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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A)

DR.(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL – SEDE

PARNAÍBA, ESTADO DO PIAUÍ.

PROCESSO Nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.

_____________________________., já qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem,


respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de sua advogada ao final firmada, em atendimento
ao r. despacho proferido por este r. Juízo, conforme Id nº XXXXXXX, apresentar, nos termos dos artigos 52,
inciso IX, da Lei 9.099/95, o competente
EMBARGOS À EXECUÇÃO

tendo em vista a equivocada execução que fora intentada, e que gera prejuízo irreversível para a
devedora e nítido enriquecimento ilícito para a parte Autora/Exequente, conforme restará sobejamente
comprovado adiante:

I – DA TEMPESTIVIDADE E GARANTIA DO JUÍZO

01 - OS PRESENTES EMBARGOS são próprios e tempestivos, a teor do permissivo legal insculpido no art. 52,
inciso IX, da Lei 9.099/95.

02 - DISCIPLINA o artigo 52, inciso IX da Lei 9.099/95:

“Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado, aplicando-se, no que


couber, o disposto no Código de Processo Civil, com as seguintes alterações:

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IX - o devedor poderá oferecer embargos, nos autos da execução, versando sobre:
a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia;
b) manifesto excesso de execução;
c) erro de cálculo;
d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação,
superveniente à sentença”. (Sem grifo no original).

03 - ESTA _________________________, ora Embargante, está sendo intimada para, em 15 (quinze) dias,
pagar o débito requerido pelo Exequente/Autor, ora Embargado, no vultoso valor de R$ 39.076,89 (trinta e nove
mil, setenta e seis reais e oitenta e nove centavos), diante da Ação de Cumprimento de Sentença que move
em face desta empresa Embargante.

04 – A CIÊNCIA da Embargante quanto à presente Ação de Execução ocorreu em 01/07/2019 (segunda-feira),


tendo o prazo de 15 dias úteis para pagamento se iniciado em 02/07/2019 (terça-feira), já que se trata do
primeiro dia útil subsequente à leitura automática (Sistema PJE).

05 – OCORRE que, por não concordar, concessa vênia, com a Execução, esta ________________________,
ora Embargante, deposita a quantia reclamada, como forma de garantir o juízo, para a apresentação de
Embargos à Execução, com fulcro no art. 914 e seguintes do novo Código de Processo Civil.

II – SÍNTESE FÁTICA

06 – EM ANÁLISE aos autos, computa-se a alegação do Exequente relatando lhe ser devido o valor de R$
39.076,89 (trinta e nove mil, setenta e seis reais e oitenta e nove centavos), referente ao valor da condenação
devidamente atualizado.

07 - POR NÃO concordar com os cálculos do Exequente, a empresa manifesta seu repúdio, garante o juízo e
opõe seus Embargos à Execução nos moldes a seguir expostos:

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III – DA REALIDADE DOS FATOS

08 – A SENTENÇA, objeto da presente Execução, condenou esta ______________________ Embargante,


___________________., nos seguintes termos:

09 – NA DATA de 16 de junho de 2019 o Autor/Exequente/Embargado promoveu o presente Cumprimento de


Sentença em desfavor desta ___________________ no importe de R$ 39.076,89 (trinta e nove mil e setenta e
seis reais e oitenta e nove centavos), porém, mencionados cálculos, padecem de qualquer embasamento
jurídico e previsão legal, é o que será esposado durante os presentes Embargos à Execução.

10 – ANTES DE mais nada e apesar desta ______________/Embargante ter realizado o depósito do valor total
da execução (R$ 39.076,89), conforme comprovante de pagamento em anexo, a empresa
________________ Ltda. aproveita os Embargos à Execução para externar os erros de cálculos cometidos pelo
Exequente, com o precípuo fim de induzir este r. Juízo em erro, vejamos:

11 – O EXEQUENTE afirma que o valor devido a título de Danos Materiais é no montante de R$ 10.019,71 (dez
mil e dezenove reais e setenta e um centavos) e a título de Danos Morais o valor de R$ 20.039,44 (vinte mil e
trinta e nove reais e quarenta e quatro centavos), porém, mencionados valores não merecem

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prosperar, haja vista que o Exequente está calculando os juros legais (1% a.m) sobre o valor da condenação
atualizado monetariamente, o que este r. Juízo não poderá permitir, vênia, de forma que tanto a correção monetária,
bem como os juros legais devem incidir, exclusivamente, sobre o valor principal, ou seja, sobre o valor da
condenação, senão vejamos:

12 – DANOS MATERIAIS:
Valor Principal: R$ 4.000,00
Condenação Sentença (Id nº - Valor R$
5372984) 4.000,00
Juros Do arbitramento: março de
de 1% ao mês 2013 75% R$ 3.000,00

Correção Do arbitramento: março de


monetária 2013 1,431 R$ 5.725,55

TOTAL - - R$ 8.725,55

13 – DANOS MORAIS:
Valor Principal: R$ 8.000,00
Condenação Sentença (Id nº - Valor R$
5372984) 8.000,00
Juros Do arbitramento: março de
de 1% ao mês 2013 75% R$ 6.000,00

Correção Do arbitramento: março de


monetária 2013 1,431 R$ 11.451,04

TOTAL - - R$ 17.451,04

14 – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS:

Valor da - Valor
Condenação Honorários Advocatícios 20% Total
atualizado

R$ 26.176,59 R$ 5.235,32 R$ 31.411,91

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15 - ASSIM, conforme os cálculos expostos acima, o valor exato da condenação, no que diz respeito aos Danos
Materiais, Danos Morais e Honorários Advocatícios, é no quantum de R$ 31.411,91 (trinta e um mil,
quatrocentos e onze reais e noventa e um centavos) e não R$ 39.076,89 (trinta e nove mil, setente e seis e
oitenta e nove centavos) como o Exequente quer enganar este r. Juízo.

16 – DEMONSTRATIVOS DE CÁLCULOS DO EXEQUENTE (ID Nº XXXXXXXX)

17 – EXCELÊNCIA, o Exequente, mais uma vez está tentando ludibriar este r. Juízo, inserindo uma multa (10%),
cujo prazo de pagamento, sequer tinha iniciado. Assim, a conduta do Exequente demonstra a sua má-fé, de
maneira que está tentando induzir Vossa Excelência em erro para se beneficiar e enriquecer-se ilicitamente às
expensas desta _________________, ora Embargante/Executada, o que não se poderá permitir, com a devida
vênia.

18 – COM EFEITO, de forma dolosa e com o intuito de se locupletar indevidamente, o Embargado/Exequente


inseriu a multa equivalente a 10% (dez por cento), sem que esta __________________/Embargante tenha tido
a possibilidade de realizar o pagamento voluntário no prazo de lei.

19 - TENDO isso em vista, não há que se falar em qualquer tipo de multa, posto que esta empresa
___________________ Ltda. realizou o depósito do valor total da execução dentro do prazo determinado por
Vossa Excelência, conforme comprovante de pagamento em anexo.

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20 – Com fulcro em tudo o que fora exposto, é imperioso o reconhecimento de excesso de execução no valor de
R$ 7.664,98 (sete mil, seiscentos e sessenta e quatro reais e noventa e oito centavos), por este douto Juízo, 1º,
porque o Exequente com notória má-fé calculou os juros legais sobre o valor da condenação (Danos
Materiais e Danos Morais) monetariamente atualizado e, 2º, porque incidiu sobre o valor total da
execução a multa de 10% (dez por cento) quando o prazo de pagamento voluntário, sequer, tinha
iniciado.

IV – DO EFEITO SUSPENSIVO

21 – PRIMEIRAMENTE, Excelência, é necessário esclarecer que deve ser atribuído o efeito suspensivo aos
presentes Embargos à Execução, nos moldes do que dispõe o §1º do art. 919 do novel Código de Processo
Civil.

“Art. 919. Os embargos à execução não terá efeito suspensivo. (...)


§1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos
embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e
desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução
suficientes.” (Destacamos).

22 – ESPECIALMENTE diante do direito demonstrado abaixo e, ainda, da existência de garantia integral


do suposto débito, é certo que eventual levantamento do valor pelo Embargado, é medida irreversível,
especialmente por tratar-se de importância indevida.

23 – DESNECESSÁRIO dizer que, inobstante o potencial econômico da Empresa, ora Embargante, o desfalque
do valor em questão possui efetivamente o condão de lhe trazer danos irreparáveis.

24 – PRESENTES os requisitos necessários, quais sejam, garantia integral do Juízo, incerta reparação do dano
grave no caso de prosseguimento da execução e

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plausibilidade do direito invocado, essencial à atribuição do efeito suspensivo, ato judicial de cautela.

25 – NESTE SENTIDO, segue o recentíssimo entendimento da jurisprudência


nacional:

“Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO DE


EXECUÇÃO. DECISÃO QUE RECEBEU OS EMBARGOS À EXECUÇÃO NO EFEITO
SUSPENSIVO, EM RAZÃO DA PENHORA REALIZADA NA EXECUÇÃO. PRELIMINAR
ARGUIDA EM SEDE DE CONTRARRAZÕES AFASTADA. MÉRITO. ART. 919, § 1º, DO
CPC/2015. REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS. Consoante dispõe o caput do art. 919
do Código de Processo Civil, os embargos do executado não terão, em regra, efeito
suspensivo. Poderá o juiz, contudo, suspender a execução, desde que a) haja
requerimento do embargante, b) quando verificados os requisitos para a concessão
da tutela provisória e c) haja prévia garantia do juízo. No caso concreto, em que pese
as razões de recurso, verifica-se preenchidos os requisitos autorizadores à
concessão do efeito suspensivo aos embargos. RECURSO DESPROVIDO. UNÂNIME.
(Agravo de Instrumento Nº 70080896590, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra, Julgado em 30/05/2019). (Sem grifos no original).

26 – PRESENTES os requisitos no caso sub judice, requer esta Empresa, ora Embargante, que seja atribuído
efeito suspensivo aos presentes Embargos à Execução por ser medida da mais pura e lídima justiça.

V – PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA

27 – QUANTO ao princípio da vedação ao enriquecimento sem causa, enriquecimento ilícito ou locupletamento


ilícito, entende-se como sendo o acréscimo de bens que se verifica no patrimônio de um sujeito, em detrimento
de outrem, sem que para isso tenha um fundamento jurídico.

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28 – NESTE SENTIDO, consoante já debatido, não se justifica, tendo em vista os fatos demonstrados, tamanha
condenação desta Empresa/Embargante, ora Executada, sendo que detida análise da presente execução, é
medida segura e correta a ser tomada.

29 – A CONSTITUIÇÃO garante a proteção contra o enriquecimento sem causa por meio de seus princípios e
garantias. Por ser construído sob a égide constitucional, portanto, o Código Civil Brasileiro, assim como
Constituição veda a possibilidade de tal locupletamento ilícito.

30 – DESSA FORMA, a proteção a essa garantia encontra-se positivada no Código Civil, conforme abaixo:

“Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a
restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.
Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é
obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do
bem na época em que foi exigido.”

31 – O ENTENDIMENTO DOUTRINÁRIO afirma que o art. 884 do Código Civil veio a dispor, expressamente,
sobre o enriquecimento sem causa, preenchendo uma lacuna do ordenamento. Trata-se, portanto, de cláusula
geral que permitia reparar todas as situações de vantagem indevida.

32 – DIANTE DO EXPOSTO, é notório o excesso de execução, uma vez que o Exequente/Embargado está
fazendo atualizações em duplicidade sobre os valores principais (Dano Material e Dano Moral), na
medida em que os juros estão sendo calculados sobre o valor da condenação atualizado
monetariamente, além de se utilizar da multa (10%), quando, sequer, tinha sido oportunizado a esta
Embargante o pagamento voluntário da condenação.

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VI – ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA – DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – TENTATIVA DE
OBTENÇÃO DE VANTAGEM INDEVIDA

33 – CONFORME amplamente demonstrado, resta comprovado o real valor devido por esta
____________________, ora Embargante.

34 - UTILIZA-SE o Exequente/Embargado de uma dupla atualização na tentativa de induzir este r. Juízo em


erro, o que jamais poderá se permitir e o que já foi exaustivamente demonstrado nos presentes Embargos à
Execução. Assim, resta patente a sua flagrante má-fé, com o claro propósito de se enriquecer ilicitamente
perante esta Empresa/Embargante.

35 - VISLUMBRA-SE notoriamente a intenção do Exequente em alterar a verdade dos fatos, com o intuito de
induzir esse juízo em erro, e consequentemente, o seu enriquecimento ilícito, que de forma forçosa induz ao
entendimento de que teria direito ao valor mencionado em seus cálculos, o que não se pode aceitar.

36 – CUMPRE observar que o legislador brasileiro, atento ao dever de honestidade, lealdade processual e lisura
no comportamento das partes, instituiu regras acerca da responsabilidade daquelas por dano processual,
realçando a necessidade de coibição da má-fé, devendo seus dispositivos ser aplicados a fim de evitar a
propagação do livre uso do processo, com impunidade ou sem qualquer responsabilidade pelos atos
desonrosos tipificados no supracitado artigo.

37 – A CONDENAÇÃO da parte Exequente em litigância de má-fé é medida que se impõe como caráter
educativo e inibidor de ações fraudulentas e maliciosas que assoberbam inutilmente o Judiciário,
visando apenas aferir lucros indevidos, como o que pode vir a ocorrer no presente caso.

38 – POR SUA VEZ o Código de Processo Civil disciplina a litigância de má-fé em seu art. 79 e seguintes,
possibilitando a aplicação de multa àquele que litigar de má-fé, senão vejamos:
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“Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé
como Autor, réu ou interveniente.”

“Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:


I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.”

“Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa,
que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da
causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os
honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.”

39 – POR TUDO que demonstramos nesta peça defensiva, veja Excelência, que a conduta do Exequente na
presente ação incide nas hipóteses contidas nos incisos I, II e III do art. 80, do CPC, que devem ser veemente
repudiadas.

40 – DIANTE do exposto, requer a condenação do Exequente ao pagamento de multa pela litigância de má-fé,
nos termos dos dispositivos legais acima citados.

VII – DOS PEDIDOS

ANTE AS EXPOSIÇÕES SUPRA, requer a Vossa Excelência que sejam OS PRESENTES


EMBARGOS À EXECUÇÃO PROCESSADOS COM A SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO e, posteriormente, em
restando demonstrado o excesso de execução, requer o acolhimento dos Embargos para que:

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A) Seja acatado o pedido de efeito suspensivo da Execução, impedindo a parte
Embargada/Exequente de levantar a quantia depositada em garantia, até o final da lide;

B) Acatar a alegação de excesso na execução, determinando que o valor excedente depositado em


garantia pela Embargante lhe seja restituído, constatando assim que o valor a ser pago para esta
Empresa Embargante é no montante de R$ 31.411,91 (trinta e um mil, quatrocentos e onze reais
e noventa e um centavos), conforme exaustivamente demonstrado nos presentes Embargos à
Execução;

C) Caso Vossa Excelência entenda pela divergência de cálculos, que sejam os autos encaminhados
à respeitável Contadoria do Juízo para aferição do valor correto a ser pago, levando-se em
consideração que a correção monetária e os juros devem ser aplicados sobre o valor principal da
condenação, posto que, jamais, os juros devem ser aplicados sobre o valor da condenação,
após a efetivação da correção monetária, o que geraria dupla atualização, o que é ilegal;

D) Que seja o Exequente/Embargado condenado por sua INEQUÍVOCA Litigância de Má-Fé, por
realizar atualização indevida, em duplicidade e ainda acrescentar em seus errôneos cálculos uma
multa indevida, com o claro propósito de obter vantagens ilícitas.

Nestes termos,
Pede e espera deferimento.

De Teresina(PI) para Parnaíba(PI), XXXXX de Julho de 2019.

__________________________________
ADVOGADA OAB/____nº __________.

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