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Bibliografia:
Introdução ao Direito Administrativo, Dr. João Caupers 7ª edição, Âncora editora
Curso de Direito Administrativo, Dr. Freitas do Amaral, volume I, 2ªedição, Almedina
PROGRAMA
Introdução
Parte I
1
A organização administrativa
Parte II
A Actividade Administrativa
O Procedimento Administrativo
O procedimento regulamentar
O procedimento contratual
Parte III
2
Acção administrativa comum
Processos urgentes
Processos cautelares
Processo executivo
Recursos
Arbitragem
Introdução
A Administração Pública e o Direito Administrativo
O que é administrar?
Administrar é uma acção humana que consiste em prosseguir certos
objectivos através do funcionamento da organização
Vários critérios:
Estado
Substracto Territorial Regiões Autónomas Municípios
Autarquias locais Freguesias
Regiões administrativas
Estabelecimentos públicos
Institutos Públicos Fundações
Entidades reguladoras, …etc…
Substracto Institucional
Ministérios
Directa
Secretarias gerais
Administração Estadual
Indirecta
Autarquias locais
Associações públicas
A Administração Pública não se limita ao Estado, mas comporta muitas outras entidades e organismos
Agentes administrativos
Administração conformadora
A partir dos anos 70 do séc. XX, depois da crise do Estado-providência,
a administração pública, procura reservar para si, já não a função de
prestar, mas a função de criar condições favoráveis a uma prestação de
utilidades basicamente resultante de actividades de natureza jurídico-
privada
Fim Fim
Tem necessariamente de prosseguir Tem naturalmente em vista, fins
sempre um interesse público. O pessoais ou particulares, que podem
interesse público é o único fim que as ser, lucrativos, económicos,
entidades públicas e os serviços filantrópicos, políticos, etc.
públicos podem legitimamente (não é o fim de alimentar a população que determina
a actuação do padeiro, mas sim o fim económico, de
prosseguir. vender o pão)
Meios Meios
A lei permite a utilização de Os meios jurídicos utilizados pelos
determinados meios de autoridade, particulares, caracterizam-se pela
que possibilitam à Administração de se igualdade entre as partes, os
impor aos particulares sem aguardar o particulares são iguais entre si.
seu consentimento ou mesmo fazê-lo
contra a sua vontade
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A função administrativa é:
Função administrativa
Aquela que, no respeito pelo quadro legal e sob a direcção dos
representantes da colectividade, desenvolve as actividades necessárias
à satisfação das necessidades colectivas.
a) Função negativa
Os órgãos e agentes da Administração Pública não podem praticar
actos contrários à lei
b) Função positiva
Precedência da lei, isto é, necessidade de habilitação legal para os
actos da Administração Pública
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Efeitos do princípio da legalidade
a) Efeitos negativos:
Os actos da Administração que violem a lei sofrem de invalidade
b) Efeitos positivos:
Os actos administrativos são tidos por legais até que um
tribunal administrativo decida em contrário.
Auto-controlo
Controlo que opera dentro da própria Administração pública, exercendo-
se através de reclamações, de recursos administrativos, e através da
actividade dos órgãos inspectivos
Hetero-controlo
Controlo parlamentar, efectuado pela Assembleia da República e
controlo jurisdicional, efectuado pelo tribunal de Contas.
Tribunal de Contas
Órgão do Estado, que exerce simultaneamente, competências
jurisdicionais, consultivas e de controlo, situadas no âmbito da função
administrativa.
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Profere sentenças
Que pode consistir na condenação de quem seja responsável pela
utilização indevida de dinheiros públicos
Dá parecer
Sobre a Conta Geral do Estado e as contas das regiões autónomas.
Fiscaliza e audita
A gestão financeira das organizações públicas
O Direito Administrativo
Direito Administrativo
Ramo do Direito Público, constituído pelo sistema de normas
jurídicas que regulam a organização, a actividade e o
controlo da Administração Pública e as relações que esta, no
exercício da actividade administrativa de gestão pública,
estabelece com outros sujeitos de Direito.
1. Constituição
2. Fontes comunitárias
3. Leis
4. Regulamentos
Normas orgânicas
Criam e estruturam as entidades que fazem parte da Administração
Pública
Normas funcionais
Regulam os modos de exercício da administração pública
Normas relacionais
Regem as relações entre a Administração Pública e os particulares
Regras jurídicas
Têm carácter prescritivo, permitindo, impondo ou proibindo um
comportamento
Princípios
Consubstanciam padrões de optimização, compatíveis com diversos
graus de concretização.
O interesse público
A Administração…
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1. Não pode modificar os interesses públicos (cuja prossecução a lei lhe
confiou).
Invalidade
A decisão tomada pela Administração Pública, que desrespeite os
Interesses públicos, sofre de invalidade, estando na origem do vício do
desvio do poder
Mérito
É o que resta depois de se ter submetido a actuação administrativa a
todos os juízos de legalidade possíveis.
Discricionariedade
Subentende a ideia de escolha, de fazer uma coisa, quando a lei
permitiria que se tivesse feito outra. Quando o legislador, confiou ao
órgão decisor uma certa liberdade de apreciação das circunstâncias que
rodeiam a tomada da decisão.
Vinculações
Os aspectos da decisão administrativa, condicionados pela lei.
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Discricionariedade e vinculação
Dois elementos, em proporções variáveis, inerentes a toda a decisão
administrativa. Qualquer decisão administrativa comporta o exercício de
poderes vinculados e de poderes discricionários
Vinculações absolutas
Estabelecidas, de forma positiva, por regras jurídicas em sentido estrito,
que uma vez contrariadas, invalidam a decisão.
Exemplos:
a competência para a tomada da decisão,
a finalidade da decisão
Vinculações tendenciais
Decorrem, de forma negativa, de normas constitucionais que
estabelecem princípios condutores da actividade administrativa (princípios
da prossecução do interesse público e da protecção dos direitos e interesses dos cidadãos, da
igualdade, da imparcialidade, da proporcionalidade, da boa fé e da justiça)
Vinculações tendenciais,
Decorrem de forma negativa, pois a invalidade de uma decisão depende
de se poder considerar que ela não incorpora o grau de optimização
exigível de um daqueles princípios.
Exemplos:
o conteúdo da decisão
o modo da decisão
1. Desvio de poder
Disfunção entre os motivos principalmente determinantes da decisão
e os fins para os quais a lei conferiu ao órgão decisor, o poder de a
tomar.
O Formalismo
Visa garantir a tomada da decisão administrativa correcta e a respectiva
exteriorização de modo adequado.
As formalidades
Têm por finalidade, assegurar o preenchimento de todas as condições
consideradas necessárias à formação ou à plena eficácia da decisão.
(ex: a audiência dos interessados art. 100° CPA)
O poder de decisão unilateral (característica do sistema de administração executiva)
Exercício de autoridade, poder conferido aos órgãos da Administração
Pública de tomar decisões susceptíveis de afectarem a esfera jurídica
dos cidadãos, definindo unilateralmente e autoritariamente o direito que
considera aplicável sem a prévia intervenção de um tribunal
Algumas restrições:
Factores de equilíbrio:
O princípio da legalidade
O princípio da proporcionalidade
O Provedor de Justiça
Direito subjectivo
Consubstancia uma situação jurídica activa, que possibilita a satisfação
de um interesse próprio do seu titular, razão pela qual lhe é atribuída
uma protecção jurídica directa
Interesse legítimo
Não possibilita a satisfação de um interesse próprio do seu titular, mas
somente a satisfação de um interesse público que ao sê-lo, poderia
eventualmente, implicar a satisfação do interesse privado conexo.
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Obriga a Administração Pública a provocar com a sua decisão, a menor
lesão de interesses privados, compatível com a prossecução do
interesse púbico em causa.
3 Níveis de apreciação:
1. Exigibilidade
O comportamento administrativo tem de constituir condição
indispensável da prossecução do interesse público.
2. Adequação
O comportamento administrativo tem de ser adequado à
prossecução do interesse público visado
O princípio da igualdade,
É uma limitação ao exercício de poderes discricionários, obrigando a
Administração Pública à sua aplicação uniforme, em circunstâncias
idênticas. (art. 124°/1/d CPA)
Iª PARTE
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A organização administrativa
Organização pública
Grupo humano estruturado pelos representantes de uma comunidade
com vista à satisfação de necessidades colectivas predeterminadas
destas.
Um grupo humano;
1. As pessoas colectivas
2. Os órgãos
3. Os serviços públicos
As pessas colectivas
São criadas por iniciativa pública para assegurar a prossecução
necessária de interesses públicos, dispondo frequentemente de
poderes públicos e estando submetidas a deveres públicos.
Administração estadual
A actividade administrativa pública que é desenvolvida no âmbito da
pessoa colectiva pública Estado.
Administração autónoma
A actividade administrativa que é desenvolvida fora da pessoa colectiva
pública, Estado.
A administração estadual
Administração directa
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Quando a actividade administrativa estadual é exercida por órgãos e
serviços da própria pessoa colectiva pública Estado. (Cuja personalidade
jurídica é reconhecida pelo direito interno)
Administração subordinada
Parte da administração estadual directa, cujos órgãos e serviços estão
submetidos à hierarquia do Governo, isto é, dependentes de um
membro deste.
Administração independente
Parte da administração estadual directa, que não está submetida à
hierarquia do Governo, pois o seu estatuto assenta numa ligação
privilegiada à Assembleia da República. (Provedor de justiça, Comissão Nacional de
Eleições, etc.)
Administração central
É a administração estadual directa e subordinada que abrange todo o
território nacional ( ou continental)
Administração periférica
É a administração estadual directa e subordinada que abrange somente
uma porção do território nacional (uma circunscrição)
Governo
É o principal órgão da administração central do Estado, e compõe-se do
Primeiro-Ministro, dos ministros, dos secretários de Estado e dos sub-
-secretários de Estado.
Conselho de Ministros
A reunião dos ministros, presidida pelo Primeiro-Ministro.
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Organização dos ministérios
Os diferentes ministérios organizam-se em direcções-gerais,
inspecções-gerais, secretarias-gerais e departamentos, que se dividem
em direcções de serviços, estas em divisões e repartições e estas em
secções.
A administração autónoma
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É constituída por pessoas colectivas que não foram criadas pelo Estado,
prosseguindo interesses públicos próprios das colectividades que as
instituíram
Autarquias locais
Pessoas colectivas públicas de base territorial, correspondentes aos
agregados de residentes em diversas circunscrições do território
nacional, que asseguram a prossecução de interesses comuns
resultantes da proximidade geográfica, mediante a actividade de órgãos
próprios representativos das populações.
Princípio da subsidiariedade
Tudo quanto puder ser eficazmente decidido e executado ao nível
autárquico, não deve ser atribuído ao Estado e aos seus agentes.
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4. Património e finanças próprias (art. 238°/1 CRP)
Universidades públicas
Integram também a administração autónoma, podendo ser consideradas
figuras mistas.
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Classificação dos órgãos:
Órgãos singulares
Critério do
N° de titulares
Orgãos colegiais
Órgãos colegiais
São integrados por diversos membros e exigem regras especiais para
poderem funcionar (arts. 14° a 28° CPA).
Composição
É o elenco abstracto dos membros que dele hão-de fazer parte, uma vez
constituído. Cada órgão colegial deve ter um presidente e um secretário, em princípio eleitos
pelo próprio órgão de entre os seus membros (arts. 14°/1 e 15°/1 CPA)
Constituição
É o acto pelo qual os membros de um órgão colegial, uma vez
designados, se reúnem pela primeira vez e dão início ao funcionamento
desse órgão.
Reunião
É o encontro dos respectivos membros para deliberarem sobre matéria
da sua competência.
Sessão permanente
Diz-se de sessão permanente, quando o órgão colegial é de
funcionamento contínuo (como a câmara municipal)
Sessão
O período dentro do qual podem reunir os órgãos colegiais de
funcionamento intermitente (assembleia municipal ou a assembleia de freguesia)
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Marcação
É a fixação da data e hora em que a reunião terá lugar.
Convocação
É a notificação feita a todos e a cada um dos membros, acerca das
reuniões a realizar, na qual são indicados, além do dia e hora da
reunião, o local desta e a respectiva ordem do dia (ordem de trabalhos ou
agenda)
Ordinárias
Tanto as reuniões como as sessões, se se realizam regularmente em
datas ou períodos certos.
Extraordinárias
Tanto as reuniões como as sessões, se são convocadas
inesperadamente fora das datas ou períodos certos (arts. 16° e 17° CPA).
Quórum de reunião
Número mínimo de membros de um órgão colegial, indispensável para
que este possa desempenhar as suas funções. (art. 22° CPA e 116°/2 CRP)
Quórum de deliberação
Número mínimo de votos exigidos para que um órgão colegial possa
deliberar validamente sobre um certo assunto.
Deliberação
Modo de decisão dos assuntos, exclusivamente utilizado pelos órgãos
colegiais
Métodos de deliberação:
Votação ou escrutínio
Depois de discussão do assunto por todos os membros do órgão
presentes, contam-se as expressões das suas vontades individuais.
(Proibida a abstenção nos órgãos administrativos colegiais consultivos, salvo determinação da lei em
contrário)
b) Votação secreta
O sentido de voto de cada membro do órgão não se torna conhecido
dos demais. (art. 24°/2 CPA)
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Consenso
Procura-se o sentido predominante da vontade do órgão, através de
uma espécie de assentimento tácito informal em torno de uma
determinada solução.
Resultados da votação:
3) Maioria qualificada
Identifica a vontade do órgão com aquela que foi expressa por uma
certa fracção dos votantes superior à maioria absoluta.
4) Unanimidade
Identifica a vontade do órgão com a totalidade dos votos favoráveis dos
membros votantes.
Voto de desempate
O presidente do órgão colegial não dispõe de direito de voto salvo se
ocorrer um empate.
Dissolução
Acto que põe termo colectiva e simultaneamente ao mandato dos
titulares do órgão colegial eleito.
Demissão
Acto que põe termo colectivamente às funções dos titulares, nomeados
e não eleitos, do órgão colegial
Assembleia municipal
Órgão colegial deliberativo, com competências de orientação,
regulamentação e fiscalização (art. 53° da Lei n° 169/99)
Câmara municipal
Órgão colegial executivo encarregado da gestão permanente dos
assuntos municipais (art. 64° da Lei n°169/99)
Freguesia:
Assembleia de freguesia
Órgão colegial deliberativo com competências de orientação,
regulamentação e fiscalização (art. 34° da lei n° 169/99)
Os serviços públicos
Serviços públicos
Estruturas organizativas encarregadas de preparar e executar as
decisões dos órgãos das pessoas colectivas que prosseguem uma
actividade administrativa pública.
Territorial
Serviços periféricos - Serviços cuja actividade se limita a uma
circunscrição administrativa
Igualdade
No tratamento dos cidadãos que se encontram em idênticas condições
específicas e não um tratamento idêntico a todos os cidadãos.
Atribuições
São os fins que a lei comete às pessoas colectivas
Competências
São os poderes jurídicos de que os órgãos de uma pesssoa colectiva
dispõem para prosseguir as atribuíções desta.
Missões
São as tarefas desenvolvidas pelos diversos serviços públicos
Os órgãos administrativos só podem fazer aquilo que a lei lhes impõe ou permite
Inalienável
Irrenunciável
A matéria
A hierarquia
O valor
O território
O tempo
Principais classificações da competência
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a) quanto ao modo de atribuição
Competência:
Própria
Somente fixada pela lei
Delegada
Além de fixada pela lei, fruto de uma manifestação de vontade
indispensável de outro órgão administrativo.
Competência:
Comum
A competência do superior hierárquico engloba a dos subordinados.
Exclusiva
A competência do subordinado não se inclui na do superior.
Competência:
Singular
Um só órgão titular
Conjunta
Vários órgãos titulares
d) Quanto à substância
Competência:
Dispositiva
Para tomar uma decisão sobre certo assunto
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Poder de direcção
Relações Interorgânicas Poder de supervisão
Poder disciplinar
Relações interorgânicas
Tutela
Relações intersubjectivas Superintendência
Função accionista do Estado
Relações intersubjectivas
Relações interorgânicas
Hierarquia administrativa
Modelo organizativo vertical que consubstancia uma relação jurídico-
-funcional entre órgãos empenhados na prossecução de atribuições
comuns e agentes envolvidos nas mesmas tarefas, traduzidas
essencialmente no poder de direcção do órgão superior e no
correspondente dever de obediência do órgão subordinado.
Hierarquia externa
Reflecte a repartição vertical de competências entre órgãos. (É a hierarquia
que interessa ao direito administrativo);
Hierarquia interna
É um conceito organizativo que designa a divisão vertical de tarefas
entre agentes.
Poder de direcção
Faculdade de dar ordens e instruções ao subordinado. (Ao poder de direcção
do superior hierárquico corresponde o dever de obediência do subordinado)
Poder de supervisão
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Faculdade de confirmar, revogar, suspender, modificar ou substituir os
actos do subordinado, se este não dispuser de competência exclusiva
sobre a matéria. (art. 142°/1 e 174°/1 CPA)
Poder disciplinar
Que se concretiza através da aplicação de sanções disciplinares.
A supervisão
É uma forma de relacionamento interorgânico, em que o órgão
supervisionante não pode dar ordens ao órgão supervisionado, mas
pode agir sobre os actos deste, designadamente revogando-os.
Delegação tácita
A lei de habilitação, em vez de prever o acto de delegação, considera
certos poderes delegados. (a não ser que o delegante manifeste a sua vontade em
sentido oposto)
Delegação de assinatura
Quando o autor do acto é o delegante (não se trata de uma verdadeira delegação)
Conteúdo da delegação:
No direito administrativo português vigora a regra da especificação positiva de poderes jurídicos (art.37°/1 CPA)
Orientar
o exercício dos poderes delegados através de directivas e instruções
Avocar
Chamar a si os poderes delegados, em casos concretos em que
pretenda ser ele a decidir.
Revogar
Os actos praticados pelo delegado ao abrigo da delegação.
Regra geral
O acto do delegado possui as mesmas características que teria se
tivesse sido praticado pelo delegante.
Por revogação
30
Questão
A quem é que a lei atribui a competência?
Resposta
Conjuntamente ao delegante e ao delegado.
Relações intersubjectivas
A Tutela administrativa
Poder de controlo de uma pessoa colectiva pública sobre os actos
praticados por outra pessoa colectiva pública
(os actos praticados pelos órgãos da pessoa tutelada encontram-se sujeitos à interferência de um
órgão da entidade tutelar, com o propósito de assegurar a legalidade ou o mérito daqueles.)
2 Critérios:
Tutela de legalidade
Incide exclusivamente no plano da conformidade legal
1. Quanto ao objecto
Tutela de mérito
Incide sobre a oportunidade e a conveniência da actuação
administrativa (art. 242°/1 CRP)
Tutela sancionatória
2. Quanto à forma Poder de aplicar sanções
Tutela substitutiva
Poder de suprir omissões
Regime jurídico da tutela administrativa
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A tutela nunca envolve o poder de orientar a actividade da pessoa
colectiva tutelada.
A superintendência
Relação entre duas pessoas colectivas públicas que confere aos órgãos de uma delas
os poderes de definir os objectivos e orientar a actuação dos órgãos da outra
Directivas
Impõem objectivos mas deixam liberdade quanto aos
meios para os atingir
Instrumentos da superintendência
Recomendações
São opiniões, acompanhadas de um convite para agir num
certo sentido
da desburocratização
Princípios da aproximação dos serviços às populações
Constitucionais
da participação dos interessados na gestão efectiva dos serviços públicos 32
da desconcentração
Sobre a
Organização
Administrativa
2ª PARTE
A actividade administrativa
O procedimento administrativo
Procedimento administrativo
A sucessão ordenada de actos e formalidades que visam assegurar a
correcta formação ou execução da decisão administrativa e a defesa
dos direitos e interesses legítimos dos particulares.
Processo administrativo
O conjunto de documentos em que se traduzem os actos e formalidades
que integram o procedimento administrativo
De iniciativa pública
De iniciativa privada
Decisórios
Executivos
Procedimentos administrativos De 1° grau
De 2° grau
Communs
Especiais
Procedimentos decisórios
Visam a tomada de uma decisão administrativa
Procedimentos executivos
Visam assegurar a projecção dos efeitos de uma decisão administrativa
Procedimentos de 1° grau
Os que incidem pela 1ª vez sobre uma situação da vida
Procedimentos de 2° grau
Incidem sobre uma decisão administrativa anteriormente tomada
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Procedimentos comuns
Aqueles que não são regulados por lei especial, mas pelo próprio CPA
Procedimentos especiais
Aqueles que são regulados por leis especiais.
O CPA aplica-se…
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1ª FASE
Arranque do procedimento
A identificação do requerente
Apresentação do requerimento:
Envio postal
Entrega pessoal
Uma vez recebido, o requerimento é obrigatoriamente objecto de REGISTO
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Sobre o requerimento pode recair um…
Despacho inicial
Consistindo no:
Indeferimento liminar
Quando o requerimento é anónimo ou ininteligível.
Ou no:
Aperfeiçoamento
Se o requerimento não satisfizer todas as exigências do artigo 74°do
CPA.
2ª FASE
A instrução
Fase de instrução
É aquela em que se procede à recolha e ao tratamento dos dados
indispensáveis à decisão.
Podendo este…
Ou…
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Encarregar um subordinado seu da realização de diligências
instrutórias avulsas ..
Diligências instrutórias
Podem ser …
Pareceres obrigatórios
Quando a lei exige que sejam pedidos.
Pareceres facultativos
Quando a decisão de os pedir foi livremente tomada pelo órgão instrutor.
Pareceres vinculativos
Se as suas conclusões têm de ser acatadas pelo órgão decisor.
4. Audição de pessoas
Nomeadamente de pessoas que possuam informação relevante
passível de condicionar a decisão administrativa.
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Confere ampla liberdade ao órgão instrutor do procedimento, mesmo
nos procedimentos de iniciativa particular.
3ª FASE
A audiência dos interessados
Obrigatória
Antes da tomada da decisão final.
Regra geral
A audiência dos interessados realiza-se no termo da instrução, podendo
realizar-se por escrito ou oralmente, à escolha do instrutor (arts. 101° e
102° CPA).
Fundamentação
O instrutor deve sempre fundamentar clara e completamente as razões
que levam à não realização da audiência dos interessados, sob pena de
invalidade da decisão final.
4ª FASE
A decisão
Relatório do instrutor
Peça onde se dá conta do pedido do interessado, se resumem as fases
do procedimento e se propõe uma decisão.
6. O "acto tácito".
Omissão juridicamente relevante
"Acto tácito"
Para que uma omissão de um órgão da Administração pública assuma o
significado jurídico de um "acto tácito" é indispensável que se
verifiquem cumulativamente estes…
Pressupostos:
A iniciativa de um particular
2 Sistemas:
40
Sistema de deferimento tácito)
A consequência do "acto tácito" seria equivalente a um deferimento
do pedido do particular
O ACTO ADMINISTRATIVO
O acto administrativo é …
1. Um acto jurídico
Uma conduta voluntária geradora de efeitos jurídicos
2. Um acto unilateral
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Uma declaração de vontade para cuja perfeição é desnecessária a contribuição
de qualquer outra vontade.
…e também…
1. Autoridade
Traduz-se na obrigatoriedade do acto administrativo para todos
aqueles relativamente a quem ele produza os seus efeitos
2. Revogabilidade limitada
Decorre da necessidade de equilíbrio entre a permeabilidade dos
actos administrativos à variação dos interesses públicos que visam
promover e a protecção da confiança dos particulares.
3. Presunção de legalidade
Decorre do princípio da legalidade e justifica aspectos como a
ilegalidade da oposição do direito de resistência a actos
administrativos anuláveis e o efeito meramente devolutivo do recurso
contencioso
42
Natureza jurídica do acto administrativo
Pois…
O autor
O destinatário 43
Subjectivos
O conteúdo
Objectivos O objecto
Elementos
Os motivos (porquê?)
Funcionais
O fim (para quê?)
A forma
Formais As formalidades
Acto
Administrativo Requisitos - (exigências legais relativamente a cada elemento do acto)
Expressa
Fundamentação dos actos De facto e de direito
Essenciais Clara, coerente e completa
Insupríveis
O destinatário
Um particular ou outra pessoa colectiva pública
Elementos funcionais
Elementos formais
A forma
Consiste no modo de exteriorização da vontade administrativa.
As formalidades
Ritos destinados a garantir a correcta formação ou execução da
vontade administrativa ou o respeito pelos direitos e interesses dos
particulares
Formalidades em especial
Formalidades essenciais
As formalidades que não são possíveis de dispensar, sob pena de
invalidade ou de ineficácia.
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Formalidades não essenciais
As formalidades que podem ser dispensadas
Formalidades supríveis
Aquelas cuja falta no momento adequado ainda pode ser corrigida pela
respectiva prática actual, sem prejuízo do objectivo que a lei procurava
atingir com a sua imposição naquele momento.
Formalidades insupríveis
As formalidades cuja falta não é susceptível de ser remediada, uma vez
que já foi precludido o objectivo prosseguido pela lei com a sua
imposição.
Excepto:
Art.124° CPA
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Enumera os actos administrativos que devem ser fundamentados:
Expressa
De facto e de direito
Tem de indicar as regras jurídicas que impõem ou permitem a tomada
de decisão e também tem de explicar em que medida é que a
situação factual, sobre a qual incide esta, se subsume às previsões
normativas das regras aplicáveis
Acto primário
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Incide pela 1ª vez sobre uma situação da vida.
Acto secundário
Tem por objecto um acto primário anterior
Ordens
Comandos proíbições
Directivas
Impositivos Punitivos
Ablativos
juízos
Autorização
Licença
Actos primários Subvenção
Conferir ou
Ampliar vantagens
Concessão
Delegação
Admissão
permissivos Isenção
Dispensa
Eliminar ou escusa
Reduzir encargos
Renúncia
Actos impositivos
Impõem uma conduta ou sujeitam o destinatário a certos efeitos jurídicos
Actos permissivos
Que possibilitam ao destinatário a adopção de um comportamento
positivo ou negativo
Comandos
Actos que impõem uma conduta, positiva (ordens) ou negativa (proíbições)
Directivas
Que determinam o resultado a atingir mas deixam liberdade quanto aos
meios a utilizar.
Actos punitivos
Que aplicam sanções
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Actos ablativos
Que sujeitam o destinatário a um sacrifício (ex: expropriação por utilidade pública)
Juízos
São actos de qualificação (classificações e notações)
Autorização
Por via da qual um órgão da Administração Pública possibilita o
exercício de um direito ou de uma competência de outrem.
Licença
Através da qual um órgão da Administração Pública atribui a um
particular o direito de exercer uma actividade privada relativamente
proibida por lei
Subvenção
Pela qual um órgão da Administração Pública atribui a um particular uma
quantia em dinheiro destinada a custear a prossecução de um interesse
público específico.
Concessão
Por meio da qual um órgão da Administração Pública transfere para um
particular o desempenho de uma actividade pública.
Delegação
Através da qual um órgão da Administração Pública possibilita o
exercício de algumas das suas competências por parte de outro órgão
ou agente a quem a lei também as confere.
Admissão
Por via da qual um órgão da Administração Pública investe um particular
numa categoria legal, de que decorrem direitos e deveres.
Dispensas
Legitima o incumprimento de uma obrigação legal.
Isenção
Dispensa em atenção a outro interesse público
Escusa
Dispensa como forma de procurar garantir o respeito pelo princípio da
imparcialidade
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Renúncia
Através da qual a Administração Pública se despoja da titularidade de
um direito disponível.
A promessa
A decisão prévia
A decisão parcial
A decisão provisória
A decisão precária
A execução do acto administrativo
( artigos 149° a 157° do CPA)
50
Destacam-se:
O pagamento de uma quantia certa tem carácter judicial, ( arts. 148° e ss. CPPT)
Requisitos de validade
Requisitos de eficácia
Usurpação do poder
Orgânicos
Absoluta
Incompetência relativa
Desvio de poder
Causas da materiais
Invalidade Violação de lei
Erro
Vícios da vontade Dolo
Coacção
Incapacidade acidental
Vícios orgânicos:
Usurpação de poder
Ofensa por um órgão da Administração Pública do princípio da
separação de poderes, por via da prática de acto incluído nas
atribuíções do poder judicial ou do poder legislativo.
Incompetência
Consubstancia-se na prática por um órgão de uma pessoa colectiva
pública de um acto incluído nas atribuições de outra pessoa colectiva
pública.
Vícios materiais:
Desvio de poder
Traduz-se no exercício de um poder discricionário por um motivo
principalmente determinante desconforme com a finalidade para que a
lei atribuiu tal poder.
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Violação de lei
Consiste na discrepância entre o objecto ou o conteúdo do acto e as
normas jurídicas com que estes deveriam conformar-se.
Regimes da invalidade
(revisão da matéria de introdução ao estudo do direito)
Ineficácia absoluta
Invalidade Anulabilidade
Inexistência
Ineficácia absoluta
É a que pode ser invocada por qualquer interessado e actua
automaticamente. (“Erga Omnes”).
É o negócio sob condição suspensiva, quando essa condição não se verifique. Neste caso o negócio
não produz quaisquer efeitos, nem sequer entre as partes.
Ineficácia relativa
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É a que opera apenas em relação a certas pessoas, em favor das quais foi
estabelecida e só por elas pode ser invocada.
Inexistência
Quando nem sequer na aparência existe uma qualquer materialidade de um
negócio jurídico, ou existindo essa aparência, a realidade não lhe
corresponde.
Nulidade
Quando o negócio jurídico foi concluído sem os requisitos legalmente
necessários para a sua conclusão.
Nulidade mista
A lei pode considerar mais adequado à defesa de certos interesses o
estabelecimento de um regime misto (art.1939° CC nulidade dos actos praticados pelo tutor)
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A nulidade obedece a um regime destinado a salvaguardar o interesse público
ex offício
Pode ser declarada pelo juiz, mesmo que ela não lhe tenha sido pedida por
qualquer das partes. A nulidade é de interesse público (art.286°CC)
Absolutas
Podem ser invocadas por qualquer pessoa que tenha interesse em que não se
produzam em relação a si os efeitos do negócio.
Interessado, é qualquer pessoa titular de uma relação jurídica, afectada na sua consistência
jurídica (subadquirentes) ou prática (credores), pelos efeitos a que o negócio se dirigia.
Confirmação, quer dizer o acto pelo qual as pessoas legitimadas para invocar a anulabilidade declaram que
prescindem de a invocar, aprovando o negócio não obstante o vício de que enferma.
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A reiteração é um negócio jurídico novo, por isso só opera ex-nunc
não operam ipso jure ( quer por via de acção quer por via de excepção)
É preciso um acto de vontade da pessoa ou pessoas em favor das quais a
anulabilidade foi estabelecida para que ela seja declarada e produza os seus
efeitos.
O juíz não pode declarar ex- ofício a anulabilidade, mesmo que dela se aperceba
A nulidade é insanável
Regime da anulabilidade
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O acto anulável é eficaz até ser anulado, embora a anulação
produza efeitos retroactivos ao momento da sua prática.
Actos… Actos…
Viciados de incompetência absoluta Viciados de incompetência relativa
Viciados de usurpação de poder Viciados por desvio de poder
Que sofram de vício de forma, por Que sofram de vício de forma, por
carência absoluta de forma legal. carência relativa de forma legal, (salvo
Praticados sob coacção se a lei estabelecer para o caso a
De conteúdo ou objecto impossível ou nulidade, de preterição de forma
ininteligível essencial)
Que consubstanciem a prática de um Praticados por erro, dolo ou
crime. incapacidade acidental.
Que lesem o conteúdo essencial de
um direito fundamental
Sanação
Consiste na transformação de um acto anulável, num acto válido ou
insusceptível de impugnação contenciosa, ditada por razões de
segurança e certeza jurídica.
Causas de sanação
Efeitos da sanação
Os actos secundários
Aprovação
Integrativos Acto confirmativo
Ratificação confirmativa
Ratificação sanação
Sanadores Reforma
Actos conversão
Administrativos Suspensão
Secundários Modificativos Modificação
rectificação
Desintegrativos Revogação
Actos integrativos
Visam completar um acto administrativo anterior
Aprovação (e o visto)
Exprime a concordância com um acto definitivo praticado por outro
órgão (confere eficácia a uma decisão que era ineficaz)
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Acto confirmativo
Reitera e mantém em vigor um acto administrativo anterior da autoria do
mesmo órgão ou de um subordinado seu.
Ratificação confirmativa
Acto através do qual o órgão normalmente competente em certa
matéria, exprime a sua concordância com um acto praticado nessa
mesma matéria, em circunstância extraordinárias, por um outro órgão.
Actos sanadores
Visam eliminar a invalidade de acto administrativo anteriormente
praticado.
Ratificação sanação
Visa suprir a ilegalidade resultante da incompetência relativa do autor de
um acto anterior ou da falta de uma condição legalmente exigida para
que o seu autor o pudesse praticar
Reforma
Aproveita a parte não afectada por ilegalidade de um acto administrativo
anterior.
Conversão
Aproveita os elementos válidos de um acto administrativo anterior para
com eles construir um novo acto, este legal.
Actos modificativos
Suspensão
Paralisa temporariamente os efeitos de acto administrativo anterior
(art. 150°/2 CPA)
Modificação
Substitui total ou parcialmente, um acto administrativo anterior.
Rectificação
Corrige erros manifestos, materiais ou de cálculo, de um acto
administrativo anterior (art. 148°/ CPA).
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À suspensão e à modificação é igualmente aplicável o regime legal da revogação
Actos desintegrativos
O principal acto desintegrativo é a revogação
Revogação
Acto administrativo que visa destruir ou fazer cessar os efeitos de um
acto anterior
Quanto à iniciativa
Quanto à iniciativa
Espontânea ou retractação
Decidida por um órgão da Administração Pública
Provocada
Suscitada por um interessado
Quanto ao fundamento
Por Invalidade
Fundada em invalidade do acto revogado
Por inconveniência
Fundada em inconveniência do acto revogado
Anulatória ou ex-tunc
Elimina retroactivamente os efeitos do acto revogado
Válidos
Inválidos - (Revogáveis)
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Excepto na parte em que forem desfavoráveis aos interessados ou
quando estes concordem com a revogação e não estejam em causa
direitos indisponíveis.
Actos inválidos
São revogáveis,
Mas somente com fundamento em tal invalidade e dentro do prazo mais
longo para a interposição de recurso contencioso ou até à resposta da
entidade recorrida neste.
Pertence …
Ao autor do acto
Aos seus superiores hierárquicos (salvo, por iniciativa destes, se se tratar de acto da
competência exclusiva do subordinado)
Ao delegante
Ao órgão que exercer tutela revogatória (excepcionalmente e nos casos previstos
na lei artigo 142° CPA)
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