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A) Os excertos trilham caminhos distintos, apesar de emergirem da crítica de costumes.

Enquanto Políbio é guiado por um sentido estritamente político, com o intuito de formulação
de uma metodologia historiográfica, Luciano se pauta em um caráter um pouco mais literário,
denunciando-se como um mentiroso e optando deliberadamente pela fantasia. Desta forma,
assim como Plutarco e Diógenes, os autores também estabelecem diferenças programáticas.
A estruturação dos excertos é similar a medida em que os exemplos e contra-exemplos são
invocados, a fim de extrair deles parte da força argumentativa. Os autores inferem sobre as
relações na historiografia, atribuindo valores tanto negativos quanto positivos aos exemplos
presentes em suas respectivas introduções. Desta forma, Odisseu aparece em ambos os
relatos, o enfoque, entretanto, é dissonante. Luciano se vale de Ctesias de Cnido, Jambulo e
tem Odisseu como mestre em relatos mentirosos, tendo como objetivo tecer uma crítica à
difusão desmedida desse tipo de narrativa. Políbio, por outro lado, condena Timeu e
comemora Odisseu, com respaldo de citações de Ephorus e Theopompus.
O autor não necessariamente se propõe a analisar os feitos de Odisseu, mas o apresenta como
alguém cujo ambiente proporcionou condições favoráveis para o que ele considera ideal no
fazer histórico ​— a saber, estar presente durante os acontecimentos, colocando-o como
modelo de historiador. Luciano, por outro lado, já reconsidera os atos do herói, e impõe o
caráter fantasioso às exposições de Odisseu. A medida que o faz, toma para seu enredo a
característica ficcional — ​e aí jaz a principal ruptura das obras. Sendo assim, Políbio não
aparenta estar inclinado à confecção de uma obra agradável literariamente, pois não é esse
seu objetivo a priori, mas a um estudo pragmático da história, indo na contramão de Luciano.

B) ​A partir da proposta programática de Diógenes Laércio e Plutarco, já é possível


vislumbrar o variegado oposto: o segundo é autor de uma obra harmoniosa, tendo como
cenário um programa ético-moral intensamente salpicado em sua narrativa biográfica, ao
passo que o primeiro não se compromete com as questões filosóficas, mas redobra a atenção
paras anedotas e citações, geralmente de segunda ou terceira mão, como exemplificado pelo
pelo excerto 18. De maneira semelhante, Plutarco dispõe de uma notória independência em
relação a suas fontes, ambos apresentam um leque difuso de citações e anedotas, dando a
entender a pluralidade de suas afirmações e assim, garantir um certo tipo de imparcialidade
ao leitor.
Dessa maneira, os dois autores partem do mesmo ponto ao utilizar citações e anedotas, com a
intenção de construir a experiência dramática dos biografados. Nesse ponto, os autores
convergem para o relevamento dos pequenos momentos. Plutarco explicita seu objetivo no
proêmio de Alexandre:
“[...]So I must be permitted to devote myself rather to the
signs of the soul in men, and by means of these to portray
the life of each, leaving to others the description of their
great contests.”

Em seu proêmio, Diógenes esboça uma reconstrução para o que, naquele momento, era
conhecida como história da filosofia, ao passo que Plutarco se distancia do caráter
historiográfico através da distinção entre Vidas e Histórias, assim, atenta os leitores para os
vícios e as virtudes que serão refletidas através das pequenas atitudes.
No que diz respeito às biografias duais de Plutarco, Diógenes também parece levantar uma
distinção entre gregos e bárbaros, não necessariamente utilizada de maneira semelhante em
Plutarco, mas que pode ser vista como uma demarcação válida para sua obra.
Além do gênero biográfico, o relato em si diverge no que diz respeito a natureza dos
biografados. Sócrates, um filósofo, Alexandre, Timoleão e Paulo Emílio, governantes. Dessa
maneira, é possível afirmar que apesar dos recursos narrativos compartilhados, como as
anedotas, citações e fontes secundárias, os programas seguidos por Diógenes e Plutarco se
lastreiam sob diferentes paradigmas. Diógenes torna-se um pouco mais flexível na construção
do retrato de Sócrates, apesar do compilado de biografias de filósofos, nenhum deles é usado
para parâmetro positivo para a construção de um ou outro relato, o autor constitui um estudo
até mesmo doxográfico acerca de Sócrates, apontando levantamentos de um sem fim de
fontes. Nesse sentido, as biografias confeccionadas por Plutarco lançam mão do artifício
comparativo entre as duas vidas, como no caso de Timoleão, um tirano de Siracusa, e Emílio
Paulo, utilizado como vida paradigmática, igualmente repletas de trivialidades e fontes
duvidosas.

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