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ESTS006-13 – Laboratório de Guiagem, Navegação e

Controle

PROBLEMA 2 – Órbita de um V/E

Patrícia Costa Batista 11023011


Tainã Ubirajara Bisinella 11003713

São Bernardo do Campo – SP


2017
Sumário
1. Introdução ............................................................................................ 3

2. Metodologia ....................................................................................... 12

2.1. Obtenção da órbita no plano orbital em coordenadas polares ........ 12

2.2. Obtenção da órbita no plano orbital no SGI .................................... 12

2.3. Ground track da órbita .................................................................... 13

3. Resultados ......................................................................................... 14

4. Conclusão .......................................................................................... 23

5. Referências ........................................................................................ 24

6. Anexo................................................................................................. 25

6.1. Algoritmos ...................................................................................... 25

det_orbita.m ............................................................................. 25

grs80.m .................................................................................... 28
1. Introdução
Para que seja possível monitorar um veículo espacial (V/E) em órbita é
necessário conhecer alguns parâmetros que representem a forma, tamanho e
orientação desta órbita, bem como a posição deste VE em um dado momento.
Um total de seis elementos cumprem com este papel, de localizar o VE na órbita
num momento passado ou futuro, e são conhecidos como Elementos Orbitais
Clássicos (EOC), que são eles: semieixo maior (𝑎), excentricidade (𝑒), inclinação
(𝑖), ascensão reta do nodo ascendente (também conhecido como ARNA, Ω),
argumento do perigeu (𝜔) e a anomalia verdadeira (𝑣).

Figura 1 – Elementos Orbitais Clássicos.

FONTE: Lasunn.

Os EOC podem ser computados a partir dos vetores posição, 𝑅⃗ (𝑥, 𝑦, 𝑧), e
⃗ (Vx, Vy, Vz), medidos por estações de rastreio em dados momentos.
velocidade, 𝑉
Sendo assim, o primeiro elemento orbital, o semieixo maior (𝑎), que representa
o tamanho da órbita, está diretamente relacionado com a energia mecânica
específica (𝜀), que pode ser equacionada como
1 2 𝜇 𝜇 (1)
𝜀= 𝑉 − = −
2 𝑅 2𝑎

portanto,

3
𝜇 (2)
𝑎= −
2𝜀
onde 𝑎 > 𝑅𝑝𝑙𝑎𝑛𝑒𝑡𝑎 , 𝜇 𝑇 ≡ 𝐺𝑀𝑇 ≈ 3,986 𝑥 105 Km3/s2 , R e V são as
magnitudes dos vetores posição e velocidade em Km e Km/s respectivamente

Figura 2 – Parâmetros que descrevem uma órbita.

FONTE: BRUM, A. G. V.

A excentricidade (𝑒) é o elemento que define a forma da órbita (circular,


elíptica, parabólica, hiperbólica) e pode ser calculada em termos de 𝑅⃗ e 𝑉
⃗ como

𝑒 = |𝑒| (3)

em que

1 𝜇 (4)
𝑒= [(𝑉 2 − ) 𝑅⃗ − (𝑅⃗ . 𝑉
⃗ )𝑉
⃗]
𝜇 𝑅

sendo que, 𝑒 = 0 corresponde a uma órbita circular, 0 < 𝑒 < 1 a uma órbita
elíptica, 𝑒 = 1 a uma parabólica e 𝑒 > 1 uma órbita hiperbólica.
A orientação do plano orbital no espaço é dada pelos elementos
inclinação (𝑖) e ARNA (Ω). A inclinação nos dá o valor da inclinação do plano
orbital em relação ao Equador Celeste e é representada como sendo o ângulo
⃗ [Km2/s]) e o versor unitário na
entre o vetor momento angular específico (ℎ
̂)
direção do polo norte celeste (𝐾

4
𝐾 ⃗
̂. ℎ (5)
𝑖 = arccos ( )
𝐾ℎ

Figura 3 – Tipos de inclinação de órbitas.

FONTE: BRUM, A. G. V.

Por sua vez, a ARNA é o ângulo entre a direção principal, 𝐼̂ e o nodo


ascendente.
𝐼̂. 𝑛⃗ (6)
Ω = arccos ( )
𝐼𝑛

0º ≤ Ω ≤ 180º, 𝑠𝑒 𝑛𝑗 ≥ 0
{
180º < Ω < 360º, 𝑠𝑒 𝑛𝑗 < 0

⃗ , com
̂ ×ℎ
Onde 𝑛 é um vetor na direção do nodo ascendente, 𝑛⃗ = 𝐾
magnitude de Km2/s.

5
Figura 4 – Checagem de quadrante para Ω.

FONTE: BRUM, A. G. V.

A orientação da órbita dentro do plano orbital é dada pelo argumento do


perigeu (𝜔) que é conhecido como sendo o ângulo entre o nodo ascendente, 𝑛⃗
e o perigeu, 𝑒. Sendo assim,
𝑛⃗. 𝑒 (7)
𝜔 = arccos ( )
𝑛𝑒

0º ≤ ω ≤ 180º, 𝑠𝑒 𝑒𝑘 ≥ 0
{
180º < ω < 360º, 𝑠𝑒 𝑒𝑘 < 0

Figura 5 – Checagem de quadrante para ω.

FONTE: BRUM, A. G. V.

6
Por último, a localização do VE no plano orbital é representada pela
anomalia verdadeira, 𝑣 que é o angulo entre o perigeu (𝑒) e o vetor posição 𝑅.
Portanto,
𝑒. 𝑅⃗ (8)
𝑣 = arccos ( )
𝑒𝑅

0º ≤ ν ≤ 180º, 𝑠𝑒 (𝑅⃗ . 𝑉
⃗ ) ≥ 0 (ϕ ≥ 0)
{
180º < ν < 360º, 𝑠𝑒 (𝑅⃗ . 𝑉⃗ ) < 0 (ϕ < 0)

Figura 6 – Checagem de quadrante para 𝑣.

FONTE: BRUM, A. G. V.

Em alguns casos particulares nem todos os EOC podem ser definidos.


Por conta disso é utilizado, nestes casos, os EO alternativos. Sendo eles:
1) Argumento de Latitude (𝑢) – Corresponde ao ângulo entre o nodo
ascendente e a posição do V/E. É utilizado quando a excentricidade é
igual a zero (órbitas circulares).
2) Longitude do Perigeu (Π) – Corresponde ao ângulo entre a direção
principal e o perigeu. É utilizada quando a inclinação tem valor de 0º
ou de 180º.
3) Longitude Verdadeira (𝑙) – Corresponde ao ângulo entre a direção
principal e o V/E. É utilizada quando a excentricidade tem valor igual a
0 e a inclinação vale 0º ou 180º.

7
Figura 7 – Elementos Orbitais Alternativos.

𝑢: argumento de latitude; Π: longitude do perigeu; 𝑙: longitude verdadeira.


FONTE: BRUM, A. G. V.

Os cálculos descritos até aqui são uma forma 3D de enxergar a órbita,


porém, uma visão 2D da mesma também é possível e é conhecida como “Ground
Track”, que nada mais é que o caminho que o VE percorre sobre a Terra em uma
projeção plana da mesma. A grande dificuldade dessa forma de visualização é
que ao considerar o movimento orbital juntamente com o movimento de rotação
terrestre haverá um certo deslocamento do traçado entre duas órbitas
sucessivas como pode ser visto na (Figura 7).

Figura 8 – Caso normal. Projeção da órbita de um VE sobre a superfície da terrestre.

FONTE: BRUM, A. G. V.

O Orbitron é um programa (cardware) de rastreamento de satélites em


tempo real ou simulado partindo de uma visualização 2D da órbita. O programa
é baseado no modelo orbital NORAD SGP4/SDP4 e para que seja possível seu

8
funcionamento ele lê arquivos do tipo TLE (Two-Line Element), que é uma
codificação que descreve um satélite nos mínimos detalhes, desde seu nome,
classificação e data de lançamento até os EOC necessários para descrever sua
órbita. Esses arquivos TLE podem ser tanto inseridos manualmente como
atualizados diretamente do site (www.celestrak.com), que é um link direto que o
próprio Orbitron possui.
O formato de um TLE é bem definido. Ele é composto de duas linhas de
69 caracteres cada, cujos caracteres válidos são apenas números de 1 a 9, letras
maiúsculas, espaço, ponto final e os sinais de mais e de menos. Uma linha extra
com o título pode ser adicionada antes da codificação propriamente dita, mas ela
não é obrigatória. O modelo da formatação TLE segue o exemplo para a Estação
Espacial Internacional (ISS):

A primeira linha (linha 0) é a linha título, onde o nome do satélite é


explicitado, neste caso ISS (ZARYA). A segunda linha (linha 1) é composta pela
codificação das características do satélite (Tabela 1), bem como seu número,
classificação, dados de lançamento, entre outros dados superficiais aos estudos
desenvolvidos neste relatório. A terceira linha (linha 2) é composta por todos os
parâmetros necessários para descrever a orbita do satélite ao redor da Terra
(Tabela 2), ou seja, os EOC. Sendo assim, para este caso em específico temos
que:
𝑖 = 51,6416⁰
Ω = 247,4627⁰
𝑒 = 0,0006703
𝜔 = 130,5360⁰
𝑣 = 325,0288⁰
O semieixo maior, 𝑎 está relacionado com o movimento médio, 𝑛̅ –
explicitado entre as colunas 53 e 63 da segunda linha da TLE – através da
seguinte equação:
𝜇 (9)
𝑛̅ = 𝑑√
4𝜋 2 𝑎3

9
onde d é a quantidade de tempo dentro do dia.

Tabela 1 – Descrição da formatação de um TLE – Linha 1

FONTE: CelesTrack.

Tabela 2 – Descrição da formatação de um TLE – Linha 2

FONTE: CelesTrack.

10
Portanto, o Orbitron recebe os dados em formato TLE, interpreta as linhas
e gera o ground track com o resultado da órbita, sendo capaz de rastrear e
monitorar o movimento de qualquer satélite que seja inserido em sua biblioteca
de TLE.

Figura 9 – Interface do Orbitron.

FONTE: Elaborado pelo autor.

11
2. Metodologia
2.1. Obtenção da órbita no plano orbital em coordenadas polares
Tendo em mãos todos os EOC é possível obter a equação da órbita em
coordenadas polares no plano orbital. A equação é dada por:
𝑎(1 − 𝑒 2 )
𝑅(𝜈) = (101)
1 + 𝑒. cos(𝜈)

Varrendo o raio da órbita para os valores de Anomalia Verdadeira (𝜈) entre


0º e 360º obtém-se a órbita do V/E em coordenadas polares.

Figura 10 – Exemplo de órbita elíptica no plano orbital.

FONTE: SILVA, W. R.

2.2. Obtenção da órbita no plano orbital no SGI


Partindo-se da órbita em coordenadas polares é possível transformar para
coordenadas cartesianas através das seguintes relações:

𝑥 = 𝑅. cos(𝜈) (11)

𝑦 = 𝑅. 𝑠𝑒𝑛(𝜈) (12)

𝑧=0 (13)

12
Com isso obtém-se a órbita no plano orbital em coordenadas cartesianas.
Para transformar essas coordenadas do plano orbital para o sistema SGI são
necessárias as três seguintes rotações:
1ª rotação – em torno do eixo 𝑍 com ângulo −ω;
2ª rotação – em torno do eixo 𝑋′ com ângulo −𝑖;
3ª rotação – em torno do eixo 𝑍" com ângulo −Ω.
Onde as matrizes de rotação em torno do eixo 𝑍 e do eixo 𝑋 são dadas,
respectivamente por:
cos 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃 0
𝑅3 (𝜃) = [−𝑠𝑒𝑛 𝜃 cos 𝜃 0] (14)
0 0 1
1 0 0
𝑅1 (𝜃) = [ 0 cos 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ] (15)
0 −𝑠𝑒𝑛 𝜃 cos 𝜃

Definindo-se a matriz 𝑃3×𝑛 com 𝑛 pontos, onde cada coluna corresponde


a uma trinca de coordenas de um ponto da órbita no plano orbital. E a matriz
𝑋𝑌𝑍3×𝑛 com as coordenadas da órbita no SGI, tem-se:

𝑋𝑌𝑍 = [𝑅3 (−Ω). 𝑅1 (−𝑖). 𝑅3 (−𝜔). 𝑃𝑇 ]𝑇 (16)

Com isso obtém-se a matriz 𝑋𝑌𝑍 com os pontos da órbita no sistema SGI.

2.3. Ground track da órbita


Para traçar a projeção do V/E na superfície da Terra foram assumidas
algumas simplificações:
• Assumir-se-á a Terra como um elipsoide;
• O Meridiano de Greenwich coincide com o eixo X do sistema SGI;
• A rotação da Terra e a interferência de outros corpos será desprezada.

A obtenção dos valores de latitude (Φ) e longitude (𝜃) é feita através da


seguinte identidade:
𝑋𝑌𝑍𝑍
Φ = arctan (17)
√𝑋𝑌𝑍𝑋2 + 𝑋𝑌𝑍𝑌2

𝑋𝑌𝑍𝑌
𝜃 = arctan (18)
𝑋𝑌𝑍𝑋

13
Figura 11 – Obtenção do ground track em latitudes e longitudes terrestres.

FONTE: BRUM, A. G. V.

Com os valores de latitude e longitude é possível, então, plotá-los num


mapa planificado da Terra, obtendo o ground track do V/E.

3. Resultados
Utilizou-se os seguintes vetores de posição e velocidade para obter os
parâmetros da órbita.
1028,36
⃗𝑅 = ( 4338,99 ) 𝐾𝑚 (19)
−6246,40
−5,44
⃗𝑉 = ( 7,33 ) 𝐾𝑚/𝑠 (20)
2,14

Obtendo-se uma órbita com os seguintes EOC:


𝑎 = 24957,87 Km
𝑒 = 0,70436
𝑖 = 63,90º
Ω = 119,99º
𝜔 = 270,04º
𝜈 = 24,96º

O gráfico polar da órbita no plano orbital pode ser visualizado a seguir:

14
Figura 12 – Órbita no plano orbital em coordenadas polares.

FONTE: Elaborada pelo autor.

Após as transformações de coordenadas e rotações, obtém-se o gráfico


3D da órbita no SGI. Utilizou-se o modelo GRS80 do “Problema 1” para
representar o planeta Terra.

15
Figura 13 – Órbita no SGI.

FONTE: Elaborada pelo autor.

Comparando-se a órbita obtida no “Problema 1” com a obtida aqui nota-


se que se trata da mesma órbita (mesmas condições iniciais de posição e
velocidade). O resultado pode ser visto a seguir:

16
Figura 14 – Comparação entre a órbita obtida no Problema 1 e a órbita obtida aqui.

FONTE: Elaborada pelo autor.

Aproximando-se um pouco mais nota-se a equivalência entre os


resultados.

17
Figura 15 – Zoom entre os resultados obtidos.

FONTE: Elaborada pelo autor.

Após isso foi traçado o ground track do V/E numa projeção de Mercator.

Figura 16 – Ground track do V/E.

FONTE: Elaborada pelo autor.

A partir dos estudos citados anteriormente neste documento, foi possível


alterar, ainda que superficialmente, as TLE de alguns satélites do banco de

18
dados do orbitron, o que permitiu uma comparação entre as orbitas. Os arquivos
TLE foram alterados a fim de trocar os parâmetros reais do satélite pelos
parâmetros encontrados no Matlab para a órbita estudada.
As TLE originais e modificadas são apresentadas a seguir.
Originais:
MOLNIYA 2-13
1 08015U 75063A 17064.13159835 -.00001398 00000-0 26764-3 0 9998
2 08015 61.4558 150.2876 7406034 268.7149 14.1360 2.00481197305257

MOLNIYA 2-9
1 07276U 74026A 17067.00122005 .00000101 00000-0 10897-2 0 9991
2 07276 62.7377 189.6395 6884498 287.1370 12.4259 2.45095349202145

MOLNIYA 3-3
1 08425U 75105A 17068.23469083 .00000697 00000-0 34913-3 0 9999
2 08425 61.1309 139.3513 7489881 268.0513 13.6724 2.00745167302747
Modificadas:
GRUPO2 2-13
1 08015U 75063A 17064.13159835 -.00001398 00000-0 26764-3 0 9998
2 08015 63.9052 119.9876 7044000 270.0447 24.9608 2.00481197305257

Grupo2 2-9
1 07276U 74026A 17067.00122005 .00000101 00000-0 10897-2 0 9991
2 07276 63.9052 119.9876 7044000 270.0447 24.9608 2.45095349202145

Grupo2 3-3
1 08425U 75105A 17068.23469083 .00000697 00000-0 34913-3 0 9999
2 08425 63.9052 119.9876 7044000 270.0447 24.9608 2.00745167302747
Com a mudança de EOC das órbitas, uma grande diferença pode ser
percebida nos ground tracks gerados pelo Orbitron e podem ser conferidos a
seguir:

19
Figura 17 – Ground Track para a órbita GRUPO2 2-13.

FONTE: Elaborada pelo autor

Figura 18 – Ground Track para a órbita MOLNIYA 2-13.

FONTE: Elaborada pelo autor

20
Figura 19 – Ground Track para a órbita GRUPO2 2-9.

FONTE: Elaborada pelo autor

Figura 20 – Ground Track para a órbita MOLNIYA 2-9.

FONTE: Elaborada pelo autor

21
Figura 21 – Ground Track para a órbita GRUPO2 3-3.

FONTE: Elaborada pelo autor

Figura 22 – Ground Track para a órbita MOLNIYA 3-3.

FONTE: Elaborada pelo autor

Nenhuma das órbitas representa realmente o ground track do Matlab pois neste estudo não
foram alterados os parâmetros finais da TLE que leva em consideração o número de revoluções

22
por dia, para que estes coincidissem de fato com o resultado calculado. Além disso, o Orbitron
leva em consideração a rotação terrestre, o que faz com que as infinitas orbitas tenham um certo
deslocamento com relação a orbita consecutiva, enquanto que o Matlab não considera esta
movimentação.

4. Conclusão
Com este trabalho foi possível revisar os Elementos Orbitais Clássicos e
Alternativos, definindo-se totalmente a órbita de um V/E partindo do seu vetor posição
(𝑅⃗) e velocidade (𝑉
⃗ ).
Após a definição total dos EOC traçou-se a órbita do V/E no plano orbital em
coordenadas polares. Com aplicação de uma sequência de rotações 3-1-3 transformou-
se as coordenadas da órbita para o SGI, obtendo-se assim a representação 3D da órbita
do V/E.
Comparando-se com os resultados obtidos no “Problema 1” percebe-se que
trata-se da mesma órbita (mesmas condições iniciais de posição e velocidade). Isso
demonstra que é possível definir uma órbita por dois caminhos distindos – solução
numérica das equações de movimento, e analiticamente através dos parâmetros
orbitais.
Com a representação gráfica da órbita no SGI obteve-se o ground track com uma
planificação de Mercator. Para isso assumiu-se algumas hipóteses simplificadoras,
resultando numa projeção senoidal.
Utilizando as TLE de órbitas reais do tipo Molniya, foi possível desenvolver
também um estudo simplificado a fim de entender os parâmetros presentes na TLE e a
diferença do ground track postado pelo Orbitron e pelo Matlab, que consiste
basicamente do fato de o Matlab não considerar o movimento de rotação da Terra,
enquanto o Orbitron o faz.

23
5. Referências

[1] Wikipédia. Two-line element set. Disponível em


<https://en.wikipedia.org/wiki/Two-line_element_set>. Acesso em 12 de março de
2017.
[2] Wikipédia. Mean motion. Disponível em <
https://en.wikipedia.org/wiki/Mean_motion#Mean_motion_and_mean_anomaly>.
Acesso em 12 de março de 2017.
[3] MATLAB - Manual e ajuda do programa.

[4] BRUM, A. G. V. de Aulas da disciplina ESTS006-13 – Descrevendo órbitas


(pdf). UFABC, 2017.

[5] BRUM, A. G. V. de Aulas da disciplina ESTS006-13 – Laboratório de


Guiagem, Navegação e Controle (pdf). UFABC, 2017.

[6] Kelso, T. S.. Frequently Asked Questions: Two-Line Element Set Format.
Disponível em < https://celestrak.com/columns/v04n03/>. Acesso em 12 de
março de 2017.

24
6. Anexo

6.1. Algoritmos

det_orbita.m
clear all %limpa todas as variáveis
close all %fecha todas as janelas
clc %limpa o console

R = [1028.36 4338.99 -6246.40]; %definição do vetor posição


V = [-5.44 7.33 2.14]; %definição do vetor velocidade
mu = 3.986E5; %parâmetro gravitacional

%Eixos principais
I=[1,0,0];
J=[0,1,0];
K=[0,0,1];

%Energia específica
eps = (norm(V)^2)/2 - mu/norm(R);

%Semieixo maior
a = -mu/(2*eps);

%Vetor excentricidade
ve = (1/mu)*((norm(V)^2 - mu/norm(R))*R - dot(R,V)*V);
e = norm(ve);

%Momento angular especifico


h = cross(R,V);

%Inclinação
i = acosd(dot(K,h)/(norm(K)*norm(h)));

%Vetor n
n = cross(K,h);

%Ascensão Reta do Nodo Ascendente


if (isnan(i)==false)
ARNA = acosd(dot(I,n)/(norm(I)*norm(n)));

%Verificação
if n(2)<0
ARNA=360 - ARNA;
end
end

%Argumento do Perigeu
if ve ~= 0
Arg_Perig = acosd(dot(n,ve)/(norm(n)*norm(ve)));

%Verificação
if ve(3)<0
Arg_Perig= 360 - Arg_Perig;
end
end

25
if e~=0 && (isnan(i)==false)
%Anomalia Verdadeira
Anom_Verd = acosd(dot(ve,R)/(norm(ve)*norm(R)));

%Verificação
if dot(R,V)<0
Anom_Verd = 360 - Anom_Verd;
end
end

%Elementos Orbitais Alternativos


if e==0
%Argumento de latitude
u = acosd(dot(n,R)/(norm(n)*norm(R)));

%Verificação
if R(2)<0
u = 360 - u;
end
end

if isnan(i)==true
%Longitude do perigeu
PI = acosd(dot(I,ve)/(norm(I)*norm(ve)));

%Verificação
if ve(2)<0
PI = 360-PI;
end
end

if e==0 && (isnan(i)==true)


%Longitude verdadeira
l = acosd(dot(I,R)/(norm(I)*norm(R)));

%Verificação
if R(2)<0
l = 360-l;
end
end

%Vetor Anomalia Verdadeira para plot da órbita - de 0º a 360º


ni_orb = 0:0.01:2*pi;

%Raio da órbita
r_orb = a*(1-e^2)./(1+e*cos(ni_orb));

%Plot polar da órbita


polar(ni_orb, r_orb)
title('Órbita no plano orbital em coordenadas polares') %Título
do gráfico
axis equal %Eixo = intervalo de variáveis
grid on %Habilita a grade

%Transformação de coord. polares para cartesianas


x_orb = r_orb.*cos(ni_orb);
y_orb = r_orb.*sin(ni_orb);
z_orb = zeros(length(x_orb),1);

26
%Criação da matriz com os pontos da órbita
P_Orbital(:,1) = x_orb;
P_Orbital(:,2) = y_orb;
P_Orbital(:,3) = z_orb;

%Primeira rotação em torno de Z com ângulo -Arg_Perig


R1 = [cosd(-Arg_Perig) sind(-Arg_Perig) 0; -sind(-Arg_Perig)
cosd(-Arg_Perig) 0; 0 0 1];

%Segunda rotação em torno de X' com ângulo -i


R2 = [1 0 0; 0 cosd(-i) sind(-i); 0 -sind(-i) cosd(-i)];

%Terceira rotação em torno de Z' com ângulo -ARNA


R3 = [cosd(-ARNA) sind(-ARNA) 0; -sind(-ARNA) cosd(-ARNA) 0; 0 0
1];

%Criação da matriz XYZ com os pontos da órbita no SGI


XYZ = (R3*R2*R1*(P_Orbital'))';

grs80 %Chama o script para plot do elipsoide de referência


hold on %plota no mesmo gráfico
plot3(XYZ(:,1), XYZ(:,2), XYZ(:,3),'r') %plota a órbita obtida
title ('Representação 3D da órbita no SGI') %título do gráfico
%Titulo dos eixos
xlabel('X (Km)')
ylabel('Y (Km)')
zlabel('Z (Km)')
grid on %habilita a grade
axis equal %Eixo = intervalo de variáveis

two_body_problem %chama o script do Problema 1 para comparar as


órbitas
hold on %mantém o gráfico na tela

p2 = plot3(XYZ(:,1), XYZ(:,2), XYZ(:,3),'go'); %plota a órbita


obtida
title ('Representação 3D das órbitas no SGI') %título do gráfico
%Título dos eixos
xlabel('X (Km)')
ylabel('Y (Km)')
zlabel('Z (Km)')
legend([p1 p2],'Integração','Analítico') %Legenda
grid on %Habilita a grade
axis equal %Eixo = intervalo de variáveis

%Cálculo da latitude e longitude para plot do ground track


Lat = atan2d(XYZ(:,3),((XYZ(:,1).^2+XYZ(:,2).^2).^(1/2)));
Long = atan2d(XYZ(:,2),XYZ(:,1));

figure %cria um novo gráfico


title('Ground track do V/E') %título do gráfico

%Define as características visuais do gráfico


axesm('mercator','Grid','on','LabelFormat','compass','ParallelLa
bel','on','MeridianLabel','on','Frame','on','MapLatLim',[-70
70],'MLabelParallel', 'south')

%Carrega os continentes e a cor

27
geoshow('landareas.shp', 'FaceColor', [0.5 1.0 0.5]);

%Plota o traçado do V/E


geoshow(Lat,Long)

grid on %Habilita a grade

grs80.m
[x, y, z] = ellipsoid(0, 0, 0, 6378.137, 6378.137, 6356.7523,
30); %cria a matriz com as coordenadas do elipsoide

figure %abre uma nova figura

surf(x, y, z) %plota uma superficie com as coordenadas do


elipsoid

axis equal %utiliza a dimensão de cada variável para seu


respectivo eixo

mymap = [0,0,1]; %RGB da cor azul

colormap(mymap) %define a cor para o elipsoid

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