupo de pesquisa em ciberjornalismo – Ciberjor/MS. E-mail: adrianaqueirozjor@gmail.com.

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1. Introdução

Facebook, Twitter, Pinterest, Instagram, LinkedIn, YouTube, são ferramentas de


interação social que podem ser entendidas a partir da lógica cultural protagonizada pelo
desenvolvimento dos softwares, dos bancos de dados e das representações numéricas,
como propõe Manovich (2005). Essas redes sociais digitais fazem parte de um conjunto
de plataformas que integram os “novos meios”, termo adotado pelo autor para se referir
às mídias digitais. Por isso, na primeira parte deste artigo, é apresentada uma reflexão
sobre conceitos que caracterizam essa transcodificação do analógico para o digital.
Manovich (2005) destaca o processo de informatização da cultura e mostra como a
revolução informática proporcionou o surgimento de novas formas culturais, como os
videogames e os mundos virtuais, e redefiniu os meios já existentes, como a fotografia e
o cinema. O cinema, inclusive, é usado como referência para a construção dos
princípios das novas mídias. Assim como a maior parte dos usuários são capazes de
entender a linguagem cinematográfica, são capazes também de entender a linguagem da
interface. O filme “El hombre de la camara” (1929) do cineasta pioneiro Dziga Vertov é
apontado como exemplo de como integrar a base de dados e a narração em uma nova
forma.
Pautadas na relação homem-software, as novas narrativas são hipertextuais,
convergentes e interativas. Características que modificam noções de tempo-espaço e
transformam o papel do público e o relacionamento deste com os veículos de
comunicação.
A aplicação desses conceitos na produção de conteúdo jornalístico ainda é incipiente,
mas inevitável. Tanto que os meios convencionais estão inseridos de diversas formas
nas mídias digitais seja por uma demanda comercial - para levar a informação para onde
o público está interagindo e, assim, despertar o interesse dos mesmos pelo conteúdo de
determinado veículo em um universo tão grande de oferta de informações - ou cultural -
no sentido de se aproximar do leitor e possibilitar sua participação na produção e
distribuição de conteúdo. Como afirma Jenkins (2009, p.46), “empresas de mídia estão
aprendendo a acelerar o fluxo de conteúdo de mídia pelos canais de distribuição para

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aumentar as oportunidades de lucros, ampliar mercados e consolidar seus compromissos


com o público”. Uma das formas de aplicar essa concepção é com o uso de softwares
culturais como os cibermeios de redes sociais, que neste artigo, será apresentado com o
exemplo da página do Jornal Correio do Estado no Facebook.

2. Teoria do Presente

A adaptação às “novas tecnologias” é uma constante que permeia não apenas a


comunicação, como as relações e os sistemas que compõem a sociedade. E isso ocorre
com intervalos cada vez menores ao longo da história. A cada avanço tecnológico, os
meios de comunicação precisam se reinventar. Foi assim com a imprensa de Gutenberg,
depois com o rádio, o cinema, a TV, a máquina de Turing (que deu origem ao
computador), e, finalmente, a internet, os novos softwares (do Photoshop às redes
sociais) e hardwares (como os tablets e smartphones), que modificam, de forma
significativa, paradigmas sociais, culturais, econômicos e políticos.
A “Teoria do Presente”, a qual se refere Manovich (2005), apresenta a linha histórica de
desenvolvimento dos meios de comunicação e como estes acabaram se fundindo com os
avanços do computador. Em sua proposta teórica, o autor traz ainda uma reflexão sobre
o impacto cultural da digitalização e dos softwares a partir de cinco princípios, que,
neste artigo, serão apresentados sob a perspectiva das redes sociais digitais, de forma a
contribuir para a compreensão do objeto em estudo.
Todos os objetos dos novos meios são compostos por códigos digitais, ou seja,
representações numéricas. Isso significa que podem ser descritos com uma função
matemática e podem ser manipulados e/ou programados. As imagens, os textos, os
perfis ou páginas de uma rede social digital, todos esses elementos são códigos e podem
ser alterados. A representação numérica dá suporte aos princípios seguintes, que
possibilitam a mudança da lógica de padronização massiva para a adaptação ao
indivíduo.
A modularidade se refere a estrutura fractal das mídias digitais, ou seja, os objetos dos
novos meios podem se combinar dando lugar a um objeto maior sem que suas partes (ou

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módulos) percam a independência. Os caracteres são partes de um objeto maior, que é o


texto. Uma conta no Twitter ou um perfil no Facebook são partes de uma rede social.
O terceiro princípio é o da automatização. De acordo com Manovich, “la codificación
numérica de los meios y la estructura modular de sus objetos permiten automatizar
3
muchas de las operaciones implicadas en su creación, manipulación y acceso” . Ou
seja, a automatização possibilita desde o tratamento de imagens no Photoshop (baixo
nível) e avanços da inteligência artificial nos games (alto nível) até a manipulação do
acesso às informações disponíveis no ciberespaço. Um exemplo é o algoritmo do
Facebook que, com base no histórico de navegação, decide automaticamente o que é
relevante para o usuário. Neste caso, ao invés de contribuir para a reflexão sob pontos
de vistas diferentes, o “filtro bolha” (PARISER, 2012, p.18) transformou a internet em
ferramenta limitadora e manipulável ao distorcer “a nossa percepção do que é
importante, verdadeiro e real”.
Retomando os princípios de Manovich, a variabilidade permite que um objeto dos
novos meios possa existir em diferentes versões. Um mesmo conteúdo pode ter
diferentes interfaces, modificadas, inclusive, pelo próprio usuário, como no caso das
redes sociais em que é possível personalizar seu perfil. O autor destaca que esta
possibilidade tecnológica foi provocada pela mudança do paradigma social, uma vez
que na sociedade pós-industrial a individualidade substitui o consumo “em massa”.
Por último, a transcodificação é a tradução de um objeto em outro formato e pode
ocorrer do analógico para o digital ou entre objetos informáticos. Uma página do
Facebook com textos, vídeos e fotos pode ser transformada em uma planilha de dados
no Excel, por exemplo. Esses princípios são características que facilitam a compreensão
das mudanças tecnológicas e possibilidades desta lógica cultural guiada por códigos e
pelas bases de dados.
De acordo com Manovich (2005, p.64), “los nuevos medios representan la
convergência de dos recorridos historicamente separados, como son las tecnologias

3
a codificação numérica dos meios e a estrutura modular de seus objetos permitem automatizar muitas
das operações envolvidas em sua criação, manipulação e acesso. (Tradução própria)

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informática y mediática” . Convergência que modificou todo o processo de
comunicação como captação, manuseio, armazenamento e distribuição, afetando mídias
de todos os tipos, sejam textos, fotos, imagens em movimento e sons.
Para esclarecer o que essa convergência representa, Jenkins (2009, p.29) se refere ao
“fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de mídia” que provocou
“transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais”. E acrescenta ainda
que a “convergência altera a lógica pela qual a indústria midiática opera e pela qual os
consumidores processam a notícia e o entretenimento” (2009, p.43).
Como o próprio Jenkins afirma, por enquanto, temos algumas “gambiarras” e não um
sistema integrado. Mas essa nova forma de produzir conteúdo é imperativa. Um meio de
comunicação que não disponibilize conteúdos que sejam complementares (e não iguais)
em várias plataformas, perde a atenção do público. É o que aconteceu com os veículos
de comunicação convencionais, que após um longo período de resistência, buscam se
inserir neste contexto digital, na qual as “novas e antigas mídias irão interagir de formas
cada vez mais complexas” (JENKINS, 2009, p.32).
A interatividade é outro conceito que faz parte da compreensão da linguagem das
tecnologias digitais. Manovich (2005) afirma que associar o termo aos novos meios é
uma redundância, já que a interface do usuário é interativa por definição porque nos
permite controlar o computador em tempo real e manipular a informação que aparece na
tela.
Todavia, a interatividade não é uma exclusividade dos cibermeios. A interação sempre
existiu nos meios tradicionais, seja pelo telefone ou pelas “Cartas do Leitor”. A questão
é que os softwares proporcionam novas formas de participação e interação com o
público e novas condições de tempo-espaço. Neste cenário, a reação do público quanto
ao conteúdo publicado é quase imediata e, dependendo da plataforma, não existe filtros
ou limitações de como essa manifestação vai ocorrer.
Conforme Primo (2007), a interação mediada pelo computador pode ser mútua
(construção negociada) ou reativa (com caminhos pré-estabelecidos). Essas

4
as novas mídias representam a convergência de duas rotas historicamente separadas, como as
tecnologias de computação e mídia. (Tradução própria)

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classificações são semelhantes à distinção entre interatividade aberta e fechada,


respectivamente, apresentada por Manovich.
Negociados ou “engessados”, os caminhos que esse usuário vai seguir também estão
relacionados a novas narrativas, como a do hipertexto. Conforme Lemos (2015),
os hipertextos, seja on-line (Web) ou off-line (CD-ROM) são informações
textuais, combinadas com imagens (animadas ou fixas) e sons, organizadas
de forma a promover uma leitura (ou navegação) não linear, baseada em
indexações e associações de ideias e conceitos, sob a forma de links. Os links
funcionam como portas virtuais que abrem caminhos para outras
informações. O hipertexto é uma obra com várias entradas, onde o
leitor/navegador escolhe seu percurso pelos links. (LEMOS, 2015, p.122)

Assim como a interatividade, o hipertexto não surgiu com as mídias digitais, pois já
estava presente “nas iluminuras dos textos medievais, ou nas notas de rodapé em textos
científicos, por exemplo” (MARCUSCHI e XAVIER, 2010, p.199). Na era digital, o
conceito é reconfigurado e as possibilidades de uso são ampliadas. A própria World
Wide Web é exemplo disso.
El hipertexto de la World Wide Web lleva al lector de un texto a otro ad
infinitum. Contrariamente a la imagen popular de los medios informáticos
como algo que compacta toda la cultura humana en una única biblioteca
gigantesca o como un único libro gigantesco, tal vez sea mais exacto pensar
en la cultura de los nuevos meios como una infinita superficie plana donde se
encuentran situados los textos individuales, sin ningún orden en particular. 5
(MANOVICH, 2005, p. 128)

Ou seja, o hipertexto é um dos elementos que caracterizam a ausência de hierarquia nos


cibermeios, em um contexto axiomático em que os conteúdos dos objetos culturais são
dispostos em diferentes formatos, com possibilidade de acesso aleatório, sem sequência
definida.

3. Linguagens da mídia contemporânea

Convergência, interatividade e hipertexto são características inerentes à construção da


linguagem das mídias digitais. Conforme Pugliese (2010, p.3), “a linguagem é o alicerce
5
O hipertexto da World Wide Web leva o leitor de um texto a outro ad infinitum. Contrariamente a
imagem popular dos meios informáticos como algo que compacta toda a cultura humana em uma única
biblioteca gigantesca ou como um único livro gigantesco, talvez seja mais correto pensar na cultura dos
novos meios como uma infinita superfície plana na qual se encontram os textos individuais, sem nenhuma
ordem particular. (Tradução própria)

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da cultura humana, sendo instrumento de sua manifestação e desenvolvimento” e como


tal sofreu reconfigurações com a digitalização. O autor cita a seguinte definição de
Kenski:
A linguagem digital é: uma linguagem de síntese, que engloba aspectos da
oralidade e da escrita em novos contextos [...] rompe com as formas
narrativas circulares e repetidas da oralidade e com o encaminhamento
contínuo e sequencial da escrita e se apresenta como um fenômeno
descontínuo, fragmentado e, ao mesmo tempo, dinâmico, aberto e veloz.
Deixa de lado a estrutura serial e hierárquica na articulação dos
conhecimentos e se abre para o estabelecimento de novas relações entre
conteúdos, espaços, tempo e pessoas diferentes. (PUGLIESE, 2010, p.11)

Stockinger (2004) entende “a natureza das tecnologias da informação como integração


de diferentes meios de comunicação, linguagens e códigos, bem como a função
integradora que elas exercem na sua relação com as demais tecnologias”.
Para a reflexão dos cibermeios, Manovich (2005, p.50), utiliza a palavra “linguagem”
como um termo global para referir-se “a una diversidade de convenciones que utilizan
los diseñadores de los objetos de los nuevos meios para organizar los datos y estruturar
6
la experiencia del usuário” . Essas convenções são aplicadas em cada plataforma que
surge com características específicas e que compõe as novas mídias.
Um exemplo são os cibermeios de redes sociais. Recuero (2009) define uma rede social
como um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos) e suas
conexões (interações ou laços sociais). Cibermeios como Facebook e Twitter dão
suporte às redes sociais e possibilitam novas formas de interação. Neste espaço, “as
trocas sociais dependem das trocas comunicativas” e “não há pistas da linguagem não
verbal e da interpretação do contexto de interação. É tudo construído pela mediação do
computador” (RECUERO, 2009, p.31).
O papel inicial dessas plataformas digitais é promover a interação social, todavia, os
usos e apropriações diversos adicionaram outras funções a essas ferramentas, como a
distribuição e difusão de informações. De acordo com Estevanim e Saad (2018, p.21),
essas mídias conectivas se configuram “em um ciberespaço híbrido, que flutua entre as
esferas pública e privada”.

6
a uma diversidade de convenções usadas pelos designers de objetos dos novos meios para organizar os
dados e estruturar a experiência do usuário. (Tradução própria)

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Entendidos como ferramentas de compartilhamento de mídia, informação e


conhecimento, os cibermeios de redes sociais podem ser considerados “softwares
culturais”. O termo “cultural” é empregado “in a sense that it is directly used by
7
hundreds of millions of people and that it carries “atoms”of culture” (MANOVICH,
2011, p.1). As redes sociais, assim como outros softwares, são plataformas que mediam
as interações das pessoas com a mídia e outras pessoas, isso mostra que “we live in a
software culture - that is, a culture where the production, distribution, and reception of
8
most content is mediated by software” . (MANOVICH, 2011, p.17).
A consolidação do usuário como coautor é uma das características desses novos
softwares culturais. Daí a importância da interface. A interação tanto com os softwares
dos sistemas operativos quanto com as aplicações é mediada pelas interfaces, que atuam
como representações. A “interface cultural” é a interface entre o homem, o computador
e a cultura. “Ya no nos comunicamos con un ordenador, sino com la cultura codificada
9
en forma digital” (MANOVICH, 2005, p.120). Essas interfaces estão embasadas em
formas culturais já existentes. A interface do Facebook, por exemplo, foi criada com
base em um livro com fotos e nomes dos alunos da Universidade de Harvard. Ou seja,
as interfaces e as próprias mídias são criadas a partir de uma releitura de símbolos já
estabelecidos, os significados são resgatados e reconfigurados. É a ideia de "remediação
de formatos e linguagens". E, assim como ocorre com outros softwares, as interfaces
das redes sociais são atualizadas, trazendo sempre algo “novo”, sem perder a ligação
com o significado já construído pelo usuário. “La interfaz de usuário es como un
camaleón que sigue cambiando de apariencia, en respuesta a cómo se utilizan los
10
ordenadores en un momento dado” (MANOVICH, 2005, p.141).
A interação com a interface adquire novos significados com o desenvolvimento de
novos softwares e hardwares, o que interfere, por exemplo, no consumo da informação.
7
no sentido de que é usado diretamente por centenas de milhões de pessoas e carrega "átomos" de cultura.
(Tradução própria)
8
nós vivemos em uma cultura de software - isto é, uma cultura onde a produção, distribuição e recepção
da maioria dos conteúdos é mediada por software. (Tradução própria)
9
Já não nos comunicamos com um computador, mas a cultura codificada em forma digital. (Tradução
própria)
10
A interface é como um camaleão que segue mudando de aparência em resposta a como se utiliza o
computador em um determinado momento. (Tradução própria)

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“A forma de consumir a informação, por meio do ciberjornalismo, provoca mudanças


culturais que vão se consolidar na medida em que o suporte (equipamento) esteja mais
disseminado e de fácil manipulação, fato que a indústria tem se dedicado, seja em
termos de hardware e de software”. (MARTINS, 2008, p.8)
É o que ocorre com o uso de dispositivos móveis, como tablets e smartphones, nos quais
a interação com a interface ocorre por meio do toque (touchscreen). Conforme Palacios
e Cunha (2012), esses hardwares agregam uma nova característica aos conteúdos
jornalísticos do cibermeio: a tactilidade. Esses hardwares também estão relacionados ao
conceito de ubiquidade, considerado por Pavlik (2014) como o sétimo princípio do
jornalismo na era digital. “No contexto da mídia, ubiquidade implica que qualquer um,
em qualquer lugar, tem acesso potencial a uma rede de comunicação interativa em
tempo real”. (PAVLIK, 2014, p.169)
Na dinâmica das tecnologias digitais, ao invés de o público buscar a notícia (no
impresso, na TV ou no rádio), é a notícia que chega a ele de diversas formas, por meio
de hardwares (como os dispositivos móveis) e de softwares (como as redes sociais
digitais), que proporcionam novas de atuação do receptor-emissor e contribuem para
descentralização da produção, da distribuição e do acesso ao conteúdo.

4. O uso das redes sociais digitais pelo jornalismo

O exemplo dos cibermeios de redes sociais contribui para a compreensão da lógica das
mídias digitais, uma vez que estas abrangem a interatividade, a hipertextualidade, o
formato multimídia (foto, texto, audiovisual, transmissão ao vivo), a convergência, a
produção de conteúdo descentralizada, a difusão de informações e a interação social em
uma mesma plataforma.
Todavia, a relação entre as redes sociais e o jornalismo é controversa. Se por um lado
esses cibermeios podem auxiliar nos processos de apuração e construção da notícia e na
interação com o público, por outro, existe a descentralização da produção de conteúdo e
a disputa pela audiência. No caso do Facebook, por exemplo, há que se considerar as
mudanças de algoritmo, as mais recentes em janeiro de 2018, que causaram ainda mais

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conflito por priorizarem as relações pessoais reduzindo o alcance orgânico das páginas
institucionais, como as dos veículos de comunicação. Fato é que as notícias precisam
chegar aos usuários e, mesmo com essas dificuldades, o uso deste tipo de software
cultural continua sendo uma estratégia relevante de difusão de conteúdo jornalístico.
Essas redes podem atuar de forma próxima ao jornalismo, complementando
suas funções, filtrando matérias relevantes, concedendo credibilidade e
importância para as matérias jornalísticas através das reverberações. Redes
sociais, portanto, podem também construir capital social para as matérias
publicadas pelos veículos. Ao republicar uma matéria, um ator concede
credibilidade através do link, e igualmente recebe reconhecimento da rede
social. Ao reverberar uma matéria, as redes sociais concedem credibilidade
para a informação. (RECUERO, 2009, p.12)

E se o jornalismo está presente nessas plataformas, é necessário discutir o uso da


linguagem adequada. Ao fazer uma análise do Twitter a partir dos conceitos de
McLuhan, Barricello e Carvalho (2012) destacam que, mais que um suporte técnico, as
redes sociais digitais devem ser entendidas como uma ambiência cultural e como tal
exige uma linguagem específica. De acordo com as pesquisadoras, essas ferramentas
digitais possibilitam usos e apropriações que envolvem participação ativa do interagente
através de comentários, recomendações, disseminação e compartilhamento de conteúdo
próprio ou de terceiros. Todavia, as autoras lembram que os sistemas digitais também
podem reproduzir a forma de comunicação dos veículos convencionais, já que muitos
cibermeios e perfis em mídias sociais utilizam a plataforma digital apenas para
transmitir informação, sem possibilitar o diálogo.

4.1 Correio do Estado no Facebook

Com 64 anos de história, o Correio do Estado é um dos jornais impressos mais antigos
de Mato Grosso do Sul e teve que aderir às tecnologias digitais para manter e conquistar
novos leitores. Possui um cibermeio de notícias, um aplicativo e páginas no Instagram,
Twitter e Facebook. Neste artigo, foi realizada a análise preliminar da página do Jornal
11
no Facebook do dia 14 ao dia 26 de junho, num total de 228 postagens.

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Acesso: facebook.com/correiodoestado

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É a fan page com maior número de seguidores entre os veículos que produzem conteúdo
jornalístico de Mato Grosso do Sul, são 489.135 usuários. A página conta ainda com
500.122 “curtidas” (até 1º de julho de 2018). A plataforma é responsável por 50% dos
12
acessos ao cibermeio de notícias , em média.
Nas postagens, há uma chamada, que geralmente tem uma ou duas frases curtas, e o link
em que aparece a foto e o título da matéria, acompanhada da hashtag #PortalCE e
algumas específicas como #CEnaCopa nos assuntos relacionados à Copa do Mundo.
Das 228 postagens analisadas, todas resultaram em alguma reação do público, 227
foram compartilhadas e 168 estavam com comentários. Foram identificados intervalos
de postagens que variam de 7 minutos a 2 horas e 39 minutos, mas, na maior parte dos
casos, o intervalo foi de 40 minutos a 1 hora, com uma média de 19 postagens por dia.
No período analisado, a primeira postagem do dia sempre foi relacionada à previsão do
tempo. No dia 24, a matéria “Domingo será ensolarado e previsão de temperaturas em
elevação” foi postada com a frase “Bom dia e ótimo domingo a todos”. Foram 111
reações13, 4 compartilhamentos e 12 comentários, sendo que cinco foram respondidos
pelo Jornal. (Figura 1)
No dia 17 de junho, o “Bom dia” foi postado sem foto e sem notícia, e o Jornal chegou a
“curtir” duas respostas de leitores que responderam ao cumprimento. Em algumas
postagens, há uma tentativa de maior aproximação com o público. No dia 26, por
exemplo, a chamada foi: “Bom dia amigos leitores, uma ótima terça-feira a todos”.
Foram 154 reações, 4 compartilhamentos e 8 comentários, mas, desta vez, não houve
interação por parte do Jornal.

Figura 1. Jornal interage com o leitor em uma postagem sobre o clima. Modelo de interação não foi
identificado em outras postagens.

12
Informação do editor do Jornal.
13
São seis botões no Facebook: “Curtir”, “Amei”, “Haha”, “Uau”, “Triste” e “Grr”

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Fonte: Fan page Correio do Estado

No dia 14 de junho, a matéria “Preço do gás de cozinha superior a R$ 86 é abusivo”,


com a chamada “Reunião com revendedores determinou referências para
comercialização”, teve 116 reações, 27 compartilhamentos e 12 comentários. Além de
críticas ao Procon, o público contribuiu com dados sobre o preço do gás em cidades do
interior de MS e alguns relatos podem ser considerados “personagens”. (Figura 2) Isso
mostra uma característica inerente à ferramenta que é a interação social e a troca de
informações. Neste caso, esses processos ocorreram a partir do consumo da notícia,
ampliando os pontos de vista e os fatos relacionados ao tema em questão.

Figura 2. Relatos dos usuários contribuem com informações novas.

Fonte: Fan page Correio do Estado

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Outro destaque é a matéria do dia 15 de junho “Casal de idosos morre em acidente de


trânsito no centro da Capital”, com a chamada “Colisão ocorreu no cruzamento da Rua
Anhanduí com a Marechal Rondon”, que teve 516 reações, 9 compartilhamentos e 18
comentários. Os leitores teceram críticas à reportagem e fizeram até comparação com a
concorrência. (Figura 3) Este exemplo aponta como o público está mais atento e
exigente quanto aos conteúdos publicados. Nas redes sociais digitais, há espaço para
expor as opiniões de forma simples e rápida que, até então, poderiam não chegar ao
Jornal ou demorar mais tempo. O que não significa que essas avaliações são
consideradas pelos jornalistas e editores. De qualquer forma, são públicas e podem ser
analisadas por outros leitores.
Figura 3. Críticas à reportagem.

Fonte: Fan page Correio do Estado

Durante todo o período de análise, a postagem do dia 16 de junho “Casal era exemplo
do bairro e porto seguro das filhas”, com a chamada “Luiz e Aparecida estavam juntos
há 44 anos e moravam no Santo Amaro”, foi a que teve maior número de reações, foram
1.004, além de 20 compartilhamentos e 17 comentários. A notícia causou comoção e
solidariedade entre os usuários. (Figura 4)

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Figura 4. Leitor agradece os outros usuários pelas mensagens.

Fonte: Fan page Correio do Estado

Também foram identificados exemplos de colaboração entre os usuários, em relação a


informações que não estavam na reportagem, como no dia 18 de junho. Foram 187
reações, 68 compartilhamentos e 52 comentários sobre a matéria “Agendamento para
castrar gatos será feito pessoalmente”, com a chamada “Maneira de marcação mudou
porque muitas pessoas reclamavam que não conseguiram agendar castração por
telefone, como era feito anteriormente”. Considerando a possibilidade de interação não
apenas entre os leitores, mas com os veículos de comunicação, a dúvida do leitor
poderia ter sido esclarecida pelo próprio Jornal. (Figura 5)

Figura 5. Troca de informação entre usuários.

Fonte: Fan page Correio do Estado

Com base na breve análise, é possível considerar que a página tem um alcance
relativamente baixo, considerando os mais de 489 mil seguidores. A linguagem usada
pelo veículo de comunicação ainda está bastante limitada diante das possibilidades dos
cibermeios de redes sociais.

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Não existe a produção de um conteúdo próprio para a página do Facebook, apenas são
replicadas as notícias do Portal. No caso de uma notícia com imagens que ajudam a
compreender um fato, por exemplo, uma possibilidade é postar as fotos com uma breve
informação e o link da matéria no cibermeio. O uso de imagens e de uma linguagem
própria enriquece a notícia e resulta em maior interesse do conteúdo.
Durante o período analisado, o recurso da transmissão ao vivo, por exemplo, não foi
utilizado. A partir da revisão bibliográfica sobre as características das mídias digitais, é
possível considerar, por exemplo, que um fato que acaba de acontecer ou de relevância
social pode ser explorado com informações ao vivo e uma chamada para mais
informações no cibermeio de notícias. São formas e estratégias de produção que deixam
o conteúdo mais atrativo e exploram as possibilidades de interação com o público, sem
ignorar os critérios de noticialidade e a credibilidade do veículo.
Outra questão analisada é que não há a participação do leitor na produção do conteúdo
publicado na página do Facebook, como uma foto ou um vídeo que foram enviados ao
Jornal, e nem estímulo para que isso ocorra. Nota-se que há interesse do usuário em
estabelecer um diálogo com o Jornal e contribuir com informações que contextualizam a
notícia, mas ainda existe pouca interação do veículo com o público. Apenas responder
“Bom dia” é insuficiente para criar o envolvimento necessário com o veículo de
comunicação nesta lógica das redes sociais digitais que, assim como todas as
plataformas e formatos das novas mídias, exige novas significações e relações com a
mídia.

5. Considerações finais

Este artigo é parte de uma pesquisa de mestrado em andamento sobre o uso do


Facebook pelo jornalismo e as possibilidades de interação com o público, a partir do
estudo de caso da fan page do Jornal Correio do Estado. Com esta análise inicial, é
possível considerar que a adequação da produção jornalística à nova lógica
comunicacional depende da compreensão das mudanças estruturais e reconfiguração de
significados provocadas pelas transformações das mídias analógicas em digitais.

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A imagem, o texto, o vídeo, o áudio, são códigos que precisaram ser explorados para
construção da linguagem das mídias digitais. E como o jornalismo pode se reposicionar
neste novo contexto? Esse processo envolve desde questões matemáticas como os cinco
princípios de Manovich até conceituais como interatividade, hipertexto, convergência.
Dentro deste cenário estão inseridas mídias com linguagens específicas como as redes
sociais digitais. O uso de plataformas como o Facebook pelo jornalismo se justifica por
ser um software cultural, que conforme Manovich é usado por milhões de pessoas para
compartilhar informações e está “carregado de átomos de cultura”. É um software que
está inserido no cotidiano dos leitores que, como vimos, manifestam interesse não
apenas em consumir a notícia, como também interagir com os meios de comunicação.
Na página do Jornal Correio do Estado no Facebook, o usuário explora as possibilidades
das tecnologias digitais ao acessar o conteúdo jornalístico e busca a interação
possibilitada pela ferramenta, o que reforça a necessidade de se elaborar linguagens
próprias para cada plataforma das mídias digitais, a partir dos conceitos abordados neste
artigo.
O desafio é descobrir como os softwares culturais podem ser usados para garantir que a
informação chegue ao usuário, seja atrativa, tenha qualidade e possibilite, de fato, a
participação do público na produção, avaliação e distribuição de conteúdo. Novas
tecnologias continuam a surgir a cada etapa da história dos meios de comunicação e o
jornalismo, no exercício cotidiano de apurar, organizar e contextualizar os fatos, precisa
se reconfigurar a partir dessas novas lógicas, linguagens e formatos.

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