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2. Metodologia ....................................................................................... 12
3. Resultados ......................................................................................... 14
4. Conclusão .......................................................................................... 23
5. Referências ........................................................................................ 24
6. Anexo................................................................................................. 25
det_orbita.m ............................................................................. 25
grs80.m .................................................................................... 28
1. Introdução
Para que seja possível monitorar um veículo espacial (V/E) em órbita é
necessário conhecer alguns parâmetros que representem a forma, tamanho e
orientação desta órbita, bem como a posição deste VE em um dado momento.
Um total de seis elementos cumprem com este papel, de localizar o VE na órbita
num momento passado ou futuro, e são conhecidos como Elementos Orbitais
Clássicos (EOC), que são eles: semieixo maior (𝑎), excentricidade (𝑒), inclinação
(𝑖), ascensão reta do nodo ascendente (também conhecido como ARNA, Ω),
argumento do perigeu (𝜔) e a anomalia verdadeira (𝑣).
FONTE: Lasunn.
Os EOC podem ser computados a partir dos vetores posição, 𝑅⃗ (𝑥, 𝑦, 𝑧), e
⃗ (Vx, Vy, Vz), medidos por estações de rastreio em dados momentos.
velocidade, 𝑉
Sendo assim, o primeiro elemento orbital, o semieixo maior (𝑎), que representa
o tamanho da órbita, está diretamente relacionado com a energia mecânica
específica (𝜀), que pode ser equacionada como
1 2 𝜇 𝜇 (1)
𝜀= 𝑉 − = −
2 𝑅 2𝑎
portanto,
3
𝜇 (2)
𝑎= −
2𝜀
onde 𝑎 > 𝑅𝑝𝑙𝑎𝑛𝑒𝑡𝑎 , 𝜇 𝑇 ≡ 𝐺𝑀𝑇 ≈ 3,986 𝑥 105 Km3/s2 , R e V são as
magnitudes dos vetores posição e velocidade em Km e Km/s respectivamente
FONTE: BRUM, A. G. V.
𝑒 = |𝑒| (3)
em que
1 𝜇 (4)
𝑒= [(𝑉 2 − ) 𝑅⃗ − (𝑅⃗ . 𝑉
⃗ )𝑉
⃗]
𝜇 𝑅
sendo que, 𝑒 = 0 corresponde a uma órbita circular, 0 < 𝑒 < 1 a uma órbita
elíptica, 𝑒 = 1 a uma parabólica e 𝑒 > 1 uma órbita hiperbólica.
A orientação do plano orbital no espaço é dada pelos elementos
inclinação (𝑖) e ARNA (Ω). A inclinação nos dá o valor da inclinação do plano
orbital em relação ao Equador Celeste e é representada como sendo o ângulo
⃗ [Km2/s]) e o versor unitário na
entre o vetor momento angular específico (ℎ
̂)
direção do polo norte celeste (𝐾
4
𝐾 ⃗
̂. ℎ (5)
𝑖 = arccos ( )
𝐾ℎ
FONTE: BRUM, A. G. V.
0º ≤ Ω ≤ 180º, 𝑠𝑒 𝑛𝑗 ≥ 0
{
180º < Ω < 360º, 𝑠𝑒 𝑛𝑗 < 0
⃗ , com
̂ ×ℎ
Onde 𝑛 é um vetor na direção do nodo ascendente, 𝑛⃗ = 𝐾
magnitude de Km2/s.
5
Figura 4 – Checagem de quadrante para Ω.
FONTE: BRUM, A. G. V.
0º ≤ ω ≤ 180º, 𝑠𝑒 𝑒𝑘 ≥ 0
{
180º < ω < 360º, 𝑠𝑒 𝑒𝑘 < 0
FONTE: BRUM, A. G. V.
6
Por último, a localização do VE no plano orbital é representada pela
anomalia verdadeira, 𝑣 que é o angulo entre o perigeu (𝑒) e o vetor posição 𝑅.
Portanto,
𝑒. 𝑅⃗ (8)
𝑣 = arccos ( )
𝑒𝑅
0º ≤ ν ≤ 180º, 𝑠𝑒 (𝑅⃗ . 𝑉
⃗ ) ≥ 0 (ϕ ≥ 0)
{
180º < ν < 360º, 𝑠𝑒 (𝑅⃗ . 𝑉⃗ ) < 0 (ϕ < 0)
FONTE: BRUM, A. G. V.
7
Figura 7 – Elementos Orbitais Alternativos.
FONTE: BRUM, A. G. V.
8
funcionamento ele lê arquivos do tipo TLE (Two-Line Element), que é uma
codificação que descreve um satélite nos mínimos detalhes, desde seu nome,
classificação e data de lançamento até os EOC necessários para descrever sua
órbita. Esses arquivos TLE podem ser tanto inseridos manualmente como
atualizados diretamente do site (www.celestrak.com), que é um link direto que o
próprio Orbitron possui.
O formato de um TLE é bem definido. Ele é composto de duas linhas de
69 caracteres cada, cujos caracteres válidos são apenas números de 1 a 9, letras
maiúsculas, espaço, ponto final e os sinais de mais e de menos. Uma linha extra
com o título pode ser adicionada antes da codificação propriamente dita, mas ela
não é obrigatória. O modelo da formatação TLE segue o exemplo para a Estação
Espacial Internacional (ISS):
9
onde d é a quantidade de tempo dentro do dia.
FONTE: CelesTrack.
FONTE: CelesTrack.
10
Portanto, o Orbitron recebe os dados em formato TLE, interpreta as linhas
e gera o ground track com o resultado da órbita, sendo capaz de rastrear e
monitorar o movimento de qualquer satélite que seja inserido em sua biblioteca
de TLE.
11
2. Metodologia
2.1. Obtenção da órbita no plano orbital em coordenadas polares
Tendo em mãos todos os EOC é possível obter a equação da órbita em
coordenadas polares no plano orbital. A equação é dada por:
𝑎(1 − 𝑒 2 )
𝑅(𝜈) = (101)
1 + 𝑒. cos(𝜈)
FONTE: SILVA, W. R.
𝑥 = 𝑅. cos(𝜈) (11)
𝑦 = 𝑅. 𝑠𝑒𝑛(𝜈) (12)
𝑧=0 (13)
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Com isso obtém-se a órbita no plano orbital em coordenadas cartesianas.
Para transformar essas coordenadas do plano orbital para o sistema SGI são
necessárias as três seguintes rotações:
1ª rotação – em torno do eixo 𝑍 com ângulo −ω;
2ª rotação – em torno do eixo 𝑋′ com ângulo −𝑖;
3ª rotação – em torno do eixo 𝑍" com ângulo −Ω.
Onde as matrizes de rotação em torno do eixo 𝑍 e do eixo 𝑋 são dadas,
respectivamente por:
cos 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃 0
𝑅3 (𝜃) = [−𝑠𝑒𝑛 𝜃 cos 𝜃 0] (14)
0 0 1
1 0 0
𝑅1 (𝜃) = [ 0 cos 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ] (15)
0 −𝑠𝑒𝑛 𝜃 cos 𝜃
Com isso obtém-se a matriz 𝑋𝑌𝑍 com os pontos da órbita no sistema SGI.
𝑋𝑌𝑍𝑌
𝜃 = arctan (18)
𝑋𝑌𝑍𝑋
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Figura 11 – Obtenção do ground track em latitudes e longitudes terrestres.
FONTE: BRUM, A. G. V.
3. Resultados
Utilizou-se os seguintes vetores de posição e velocidade para obter os
parâmetros da órbita.
1028,36
⃗𝑅 = ( 4338,99 ) 𝐾𝑚 (19)
−6246,40
−5,44
⃗𝑉 = ( 7,33 ) 𝐾𝑚/𝑠 (20)
2,14
14
Figura 12 – Órbita no plano orbital em coordenadas polares.
15
Figura 13 – Órbita no SGI.
16
Figura 14 – Comparação entre a órbita obtida no Problema 1 e a órbita obtida aqui.
17
Figura 15 – Zoom entre os resultados obtidos.
Após isso foi traçado o ground track do V/E numa projeção de Mercator.
18
dados do orbitron, o que permitiu uma comparação entre as orbitas. Os arquivos
TLE foram alterados a fim de trocar os parâmetros reais do satélite pelos
parâmetros encontrados no Matlab para a órbita estudada.
As TLE originais e modificadas são apresentadas a seguir.
Originais:
MOLNIYA 2-13
1 08015U 75063A 17064.13159835 -.00001398 00000-0 26764-3 0 9998
2 08015 61.4558 150.2876 7406034 268.7149 14.1360 2.00481197305257
MOLNIYA 2-9
1 07276U 74026A 17067.00122005 .00000101 00000-0 10897-2 0 9991
2 07276 62.7377 189.6395 6884498 287.1370 12.4259 2.45095349202145
MOLNIYA 3-3
1 08425U 75105A 17068.23469083 .00000697 00000-0 34913-3 0 9999
2 08425 61.1309 139.3513 7489881 268.0513 13.6724 2.00745167302747
Modificadas:
GRUPO2 2-13
1 08015U 75063A 17064.13159835 -.00001398 00000-0 26764-3 0 9998
2 08015 63.9052 119.9876 7044000 270.0447 24.9608 2.00481197305257
Grupo2 2-9
1 07276U 74026A 17067.00122005 .00000101 00000-0 10897-2 0 9991
2 07276 63.9052 119.9876 7044000 270.0447 24.9608 2.45095349202145
Grupo2 3-3
1 08425U 75105A 17068.23469083 .00000697 00000-0 34913-3 0 9999
2 08425 63.9052 119.9876 7044000 270.0447 24.9608 2.00745167302747
Com a mudança de EOC das órbitas, uma grande diferença pode ser
percebida nos ground tracks gerados pelo Orbitron e podem ser conferidos a
seguir:
19
Figura 17 – Ground Track para a órbita GRUPO2 2-13.
20
Figura 19 – Ground Track para a órbita GRUPO2 2-9.
21
Figura 21 – Ground Track para a órbita GRUPO2 3-3.
Nenhuma das órbitas representa realmente o ground track do Matlab pois neste estudo não
foram alterados os parâmetros finais da TLE que leva em consideração o número de revoluções
22
por dia, para que estes coincidissem de fato com o resultado calculado. Além disso, o Orbitron
leva em consideração a rotação terrestre, o que faz com que as infinitas orbitas tenham um certo
deslocamento com relação a orbita consecutiva, enquanto que o Matlab não considera esta
movimentação.
4. Conclusão
Com este trabalho foi possível revisar os Elementos Orbitais Clássicos e
Alternativos, definindo-se totalmente a órbita de um V/E partindo do seu vetor posição
(𝑅⃗) e velocidade (𝑉
⃗ ).
Após a definição total dos EOC traçou-se a órbita do V/E no plano orbital em
coordenadas polares. Com aplicação de uma sequência de rotações 3-1-3 transformou-
se as coordenadas da órbita para o SGI, obtendo-se assim a representação 3D da órbita
do V/E.
Comparando-se com os resultados obtidos no “Problema 1” percebe-se que
trata-se da mesma órbita (mesmas condições iniciais de posição e velocidade). Isso
demonstra que é possível definir uma órbita por dois caminhos distindos – solução
numérica das equações de movimento, e analiticamente através dos parâmetros
orbitais.
Com a representação gráfica da órbita no SGI obteve-se o ground track com uma
planificação de Mercator. Para isso assumiu-se algumas hipóteses simplificadoras,
resultando numa projeção senoidal.
Utilizando as TLE de órbitas reais do tipo Molniya, foi possível desenvolver
também um estudo simplificado a fim de entender os parâmetros presentes na TLE e a
diferença do ground track postado pelo Orbitron e pelo Matlab, que consiste
basicamente do fato de o Matlab não considerar o movimento de rotação da Terra,
enquanto o Orbitron o faz.
23
5. Referências
[6] Kelso, T. S.. Frequently Asked Questions: Two-Line Element Set Format.
Disponível em < https://celestrak.com/columns/v04n03/>. Acesso em 12 de
março de 2017.
24
6. Anexo
6.1. Algoritmos
det_orbita.m
clear all %limpa todas as variáveis
close all %fecha todas as janelas
clc %limpa o console
%Eixos principais
I=[1,0,0];
J=[0,1,0];
K=[0,0,1];
%Energia específica
eps = (norm(V)^2)/2 - mu/norm(R);
%Semieixo maior
a = -mu/(2*eps);
%Vetor excentricidade
ve = (1/mu)*((norm(V)^2 - mu/norm(R))*R - dot(R,V)*V);
e = norm(ve);
%Inclinação
i = acosd(dot(K,h)/(norm(K)*norm(h)));
%Vetor n
n = cross(K,h);
%Verificação
if n(2)<0
ARNA=360 - ARNA;
end
end
%Argumento do Perigeu
if ve ~= 0
Arg_Perig = acosd(dot(n,ve)/(norm(n)*norm(ve)));
%Verificação
if ve(3)<0
Arg_Perig= 360 - Arg_Perig;
end
end
25
if e~=0 && (isnan(i)==false)
%Anomalia Verdadeira
Anom_Verd = acosd(dot(ve,R)/(norm(ve)*norm(R)));
%Verificação
if dot(R,V)<0
Anom_Verd = 360 - Anom_Verd;
end
end
%Verificação
if R(2)<0
u = 360 - u;
end
end
if isnan(i)==true
%Longitude do perigeu
PI = acosd(dot(I,ve)/(norm(I)*norm(ve)));
%Verificação
if ve(2)<0
PI = 360-PI;
end
end
%Verificação
if R(2)<0
l = 360-l;
end
end
%Raio da órbita
r_orb = a*(1-e^2)./(1+e*cos(ni_orb));
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%Criação da matriz com os pontos da órbita
P_Orbital(:,1) = x_orb;
P_Orbital(:,2) = y_orb;
P_Orbital(:,3) = z_orb;
27
geoshow('landareas.shp', 'FaceColor', [0.5 1.0 0.5]);
grs80.m
[x, y, z] = ellipsoid(0, 0, 0, 6378.137, 6378.137, 6356.7523,
30); %cria a matriz com as coordenadas do elipsoide
28