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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG

ESCOLA DE ENGENHARIA
ENGENHARIA MECÂNICA EMPRESARIAL

ÁLISSON FARIAS DA SILVA

AVALIAÇÃO MECÂNICO-METALÚRGICA DO AÇO DE BAIXA LIGA


ABNT 8550 (DIN 34 CrAlNi 7) NITRETADO.

RIO GRANDE-RS
2016
ÁLISSON FARIAS DA SILVA

AVALIAÇÃO MECÂNICO-METALÚRGICA DO AÇO DE BAIXA LIGA


ABNT 8550 (DIN 34 CrAlNi 7) NITRETADO.

Trabalho de conclusão de curso como


requisito parcial de aprovação na disciplina de
Projeto de Graduação em Engenharia Mecânica
para a obtenção do título de Engenheiro
Mecânico Empresarial na Universidade Federal
do Rio Grande – FURG.

Orientador: Professor Dr. Jorge Luis Braz


Medeiros

RIO GRANDE - RS
2016
ÁLISSON FARIAS DA SILVA

AVALIAÇÃO MECÂNICO-METALÚRGICA DO AÇO DE BAIXA LIGA


ABNT 8550 (DIN 34 CrAlNi 7) NITRETADO.

A banca examinadora, abaixo identificada, analisou este projeto e concluiu que o mesmo
apresenta as características técnico-científicas exigidas para um projeto de graduação,
decidindo pela sua aprovação.

_________________________________________________________
Orientador - Prof. Dr. Jorge Luis Braz Medeiros (FURG)

_________________________________________________________
Prof. Dr. Luciano Volcanoglo Biehl (FURG)

_________________________________________________________
Prof. Me. Márcio Ulguim Oliveira (FURG)
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha avó Norma


Lorentz da Silva que, mesmo não estando mais
neste plano, me acompanha diariamente e com
certeza está feliz por eu estar encerrando mais
este ciclo. Também dedico ao meu pai e minha
mãe, meus maiores amores e meus maiores
exemplos na vida...
AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a minha família: Carlinhos, Rosane, Josiane, Ariel, Pablo,


Carlos e Giovanni. Sem vocês eu não teria a força e a coragem para vencer a cada desafio e a
batalha de enfrentar estes seis anos de graduação longe de casa e com todas as dificuldades
surgidas.
Agradeço aos meus amigos por me escutarem, apoiarem, animarem, auxiliarem,
conversarem entre muitas outras ações, sempre tão dedicadas a proporcionar o meu bem estar.
Principalmente ao Pedro Henrique, vizinho, amigo e confidente que sempre esteve disposto a
me ajudar e me acompanhou desde o primeiro ano de faculdade, também sabe o quão difícil
foi afrontar as muitas adversidades e limitações durante a graduação.
Agradeço ao meu orientador Professor Doutor Jorge Luis Braz Medeiros pela ajuda,
pelas conversas e ensinamentos, e orientações que com certeza, fez com que aumentasse o
meu conhecimento e aprendesse uma área totalmente nova, sendo um grande desafio pessoal
iniciado no referente ano.
Também, tenho a minha gratidão pelos meus colegas de formação: Paulo, André,
Rafael, Nelson e Alexandre que sempre me auxiliaram nos estudos e, alguns, na vida. Ao
Antonio que me ajudou e se preocupou em me passar informações, ensinamentos e auxiliar na
realização de ensaios para este trabalho.
Não menos importante, agradeço a Universidade Federal do Rio Grande por permitir
este aluno a ter a tão sonhada graduação pública e gratuita e auxiliar no meu crescimento
pessoal, profissional e psicológico.
RESUMO

Este presente trabalho tem por objetivo apresentar a avaliação mecânico-metalúrgica


de três amostras e suas duplicatas, do aço beneficiado ABNT 8550 após a realização da
nitretação a gás em diferentes tempos de tratamento (16, 24 e 32 horas). Foram executadas a
preparação das amostras e o conseqüente ataque químico usando o reagente Nital 2%. As
análises metalográficas foram realizadas após a obtenção das imagens com o auxílio do
microscópio óptico que revelou a boa definição da camada de compostos, ou camada branca,
e a camada de difusão. O melhor detalhamento da microestrutura do substrato e da camada
nitretada foi após a aquisição das imagens no Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV)
apresentando em todas as amostras um núcleo martensítico revenido e, na camada de
compostos, a presença de trincas e sua característica porosidade. Para a obtenção da espessura
da camada nitretada, o método do perfil de microdureza foi utilizado revelando as diferentes
profundidades nas amostras, sendo a máxima profundidade de 0,60 mm. As medições de
durezas nos núcleos apresentaram em média, aproximadamente, 300 HV e as microdurezas
superficiais o valor médio de 1217,5 HV. A câmara de névoa salina foi usada para execução
do ensaio acelerado de corrosão revelando a resistência da camada nitretada de mais de 120
horas de exposição e, no substrato, o surgimento em 6 horas de ensaio. Por fim, foi
comprovada a efetividade do tratamento aplicado e a melhoria na resistência a corrosão, o
aumento de dureza e resistência ao desgaste do aço ABNT 8550 pela presença das camadas de
compostos e difusão.

Palavras-chave: aço ABNT 8550, nitretação a gás, camada nitretada, MEV, microdureza e
corrosão
ABSTRACT

This project's objective is to present the mechanical and metallurgical avaliation of six
samples, from the benefited ABNT 8550 steel after gas nitriding in different treatment timing
(16, 24 and 32 hours). The preparation of the samples and the chemical attack using Nital 2%
were performed. Metalographic analyses were done after obtaining the images with an optical
microscope, that revealed a good quality of the composite layers, or white layer and diffused
layer. Better details of the microstructure from the substract and the nitrite coating were
acquired after gathering the Scanning Electron Microspoce (SEM). It was shown in every
sample a tempered martensite core, compost layer, cracks and their characteristic porosity.
For the achievement of the nitride coating thickness, the microhardness shape method was
used, revealing different thickness on samples with 0,60 mm as maximum depth. Hardness
measuring of the cores showed na average of approximately 300 HV, and 1217,5 HV for
superficial hardness. The saline mist chamber was used to accelerate the tests, revealing a
resistence of the nitride coating for more than 120 hours and in the substrate at 6 hours of test.
At last, the effectivenees of the treatment was proven and increased the corrosion resistence,
hardness and abrasion resistence of the ABNT 8550 steel by the presence of composite layers
and diffused.

Keywords: ABNT 8550 steel, gas nitriding, nitride coating, SEM, corrosion and
microhardness.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Sequência de fases da superfície para o núcleo, quando T < 591ºC........................ 14


Figura 2- Sequência de fases modificada para T > 591ºC ..................................................... 15
Figura 3- Sequências modificadas: (a) resfriamento lento com T > 591ºC e (b) nitretação
exatamente na T=591ºC. ...................................................................................................... 15
Figura 4- Diagrama de fases Fe-N. ....................................................................................... 16
Figura 5 – Representação esquemática da difusão intersticial do nitrogênio.......................... 17
Figura 6 - Aspecto microestrutual da camada nitretada do aço (A)AISI D2 e (B) AISI D6.
Ataque Nital 4%................................................................................................................... 18
Figura 7- Desenho esquemático de um forno tipo câmpula. .................................................. 19
Figura 8 - Microestrutura da superfície nitretada conforme as concentrações do gás. Aço AISI
4140. Nital 2%. .................................................................................................................... 21
Figura 9 - Exemplo de corrosão por pites no aço inoxidável AISI 304. Imagem obtida através
do MEV (Microscópio Eletrônico de Varredura). ................................................................. 24
Figura 10 - Microscópio óptico de marca Olympus. ............................................................. 28
Figura 11 - Microdurômetro da marca Shimadzu.................................................................. 29
Figura 12 - Amostra nitretada a 525ºC por 16h, ataque Nital 2%, microscópio óptico. ......... 31
Figura 13 - Amostra nitretada a 525ºC por 24 horas, ataque Nital 2%, microscópio óptico. .. 32
Figura 14 – Amostra nitretada a 525ºC por 32 horas , ataque Nital 2%, microscópio óptico.
Em (b) trincas na camada branca, dos nitretos formados e a forma de agulhas dos nitretos da
camada de difusão................................................................................................................ 33
Figura 15 - Amostra duplicata nitretada a 525ºC por 16 horas, ataque Nital 2%, microscópio
óptico................................................................................................................................... 34
Figura 16 - Amostra duplicata nitretada a 525ºC por 24 horas, ataque Nital 2%, microscópio
óptico................................................................................................................................... 34
Figura 17 - Amostra duplicata nitretada a 525ºC por 32 horas, ataque Nital 2%, microscópio
óptico................................................................................................................................... 35
Figura 18 - Amostras nitretadas a 525ºC por (a) 16 horas e (b) 24 horas, ataque Nital 2%,
MEV.................................................................................................................................... 35
Figura 19 - Amostra nitretada a 525ºC por 32 horas, ataque Nital 2%, MEV. ....................... 36
Figura 20 - Amostras duplicatas nitretadas a 525ºC por (a) 16 horas e (b) 24 horas, ataque
Nital 2%, MEV. ................................................................................................................... 36
Figura 21 - Amostra duplicata nitretada a 525ºC por 32 horas, ataque Nital 2%, MEV. ........ 36
Figura 22 – Camadas de compostos das amostras nitretadas a 525ºC por (a) 16 horas e (b) 24
horas. Nital 2%. ................................................................................................................... 37
Figura 23 - Camadas de compostos das amostras nitretadas a 525ºC por 32 horas, ataque Nital
2%. ...................................................................................................................................... 37
Figura 24 – Camadas de compostos das amostras duplicatas nitretadas a 525ºC por (a) 16
horas e (b) 24 horas, ataque Nital 2%. .................................................................................. 38
Figura 25 – Camada de compostos da amostra duplicata nitretada a 525ºC por 32 horas,
ataque Nital 2%.................................................................................................................... 38
Figura 26 – Perfil de microdureza das amostras nitretadas a 525ºC por 16, 24 e 32 horas. .... 39
Figura 27 - Perfil de microdureza das amostras nitretadas duplicatas a 525ºC por 16, 24 e 32
horas. ................................................................................................................................... 40
Figura 28 – Demonstração das identações do perfil de microdureza no aço ABNT 8550
nitretado............................................................................................................................... 41
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Aços baixa liga com alumínio para a nitretação a gás. .......................................... 13
Tabela 2 - Tempo e temperatura indicados para nitretação líquida de diferentes aços. .......... 20
Tabela 3 - Tabela de valores de potenciais em relação ao eletrodo padrão de hidrogênio a
25ºC(77ºF) baseada na tabela da ASM- vol. 13A.................................................................. 25
Tabela 4 - Composição química do aço, segundo norma SAE J404, conforme fabricante. .... 26
Tabela 5 - Propriedades mecânicas do material utilizado. ..................................................... 27
Tabela 6 - Parâmetros para a nitretação. ............................................................................... 27
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

' - Nitreto de Ferro gama linha ( Fe 4 N )


 - Nitreto de Ferro epslon ( Fe 23 N )

 - Nitreto de Ferro ksi ( Fe 2 N )


 - Ferrita
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
AISI - American Iron and Steel Institute
DIN - Norma da indústria alemã (Deutsches Institut für Normung)
HB - Dureza Brinell
HV - Dureza Vickers
HV0,05 - Dureza Vickers com carga de 50gf
MEV - Microscópio Eletrônico de Varredura
NHT - Profundidade da camada de difusão
SAE - Society of Automotive Engineers
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 13
2.1 Aços baixa liga e sua aplicação. ............................................................................... 13
2.3 Nitretação: o tratamento termoquímico superficial................................................ 13
2.3.1 Introdução ........................................................................................................... 13
2.3.2 Diagrama Fe-N e a formação de fases da nitretação. ............................................ 14
2.3.3 Particularidades dos tipos de nitretação................................................................ 16
2.3.3.1 Nitretação a gás e seus estudos...................................................................... 16
2.3.3.2 Alguns aspectos da nitretação líquida. .......................................................... 20
2.3.3.3 Considerações sobre a nitretação iônica ou a plasma. .................................... 20
2.4 Corrosão e a importância da nitretação .................................................................. 22
2.4.1 Introdução ........................................................................................................... 22
2.4.2 A variabilidade dos meios corrosivos................................................................... 22
2.4.3 As formas de corrosão ......................................................................................... 23
2.4.4 Mecanismo Eletroquímico ................................................................................... 24
3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 26
3.1 Materiais de estudos ................................................................................................. 26
3.2 Execução do tratamento termoquímico................................................................... 27
3.3 Preparação das amostras ......................................................................................... 27
3.4 Análises da camada de difusão e da camada de compostos .................................... 28
3.6 Análises da microdureza superficial........................................................................ 29
3.7 Ensaios de corrosão .................................................................................................. 30
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................. 31
4.1 Análise metalográfica das amostras ........................................................................ 31
4.1.1 Microscopia óptica .............................................................................................. 31
4.1.2 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)....................................................... 35
4.2 Perfil de microdureza e microdureza superficial .................................................... 39
4.3 Ensaio de corrosão na câmara de névoa salina ....................................................... 41
5 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 42
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 43
12

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, a busca incessante pela máxima qualidade e pela maior eficiência, tanto
em produtos quanto serviços, abrem precedência para várias áreas de pesquisa e
desenvolvimento progredirem no encontro de uma solução mais rápida e de melhor
característica para alcançar tais objetivos. Atrelado a isso está o avanço da tecnologia e o
surgimento de novas técnicas que complementam e proporcionam muitas vezes, como
exemplo, na diminuição de custos em mão de obra, fabricação, manutenção, matéria prima e
também, não menos importante, no aumento da vida útil de determinado produto.
Na fabricação de produtos que utilizam o aço, primeiramente, é executado o projeto o
qual é responsável pelo dimensionamento dos materiais a serem utilizados, levando em
consideração as diferentes solicitações e características necessárias para a criação e melhor
desempenho de tal produto. Entretanto, durante e após a produção, é necessário a realização
de vários ensaios para analisar se o material irá suportar aos esforços submetidos e atender as
especificações da fase inicial do projeto. Estes ensaios, na academia, são realizados e
estudados nas disciplinas de comportamento dos materiais mecânicos e, na indústria,
realizados no setor de pesquisa e desenvolvimento abrangendo tantos conhecimentos
mecânicos quantos metalúrgicos a fim de se obter o comportamento desejado dos materiais.
Baseado nestes fatos, este trabalho apresenta o estudo através de análises mecânicas e
metalúrgicas do aço ABNT 8550 após a aplicação da nitretação a gás, tratamento
termoquímico mais convencional que utiliza o gás amônia ( NH 3 ) como meio nitretante para a

formação de nitretos, de maneira a proporcionar não somente o aumento de dureza superficial


do aço, mas também como melhoria na resistência a corrosão do mesmo. Dentre os ensaios
executados, a micrografia é a principal responsável pela identificação das microestruturas e
camadas nitretadas das amostras estudadas, o ensaio de microdureza para a obtenção da
profundidade da camada de difusão e microdureza superficial, e o ensaio acelerado de
corrosão na Câmara de Névoa Salina o responsável na simulação de um intensivo ataque do
meio corrosivo, neste caso o Cloreto de Sódio.
13

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Aços baixa liga e sua aplicação.

Aço de baixa liga são os aços que, além de serem constituídos basicamente de ferro e
carbono, possuem o total de até 5% em elementos de liga na sua composição química. Estes
elementos são adicionados fundamentalmente para reduzir a velocidade de decomposição da
austenita durante o resfriamento do tratamento térmico e o resultado tende a ser um aço muito
mais duro (VAN VLACK, 1984). Estes aços juntamente com os aços ferramenta e os aços
rápidos - classificação dos aços segundo a sua aplicação - são indicados para a nitretação por
possuírem em sua composição, justamente as ligas formadoras de nitretos como cromo (Cr),
molibdênio (Mo), alumínio (Al) entre outros. Rosa (2007) diz que a formação de precipitados
na superfície se dá pela grande afinidade dos elementos formadores de nitreto com o
nitrogênio, evitando a sua difusão, criando uma camada de elevada dureza, mas pequena
espessura. Esta é a justificativa do porquê de se aplicar este tipo de tratamento termoquímico.
Existe comercialmente um grupo de aços, que são mais conhecidos como Nitralloy
(Tabela 1), contendo em torno de 1% de alumínio e 1,2% de cromo, e são os mais indicados
para se aplicar a nitretação, principalmente a nitretação gasosa.

Tabela 1- Aços baixa liga com alumínio para a nitretação a gás.

Aço Composição (%em peso)


ABNT Nitralloy C Mn Si Cr Ni Mo Al
- G 0,35 0,55 0,30 1,20 - 0,20 1,00
7140 135 M 0,42 0,55 0,30 1,60 - 0,38 1,00
- N 0,24 0,55 0,30 1,15 3,5 0,25 1,00
- EZ 0,35 0,8 0,30 1,25 - 0,2 1,00

Fonte: Silva e Mei (2010)

2.3 Nitretação: o tratamento termoquímico superficial.

2.3.1 Introdução

É um processo termoquímico em que o nitrogênio é difundido superficialmente no aço


para formar nitretos de alta dureza, aplicado a substratos metálicos, comumente ferrosos. Este
processo se dá pelo aquecimento do aço em uma faixa de temperatura onde ele se apresenta
14

na condição ferrítica com valor de 500ºC a 600ºC e conforme Piccili (2009), estas
temperaturas de trabalho devem ser abaixo, se material temperado, do revenimento e também
da temperatura de transformação da austeníta para se obter boas camadas nitretadas sem afetar
o metal base do núcleo evitando suas distorções. Segundo Pessin as fresas, machos, punções
de matrizes, moldes de injeção e extrusão, válvulas, engrenagens, virabrequins, pistões,
camisas de cilindro, interior de canos de armas, implantes cirúrgicos são alguns exemplos que
a nitretação aumenta a eficiência e a vida útil (apud SILVA, 2008, pág.51).
Uma das vantagens da nitretação, em comparação com a cementação, é por esse
processo utilizar menores temperaturas gerando menores tendências de causar trincas e
produzindo menores distorções no material e após realização do processo, não é necessária a
têmpera para produzir o endurecimento na camada nitretada.
Silva e Mei (2010) listam alguns motivos para empregar a nitretação: a primeira é
obter altíssima dureza superficial além de uma alta resistência ao desgaste, aumentar a
resistência à corrosão, exceto para aços inoxidáveis (podendo ser obtida através da nitretação
a plasma), melhorar a resistência a fadiga e por último obter resistência ao amolecimento
quando a superfície alcançar temperaturas próximas a de nitretação.

2.3.2 Diagrama Fe-N e a formação de fases da nitretação.

Sistema metaestável em temperatura ambiente que possibilita a observação de três


fases intermediárias: Fe 4 N ( ' ) , Fe 23 N ( ) , e Fe 2 N ( ) . De acordo com Lakhtin (apud DOS

SANTOS, 2003) existe uma sequência de fases, da superfície para o núcleo, produzida no aço
durante a nitretação em temperaturas abaixo da eutetóide (591ºC) vista na Figura 1.

Figura 1- Sequência de fases da superfície para o núcleo, quando T < 591ºC.

Fonte: O Autor

Com a temperatura acima de 591ºC, a sequência de fases se modifica podendo ser


analisada na Figura 2.
15

Figura 2- Sequência de fases modificada para T > 591ºC

Fonte: O Autor

Com o resfriamento lento do aço e com a nitretação efetuada exatamente na


temperatura igual a 591ºC, as sequências são:

Figura 3- Sequências modificadas: (a) resfriamento lento com T > 591ºC e (b) nitretação exatamente na
T=591ºC.

Fonte: O Autor

Na faixa de temperatura normalmente aplicada a nitretação, a dissolução do nitrogênio


no ferro é até 0,1% enquanto que na temperatura ambiente, se dá em torno de 0,0001%. Silva
(2008) diz que acima destes valores são formados nitretos Fe 4 N ( ' ) e a estrutura cúbica de
face centrada. Rosa (2008) esclarece que na temperatura de 550ºC, a fase  de estrutura CCC,
suporta no máximo 0,073% em peso de nitrogênio. A partir deste valor, o nitrogênio excedido
se reorganiza de maneira a estabelecer uma nova fase na superfície chamada  ' , formando o
campo  +  ' . Ao atingir as faixas entre 5,5 à 5,9% de teor de nitrogênio, tem-se somente

Fe 4 N ( ' ) ,e acima deste teor, esta fase satura e o nitrogênio em excesso novamente se
reorganiza se transformando em um estrutura hexagonal compacta, formando a fase  . De 5,9
até 7,4%, aproximadamente de nitrogênio dissolvido, no aço tem-se uma microestrutura
bifásica formada pelas fases  ' +  . Acima deste valor é formado somente um campo

monofásico de Fe 23 N ( ) .
Na Figura 4, podemos perceber o diagrama de fases Fe-N de Lieneweber, citado por
Silva (2008) e que é, assim como o diagrama ferro-cementita, o responsável pela detecção das
16

fases conforme a temperatura do material e variando a porcentagem do elemento a ser


analisado.

Figura 4- Diagrama de fases Fe-N.

Fonte: Silva (2008)

2.3.3 Particularidades dos tipos de nitretação

Na atualidade podem ser aplicados três processos de nitretação dependendo do seu


meio nitretante: nitretação a gás, nitretação líquida e a nitretação a plasma.

2.3.3.1 Nitretação a gás e seus estudos

É um dos tratamentos termoquímicos mais convencionais que submete a peça a ser


nitretada a uma atmosfera de amônia, em temperaturas que variam de 495ºC a 565ºC para a
formação de nitretos e um aumento da dureza superficial do material.
A adsorção de uma molécula de gás em uma superfície metálica é o primeiro passo na
interação entre o gás e o metal, conforme Dos Santos (2003). Uma molécula gasosa pode
dissociar-se ou recombinar-se na superfície e retornar para a atmosfera. O produto da
dissociação pode ser absorvido pelo metal. A temperatura, a pressão do sistema, a natureza e
o metal envolvido interferem tanto na recombinação quanto na absorção da molécula
dissociada. Nenhuma quantidade apreciável de nitrogênio é absorvida pelo Ferro-  aquecido
17

em temperaturas abaixo de 600ºC, a 1 atm de pressão de N 2 durante horas. A explicação


deste fenômeno se dá pelo simples fato de que a reação superficial que deveria preceder a
absorção é muito lenta, ou seja, a interação entre Nitrogênio e Ferro é limitada pela adsorção e
desadsorção das moléculas de N 2 . Então, para se ter uma boa quantidade de nitrogênio

atômico produzida em relação a molécula de N 2 , é utilizado o gás amônia NH 3 , a uma

mesma temperatura do ferro-  a pressão de 1 atm, como anteriormente, para se ter uma boa
dissociação de N 2 . A dissociação da amônia se dá por:

2 NH 3 
 2 N + 6 H (1)

Há estudos capazes de comprovar o que ocorre entre o gás amônia e o ferro nas
temperaturas de nitretação. Basicamente o ferro funciona como catalisador de reações de
dissociação formando uma atmosfera de nitrogênio e hidrogênio que fica na interface
gás/metal aumentando o seu teor de nitrogênio monoatômico, criando uma diferença de
potencial químico no sistema ferro e gás. Após isso, o sistema buscará seu estado de
equilíbrio difundindo e introduzindo o nitrogênio até o potencial químico ser nulo (equilíbrio
termodinâmico igual a zero). A Figura 5 ilustra a dissociação da amônia e a dissolução de
nitrogênio no metal.

Figura 5 – Representação esquemática da difusão intersticial do nitrogênio.

Fonte: Pye (2003)


18

Nas condições usuais, da nitretação a gás, é observada a formação na microestrutura


do aço de duas camadas distintas: a camada branca e a camada de difusão, podendo ser
exemplificada na Figura 6 (VATAVUK et al, 2002). A camada branca, ou camada de
compostos, é formada devido a capacidade do ferro, dependendo das concentrações de
nitrogênio, de também formar nitretos metaestáveis, segundo Dos Santos (2003).

Figura 6 - Aspecto microestrutual da camada nitretada do aço (A)AISI D2 e (B) AISI D6. Ataque Nital 4%.

Fonte: Vatavuk et al (2002)

A nitretação a gás é executada em estágio único ou duplo estágio (processo de Floe),


conforme Silva e Mei (2010). O estágio único utiliza a temperatura de 500 a 525ºC e a taxa de
dissociação da NH 3 é entre 15 e 30%. Neste estágio é produzida a camada branca e

quebradiça e a dissociação da amônia é controlada pela temperatura e pelo fluxo de amônia.


Já o estágio duplo é vantajoso por diminuir ou eliminar a camada branca em relação ao
processo anterior. Este processo é semelhante ao estágio único, mas a temperatura é elevada
de 550ºC a 565ºC e a taxa de dissociação da NH 3 aumenta para 65% a 85%.

Ferreira (2001) destaca um aumento de 25% na resistência a fadiga térmica do aço


nitretado a gás quando comparado a um aço beneficiado, somente temperado e revenido. Este
valor foi obtido com um ciclo de nitretação de 4 horas e reaquecimento posterior para a
difusão da camada branca. Ressalta também que como fator determinante para maior
crescimento da camada branca e precipitação de nitretos em contorno de grãos foi o tempo
aumentado do processo. Outra característica importante de salientar, ao aplicar a nitretação
gasosa em aços, é o aumento na dureza superficial do material, Vatavuk et al (2002)
19

apresentou que o aço ferramenta para trabalho a frio AISI D2 obteve uma dureza superficial
de 1100HV. Para o aço inoxidável austenítico AISI 304, Lemos (2013) detectou após o
processo, que a dureza superficial aumentou de 166HV para coincidentemente o valor de
1100HV.
Piccilli (2009) fez o estudo dos prováveis fatores aplicados à nitretação gasosa a fim
de diminuir ou eliminar a formação de trincas em anéis de pistões de motores de combustão
interna fabricados em aço inoxidável. Em seu estudo, foi analisado os fatores a serem
alterados através de um brainstorming com uma equipe especializada a fim de fazerem a
seleção, eliminação e definição destes fatores. Foi obtido cinco variáveis e, após a execução
do processo e das análises dos resultados, concluiu que aumentando a temperatura de
nitretação para 610ºC e a temperatura de alívio de tensões a 625ºC haveria uma melhor
eficiência no processo de nitretação para a minimização da ocorrência das trincas.
Dos Santos (2003) afirma que existem alguns pesquisadores executando e
aprofundando o estudo da utilização da uréia ( H 2 NCONH 2 ) como uma alternativa de formar
nitretos ou de realizar a nitretação, particularmente com os elementos Gálio (Ga) e Indio (In),
através da decomposição da mesma para formar o Nitreto de Indio e o Nitreto de Gálio.
Para se realizar o processo de nitretação a gás é possível se encontrar vários
equipamentos disponíveis comercialmente, a Figura 7 é um exemplo de equipamento, o forno
tipo câmpula.

Figura 7- Desenho esquemático de um forno tipo câmpula.

Fonte: Silva e Mei (1988)


20

2.3.3.2 Alguns aspectos da nitretação líquida.

É o processo de nitretação que utiliza como meio nitretante um banho de sais fundidos
a base de cianeto ou cianato e o aquecimento é realizado na mesma faixa de temperatura que a
nitretação a gás, de 500 a 570ºC. A relação entre o cianato e o cianeto é crítica, conforme Dos
Santos (2003) e torna esta a principal responsável pela ação de nitretação, pois esse cianato
decompõe-se liberando nitrogênio e carbono que difundem no ferro. A adição de carbono
resulta na formação de carbonetos. Somente o nitrogênio é mais ativo na ação de difusão,
gerando maiores quantidades de nitretos em relação à de carbonetos.
Este processo também apresenta a formação das camadas de compostos e de difusão.
A camada branca formada pelos nitretos e carbonetos, conforme tempo de operação, pode
atingir espessura de 0,005 a 0,015 mm, que varia de 60 a 180 minutos e possui uma
resistência ao desgaste e ao engripamento, excelente resistência a corrosão mesmo não
possuindo uma dureza muito elevada. Esta dureza e a resistência a fadiga é obtida na camada
de difusão devido a precipitação de nitretos finos (DOS SANTOS,2003).
Os aços que são empregados podem ser ao carbono, baixa liga ferramenta, inoxidável
e resistente ao calor, segundo a tabela 2.

Tabela 2 - Tempo e temperatura indicados para nitretação líquida de diferentes aços.

Material Tempo Temperatura ºC Camada nitretada( m )


Aço carbono e baixa liga 1 a 2 horas 565 5 a 13
Aço ferramenta (estrutural) ½ a 3 horas 5335 a 565 2,5 a 8
Aço ferramenta (para corte) 5 a 30 minutos 535 2,5 (Máx.)
Aço inoxidável e resistente ao calor 2 a 4 horas 565 5 a 15

Fonte: Silva e Mei (2010)

2.3.3.3 Considerações sobre a nitretação iônica ou a plasma.

Segundo Silva e Mei (2010), era conhecida como nitretação por descarga
luminescente, hoje nitretação iônica ou a plasma. É um processo termo-físico-químico que,
em um vaso a vácuo, usa como meio de fornecimento de nitrogênio as características de um
plasma gasoso de um gás ionizado, composto de uma mistura de nitrogênio e hidrogênio e as
vezes pequenas quantidades de metano. Este plasma é criado através de um campo elétrico e
os íons de nitrogênio são acelerados em direção da peça (cátodo) com considerável energia
21

cinética aumentando a sua temperatura, até valores próximos de 500ºC, e limpando a


superfície da mesma.
Neste processo a camada nitretada varia com as diferentes concentrações na mistura
gasosa, podendo ser observadas na Figura 8, onde o aço nitretado apresentou somente a
camada de difusão para 5% de N 2 . Já para 90% de N 2 , ocorreu a formação de nitretos, logo
abaixo da camada de compostos gerada, em contornos de grão (PANONNI E PINEDO,2006).
Estas composições ditarão o surgimento ou não da camada branca na camada nitretada,
tornando uma vantagem no fato de ser possível o controle e a modificação conforme a
aplicação do aço nitretado.

Figura 8 - Microestrutura da superfície nitretada conforme as concentrações do gás. Aço AISI 4140. Nital 2%.

Fonte: Panonni e Pinedo (2006)

Tier (1998) explica que a temperatura de trabalho também é uma vantagem em relação
aos outros dois processos convencionais de nitretação, pois a temperatura da carga tem menor
influência no processo devido que a criação e adsorção do nitrogênio dependem apenas dos
parâmetros elétricos como tensão e corrente. Então, as temperaturas para se executar a
nitretação a plasma variam em torno de 350ºC tendo como restrições a temperaturas ainda
menores a redução do coeficiente de difusão do nitrogênio.
22

2.4 Corrosão e a importância da nitretação

2.4.1 Introdução

A corrosão de uma maneira geral são reações químicas ou eletroquímicas, sendo um


processo espontâneo, que degradam a superfície do metal por meio de uma reação de
oxiredução, que basicamente consiste no compartilhamento de elétrons do metal para o meio
o qual está inserido. Segundo Gentil (2011), a corrosão é a deterioração de um material,
geralmente metálico, causada pela interação físico-química do material com o meio em que se
encontra, associada ou não a esforços mecânicos, que podem prejudicar a integridade do
mesmo. Esta deterioração causa no material um desgaste, muitas vezes excessivo dependendo
do meio, variações químicas na composição e modificações estruturais, alterando as
propriedades dos materiais.

2.4.2 A variabilidade dos meios corrosivos

Os meios mais freqüentes e comuns encontrados são: atmosferas, solo, águas naturais
e produtos químicos. A agressividade do meio pode variar, em relação ao material, ou seja,
um meio pode ser mais corrosivo para alguns materiais e não tanto para outros, tudo depende
da composição da superfície.
A atmosfera é alvo de um grande número de publicações científicas e sua ação
corrosiva depende da umidade relativa. Conforme Gentil (2011), o Ferro sofre corrosões
acelerada acima de 70% de umidade relativa dos gases e particulados (substâncias poluentes)
que através de reações químicas geram compostos oxidantes de elevada ação em meio
industriais e urbanos. Um grande exemplo é a formação do ácido sulfuroso e ácido sulfúrico
proveniente da reação entre gases, contendo carbono, hidrogênio e enxofre, e a umidade
presente no ar. A temperatura também é um fator que altera a atmosfera bem como os ventos,
insolação e o tempo de permanência de um eletrólito na superfície metálica.
De acordo com Gentil (2011) a água geralmente possui contaminantes como sólidos
suspensos, gases dissolvidos, sais, bactérias, algas, fungos. Então, os materiais metálicos em
contado com esta, tendem a sofrer corrosão. Como parâmetros de controles sob o efeito
corrosivo da água é de suma importância o controle do ph, da temperatura, a velocidade e
também sua composição química. Uma aplicação destes controles é em águas utilizadas na
geração de vapor para caldeiras. Esta água recebe tratamentos de desmineralização e
23

desaeração para evitar a presença de sais e de oxigênio, elemento este que oxidaria a
magnetita ( Fe3O4 ) nos tubos do equipamento formando uma camada não protetora.
O solo, por sua vez, pode apresentar diversos parâmetros que influenciam na sua
natureza tornando um meio corrosivo. A sua variabilidade, suas características fisio-químicas,
condições microbiológicas e operacionais alteram sua composição. Já os produtos químicos
podem gerar a corrosão devido a sua temperatura, concentração e tempo de contato com o
material metálico gerando reações químicas tendo que serem estudadas antes de qualquer
início de projeto.

2.4.3 As formas de corrosão

A aparência, o tipo de ataque, as diferentes causas e mecanismos são considerados ao


apresentar as formas de corrosão. A caracterização da ação da corrosão no material, segundo
Gentil (2011), no âmbito da morfologia auxilia no estudo e esclarecimento do tipo de
mecanismo agente e possibilita a aplicação de medidas de proteção. As formas de corrosão
podem ser:
 Uniforme: Como o próprio nome já diz, a corrosão se propaga em toda a extensão
da superfície do material, gerando uma perda uniforme de espessura.
 Corrosão por placas: Ocorre apenas em regiões da superfície metálica, formando
placas.
 Corrosão por pite: Também conhecida como puntiforme, são cavidades que
possuem, geralmente, profundidade maior que seu diâmetro e surgem na superfície
do material em pontos ou pequenas áreas, podendo ser exemplificada na Figura 9.
 Intergranular e transgranular: A corrosão intergranular ocorre entre os grãos do
material metálico, já a transgranular é gerada no interior do grão. Ambas produzem
diminuição nas propriedades mecânicas do material, podendo ocorrer a corrosão
tensão fraturante que, quando o material sofrer qualquer pequena solicitação,
romperá.
Também são formas de corrosão filiforme, por esfoliação, grafítica, dezincificação,
empolamento pelo hidrogênio e em torno de cordão de solda.
24

Figura 9 - Exemplo de corrosão por pites no aço inoxidável AISI 304. Imagem obtida através do MEV
(Microscópio Eletrônico de Varredura).

Fonte: Lemos et al (2013)

2.4.4 Mecanismo Eletroquímico

Gentil (2011) explica que o surgimento de uma diferença de potencial na interface


eletrodo/eletrólito, chamada de dupla camada elétrica é uma das principais características da
corrosão eletroquímica. A passagem de corrente elétrica entre o eletrodo e o eletrólito é
gerada a partir de reações elétricas e químicas na interface, gera a diferença de potencial. As
reações eletroquímicas são geralmente analisadas na oxidação e redução, troca de valência,
entre os elementos reagentes. Sendo a oxidação definida como a perda de elétrons, resultando
no aumento da valência, e a redução é o ganho, diminuição da valência.
Segundo Silva (2008), as reduções dos elementos reagentes são definidas de reações
catódicas e as reações anódicas são aquelas que resultam da dissolução de um metal resultante
da sua oxidação. São exemplos as reações 2,3,4,5 e 6.

 Fe 2  2e 
Fe  (2)
 Al 3  3e 
Al  (3)
 Ni 2  2e 
Ni  (4)
 Zn 2  2e 
Zn  (5)
2 H   2e  
 H 2 (6)
25

Segundo Santa Anna (2008), experimentalmente foi verificado que os metais possuem
diferentes tendências para se oxidar e com isso, foi criada uma tabela, Tabela 3, que dispõe a
ordem dos elementos que tem maior facilidade de perder elétrons.

Tabela 3 - Tabela de valores de potenciais em relação ao eletrodo padrão de hidrogênio a 25ºC(77ºF) baseada na
tabela da ASM- vol. 13A

Fonte: Santa Anna (2008)


26

3 METODOLOGIA

Fluxograma 1 - Passos para execução das tarefas.

Aço ABNT 8550 (DIN 34 CrAlNi 7)

Tratamento Termoquímico: Nitretação a gás,


utilizando amônia como meio nitretante.

Análises: camada de nitretação, perfil de microdureza e


microdureza superficial.

Microscópio óptico, microscópio eletrônico de


varredura (MEV) e microdurômetro

Ensaio de Corrosão: Câmara de Névoa Salina.

Fonte: O autor.

3.1 Materiais de estudos

O aço de baixa liga a ser analisado é o aço ABNT 8550 ou DIN 34 CrAlNi 7. É
conhecido como aço para nitretação (Nitralloy) ou também comercialmente chamado
NITRODUR. O material tem composição química conforme a Tabela 4 consultada na ficha
técnica do material do fabricante de aço SCHOMOLZ + BICKENBACH. É um aço pré-
beneficiado, temperado e revenido, contendo dureza entre 258 a 286 HB e apresentando
propriedades mecânicas conforme Tabela 5.

Tabela 4 - Composição química do aço, segundo norma SAE J404, conforme fabricante.

C% Si% Mn% P% S% Al% Cr% Mo% Ni%


0,30 - 0,37 <=0,40 0,40 - 0,70  0,025  0,025 0,80 - 1,20 1,50 - 1,80 0,15 - 0,25 0,85 – 1,15

Fonte: Ficha técnica Schomolz + Bickenbach.


27

Tabela 5 - Propriedades mecânicas do material utilizado.

Fonte: Ficha técnica Schmolz + Bickenbach

3.2 Execução do tratamento termoquímico

O processo termoquímico empregado no material foi o de nitretação a gás, com


controle realizado através da dissociação do gás amônia ( NH 3 ). As peças foram submetidas

ao processo conforme os parâmetros dispostos na Tabela 6.

Tabela 6 - Parâmetros para a nitretação.

Tempo(horas) Temperatura(ºC) Nº estágios


16 525 1
24 525 1
32 525 1

Fonte: O autor.

3.3 Preparação das amostras

Foram embutidas a frio em resina as amostras em duplicatas. A preparação para as


análises metalográficas foi realizada no Laboratório de Metalografia da FURG sendo
executado o lixamento, com lixas do tipo lixa d’água apresentando diferentes granulometrias
e obedecendo a ordem crescente das mesmas, e o polimento, realizado com o auxílio das
politrizes do laboratório e utilizando como abrasivo a substância alumina com granulometria
de 1 m .
28

3.4 Análises da camada de difusão e da camada de compostos

Foi realizado o ataque químico nas amostras com NITAL 2% para a revelação da
microestrutura do núcleo bem como a revelação da camada de nitretação. As imagens das
amostras foram obtidas através do auxílio do microscópico óptico da marca Olympus de
modelo GX51 do Laboratório de Metalografia e também do Microscópio Eletrônico de
Varredura (MEV) de marca Jeol de modelo JSM - 6610LV de posse do Laboratório CEME-
Sul (Centro de Microscopia Eletrônica da Zona Sul), ambos da FURG. Com o uso destes
equipamentos, foi possível analisar as características da camada branca, camada de difusão e
o núcleo de cada amostra.
Para a obtenção da profundidade das camadas de difusão (NHT) foi empregado o
método de perfil de microdureza conforme a norma DIN 50190, que define a profundidade da
camada como sendo a profundidade onde a medição da dureza tenha dado o resultado 50
HV0,05 acima da dureza do núcleo, medida em HV0,05, conforme a seguinte expressão:

Camada ( NHT )  Núcleo  50 HV 0,05 (7)

As medições foram realizadas pelo método de dureza Vickers e com o auxílio do


microdurômetro de marca Shimadzu da série HMV-2.

Figura 10 - Microscópio óptico de marca Olympus.

Fonte: O autor.
29

3.5 Análises da microdureza

Esta análise foi realizada pelo método do perfil de microdureza, conforme a norma
DIN 50190. As medições foram executadas pelo método Vickers e com o auxílio do
microdurômetro de marca Shimadzu da série HMV-2. A carga usada no ensaio foi de 50gf
com o tempo de 10 segundos cada identação e com espaçamento de 0,05 mm do núcleo para a
superfície das amostras.

Figura 11 - Microdurômetro da marca Shimadzu.

Fonte: O autor.

3.6 Análises da microdureza superficial

As microdurezas superficiais das amostras foram obtidas através da consideração dos


valores das microdurezas mais próximas da superfície do material. Todas as identações foram
feitas próximas de 0,07 mm da superfície e as medições realizadas na execução do perfil de
microdureza citado no item 3.5.
30

3.7 Ensaios de corrosão

Para ter a simulação de um meio corrosivo e ser possível a análise da corrosão no aço
ABNT 8550, foi utilizada a Câmera de Névoa Salina, do laboratório de fabricação mecânica
da FURG, para se ter um corrosão acelerada. Neste ensaio, as amostras foram submetidas à
névoa salina contendo concentração de 5% de Cloreto de Sódio (NaCl) em uma temperatura
de 35ºC e ph controlado entre 6,5 e 7,2.
31

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Análise metalográfica das amostras

4.1.1 Microscopia óptica

Seguindo a metodologia demonstrada, foram obtidas as imagens com o auxílio do


microscópio óptico, explicado no item 3.3. As amostras apresentaram, no seu geral, o núcleo
constituído de martensíta revenida, assim como Silva (2008) encontrou nas análises
metalográficas das barras do aço ABNT 8550 após tratamento térmico de beneficiamento.
Algumas amostras apresentaram maior número de ferrita livre na sua matriz e é possível
detectar em todas as amostras a presença da camada compostos e também, através da
coloração mais escura, a dimensão da camada de difusão em direção ao núcleo. Na figura
12.a, nota-se a presença de pequenas manchas e riscos que são ocasionados na preparação da
amostra.
A figura 12.b demonstra a presença de trincas na camada de compostos sinalizada.
Segundo Tier (1998) esta fragilização é provavelmente causada pela constituição das fases 
(hexagonal) e  ' (cúbica) na camada branca, pois na interface destas fases há um elevado
número de tensões residuais geradas durante o resfriamento, ocasionadas por diferentes
coeficientes de expansão térmica, criando uma baixa adesão e possível arrancamento quando
houver solicitação.

Figura 12 - Amostra nitretada a 525ºC por 16h, ataque Nital 2%, microscópio óptico.

(a) (b)

Fonte: O autor.
32

A amostra nitretada por 24 horas, visualizada nas figuras 13.a e 13.b, apresentou as
mesmas características da amostra nitretada por 16 horas. Na figura 13.a é possível observar
a presença da camada branca e da camada de difusão, no entanto a camada de difusão está
com a cor ligeiramente mais clara que a amostra anterior e com pequena diferença na sua
espessura. A figura 13.b mostra que a camada branca já não é tão densa como a amostra
analisada anteriormente e apresenta a diferença das duas fases, sinalizadas na figura, sendo 
mais na superfície do material e  ' logo abaixo. Toth (2000) observou que o ataque químico
com reagente Nital 2% realça a fase  ' que possibilita a sutil diferenciação entre a fase de
nitreto  .

Figura 13 - Amostra nitretada a 525ºC por 24 horas, ataque Nital 2%, microscópio óptico.

(a)

(b)

Fonte: O autor.
33

Na Figura 14.a, é vista que a amostra novamente possui a mesma microestrutura das
amostras anteriores, porém ela apresentou maior número de manchas brancas que são os
nitretos formados na matriz. A Figura 14.b está sinalizando as trincas presentes na camada
branca desta amostra e possibilita a visualização de precipitados em forma de agulhas da
camada de difusão.

Figura 14 – Amostra nitretada a 525ºC por 32 horas , ataque Nital 2%, microscópio óptico. Em (b) trincas na
camada branca, dos nitretos formados e a forma de agulhas dos nitretos da camada de difusão.

(a)

(b)

Fonte: O autor.
34

As amostras duplicatas apresentaram uma pequena diferença na camada de compostos,


pois visualmente apresentaram um aumento na espessura das mesmas, ou seja, aumentou da
amostra de 16 horas de tratamento para a amostra com 32 horas. Todas apresentaram o núcleo
martensítico revenido e também, ferrita livre na matriz. Na camada de difusão da amostra de
16 horas e 24 horas, Figuras 15 e 16, percebem-se a formação de agulhas de nitretos na
camada de difusão e também a boa definição das camadas. Estas amostras apresentaram
pouca formação de trincas, vistas pelo microscópio óptico, na camada branca e uma diferença
de reação do Nital no material porque a coloração do ataque ficou mais escuro nas amostras
de 24 e 32 horas em relação a amostra com 16 horas de processo.

Figura 15 - Amostra duplicata nitretada a 525ºC por 16 horas, ataque Nital 2%, microscópio óptico.

Fonte: O autor.

Figura 16 - Amostra duplicata nitretada a 525ºC por 24 horas, ataque Nital 2%, microscópio óptico.

Fonte: O autor.
35

A Figura 17 está sinalizando a presença de ferrita livre na matriz da amostra nitretada


duplicata por 32 horas e também o aspecto não tão homogêneo da camada de compostos.

Figura 17 - Amostra duplicata nitretada a 525ºC por 32 horas, ataque Nital 2%, microscópio óptico..

Fonte: O autor.

4.1.2 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

As amostras foram novamente lixadas e polidas e, também como anteriormente,


atacadas com Nital 2%. Após foram submetidas à microscopia eletrônica de varredura. Foram
obtidas imagens do núcleo de cada amostra e também da camada de compostos/camada de
difusão.

Figura 18 - Amostras nitretadas a 525ºC por (a) 16 horas e (b) 24 horas, ataque Nital 2%, MEV.
(a) (b)

Fonte: O autor.
36

Figura 19 - Amostra nitretada a 525ºC por 32 horas, ataque Nital 2%, MEV.

Fonte: O autor.

O núcleo martensítico revenido é mais bem visualizado nas amostras analisadas com o
MEV, figuras 18, 19, 20 e 21, porém com formações similares devido o fato de algumas
amostras apresentarem a formação de bainita no núcleo. Mesmo com esse fato, nota-se a boa
realização do revenimento a elevadas temperaturas.

Figura 20 - Amostras duplicatas nitretadas a 525ºC por (a) 16 horas e (b) 24 horas, ataque Nital 2%, MEV.
(a) (b)

Fonte: O autor.

Figura 21 - Amostra duplicata nitretada a 525ºC por 32 horas, ataque Nital 2%, MEV.

Fonte: O autor.
37

As imagens obtidas das camadas de compostos das amostras no MEV trazem uma
melhor riqueza de detalhes da porosidade nesta camada indicada na figura 22.a. Santos (2003)
através do estudo dos fundamentos termodinâmicos para a formação dos poros diz que quanto
maior tempo de nitretação necessariamente a camada formada é porosa. Esta porosidade se dá
quando a redistribuição de nitrogênio local, conectada com a decomposição de nitreto com
formação de N 2 dentro da camada liberando energia, ocorrer mais rápido que o transporte de
nitrogênio através da camada. A característica presença de precipitados acicular nas camadas,
Figura 22.b, assim como foi apresentado por Silva (2008), fica mais evidente do que na
análise com o microscópio óptico. Alguns círculos escuros nas amostras são devido a reação
do embutimento no momento da análise, podendo ser prejudicial ao equipamento.

Figura 22 – Camadas de compostos das amostras nitretadas a 525ºC por (a) 16 horas e (b) 24 horas. Nital 2%.
(a) (b)

Fonte: O autor.

Figura 23 - Camadas de compostos das amostras nitretadas a 525ºC por 32 horas, ataque Nital 2%.

Fonte: O autor.
38

Na Figura 23, a amostra nitretada por 32 horas apresentou, além da porosidade, os


nitretos aciculares e uma grande trinca não paralela a superfície, esta por sua vez, é diferente
das trincas assinaladas nas Figuras 24.a e 24.b que demonstram a camada branca das amostras
duplicatas submetidas a nitretação por 16 e 24 horas. A amostra duplicata nitretada por 32
horas (Figura 25) teve também a camada de compostos porosa e com formação de trinca, não
visualizadas anteriormente com o auxílio do micrscópio óptico.

Figura 24 – Camadas de compostos das amostras duplicatas nitretadas a 525ºC por (a) 16 horas e (b) 24 horas,
ataque Nital 2%.

Fonte: O autor.

Figura 25 – Camada de compostos da amostra duplicata nitretada a 525ºC por 32 horas, ataque Nital 2%.

Fonte: O autor.
39

4.2 Perfil de microdureza e microdureza superficial

Conforme explicado nos itens 3.5 e 3.6 da metodologia deste trabalho, foram obtidos
os resultados de microdureza superficial e também da espessura da camada de nitretação
através do método de perfil de microdureza. A média de dureza dos núcleos não ultrapassou
os 298 HV0,05 e após as medições foram obtidos os dados para a construção dos gráficos
comparativos entre as amostras analisadas.

Figura 26 – Perfil de microdureza das amostras nitretadas a 525ºC por 16, 24 e 32 horas.
Amostras nitretadas a 525ºC

1600

1400

1200

1000
Microdureza(HV)

16 horas
800 32 horas
24 horas

600

400

200

0
0,07 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55
Distância da superfície (mm)

Fonte: O autor.

É notória a diferença, conforme a Figura 26, entre as espessuras da camada de difusão


das amostras nitretadas sendo a de menor espessura a amostra submetida a 16 horas de
processo, em torno de 0,50 mm. A amostra com 32 horas de nitretação apresentou uma maior
profundidade de camada, próximo de 0,65 mm, no entanto seu aumento de dureza teve uma
menor tendência. A amostra de 24 horas de tratamento obteve uma profundidade de 0,55 mm
e também alcançou a maior medida de dureza próximo da superfície, 1450 HV0,05.
Tier (1999) explica a diferença entre as durezas das amostras que dependem do
tamanho, estrutura e distribuição dos nitretos precipitados, estes, dependem da estrutura e
composição da amostra, além do tempo e temperatura de nitretação. Afirma também que a
elevação do valor da dureza é gerada pelo aumento na quantidade e tamanho dos precipitados
40

durante o aumento de tempo e temperatura, no entanto, ao passar do tempo, os precipitados


atingem um valor crítico resultando a máxima dureza e após exceder este tempo, as partículas
precipitadas apresentam um aumento no seu tamanho diminuindo a dureza do seu valor
máximo. Bermudez (1999) constatou que aumentando o tempo de nitretação, diminuiu a
dureza de suas amostras do ABNT 8550, porém houve um aumento na camada de compostos
e também na camada total de nitretação.

Figura 27 - Perfil de microdureza das amostras nitretadas duplicatas a 525ºC por 16, 24 e 32 horas.

Amostras duplicatas nitretadas a 525ºC

1400

1200

1000
Microdureza (HV)

800 16 horas
24 horas
32 horas
600

400

200

0
0,07 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55
Distância da superfície (mm)

Fonte: O autor.

As amostras duplicatas apresentaram um comportamento diferente das amostras


analisadas anteriormente, todas apresentaram a mesma espessura de camada nitretada, em
torno de 0,55 mm, mas medidas de durezas diferentes entre si. A amostra com 16 horas de
tratamento obteve a maior dureza deste grupo, a 0,10 mm da superfície, no valor de 1275
HV0,05 e apresentou duas tendências de aumento de dureza, como pode ser visualizado na
Figura 27. As amostras com 24 e 32 horas de nitretação tiveram, a 0,10 mm da superfície,
durezas de 1216 HV0,05 e 1123 HV0,05, respectivamente. Em todas as medições deste ensaio
não foi possível obter a medida a 0,05 mm da superfície devido a grande deformação
apresentada nas identações nesta distância, sendo o máximo medido, porém duvidoso, a 0,07
41

mm da superfície das amostras, justificando a diminuição das durezas próximo a superfície


nos dois gráficos comparativos.
A Figura 28 ilustra o perfil de microdureza realizado detalhando as identações
realizadas. A fotografia foi obtida com um celular diretamente na lente do microdurômetro no
intuito de demonstração do ensaio executado.

Figura 28 – Demonstração das identações do perfil de microdureza no aço ABNT 8550 nitretado.

Fonte: O autor.

4.3 Ensaio de corrosão na câmara de névoa salina

As seis amostras foram submetidas ao ensaio acelerado de corrosão. Este ensaio foi
realizado conforme descrito no item 3.7 da metodologia deste trabalho e como resultados
foram obtidas as seguintes informações:
 As camadas nitretadas das amostras resistiram mais de 120 horas de exposição;
 Os núcleos das amostras apresentaram corrosão em 6 horas a partir do princípio do
ensaio.
42

5 CONCLUSÕES

Com base nos resultados deste estudo, conclui-se que:


 O fato de todas as amostras apresentarem a formação da camada de compostos e da
camada de difusão comprova que o aço baixa liga ABNT 8550 é indicado para a
realização do tratamento termoquímico de nitretação com uma boa eficiência de
formação de nitretos, devido a sua composição possuir Cr, Al, V e Nb.
 Foi comprovada a reprodutilidade do tratamento térmico e do tratamento
termoquímico.
 A partir da realização do perfil de microdureza, foi constatado que as amostras
apresentaram diferentes espessuras com a variação do tempo.
 O ensaio acelerado de névoa salina comprovou a eficiência da nitretação para
melhorar a resistência a corrosão do ABNT 8550 sendo a diferença de surgimento da
corrosão maior que 110 horas entre o substrato e a camada nitretada.
 Todas as amostras obtiveram então o aumento na microdureza superficial, resistência
a corrosão e resistência ao desgaste.
43

BIBLIOGRAFIA

BERMUDEZ, Neri E.C., Nitretação por plasma contínuo e pulsado dos aços DIN X50
CrVMo 51 e DIN 34 CrAlNi 7. São Carlos: USP,1999. Dissertação (Mestrado em Ciência e
Engenharia de Materiais), Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo,
São Carlos, 1999.

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