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artigo75.

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Desempenho térmico de isolantes


refletivos e barreiras radiantes
aplicados em coberturas
conhecimento das diversas alter- da incidência de vento. Resta como al-
O nativas para isolação térmica dos
elementos das edificações serve de sub-
Fúlvio Vittorino
Instituto de Pesquisas Tecnológicas
ternativa a atuação sobre a condução e
a radiação.
do Estado de São Paulo.
sídios para a elaboração de projetos Tradicionalmente isolar termica-
E-mail: fulviov@ipt.br
que visam a economia de energia ou, mente a cobertura estava associado à
em grande parte do território nacio- utilização de materiais conhecidos
Neide Matiko Nakata Sato
nal, o desenvolvimento de soluções como isolantes resistivos, que redu-
Escola Politécnica da
que dêem condições satisfatórias de zem a transferência de calor por con-
Universidade de São Paulo.
conforto térmico aos usuários sem a dução. Tão forte era esse conceito de
E-mail: neidesato@uol.com.br
utilização de equipamentos de condi- isolamento resistivo que a norma
cionamento ambiental. francesa NF P 75-01 (AFNOR, 1983)
Maria Akutsu
Dentre os diversos materiais dispo- define como isolante térmico o produ-
Instituto de Pesquisas Tecnológicas
níveis no mercado nacional há as bar- to com resistência térmica maior que
do Estado de São Paulo.
reiras radiantes, que começaram a ser 0,5 (m2.K)/W, composto por material
E-mail: akutsuma@ipt.br
importadas em 1995. Embora o uso com condutividade térmica menor
desses produtos tenha crescido signifi- que 0,065 W/(m.K).
cativamente nos últimos anos, não superfície refletora, modificando as Entre os isolantes resistivos tradi-
existe ainda normalização nacional que suas propriedades radiantes e, por con- cionais encontram-se as mantas e pai-
trate do assunto. Essa carência de espe- seqüência, o desempenho térmico. néis constituídos de fibras minerais ou
cificações técnicas fez surgir produtos Neste artigo são discutidos os con- fibras orgânicas flexíveis, as espumas
que não apresentam características ceitos envolvidos no emprego de barrei- plásticas rígidas de poliuretano ou po-
adequadas para serem isolantes térmi- ras radiantes em coberturas, apresen- liestireno expandido, a vermiculita ex-
cos, trazendo prejuízos ao consumidor. tando as características de alguns pro- pandida ou perlita em grânulos e os
Além disso, tem-se verificado que a dutos encontrados no mercado e um flocos de lãs minerais. A resistência
aplicação desse tipo de isolante é feita, estudo de caso de alteração da emissivi- térmica desses materiais é devida,
muitas vezes, de maneira imprópria, dade com a deposição de poeira em de- principalmente, à grande quantidade
com práticas em que a superfície de corrência da condição de exposição. de ar presente entre as fibras ou confi-
baixa emissividade fica voltada para o nado nas pequenas células formadas
telhado, tirando proveito da alta refle- Isolamento térmico em coberturas no processo de expansão das espumas
tância ao infravermelho. Essa condição Em uma cobertura constituída de e dos isolantes granulares.Algumas es-
favorece o acúmulo de detritos sobre a telhado e forro, as trocas de calor entre pumas podem, nos poros, conter ou-
o ambiente externo e interno ocorrem
conforme ilustrado nas figuras 1 e 2.
Ao projetista da edificação cabe redu-
zir essas trocas térmicas que atuam
sobre os elementos e componentes de
vedação. Sua possibilidade de ação
sobre as parcelas convectivas, em geral,
é limitada, pois depende fortemente

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tros gases, com condutividade menor Calor conduzido Calor convectivo


que a do ar.
Outra forma de reduzir os ganhos Calor refletido
de calor pela cobertura é diminuir a ab- e emitido
sorção da energia solar pelo uso de ma- pelo telhado
teriais de alta refletância na face externa
ou reduzir a quantidade de energia tér- Calor solar
mica de onda longa irradiada para o in- incidente
terior dos recintos,pelo emprego de ma-
teriais de baixa emissividade. Calor irradiado
Principalmente nos Estados Uni- pelo telhado
dos, existem muitas alternativas de Calor refletido
produtos especialmente desenvolvidos e emitido pelo forro
para se obter revestimentos para co-
berturas com alta refletância à radia-
Calor convectivo
ção solar e resistentes a intempéries, de
forma que as características iniciais Figura1 – Representação das trocas de calor em um telhado
sejam mantidas durante a vida útil. O
uso atingiu tal grau de freqüência que
já foram até desenvolvidas normas téc-
nicas para esses produtos (ASTM D
Calor refletido Calor irradiado
6083/97a,ASTM C 1483-00), existindo
para o telhado do telhado
inclusive certificações concedidas pela
EPA-USA (Environmental Protection
Agency, http://www.energystar.gov) Calor convectivo Calor convectivo
àqueles que proporcionem determina-
dos níveis de economia de energia em
sistemas de resfriamento artificial.
Essa difusão do uso de redutores
de trocas radiantes tem gerado, inclu-
sive, a revisão dos conceitos apresenta-
dos nos documentos normativos,
como, por exemplo, a norma ASTM C
168/01, que é mais abrangente do que Calor irradiado
a norma francesa ao definir isolante para o ambiente
térmico como "material ou produto
utilizado com a finalidade de fornecer
Figura 2 – Representação das trocas de calor em um forro
resistência à transferência de calor".
Nesse contexto, além dos isolantes re-
sistivos tradicionais, são considerados interior é absorvida pelas moléculas a livres que fazem com que seja refletida
também isolantes térmicos os mate- ela adjacentes, sendo que apenas a grande parte da energia térmica inci-
riais e produtos que diminuem qual- energia emitida pelas moléculas loca- dente, resultando em pequena absor-
quer uma das três formas de troca de lizadas a até 1 mm da superfície do ção e, portanto, pequena emissão de
calor (condução, convecção e radia- material é que deixa efetivamente o energia térmica. Nos materiais não-
ção). Adotando-se essa definição, o corpo (Incropera, 1998). Fato similar condutores, há poucos elétrons livres e
governo americano publicou um do- ocorre para a absorção/reflexão da ra- a absorção da energia térmica se dá em
cumento (DOE CE 01-BO, 1997) com diação incidente, ou seja, a parcela da grande quantidade no reticulado es-
características exigíveis e recomenda- energia incidente que é absorvida fica trutural do material. O estudo deta-
ções de uso dos isolantes refletivos e contida nas camadas moleculares lhado da interação entre a radiação
dos isolantes resistivos tradicionais. mais externas do material. térmica e a matéria é alvo da teoria ele-
A absorção da radiação térmica na tromagnética e da física quântica.
Isolantes refletivos e barreiras radiantes superfície dos materiais é função da Como a maioria dos materiais de
A emissividade dos materiais é de- quantidade de elétrons livres presentes construção civil é de natureza não-
vida às características superficiais, (Modest, 1993). Nos materiais condu- metálica, absorvem grande parte da
uma vez que, na maioria dos sólidos, a tores de eletricidade, como os metais, energia térmica de onda longa inci-
radiação emitida pelas moléculas do há uma grande quantidade de elétrons dente e a irradiam novamente para o

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ARTIGO

Refletância à radiação solar


to é definido em cada caso, pela inte-
0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 ração da barreira com as outras su-
1,0
Pintura Tijolo Asfalto perfícies, não cabendo a especificação
branca Pintura vermelho preto de uma resistência térmica, mas ape-
0,9 Verde- 0,1
claro
Pintura nas as características superficiais do
Concreto preta material a ser usado como barreira ra-
0,8 0,2
claro diante (ASTM C 1313-00). A avalia-
Emissividade no infravermelho longo

Refletância ao infravermelho longo


Telha galvanizada
Revestimentos 0,3 ção do desempenho de coberturas
0,7 pintada de branco
Pintura pétreos com o emprego de barreiras radiantes
por jateamento
aluminizada pode ser feita por meio da simulação
0,6 0,4
envelhecida em computador (ASTM C 1340/99,
Madeira Pínus
Energy Plus) ou medições em escala
0,5 Pintura 0,5
Pintura real. O material comumente empre-
bronze gado é o alumínio polido em lâminas
0,4 aluminizada 0,6
Chapa ou folhas muito finas, com espessura
nova
galvanizada da ordem de 6 a 8 mm e emissividade
0,3 oxidada 0,7
Aço inoxidável menor que 0,1.
301, 316 Chapa de 0,8
Os principais produtos oferecidos
0,2 Folha de
fibrocimento no mercado nacional como barreiras
alumínio Cobre radiantes são constituídos de:
0,1 nova 0,9
polida polido Chapa de  folha de alumínio aderida a uma ou
alumínio ambas as faces de um substrato que
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 pode ser de diversos materiais como
por exemplo, malha polimérica ou
Absortância à radiação solar papel kraft
 folha de alumínio em uma ou em
Figura 3 – Propriedades radiantes no espectro da radiação solar e do infravermelho
ambas as faces de "plástico bolha",
de materiais de construção (Fairey, 1986)
com espessura de 3 a 5 mm
 camada metálica entre filmes de po-
ambiente. Na figura 3 são apresenta- atualmente em processo de revisão. lietileno aderidos a espuma plástica
das, em forma de diagrama, as pro- Também na África do Sul, está em re- também de polietileno, com espessura
priedades radiantes de alguns mate- visão a norma SABS 1381-4/1985. O de 2 a 5 mm
riais de construção opacos. país que dispõe de um maior número  filme plástico com camada metálica
As normas técnicas internacionais de normas nesse setor é o EUA aderida por deposição a vácuo
fazem distinção entre os dois sistemas (ASTM C 1158; ASTM C 1313-00; Os substratos em que as folhas de
utilizados para reduzir as trocas de ASTM C 1224-01; ASTM C 727). alumínio são aplicadas servem para
calor por radiação: os isolantes refleti- Os isolantes refletivos são produ- proporcionar resistência mecânica ao
vos e as barreiras radiantes. Essa clas- tos que incorporam câmaras de ar produto. O "plástico bolha" e as espu-
sificação é suficientemente abrangen- não ventiladas, com dimensões e mas plásticas podem conferir um iso-
te para incluir as pinturas refletivas e forma definidas, confinadas por, pelo lamento térmico adicional, por redu-
os materiais com baixa emissão de ra- menos, um material com baixa emis- zir também as transferências de calor
diação térmica de onda longa. Contu- sividade. Como exemplo, é possível por condução.
do, as pinturas refletivas não são, nor- citar os painéis metálicos ocos. Esse
malmente, contempladas em conjun- enfoque permite comparar a resistên- Quantificação do efeito de barreiras
to com os materiais com baixa emis- cia térmica dos isolantes resistivos radiantes no desempenho térmico de
são de radiação por terem caracterís- com a dos isolantes refletivos, que são coberturas
ticas específicas de produtos de reves- especificados pela norma ASTM C A eficácia de uma barreira radian-
timento, como poder de cobertura e 1224-01. te pode ser quantificada de uma ma-
rendimento na aplicação. Adotare- Já as barreiras radiantes são mate- neira simples, considerando a redução
mos aqui as definições propostas pela riais de baixa emissividade, posicio- nas trocas de calor por radiação que
ASTM que tratam somente dos pro- nados no elemento construtivo de tal ocorrem entre o telhado e um am-
dutos com baixa emissão de radiação forma que estejam voltados para um biente com a aplicação desse produto
térmica. Na Austrália, já em 1976 exis- ambiente, que pode ser o espaço ático, em uma cobertura sem forro.
tia normalização específica para iso- com ou sem ventilação, ou os recintos Um telhado sem forro pode ser
lantes refletivos (AS 1903), estando habitáveis. O desempenho do produ- modelado como um elemento que ir-

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q/A emissividade nas suas duas faces, entre A seguir, são discutidos alguns des-
o telhado e o ambiente, reduz à meta- ses tópicos:
Telhado de o fluxo de calor que é irradiado para
o ambiente em relação à situação sem Características superficiais de
Ambiente forro. Caso uma das superfícies do materiais utilizados como barreiras
forro tenha baixa emissividade, a re- radiantes
Figura 4 a – Representação esquemática
dução no fluxo de calor é de 85%, isto Há muitos produtos sendo vendi-
do telhado (1) e ambiente (2)
devido ou à reflexão da radiação tér- dos no mercado como barreiras ra-
para análise da troca de calor radiante
mica na face superior do forro ou à diantes pelo seu aspecto metálico bri-
baixa emissão na face inferior desse lhante, todos com elevada refletância à
q/A elemento. Combinando-se os dois luz visível. No entanto, emissividade,
efeitos, a redução do fluxo de calor no comprimento de onda correspon-
Telhado passa a ser de 91% em relação à situa- dente à radiação térmica emitida por
Blindagem ção sem forro. Se não for considerado corpos em temperatura entre 0 e
o aumento da emissividade com o 100oC, pode ser muito elevada, não os
Ambiente tempo, a melhor condição de instala- caracterizando como barreira radian-
ção de um produto com uma única te. Isso se deve ao fato de que tais pro-
Figura 4 b – Representação esquemática
face aluminizada seria com esta volta- dutos têm a superfície recoberta por
do telhado (1) e ambiente (2),
da para o telhado, uma vez que se materiais poliméricos transparentes à
com a presença de um forro (blindagem)
obtém a menor temperatura superfi- radiação no comprimento de onda do
para análise da troca de calor radiante
cial do forro, protegendo o usuário visível, mas opacos à radiação térmica
quando dele se aproximasse para ma- de onda longa.
radia todo seu calor para o ambiente nutenções e as instalações elétricas de Resultados de medidas realizadas
abaixo dele (figura 4 a). A inserção de sobreaquecimentos. em laboratório do IPT (Instituto de
um forro entre o telhado e o ambiente Pesquisas Tecnológicas do Estado de
introduz uma blindagem térmica que Desempenho térmico dos isolantes São Paulo) são apresentados a seguir,
reduzirá o fluxo de calor que chega ao refletivos em função das condições agrupando-se os materiais encontra-
ambiente (figura 4 b). Essa última si- de instalação dos no mercado em três categorias no
tuação pode ser representada pelo cir- A instalação inadequada de uma que se refere à emissividade (ε):
cuito elétrico equivalente, conforme barreira radiante pode reduzir o seu de-  produtos com superfície metálica
indicado na figura 5, onde: sempenho térmico, causar riscos de in- em toda a sua extensão: ε < 0,15
 Enk representa o poder emissivo do cêndio, outras condições inseguras  produtos com superfície parcial-
corpo negro numa dada temperatura como choques elétricos e ainda promo- mente ou descontinuamente metali-
 Jk é a radiosidade da superfície k ver a deterioração da estrutura na qual zadas: 0,3 < ε < 0,5
 Fjk é o fator de forma entre os ele- está fixada (ASTM C 1158). O desem-  produtos com superfície metálica
mentos j e k penho da barreira radiante pode ser totalmente revestida com material po-
 εk a emissividade da superfície k afetado negativamente quando, sobre a limérico ou não-metálico transparen-
Adotando-se alguns valores para face de baixa emissividade, ocorrer: te à luz visível: ε > 0,7
as temperaturas e as emissividades, é  presença de materiais estranhos Esses dados laboratoriais confir-
possível calcular-se o calor transferi-  corrosão devido a presença de po- maram que as condições da camada
do por radiação entre o telhado e o luentes aéreos que possam reagir com superficial dos materiais são determi-
ambiente. Na tabela 1, são apresenta- o metal da superfície nantes para o seu desempenho. Vale
dos os resultados desses cálculos,  presença, por longos períodos, de destacar que os integrantes do terceiro
considerando-se a temperatura da umidade grupo de materiais ensaiados aparen-
superfície interna do telhado igual a  acúmulo de poeira tam ter baixa emissividade, porém, a
70oC, a temperatura radiante média
do ambiente igual a 25oC e as emissi-
vidades da face inferior do telhado e q/A
do ambiente iguais a 0,9. Como todo
E n1 J1 J3 E n3 J 3' J2 E n2
calor irradiado pelo telhado incide
1-e 3
sobre o forro e, então, vai integral-
1-e 1 1 s 1-e 3 1 1-e 2
mente para o ambiente, o fator de i
forma entre esses elementos foi con- e 1 F 13 e 3s e 3i F 32 e 2
siderado igual a 1.
Esses resultados mostram que a Figura 5 - Circuito elétrico equivalente às trocas de calor radiante da situação
simples inserção de um forro com alta representada na figura 4 b

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ARTIGO

Tabela 1 – Fluxo de calor irradiado da cobertura para o ambiente e temperatura da


superfície inferior do forro para várias emissividades das faces do forro REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Emissividade
Practice for use of reflective
Face Face Temperatura da Fluxo de calor Redução do fluxo
insulation in building constructions.
superior inferior superfície inferior para o ambiente de calor em relação
American Society for Testing and Materials.
do forro do forro do forro (oC) (W/m2) à situação sem forro (%)
ASTM C 727. West Conshohocken.
0,15 0,90 33,2 42 85
Standard Practice for Installation
0,90 0,15 62,6 42 85
and Use of Radiant Barrier Systems
0,15 0,15 49,8 25 91
(RBS) in Building Construction.
0,90 0,90 49,8 138 50
American Society for Testing and
Sem forro 276 Referência
Materials. ASTM C 1158. West
Conshohocken, 1997.
presença do filme plástico eleva signifi- voltada para baixo, condição que im- Standard Specification for Sheet
cativamente o valor dessa propriedade, pedirá o acúmulo de poeira. Radiant Barriers for Building
gerando reduções de fluxo de calor ra- Construction Applications. American
diante muito menores do que o espera- Considerações finais Society for Testing and Materials. ASTM
do, conforme ilustrado na tabela 1. Muitos produtos ditos com pro- C 1313. West Conshohocken, 2000.
priedades de barreiras radiantes vêm Standard Specification for
Alteração das propriedades sendo oferecidos no mercado indistin- Reflective Insulation for Building
da barreira radiante em condições tamente.As caracterizações já realizadas Applications. American Society for
de uso permitiram verificar que existem dife- Testing and Materials. ASTM C 1224.
Para se avaliar o efeito do acúmulo renças significativas de produtos no que West Conshohocken, 2001.
de poeira nas propriedades de isolação se refere aos valores da emissividade das Isolants thermiques destinés au
térmica de uma barreira radiante foi superfícies, característica mais impor- bâtiment – Definition, NF P 75-01.
instalado, sob um telhado de telhas ce- tante no desempenho do produto como Association Française de Normalization.
râmicas do tipo francesa, um produto isolante ou como barreira radiante. Saint-Denis La Plaine, 1983.
com as duas faces de baixa emissivida- Têm-se observado práticas em que Radiant energy transfer and radiant
de. O conjunto ficou exposto às condi- a superfície de baixa emissividade é po- barrier systems in buildings. Fairey,
ções naturais do campus do IPT du- sicionada voltada para o telhado, pro- P. Design note 6, Florida Energy Center,
rante aproximadamente sete meses. curando tirar proveito da sua alta refle- Cape Canaveral, Fl., 1986.
Antes e após a exposição ao uso foram tância ao infravermelho. Quando Fundamentos de transferência de
feitas medições da emissividade do novo, o desempenho do produto será calor e de massa. Incropera, F. P.;
produto. praticamente o mesmo do que o obti- DeWITT, D. P. 4. ed. Rio de Janeiro:
No aspecto final da face superior do com a superfície de baixa emissivi- LTC, 1998.
do produto após a exposição destaca- dade voltada para o ambiente. Contu- Radiative Heat Transfer. Modest, M.
se a presença de uma camada de poei- do, o acúmulo de poeira que penetra F. McGraw Hill, New York, 1993, 832 p.
ra difusa sobre toda a superfície e pelas frestas entre as telhas na superfí- Reflective foil laminate. Standards
manchas isoladas de acúmulo signifi- cie superior resultará na elevação da Australia. As 1903. Sydney, 1976.
cativo de detritos, bem como veias de sua emissividade reduzindo a sua efi- Materials for thermal insulation of
escorrimento de água de chuva. ciência. Esse acúmulo será tanto maior buildings. Part 4: Reflective foil laminates
Os resultados obtidos mostraram quanto menos estanque for o telhado. (rolls, sheets and sections). Standards
uma elevação do valor inicial da Assim é de se esperar que, em telhados South Africa. SANS 1381. Pretoria, 1985.
emissividade que era da ordem de com telhas cerâmicas, o aumento da Insulation Fact Sheet. U.S.
0,12 para patamares da ordem de emissividade se dê mais rapidamente Department of Energy, Assistant
0,40, indicando que, em um período do que nos telhados com menor per- Secretary, Energy Efficience and
de tempo curto, o acúmulo natural de meabilidade ao ar, como os de telhas Renewable Energy. Merrifield. 1997.
poeira elevou a emissividade em mais metálicas e de fibrocimento. U.S. EPA and U.S. department of
de três vezes. Isso resultará em um au- Para preservar o desempenho ao energy develops energy star roof
mento sensível na transferência de longo do tempo das barreiras radiantes products program. U. S.
calor radiante do telhado para o am- é importante que a instalação seja feita Environmental Protection Agency
biente. Dessa forma, a fim de se man- de maneira correta, ou seja, qualquer (EPA). Disponível em:
ter um bom isolamento térmico por que seja o tipo de telhado, com a sua http://www.energystar.gov/ia/partners/
períodos longos, é recomendável co- superfície de baixa emissividade volta- manuf_res/USEPA_ES.pdf. Acessado em
locar a face com baixa emissividade da para o ambiente. 10/02/2003.

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