Embriologia (BMH120) - Biologia Noturno

1o Bloco

Gametogênese a Implantação

Rodrigo A. P. Martins

ICB - LaNCE - HUCFF - UFRJ

 Gametogênese

OBJETIVOS

Mitose e Meiose

Linhagem Germinativa vs. Linhagem Somática

Totipotência, Pluripotência

Origem Células Germinativas Primordiais (CGP)

Segregação das CGP em estágios precoces da embriogênese

CONCEITOS PRÉVIOS

Ciclo Celular e Proliferação Celular

Cromossomos, Cromátides, Centrômero, Fuso Mitótico,

Centrossomos

Ploidia, Aneuploidia,
MITOSE e MEIOSE
Células são geradas a partir de células e a única 
maneira de se fazer nova célula é a DIVISÃO de 
uma célula pré‐existente

De bactérias a mamíferos multicelulares

Ciclos sucessivos de duplicação
Quando na presença de estímulos adequados as 
células podem se multiplicar através de 
repetidos ciclos de proliferação e divisão 
celular, que em função dessa natureza cíclica, 
esse ciclo de vida das células proliferantes foi 
denominado CICLO CELULAR
> Proliferação Celular vs. Crescimento Celular

> Nem todas as células precisam crescer para se dividir

Divisão Celular em Blastômeros
 OBJETIVO DA MITOSE

Copiar e segregar/dividir material genômico e citoplasmático

de modo perfeito! 
Fases do Ciclo Celular
> Mitose pode ocorrer sem citocinese > Formação de célula
com muitos núcleos
> Embriões de Drosophila
Divisão Meiótica Gera Células Germinativas Haplóides
A MEIOSE reduz a metade o número de Cromossomos e
fitas de DNA nas Células Sexuais

DIPLÓIDE DIPLÓIDE

DIPLÓIDE HAPLÓIDE
 OBJETIVO DA MEIOSE
Manutenção da PLOIDIA em espécies que fazem reprodução sexuada

Inovação em relação a mitose? 

Pareamento dos cromossomos homólogos na 1 divisão

XX XY
 Linhagem Germinativa vs. Linhagem Somática

Uma das 1as coisas q acontece no

embrião é a separação da linhagem
germinativa que dará origem a
próxima geração

Potencial de gerar gametas (células

haplóides como os espermatozóides
e os óvulos)
 Linhagem Germinativa vs. Linhagem Somática

Espermatozóide e óvulo: Células diferenciadas ou indiferenciadas?

 Linhagem Germinativa vs. Linhagem Somática

Muito cedo durante a embriogênese  se define quais células irão gerar os gametas  

Pq tem de ser segregadas/separadas?

Totipotência vs Multipotência
Geração de Células Pluripotentes a partir de Células Somáticas

iPS cells (induced pluripotent stem cells)

Altamente expresso em céls germinativas
antes e depois da colonização formação
da gônada
Células Germinativas Primordiais (CGP) :
Dão origem a linhagens germinativas (gametas)
- Primeiramente identificadas dentro da parede do saco vitelínico
(uma das membranas extra-embrionárias) da 4 a 6 semana da gestação humana;

- CGP migram da camada endodermal na região caudal do saco vitelínico em direção a

região dorsal do corpo entre a 6 e a 12 semanas de gestação humana.

- Continuam se dividindo e se multiplicando mitose enquanto migram

- Povoam as regiões que irão formar as gônadas

Bebê com teratoma
sacrocoxigeal

Decorre de defeitos na migração

Mais comum em recém-nascidos

(1 a cada 20.000 – 70.000 nascimentos)

Teratomas
Tumores compostos de tecidos
derivados das 3 camadas
germinativas

Dentro da massa tumoral já se

encontrou dentes, cabelos, olho
inteiro, hipófise, …
CGPs que chegam até a região que vai
dar origem as gônadas influenciam as
células somáticas de suporte, originando
as CRISTAS GENITAIS (gônadas primitivas);

Mulher: folículos ovarianos

Homem: céls de Sertoli dos tubulos
seminíferos

INTERAÇÕES RECÍPROCAS

CGPs não circundadas por céls somáticas de

suporte degeneram

CRISTAS GENITAIS

Desenvolvimento Gonadal é interrompido

caso as CGPs não cheguem a região das
gônadas primitivas.
 Diferenças entre espécies

CGPs de galinha migram pelo sangue

O reconhecimento e interação entre as CGPs e células do endotélio da região
que dará gônadas permite a colonização e formação das gônadas
Após chegada as gônadas, nos homens e nas mulheres, as
CGPs continuam se proliferando (divisões mitóticas)
A fase da vida na qual a GAMETOGÊNESE acontece
é diferente em homens e mulheres
 GAMETOGÊNESE MASCULINA: Espermatogênese

CGPs masculina (gonócitos)

Latentes entre 6ª semana e a puberdade

Túbulos seminíferos amadurecem e CGPs

se diferenciam em espermatogônia
 Testículos Ovários

Androgênios        Ex: Testosterona Estradiol ou Estrogênio

Manutenção da  Manutenção da 
Formação dos  Função  Formação dos  Função 
Gametas Reprodutiva Gametas Reprodutiva
 Gônadas também são Alvo de Hormônios Hipofisários
HIPOTÁLAMO

Hormônio Estimulante 
• LH (H. luteinizante) (GnRH)

ADENOHIPÓFISE
• FSH (H. Foliculoestimulante)
LH   /    FSH

Gônadas

Esteróides Sexuais

Formação dos  Manutenção da 
Gametas Função 
Reprodutiva
 Gonadotrofinas LH e FSH

• Produzidos pelas céls. gonadotróficas da adenohipófise após estimulação por GnRH

• Glicoproteínas

•Ativam receptores PtnG    >     Sinalizam principalmente por AMPc

EM MACHOS: Regulam secreção de testosterona e iniciação da espermatogênese

EM FÊMEAS: Regulam produção de estrogênio e progesterona nos ovários
Anatomia Básica do Sistema Reprodutor Masculino

Testículos –
Lóbulos constituídos 
de tubos contorcidos (~80%)

Túbulo Seminífero
(Corte Transversal)
Anatomia Básica do Sistema Reprodutor Masculino

Duto deferente**

Próstata –
Secreção e armazenamento de líquido rico
em fosfatase ácida e protease 
(antígeno prostático)

**pH alcalino – motilidade dos espermatozóides

Glândulas Bulbouretrais (Cowper) –
Secreção de muco na uretra mediante excitação
 Células de Sertoli e Células de Leydig

Tipos celulares principais responsáveis pela função testicular

• Céls de Sertoli:
Sustentação para céls germinativas
Liberam sinais que iniciam espermatogênese
Sustentam desenvolvimento das espermátides

Túbulo Seminífero
(Corte Transversal)
 Células de Sertoli e de Leydig
Túbulo Seminífero
(Corte Transversal)

• Céls de Leydig 
secretam Testosterona
‐ 20% do testículo adulto
‐ Inexistentes na infância
 Ações Celulares da Testosterona

Testosterona                                 Diidrotestosterona
5α‐redutase

1. Ligação a receptor nuclear

2. Alteração da expressão gênica

3. Síntese de novas proteínas
 Espermatogênese
Durante a formação do embrião, Latentes entre 6ª semana e a puberdade

células germinativas migram p/ os
testículos e se diferenciam
em espermatogônias;

Localizadas próximas a membrana basal
dos túbulos seminíferos

Túbulo Seminífero
(Corte Transversal)
Espermatogênese Começa Durante a Puberdade

Túbulo Seminífero
(Corte Transversal)

Proliferação 
mitótica
das 
espermatogônias
 Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) não é 
secretado em quantidades significativas antes da puberdade

HIPOTÁLAMO

GnRH
(HORMÔNIO LIBERADOR DE GONADOTROFINAS)
 Controle Hipotalâmico de Funções Sexuais
Aumento da síntese e
Puberdade secreção de GnRH
HIPOTÁLAMO
Possível 
papel
permissivo  GnRH
da Leptina (HORMÔNIO LIBERADOR DE GONADOTROFINAS)

Secreção de GnRH tb ADENOHIPÓFISE
é regulada por dopamina,
serotonina, β‐endorfina e 
norepinefrina.
LH FSH

Testículos:  Testículos:
Células de Leydig  Células de Sertoli

Acompanhado  Diferenciação 
por aumento de GH Testosterona da
espermátide em esperma
Puberdade e Secreção de Testosterona
 Gonadotrofinas LH e FSH

•LH induz secreção de testosterona pelas Céls. de Leydig
‐Níveis de secreção de testosterona são proporcionais aos níveis de LH disponível

• FSH age sobre as Céls de Sertoli
‐ Indução de crescimento e secreção de substâncias indutoras de espermatogênese

Tanto Testosterona quanto FSH são fundamentais

para iniciar a espermatogênese
Contexto Tecidual da Espermetogênese
 <      <       Testosterona         <    Leydig        <     LH       
Proliferação mitótica
das espermatogônias
<      <       GH

Divisão

Divisão

Proliferação 
Diferenciação <      Efeitos Parácrinos  <                                                         <   FSH
e 
atividade secretora 
de Céls  de Sertoli 
Ação Coordenada de Testosterona e FSH na Espermatogênese
FSH

Células de Sertoli:

Secretam agentes parácrinos
necessários à espermatogênese

LH

Células de Leydig:

Secretam testosterona
 Outras Ações da Testosterona na Puberdade
• Crescimento (~8 x) do pênis, escroto e testículos

• Características Sexuais Secundárias Masculinas

‐ Crescimento de pêlos (rosto, abdomen, face, tronco e outras áreas)

‐ Calvície (depende de outros fatores, além da testosterona)

‐ Alterações na voz (crescimento da laringe e hipertrofia da mucosa laríngea)

‐ Engrossamento da pele e da secreção pelas glândulas sebáceas > Acne

‐ Crescimento muscular e  ósseo (espessura)
OBS: Cessa o crescimento em altura > junção das epífises

‐ Aumento do Libido e Potência Sexual

Anabolismo ‐ Oposição a ação de estrogênio sobre o crescimento das mamas
proteico