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Urbanização e Indústria: Interpretação Cartográfica da Evolução Urbana

de São José dos Campos, São Paulo, 1920-2000

Resumo

A vertiginosa urbanização recente da cidade de São José dos Campos, Estado de São Paulo,
verificada a partir do final da década de 1940 é um dos casos mais expressivos no Brasil, de uma
rápida expansão de área urbana, induzida pela intensa implantação de fábricas. A industrialização
dessa cidade esta compreendida num processo econômico mais amplo, denominado como
“extravasamento” do parque industrial de São Paulo para cidades situadas num raio de cerca de
100 km. Esta dinâmica urbana foi acirrada a partir da década de 1970, quando se tornou muito
problemática (onerosa e difícil se encontrar áreas livres e apropriadas para) a implantação fabril
na capital paulista, fenômeno denominado como “desindustrialização” paulistana. Este trabalho é
uma interpretação visual desse processo de expansão motivada pela indústria por meio da
cartografia temática. Nove cartografias foram geradas a partir da representação gráfica de fatores
considerados condicionantes da atual forma urbana: a) cronologia da implantação dos
loteamentos (agentes da transformação do espaço natural ou de uso agrícola, em espaço
urbano); b) área e localização das grandes indústrias; c) demografia urbana e rural; d) os efeitos
da legislação urbanística e f) a geomorfologia do sítio. O produto é uma análise textual que se
integra à interpretação cartográfica. O texto e as nove cartas (1920 a 2000) formam quadros
analíticos da forma urbana a cada década estudada, articulando o cenário local aos
desdobramentos econômicos e políticos do cenário nacional e internacional, devido aos produtos
e ao porte das indústrias que se instalaram na cidade.

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Introdução
A seqüência cronológica de mapas aqui apresentada teve uma primeira versão como parte de um
estudo tipológico e histórico sobre a Arquitetura Industrial de São Jose dos Campos, publicado em
livro em 2006. O livro projetou-se como uma das primeiras obras sobre este tipo tão especifico de
edificação, recebendo menção honrosa da Premiação Bienal do IAB (Instituto Brasileiro de
Arquitetos) de São Paulo na categoria “trabalhos escritos” sobre arquitetura no biênio 2005-2006.
A versão preparada para o XI Seminário de História da Cidade e do Urbanismo contempla
revisões e incrementos que o formato original não possibilitaram.

Arquitetura industrial e industrialização de São José dos Campos


Para se compreender a particularidade do parque industrial de São José dos Campos deve-se
considerar o processo brasileiro de industrialização e como nele se insere o caso paulista. Um
divisor de águas é o que se denomina como “Era Vargas” (1930-1954), cujas repercussões no
Estado de São Paulo e na região Valeparaibana foram mais contundentes a partir do final da
década de 1940. Propôs-se que a abordagem do caso industrialização da São José dos Campos,
seja feita em dois momentos para que se compreenda a sua dinâmica urbana numa perspectiva
histórica: a Primeira Industrialização (1920-1945) e a Segunda Industrialização (1946-2000).i
A Primeira Industrialização foi caracterizada por empreendimentos fabris liderados por capitalistas
brasileiros ou imigrantes, egressos de outras regiões do Estado ou da capital. Eram investimentos
significativos em termos de volume de capital e nível técnico, mesclando-se às fábricas familiares
e pequenas oficinas existentes.
A Segunda Industrialização tem como marco 1946, quando começaram a chegar as fábricas de
grande porte, via de regra, transnacionais e empreendimentos fomentadores da industrialização
encabeçados pelo governo federal. Naquele ano foram iniciadas as obras da fábrica da Rhodosá
de Rayon (a Rhodia) e também escolhido, por meio de concurso fechado, o projeto de Oscar
Niemeyer para o Centro Técnico de Aeronáutica (o CTA). Com a inauguração da Rodovia BR-2, a
Via Dutra, em 1951 (iniciada em 1944), São José dos Campos passou a ter uma dinâmica urbana,
diretamente vinculada aos altos e baixos do tortuoso processo de industrialização do País, sendo
em si o testemunho de sua modernização, implementada a partir da década de 1930. Na condição
de resultado da confluência de ações de empresas nacionais, estrangeiras e do poder público,
personagens e autores deste processo, São José tornou-se uma cidade industrial, e, com isto, um
lugar privilegiado para sediar indústrias representativas da Segunda e da Terceira Revolução
Industrial no Brasil.
Se comparada ao primeiro surto industrial dos anos da década de 1920, pode-se perceber que a
Segunda Industrialização joseense difere na localização, no consumo de energia elétrica, na
capacidade de transformação das máquinas, no tipo de matéria-prima, nos produtos, nos
mercados e na procedência do capital. Predominou, nessa fase, a impessoalidade da Sociedade
Anônima sobre as empresas familiares. Uma diferença fundamental: eram fábricas que produziam

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Bens Intermediários, de Capital e Bens de Consumo Não-Duráveis. Prenúncios da sociedade de
consumo que se estruturava em nível nacional.

Procedimentos: fontes e métodos


Para gerar cada quadro, foram consultadas plantas, cartografias e imagens (aerofotogramétricas e
orbitais, de satélites), além de se analisar e "espacializar" dados significativos (séries temporais),
tais como a data de aprovação do projeto das edificações selecionadas, da construção das vias
estruturais e abertura dos loteamentos.
As análises da legislação urbanística e da história política e administrativa do município
possibilitaram contrastar informações não-espaciais com as transformações físicas do espaço,
visualizando-se o processo de ocupação, loteamentos e execução, das leis e obras aprovadas. As
fotografias e textos produzidos cotidianamente pela imprensa local constituíram-se também em
fonte preciosa para se datar e contextualizar os fatos e fenômenos urbanísticos analisados. Os
trabalhos publicados sobre a história da cidade e principalmente os trabalhos acadêmicos foram
muito úteis nesse sentido.
A seqüência cronológica das plantas da cidade relacionado a área urbanizada com a implantação
de mais de 40 grandes empreendimentos industriais permitiram assegurar a importância de pólo
urbanizador desempenhado pela fábricas. O texto visa dialogar com a imagem (quadros por
década), fornecendo dados complementares para se compreender o espaço urbano como produto
de uma dinâmica social e política, inscrevendo-se de modo específico no espaço natural.
Contemplaram-se apenas os empreendimentos industriais de grande porte para a feitura dos
mapas. Aparecem nos quadros fábricas significativas em termos de escala produtiva (importância
econômica) e como casos importantes para a memória da cidade (valor simbólico).

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Quadro 1: década de 1920

Fig. 1. Urbanização e indústria em São José dos Campos na década de 1920: (1) BONADIO,
1920; (2) TECELAGEM PARAHYBA, 1925.

Na década de 1920 ocorreram os eventos que desencadearam as transformações do espaço


urbano dos próximos 35 anos. Além das fábricas, que foram atraídas pelos incentivos oferecidos
pela municipalidade, foram construídos os dois primeiros grandes sanatórios (o Vicentina Aranha,
1918-1924, e o Vila Samaritana, 1929), anunciando um período (1920-1946) em que conviveram a
euforia industrial e a morbidez dos serviços e comércio da cidade-sanatório, voltada para viver do
tratamento de tuberculose.
A área urbana restringia-se a três manchas: os Distritos de Eugênio de Melo e Santana e o maior,
ocupando o platô da área central, formado pelo Córrego Lavapés, Ribeirão Vidoca e a encosta do
Banhado. A principal referência para se compreender a nova fisionomia urbana que adquiriu até a
metade da década de 1950 é a Resolução n. 4 (1920), que, sintonizada com os primórdios da
descentralização industrial paulistana, estabeleceu privilégios para a instalação de
estabelecimentos fabris de porte. No entanto, a alteração física substancial foi a transferência da
linha férrea (iniciada em 1922) e sua estação da atual Rua Euclides Miragaia para a Avenida
Sebastião Gualberto. A "nova estação", inaugurada em 1925, e a Avenida Mário Galvão,
constituíram uma nova porta de entrada para a cidade, antigo papel da Avenida João Guilhermino

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com suas palmeiras imperiais, desde 1897 quando foi inaugurada a primeira estação da Estrada
de Ferro Central do Bbrasil.
O trem era o principal meio de transporte e se o antigo trajeto havia atraído a primeira indústria de
porte, a Fábrica de Louças Santo Eugênio em 1920 (1), a “nova linha” e estação ferroviária
atraíram a Tecelagem Parahyba (1925) (2). Santana firmou-se então como um bairro operário e
industrial. Apesar de instalarem-se nas bordas da área urbanizada, as grandes indústrias não
estenderam significativamente a mancha urbana. A área central e Santana concentravam, em
meio às residências e casas comerciais, as "máquinas", as oficinas, olarias e pequenos
estabelecimentos fabris que antecederam à instalação das indústrias de porte, configurando uma
fase, a Primeira/ Industrialização. Exceção foi a Cerâmica Santa Lúcia (1922) da família Becker,
que se instalou na zona rural, devido à proximidade das jazidas de argila.
O Sanatório Vicentina Aranha (1918 - 1924) estabeleceu o contraponto à Santana, inaugurando a
ocupação da futura Zona Sanatorial. Polarizou a construção da Vila Ema (1928) e a posterior
construção de sanatórios de bairros residenciais.
Há registros onde se estima que população do município no início do século era de 18.122
habitantes, chegando no início da década de 1920 com 30.681 habitantes. A população urbana
em 1920 deveria ser inferior aos mais 8 mil verificados no início da década de 1930, quando se
tem registro seguro. A taxa de urbanização deveria girar em torno dos 30% (cerca 7.000) e a
população total em torno de 25.000 habitantes.

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Quadro 2: década de 1930

Fig. 2. Urbanização e indústria em São José dos Campos na década de 1930: (3) COOPER,
1935.

O cenário urbano da década de 1930 constitui-se numa afirmação dos vetores constituídos pelos
investimentos públicos e privados feitos na década anterior. No princípio da década, em
1933,’12390=67- Olivo Gomes, assume a direção da Tecelagem Parahyba, comandando, até a
década de 1950, a formação de um verdadeiro complexo agroindustrial. Outro fato importante foi a
organização dos pecuaristas em torno da Cooperativa Central de Laticínios, 1935 (3). A linha
férrea foi o principal atrativo para que se instalasse em 1938, no Distrito de Santana, o atual
Laticínios Cooper, transferido em 1957 para a sede própria na Avenida Nélson D'Avila. O setor
alimentício liderado pelo laticínio foi a destaque do período.
Verificou-se nessa década, bem como na seguinte também, a expansão significativa da
Tecelagem Parahyba e da Fábrica de Louças Santo Eugênio, a Bonadio. O contingente de
operários aumentou configurando o início do êxodo rural, ampliado gradativamente nas décadas
seguintes. Nesse período, praticamente verificou-se o adensamento da área já urbanizada ou
delineada pelos grandes investimentos industriais e sanatoriais. Nas proximidades dos sanatórios
e indústrias foram construídas novas residências. Surgiram também as primeiras moradias para
funcionários graduados, diretores e operários. As residências para funcionários e diretores

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ficavam, via de regra, dispersas na malha urbana; porém, relativamente próximas às fábricas. As
casas para os operários eram agrupadas em vilas e foram construídas nas bordas da área
urbanizada, devido ao preço da terra e à necessidade de grandes extensões.
A "Tecelagem" e a "Bonadio" polarizaram a formação do operariado, definindo um perfil para a
primeira industrialização, marcada pela predominância dos setores têxtil e dos artefatos de
minerais não-metálicos (louças, tijolos e telhas), seguido de perto pelo setor alimentício.
A Cerâmica Conrado Bonadio, em funcionamento desde 1936 em Santana, marcou a primeira
fragmentação da pioneira "Bonadio". No entanto, apesar do relativo crescimento das grandes
indústrias já instaladas, pouquíssimas novas indústrias foram instaladas nessa década, devido ao
rebatimento local da conturbada situação política vivenciada em nível federal.
Com as administrações municipais, sob a intervenção da Era Vargas, surgiu o primeiro
zoneamento (1932 e 1933). Definiram-se inicialmente três zonas: a Comercial, a Sanatorial e a
Residencial. A lei foi modificada em 1938, acrescentando-se uma quarta zona, a Industrial, devido
à transformação da cidade em Estância Climatérica, em 1935, pelo Estado de São Paulo. A
atuação dos prefeitos sanitários, médicos e engenheiros, concentrou-se na vigilância, saneamento
básico, dotação de infra-estrutura urbana básica para funcionar como uma cidade-sanatório.
Destaca-se, no entanto, o cuidado com a racionalização do traçado da área central e a noção
urbanística ao projetar e inicia a construção da Avenida São José (1938-1970), que voltou a área
central da cidade para o Banhado, explorando a vista da várzea como elemento da paisagem
urbana.
A população do município no início da década era de 31.606 habitantes em 1934 e no final, em
1940, atingiu os 36.279 habitantes, acusando um crescimento insignificante no período. Verificou-
se uma alteração substancial na taxa de urbanização, acusando uma migração representativa da
zona rural para a cidade: em 1934 era de 37%, (8.659 habitantes) e em 1940 chegou-se aos 40%
(14.474 habitantes).

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Quadro 3: década de 1940

Fig. 3. Urbanização e indústria em São José dos Campos na década de 1940: (4) CERÂMICA
WEISS I, 1941; (5) VIGOR, 1943; (6) CERÂMICA WEISS II, 1944; (7) RHODIA, 1946; (8)
CTA, CENTRO TÉCNICO DE AERONÁUTICA, 1947.

Nos anos de 1940 alguns eventos anunciaram um novo ciclo para industrialização e, portanto,
para as transformações urbanas joseense, a fase da Segunda Industrialização. Os registros do
primeiros cinco anos evidenciam que, em termos urbanísticos, implementou-se o iniciado na
década anterior, por corresponder ao período de gestação da política industrial da Era Vargas,
colocada em prática a partir da segunda metade da década, não por acaso, após o final da 2a
Guerra. Essa condição refletiu-se na organização espaço urbano já a partir de 1946, quando
começaram as obras da Rhodosá, a primeira grande transnacional a instalar-se na cidade. A
proximidade do Rio Paraíba, da via férrea e uma das últimas fatias de terra disponível, fizeram-na
decidir por Santana.
Três outros empreendimentos contribuíram para uma nova condição urbana e política para São
José dos Campos. Trata-se da construção da primeira pista da Via Dutra (1944-1951), da linha de
transmissão de energia elétrica de alta tensão do sistema de Furnas da Light (1946) e do CTA,
Centro Técnico de Aeronáutica (1947-1950). Além desses novos componentes, significativos para
se delinear novas tendências para a urbanização, deve-se considerar o crescimento das

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empresas já instaladas, o funcionamento dos Laticínios Vigor (1943), da Fábrica de Móveis
Artísticos Z (1948) e duas novas fábricas de louças, a Cerâmica Weiss (1941), a Fábrica de
Louças São José (1947). A Weiss, que depois mudou-se para Santana, constitui-se na segunda
fábrica derivada da Bonadio. Das novas empresas, a Fábrica de Louças e o Laticínio instalaram-
se fora da então Zona Industrial, indicando o esgotamento das áreas de grande extensão em
Santana.
A inexistência de espaço propício para instalação de novas fábricas em Santana foi
imediatamente compensada pela construção da Via Dutra, que gerou uma verdadeira corrida
imobiliária, envolvendo especuladores, grandes empresas e latifundiários falidos. Fato que
propiciou a emergência de novos agentes econômicos e redefiniu o perfil da sociedade local,
devido à escala da migração que desencadeou. A urbanização ganhou novos contornos e nessa
medida passou a repercutir as transformações do País, que se urbanizava à medida que
atualizava sua capacidade industrial, abrindo-se ainda mais para a empresas estrangeiras.
Observa-se que a partir da segunda metade da década foram aprovados pelo menos dezessete
loteamentos, localizados nas bordas da área já urbanizada, delineando um crescimento
concêntrico e balizado pelas vias estruturais, no caso a atual SP-66, Estrada de Rodagem Rio-
São Paulo. Percebe-se que a construção, em 1946, da linha de alta tensão da Light orientou-se
pela direção dessa Estrada e pelo desvio da área urbanizada. No entanto, devido ao crescimento
urbano acelerado que se verificou a partir do final da década, justamente em sua direção, fez com
que ficassem, rodovia e linha de transmissão, totalmente envolvidas pela cidade e seu sistema
viário.
A população em 1940 era de 36.279 habitantes, sendo que 14.474 moram na cidade e 21.805
estavam na zona rural (taxa de urbanização de 40%). Durante a década inverteu-se essa relação.
O município começou os anos 1950 com 44.804 habitantes, sendo que 26.600 moravam na
cidade e 18.204 na área rural (taxa de urbanização, 59%). Ou seja, o campo continuou perdendo
população e a cidade cresceu ainda mais com as primeiras migrações promovidas pela chegada
das grandes indústrias e pela construção da Via Dutra e do CTA.

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Quadro 4: década de 1950

Fig. 4. Urbanização e indústria em São José dos Campos na década de 1950: (3) COOPER,
1957; (9) JOHNSON & JOHNSON, 1954; (10) ERICSSON I, 1954; (11). KANEBO, 1956;
(12) GM, GENERAL MOTORS, 1957; (13) EATON, 1957; (14) ALPARGATAS, 1959.
A década iniciou com a recondução de Vargas ao poder, agora pelas urnas (1951-1954). A
saturação da capital paulistana, somada ao início do desenvolvimentismo industrial, fez com que a
cidade fosse disputada pelas grandes empresas nacionais e estrangeiras. Desejavam sair da
cidade de São Paulo, mas sem se distanciar do eixo Rio-São Paulo, principal concentração do
mercado interno nacional.
O fim da fase sanatorial e o anúncio de uma vertiginosa industrialização demandaram uma nova
postura do poder público. Foi revisada a legislação municipal para atração de indústrias por meio
da Resolução n. 151 (1951) e, por sua vez, o Estado providenciou, por intermédio do
Departamento de Obras Sanitárias da Secretaria de Serviços e Obras, o Plano Diretor para a
cidade, iniciado em 1958, quando se estabeleceu um convênio com o CPEU (Centro de
Planejamento e Estudos Urbanos), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Com a
aprovação de uma nova legislação urbanística em 1958 (Decreto n. 250/58), estabeleceram-se as
referências e diretrizes para a formulação de uma política urbana e o suporte urbanístico
necessário à implantação de indústrias de grande impacto físico e social, destacando-se a
migração para o meio urbano já estabelecido. Teve início nessa década um novo padrão de

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urbanização, associado a dois tipos específicos de indústria de grande porte, a transnacional e a
estatal, no caso, produto do investimento direto do governo federal.
Foi a Via Dutra, a partir de 1951 (inaugurada distante da área urbanizada de então), que passou a
polarizar a implantação desses grandes investimentos. Registros da época nos dão conta de uma
verdadeira corrida para a aquisição das áreas próximas à rodovia, gerando expectativas e uma
supervalorização imobiliária. O traçado da BR-116, uma linha plana e quase reta que atravessou o
município, ignorou as particularidades do relevo joseense, perpassando os platôs e atravessando
fazendas que foram desmembradas em lotes industriais e residenciais. De ambos os lados da
rodovia surgiram gradativamente, aos retalhos, uma nova cidade e por ligar praticamente todos os
platôs ("ilhas"), transformou-se numa "avenida principal" da cidade. O resultado desse processo
foi um tecido urbano fragmentado, imerso em vazios ("usos rurais") e um sistema viário pontilhado
de gargalos, localizados nas poucas e precárias ligações entre os platôs. Os bairros foram
formados aos saltos e polarizados pelos empreendimentos fabris.
Simultaneamente, loteamentos para moradia de luxo aproveitam as últimas faixas de solos
apropriados próximos à área central. Loteamentos populares e clandestinos surgem em plena
zona rural, afastados da Via Dutra. Ao longo da década foram aprovados 88 loteamentos pela
municipalidade. Por outro lado, registraram-se cerca de 24 loteamentos clandestinos e a formação
de uma favela na área central, no leito da antiga linha férrea. No final do período surgem na área
central os primeiros edifícios, iniciando-se a verticalização. Foram aprovados os primeiros
loteamentos do outro lado do Rio Paraíba em Santana.
A população do município em 1950 era de 44.805 habitantes com 59% (26.600) vivendo na
cidade. Na década, a população cresceu mais de 57% chegando aos 77.533 habitantes em 1960.
Destes, 56.882 habitantes viviam na área urbana, equivalendo a uma taxa de urbanização de
73%.

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Quadro 5: década de 1960

Fig. 5. Urbanização e indústria em São José dos Campos na década de 1960: (15) BENDIX
(BUNDY) 1961; (16) INPE, INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, 1961;
(17) AVIBRAS, 1961; (18) FAZENDA SANT'ANA DO RIO ABAIXO, 1962; (19)
MATARAZZO (IRFM), 1962; (20) KODAK, 1969.

Na década de 1960 aumentou o ritmo da industrialização e da urbanização protagonizadas, pelas


grandes plantas fabris de grupos nacionais e estrangeiros. Destacam-se também os investimentos
públicos, especialmente no setor aeronáutico e aeroespacial, aspecto que deu contornos
específicos para a industrialização joseense. A cidade assumiu importância nacional com a
Guerra Fria e com os governos militares, condição que trouxe reflexos para a frágil vida política
local.
Nos anos 1960, a intensidade do crescimento populacional aumentou a pressão sobre os vazios
urbanos, criados pela pulverização de bairros e fábricas implantados de forma esparsa. Devido à
migração atraída pela oferta de empregos nas grandes indústrias, continuou nessa década o
processo de implantação de fábricas e bairros quase que simultaneamente; no entanto, dispersos
do restante da malha urbana. Apesar de se verificar ocupações pontuais ao longo de Via Dutra,
esboçou-se, nessa década, a ligação com o município de Jacareí, em função da instalação de
grandes fábricas na região sudoeste. Outro destaque foi a implantação do INPE (na época CNAE,

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Comissão Nacional de Atividades Espaciais) e de várias empresas aeronáuticas e bélicas nas
bordas do platô ocupado pelo CTA. Estabeleceu-se uma especialidade industrial, o "parque
aeroespacial" naquela região, que por sua vez tornou-se um vetor para a sua posterior
urbanização.
O crescimento da cidade nesse período tornou evidente o conflito entre a ocupação urbana, o
relevo e as barreiras urbanas, representadas pela linha de transmissão de energia elétrica,
ferrovia, rodovias, Rio Paraíba e sua várzea. Foram vetores, mas tornaram-se depois, empecilhos
para a expansão do uso urbano, dificultando a constituição de um tecido urbano contínuo e a
fluência do tráfego local, sobrecarregando a Via Dutra. A cidade fragmentada demandou grandes
obras públicas para evitar a saturação ou subutilização dos serviços e vias municipais. As
melhores partes dos platôs foram ocupadas pelas fábricas que necessitavam de grandes
extensões e planas de preferência. Para a habitação, espaços públicos e circulação restaram os
retalhos entre as barreiras, nos morros, nas partes baixas, via de regra, junto a córregos. Em
muitos casos as fábricas também se apresentaram como barreiras, ressaltando o fato de que a
cidade resultante não passa de uma somatória de loteamentos isolados. A situação dramática do
processo de urbanização exigiu a revisão da legislação, fato que culminou na contratação, em
1968, da Serete S.A. Engenharia, para elaborar o Plano de Desenvolvimento Integrado, publicado
em 1969 e 1970, (o segundo Plano Diretor), coordenado pelo arquiteto Jorge Wilhein.
Teve início no começo da década o processo de verticalização na área central, relacionada aos
serviços e ao comércio e posteriormente para habitação.
A população de São José dos Campos nessa década foi praticamente dobrada. De 77.533
registrados em 1960, foram atingidos 148.500 habitantes em 1970. A população rural diminuiu
ainda mais e a taxa de urbanização subiu muito com a migração elevada do período: 89% viviam
na cidade, cerca 130 mil pessoas.

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Quadro 6: década de 1970

Fig. 6. Urbanização e indústria em São José dos Campos na década de 1970: (21) PANASONIC I
(MATSUSHITA), 1970; (22) EMBRAER, 1970; (23) HITACHI, 1972; (24) ENGESA, 1973;
(25) ERICSSON II, 1973: (26) PHILIPS, 1974; (27) GRANJA ITAMBI, 1974; (28)
MONSANTO, 1974; (29) SANTISTA (IFRM, PETYBON), 1974; (30) KONE (THYSSEN
KRUPP), 1976; (31) MINISA, 1976: (32) JORNAL "O VALEPARAIBANO", 1977.

Logo no início da década foi aprovada uma nova legislação derivada do Plano de
Desenvolvimento Integrado, PDI (1969). Surgiu do PDI uma proposta para o sistema viário (o
"anel viário") e uma nova lei para loteamentos, voltando-se inclusive para a regulamentação dos
loteamentos clandestinos e, outra para o zoneamento, bem mais flexível na classificação das
áreas, estimulando, assim, a verticalização e o adensamento (Leis n. 1576/70 e n. 1606/71).
Foram aprovados na década de 1960, 25 loteamentos pela municipalidade, dois eram conjuntos
habitacionais, uma "cidade", duas chácaras e quatro condomínios.
Em pleno "milagre econômico" a cidade adentrou os anos 1970 recebendo um número ainda
maior de grandes indústrias. Começa a funcionar a Embraer, entre outras empresas do setor
aeronáutico, consolidando o parque aeroespacial que cresce tal como todos os demais setores
industriais. Com raras exceções concentraram-se as novas empresas no Distrito de Eugênio de
Melo e na divisa com Jacareí, consolidando tendências apontadas na década anterior. O aumento

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do número de indústrias de grande porte foi acompanhado pela aprovação e abertura de
loteamentos e pela construção de edifícios e conjuntos habitacionais, que, no entanto, não
conseguiram satisfazer à demanda, devido à escala do crescimento. São José assumiu a
condição de cidade-vitrine do milagre econômico (1968-78) conduzido pelos militares, o que
acentuou a migração. Uma nova cidade mudou-se para São José. A população que praticamente
dobrou na década de 1960 (de 77 para 148 mil), quase dobrou novamente em 1970 (de 148 para
287 mil). A demanda por habitação contribuiu para aumentar o preço da terra em áreas dotadas
de infra-estrutura, aumentando a pressão sobre as glebas rurais, distantes, porém com preço
acessíveis, estimulando seu loteamento para uso urbano.
Com a duplicação da Via Dutra (1967) adensou-se ainda mais o uso das margens da rodovia
como bairro industrial regional linear, situação que evidenciou sua simultânea condição de
"barreira" e de "avenida". O sistema viário local deficitário tornou-se fonte de problemas
urbanísticos. Iniciou-se a implantação do "anel viário" e a rearticulação da área central,
transferindo-se o Fórum e a Prefeitura Municipal. A cidade consolida-se nessa década como um
parque industrial diverso, que além de indústrias menores das várias cadeias produtivas, atraía
também setores econômicos complementares, como o comércio e os serviços, destacadamente o
bancário. Os loteamentos e empreendimentos imobiliários assumiram grandes escalas,
envolveram investimentos vultuosos, atraindo empresas de porte, de diferentes procedências.
Surgiram nessa década os condomínios e as "cidades", grandes loteamentos prevendo autonomia
em comércio e serviços.
A verticalização foi intensificada com a vantagens e os incentivos proporcionados pelas alterações
na Lei de Zoneamento. Deslocou-se, no entanto, da área central para a antiga zona sanatorial,
imediações da Vila Ady-Anna.
A população do município saiu dos 148.500 habitantes do início da década e chegou aos 276.901
habitantes em 1980. A população rural do município continuou em seu movimento decrescente,
saindo de 15.871 no início de 1970 para 10.612 habitantes em 1980. A população urbana cresceu
de 132.629 para 276.901 habitantes. De 89% chegou-se a 96% a taxa de urbanização.

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Quadro 7: década de 1980

Fig. 7. Urbanização e indústria em São José dos Campos na década de 1980: (33) REVAP
(PETROBRÁS), 1980; (34) TECTRAN, 1982; (35) ORION, 1982; 36. PANASONIC II
(NATIONAL - INCO), 1983.

Afloraram no tecido urbano ao longo dessa década, os efeitos sociais e ambientais que
caracterizaram uma verdadeira ressaca, devido ao "desaquecimento" da industrialização
promovida pelo "milagre". No entanto, na "década perdida", a cidade aumentou o ritmo de
crescimento, devido ao crescimento vegetativo da população, adquirida nas décadas anteriores.
Foram aprovados 67 loteamentos pela municipalidade, chegando a uma oferta de cerca de 25 mil
lotes: sete eram conjuntos habitacionais, duas "cidades" e dois condomínios. A dinâmica urbana
foi marcada, também, pelo lento adensamento e verticalização, ocupando os vazios gerados
desde os anos 1950. Alguns dos novos loteamentos e condomínios ganharam a várzea. Outros
atravessaram o Rio Paraíba, como a "cidade", projetada para 120 mil pessoas, chamada
Urbanova (1983).
O aumento das exportações do setor bélico, a expansão do INPE e o funcionamento da Revap a
partir de 1982, fez com que o município desfrutasse de uma nova condição junto ao governo
federal, consolidando sua condição de pólo tecnológico de ponta, aspecto que amenizou os
efeitos negativos observados em outros setores industriais.

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Além de acelerar o crescimento dos setores de serviço e comércio verificado na década anterior,
definiram-se no período os atuais subcentros (regiões dotadas de certa autonomia por sediar
comércio e serviços característicos da área central), a partir dos bairros, que surgiram polarizados
via de regra pelas fábricas. Por outro lado, cresceram o mercado informal e as pequenas
empresas, respostas aos impactos da terceirização, da recessão econômica e do desemprego
que marcaram os anos 1980, principalmente na segunda metade da década, com a frustração do
setor bélico e automotivo. Tais transformações repercutiram na dispersão de microempresas e
pequenas indústrias pelos bairros periféricos, ou na consolidação de um bairro específico como o
Chácaras Reunidas, que concentrou esses novos tipos de empreendimentos.
A degradação da área central e banhado (várzea) foi enfrentada com tombamentos estaduais e
municipais, devido à criação de leis de proteção do patrimônio histórico e ambiental, que
protegeram a área central e a encosta do banhado da especulação imobiliária. A verticalização
acentua-se e migra para os novos subcentros e para as bordas da Vila Ema e antiga Zona
Sanatorial, que se consolidou como espaço de expansão natural da antiga área central.
Os anos 1980 corresponderam a um período de maturação e retomada da vida política local, ao
mesmo tempo em que se estabilizava o processo acelerado de urbanização associado à
industrialização de grande porte. A população do município saiu dos 287.513 habitantes de 1980 e
chegou aos 441.984 habitantes em 1991, reduzindo o ritmo de crescimento verificado nas duas
décadas passadas. Surpreendentemente a população rural cresceu, saindo dos 10.612 e
chegando aos 16.852 habitantes. No entanto, a taxa de urbanização em 1991 aumentou muito
pouco em termos relativos. Em 1980 eram 276.901 habitantes (96%) que viviam na cidade, e em
1991, 425.132 habitantes (96,2%).

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Quadro 8: década de 1990

Fig. 8. Urbanização e indústria em São José dos Campos na década de 1990: (37) TECTELCOM
(TECSAT), 1997; (38) CENTURY, 1998; (39) JOHNSON CONTROLS, 1998; (40)
SOLECTRON, 1999.

A legislação urbanística, derivada do PDI (1969), foi experimentada e revisada ao longo da sua
implementação na década de 1980. Os problemas habitacionais herdados da década anterior
ainda repercutiam na primeira metade dos anos 1990. Observou-se a redução do número de
loteamentos aprovados, pouco mais de vinte. Registrou-se no período a aprovação de cinco
conjuntos habitacionais. Já a oferta de novos lotes diminuiu, mas manteve-se a dinâmica da
ocupação dos vazios urbanos por meio do incremento do comércio e dos serviços nas vias
principais dos subcentros, e, da construção de moradias em partes ainda não ocupadas. No final
da década percebe-se que "novas cidades" surgem dentro da cidade. Essas regiões caminham
para a “autonomia” e para verticalização. E a partir do final da década ocorre, em parcela
significativa, o fechamento de ruas definindo pseudos condomínios.
Em 1995, foi aprovado o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, PDDI (Lei Complementar n.
121/95) e em 1997, uma nova Lei de Zoneamento (Lei Complementar n. 165/97). A verticalização
e os novos loteamentos ocuparam os vazios mantidos pela especulação, ao mesmo tempo em
que continuaram a ampliar as bordas da malha urbana já definida. A falta de segurança

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manifestou-se no espaço, perversamente ao longo da década, com o fechamento de ruas para se
constituir condomínios privados. O fenômeno acentuou a fragmentação do ambiente urbano e a
saturação das vias principais do sistema viário.
Como resultado da atualização tecnológica de muitos setores, antigas áreas industriais são
transformadas em condomínios fabris, divididas, vendidas ou alugadas. Poucos, mas significativos
novos empreendimentos industriais foram inaugurados, devido ao processo de estabilização
econômica do País, sendo que a maioria diretamente relacionada a montadoras de automóveis ou
à privatização e ampliação das telecomunicações. As novas indústrias instalaram-se em lotes
remanescentes ao longo da Via Dutra, mantendo a tendência anterior de se afastarem da área
central, concentrando-se no Distrito de Eugênio de Melo.
Deve-se destacar o renascimento privado da Via Dutra e da Embraer, fatos com repercussões
econômicas e urbanísticas relevantes. Com a conclusão de parte substantiva do anel viário, o
sistema local integrou-se às marginais da Via Dutra, e ligou platôs por viadutos, situação que
propiciou fluidez ao trafego urbano.
A população do município em 1991 era de 441.984 habitantes, dos quais 96%, ou seja, 425.132
habitantes viviam na cidade.

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Quadro 9: ano 2000

Fig. 9. Urbanização e indústria em São José dos Campos. Locação de 40 grandes


empreendimentos fabris, 1920-2000.

No ano 2000, a população atingiu os 539.313 habitantes, aumentando a taxa de urbanização de


96,2% do início da década para 98,7%, que representa que um total de 532.717 pessoas que
residiam na área urbana e, apenas 6.596, que moram na zona rural.

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20
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21
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1950). São José dos Campos: UNIVAP, Trabalho de Graduação, História, 1998.

i
A industrialização é compreendida aqui como um processo histórico e social, por meio do qual a indústria se torna o
setor predominante da economia de um país ou de um município (Sandroni, 1999, p. 300), deve-se, primeiramente,
considerar São José dos Campos no âmbito dos diferentes momentos da industrialização no Brasil, estabelecer os
recortes temporais específicos para a industrialização local. Para tanto, foi de grande valia a definição elaborada por
Nestor Goulart Reis: As construções da arquitetura industrial são significativas da industrialização paulista e
caracterizam padrões arquitetônicos diferenciados de acordo com o processo de desenvolvimento econômico da região
de São Paulo. Constituem exemplares desta arquitetura as edificações que compõem as instalações produtivas e
aqueles de apoio à produção, como é o caso das residências ou vilas operárias. Esses padrões arquitetônicos
diferenciam-se historicamente quanto à localização urbana, quanto à implantação nos sítios, bem como os aspectos de
dimensionamento e uso de técnicas construtivas diversas. A distribuição espacial dos exemplares de arquitetura
industrial paulista guarda correspondência com os elementos de estruturação urbana, particularmente associados à
implantação do sistema viário. (São Paulo, 1984, p. 18).

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