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André Renato
O Homem Imaginário
"A função do crítico não é
trazer numa bandeja de
prata uma verdade que não
existe, mas prolongar o
máximo possível, na inteligência e na
sensibilidade dos que o leem, o
impacto da obra de arte." André Bazin
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20/08/2019 Sombras Elétricas: O Homem Imaginário
(do exterior ao interior). Carros
Miami Vice
A esses movimentos se ligam, numa ampla orquestração dialética, o que
Candeias e Dante
Edgar Morin chama de Antropomorfismo (a humanização das coisas, dar ao
universo características da subjetividade humana) e o que o autor define Poesia e Espiritualidade
como Cosmomorfismo (a coisificação do homem, isto é, enxergar o homem e Rimas
suas questões subjetivas como aspectos particulares de uma natureza que é, O Tao de Tarkovski
na verdade, universal).
O Homem Imaginário
A figura de linguagem conhecida como metáfora (um procedimento estilístico Aula de Cinema
que traduz todo um processo de pensamento e uma visão de mundo) e o seu
► Janeiro (5)
►
ato de criação são carregados desse movimento duplo de subjetivar a
objetividade (Antropomorfismo) e objetivar a subjetividade ► 2006 (42)
►
(Cosmomorfismo). Por exemplo, o fogo de que fala Camões (“Amor é fogo
que arde sem se ver”) transforma-se em sentimento amoroso Eletrocutados
(Antropomorfismo) tanto quanto o sentimento amoroso se transforma em
Seguidores (68) Próxima
fogo (Cosmomorfismo).
Homens cosmomórficos e objetos antropomórficos são função uns dos outros, tornando-se
uns símbolos dos outros, segundo a reciprocidade do microcosmo e do macrocosmo. Sobre
um pedaço de gelo à deriva é levada Lílian Gish, a abandonada, no degelo do rio (“Way
Down East”, D. W. Griffith, 1920), “misturando-se intimamente o drama humano com o
drama dos elementos, cuja força cega adquiria aspecto de personagem de tragédia
Seguir
cinematográfica”. Assim se torna a heroína uma coisa à deriva. Assim o degelo se torna
ator.
(...) Esta incessante conversão da alma das coisas nas coisas da alma vem corresponder, por Sites Eletrizantes Blogs Eletrizantes
outro lado, à natureza profunda do filme de ficção, em que os processos subjetivos 1000 frames as flores da
imaginários se concretizam em coisas – acontecimentos, objetos – que os espectadores, por of hitchcock malva
sua vez, reconvertem em subjetividade. (cap. III) 80's movies balaio porreta
rewind 1986
Sartre soube notar que a emoção se pode converter, por si própria, em magia. Não há american blog cinefilia
exaltação, lirismo ou impulso que não tome, ao manifestar-se, uma cor antropo- cinematograp
café: extra
her
cosmomórfica. O lirismo, como nos mostra a poesia, serve-se naturalmente das mesmas forte
cahiers du
vias e linguagem que a magia. A subjetividade extrema realiza-se, bruscamente, em magia canto de
cinema
extrema. Da mesma forma, o cúmulo da visão subjetiva é a alucinação – que a objetiva. artistas
cinefilia
(cap. IV) chip hazard
cinema em
cine ao cubo
cena
O processo de que fala o autor, comum à poesia literária e também ao cinema com
desenredos
cinema, ocorreria mais ou menos da seguinte maneira: o artista deseja cana
escrever
expressar um certo conteúdo subjetivo abstrato: por exemplo, o caráter cinema de rua
cinema
intrépido, irreversível, transformador e novo do movimento revolucionário – cinematorio
film comment
assim como o entusiasmo que ele carrega e desperta; como fazer isso? coisas do
filmes polvo
Através de um mero discurso? Mas aí já não seria arte. A arte envolve sempre mundo minha
filmologia nega
um procedimento estético, ou seja, a objetivação de um conteúdo subjetivo
internet demmentia13
abstrato numa forma concreta que melhor lhe expresse e comunique ao
movie
espectador (ou leitor) o seu significado. Essa forma concreta é própria do diário de um
database
cinéfilo
mito, que encarna e representa os valores a serem transmitidos. O processo revista
doidos por
de transformação do subjetivo-abstrato no objetivo-concreto é o que também cinética
cinema
ocorre na magia. Tomando o exemplo acima citado, a solução encontrada por revista
entre notas e
Pudovkin foi metaforizar os movimentos revolucionários através dos contracampo
planos
movimentos das geleiras que vão derretendo na primavera e correndo, em senses of
epigramas e
blocos, rio abaixo (“A Mãe”, 1926). cinema
epitáfios
spoiler movies fabito's way
O pensamento mágico/mítico/simbólico está na raiz de todas as culturas filmes para
humanas. Em nossa sociedade materialista e racional, ele sobrevive na arte doidos
(ainda bem!). mata hari e
007
Sombreado por André Renato às 18:42 moviola
digital
na cidade
branca
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nuvem preta
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