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Embora outros povos também dominassem esta arte, foram os Portugueses que
estiveram um passo a frente das grandes navegações:
“um dos resultados desse esforço coletivo em sagres foi a invenção da caravela.
Robustas, para poder enfrentar mar alto e tempo ruim, pequenas, para poder
explorar litorais, capazes de navegar com ventos contrários, dotadas de espaço
para carregar suprimentos em longas viagens, rápidas, estáveis e controladas
por tripulações não muito grandes, as caravelas transformara-se na embarcação
por excelência das grandes navegações, transportando os europeus aos confins
do mundo.” (AMADO; FIGUEIREDO, 1992, p. 65)
Como podemos notar a invenção da caravela foi algo fundamental para que os
Portugueses pudessem desbravar grandes distancias, seu sucesso foi tanto que logo outros
povos da Europa também passaram a utilizar desse tipo de embarcação, para a construção
de caravelas maiores se utilizava projetos arquitetônicos, já as menores eram feitas a
olho nu, considerando as técnicas de cada construtor e sua experiencia adquirida ao longo
do tempo, as caravelas eram feitas de madeira, que em contato com a agua se dilatava
apertando uma madeira contra a outra impedindo assim que a água entrasse na
embarcação, sendo necessário mantê-la sempre úmida para evitar rachaduras pela
exposição ao sol, um tipo rustico para se construir uma caravela, mas extremamente
evoluído pra época em questão.
Apesar dessa revolução por parte dos portugueses em navegar por grandes
extensões marítimas, os navios daquela época e seu projeto de construção são quase
totalmente desconhecidos, pode se dizer que hoje, sabe se mais de navios construídos a
2.000 anos atrás do que sobre os navios dos séculos XV e XVI, isso é explicado porque
a passagem oral do conhecimento era algo comum, conhecimentos estes transmitidos de
pai para filho, eles se preocupavam em manter o sigilo profissional, por vezes até
informações falsas eram repassadas para confundir quem estivessem atrás do modelo
usado pelos portugueses para construir suas embarcações.
As caravelas eram algo fantástico, velozes, percorriam seu trajeto com ventos
contra ou a favor, pois se utilizavam de dois tipos de velas, as triangulares e as quadradas,
além de serem embarcações leves, rápidas e muito eficientes para as mais variadas
situações de navegação a serem enfrentadas, mas também essas embarcações também
tinham os seus problemas, como por exemplo: eram pequenas, sua tripulação vivia por
meses em um local apertado juntamente com animais e uma variedade de outras coisas,
e a disciplina e organização eram rígidas, e quem desobedecesse era punido das mais
diferentes formas, a tribulação era composta apenas por homens, mesclando navegadores
experientes com inexperientes, havia nas caravelas uma tripulação bem mista composta
de pessoas que exerciam as mais variadas profissões, desejosos de enriquecer nas novas
terras.
E qual seria o motivo que levou tantos navegadores a enfrentar os perigos do mar
em busca de uma terra desconhecida, correndo tantos riscos e sabendo ainda que a
possibilidade de retorno as terras de onde saíram era algo que contava com poucas
garantias?
As rezas e atribuições a Deus por se livrarem de algum evento inesperado era algo
frequente nessas jornadas mar a dentro, e a medida que a viagem prosseguia, o
comportamento da tripulação ia mudando, o alimento se tornava escasso, e a saudade da
vida em terra e das mulheres era cada vez maior, essas fatos, aumentavam as tensões nas
embarcações, podendo causar até brigas generalizadas e mortes.
Os feitos dos portugueses foram tão extraordinários que em 1.500, Pedro Alvares
Cabral e sua frota de 13 navios saiu com destino as Índias, descobre o Brasil, e segue sua
viagem com destino ao oriente, e se torna o primeiro navegador do mundo que conseguiu
ligar quatro continentes: Europa, América, África e Ásia, esses feitos renderam grandes
frutos com explica Rui Loureiro, historiador do centro de história além mar da
universidade de Nova Lisboa: “Imagine por exemplo em preços atuais, 1 quilo de pimenta
custava 10 euros no sul da índia, através da rota terrestre chegaria a Europa valendo 1.000
euros, se os portugueses conseguem ir diretamente a fonte buscar esse produto, portanto
vão ter lucros imensos, durante quase um século vão ter o monopólio com o mundo
asiático”
Uma viagem de ida e volta a Índia demorava próximo de um ano, por este motivo
uma nau com destino a Índia era como uma cidade, podia transportar 800 pessoas de todas
as classes sociais, a maioria dos passageiros de classes baixas, dormiam no convés ou
juntos com a carga, além da evolução das embarcações e do seu aumento de tamanho, o
desenvolvimento da artilharia portuguesa acompanhava a evolução dos navios, sendo
considerada a melhor do mundo, numa época em que os canhões eram carregados pela
boca, os portugueses começaram a utilizar canhões que eram carregados pela parte de
trás, aumentando a velocidade de tiro em até seis vezes.
Um outro progresso importantíssimo foi o desenvolvimento da orientação em alto
mar, é explicadopelo historiador Richard Unger da universidade de Vancouver: “Os
marinheiros holandeses e ingleses não tinham em seus navios o sistema de navegação que
os portugueses tinham, por exemplo, não conseguiam ler a latitude, e os portugueses já o
faziam em meados do século XV”, os portugueses começaram a usar instrumentos que
eram utilizados em terra e os adaptaram para uso no mar, como por exemplo o quadrante,
astrolábio e balhestilha, e a partir da posição da estrela polar ou do sol podiam navegar
longe da costa sem se perderem, em vista de todo esse progresso, as grandes navegações
também apresentavam pontos importantes a se analisar, como por exemplo a falta de
precisão dos equipamentos da época:
Conclusão:
As grandes navegações portuguesas foi algo lento, uma junção de conhecimento de
técnicas adquiridas de outros povos com adaptações e a coragem dos desbravadores em
enfrentar os perigos e mitos envolvidos em um mundo desconhecido, enfrentar os
oceanos dependia de muito conhecimento e técnicas que foram sendo avançadas em
cada nova conquista, dependentes de processos anteriores numa constante evolução,
gerando conhecimentos e destruindo mitos, essa tarefa arriscada, só foi possível através
de grandes investimentos e da coragem destes desbravadores, principalmente nos
primórdios, onde as incertezas eram maiores que qualquer garantia de sucesso, Portugal
se tornou referência em matéria de navegação que mudou todo o cenário do que se
conhecia do até então, colocando este pequeno pais na vanguarda das grandes
navegações, em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência
econômica da época.
Referencias:
AMADO, Janaína & FIGUEIREDO, Luiz Carlos. No tempo das caravelas. São Paulo:
Contexto, 1992.