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72 Nossa Doutrina

ensina que há três pessoas, mas uma só essê~cia. A essência


indivisível da Deidade pertence, como todos os Seus atributos,
a cada uma das três pessoas da Trindade. A pluralidade da Artigoy-,
Deidade não é a pluralidade de essência; é apenas a distinção
de pessoas.
Concluindo, reafirmamos que a Bíblia não explica o fato da Da Criação do Homem I
Trindade, apenas o relata. De outro lado, os termos emprega-
dos em relação a ela são analogias e por isso não se pode asse-
gurar a sua inteira adequação. Temos, porém, de reconhecer,
Deus, tendo preparado este mundo para a I
habitação do gênero humano, criou o ho-
com humildade, que a natureza de Deus não pode ser total- mem 1, constituindo-o de uma alma que é es-
II
mente compreendida por nós, limitados como somos. Uma vez pírito", e de um corpo composto de matérias
Jesus disse aos apóstolos que muitas outras coisas teria para terrestres", O primeiro homem foi feito à se-
ensinar-lhes, mas que, naquele momento, eles não poderiam melhança de Deus', puro, inteligente e no-
entender; dias viriam em que os olhos do seu entendimento bre, com memória, afeições e vontade livre,
seriam abertos ao 12.12,13). De fato, quando começaram a ra- sujeito Àquele que o criou, mas com domí-
ciocinar em termos espirituais, depois da ausência do Mestre e nio sobre todas as outras criaturas deste mun-
da vinda do Espírito, então se tomaram mais prontos e sim- do".
ples na percepção daquilo que antes lhes poderia parecer ab-
surdo. Há uma relação semelhante entre eles e nós. A doutrina
da Trindade não pode ser alcança da pelo nosso entendimento, 1 Gênesis 1.2-27; Ec1esiastes 12.7; 2 Mateus 10.28;
tão comprometido pelas condições em que vivemos. É matéria 3 Gênesis 2.7; 4 Gênesis 1.26,27; 5 Gênesis 1.28.
de fé agora, para ser matéria de experiência depois, quando O
virmos como Ele é (1 [o 3.2).
Esboço do comentário:
1. A Criação
2. Um ambiente para o homem
3. A criação do homem
3.10 ato criativo de Deus
3.2 A constituição do homem
3.3 À imagem e semelhança de Deus
3.4 A constituição moral do homem
a) Deus criou o homem puro
b) Deus criou o homem livre
c) Deus criou o homem sujeito a Ele
d) Deus criou o homem responsável
74 Nossa Doutrina Artigo 6
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a assunto deste Artigo é a criação do homem, incluindo a sua DIA ATO CRIATIVO DE DEUS GÊNESIS
composição e as características morais das quais o Criador o
dotou. Antes de analisá-Io, conforme as declarações que con- 1° criação dos céus e terra,
tém, consideremos alguns detalhes sobre a doutrina da cria- separação entre luz e trevas 1.1-5
ção, que tem ocupado uma parte significativa da crença da 2° separação das águas acima e
igreja. É uma doutrina que ajuda a distinguir o Cristianismo
abaixo do firmamento 1.6-8
das outras religiões e cosmovisões.
3° separação das matérias sólida
(Terra) e líquida (Mares) 1.9-13
1. A Criação 4° criação dos luzeiros - sol, lua,
Devemos entender por "criação" o ato pelo qual Deus fez to- estrelas 1.14-19
.- I-
das as coisas, os céus e a terra e tudo quanto neles há, sem uso
5° criação dos répteis, das aves e
de matéria preexistente. Trata-se de uma produção a partir do
dos peixes 1.20-23
nada (ex nihilo). Também convém afirmar que não é emana-
-
ção da substância divina, mas, sim criação do que, não existin- 6° criação de outros animais,
do, tanto na forma como na substância, começou a existir pelo segundo a sua espécie, e do
ato soberano e onipotente de Deus. homem 1.24-31
a escritoraos Hebreus confirma o que acima expomos, ao
declarar: "Pela fé entendemos que foi o universo formado pela
palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das 2. Um ambiente para o homem.
cousas que não aparecem" (Hb 11.3). Paulo expõe a mesma
Quando Deus criou o mundo, o fez adequando-o para a habi-
idéia em Romanos 4.17, ao dizer que Deus "chama à existên-
tação da humanidade. Todas as coisas criadas, quer no reino
cia as cousas que não existem". A criação ocorreu sem o uso de
mineral, vegetal ou animal foram colocadas a serviço do ho-
nenhuma causa material precedente.
mem, para seu sustento e deleite. O relato do livro de Gênesis
De acordo com Gênesis 1.1, "no princípio criou Deus os céus deixa isso bem claro. Nos primeiros dias ou períodos da cria-
e a terra". averbo "criar" (bará, no hebraico) aparece aqui para ção, durante os quais o Senhor criou os céus e a terra, fazendo
designar a criação do universo; no versículo 21, para referir-se surgirem as coisas tanto animadas quanto inanimadas, é ad-
à criação dos seres vivos, e no 27, para descrever a criação do mirável ver-se como parece estar Ele preparando o cenário da
homem. Este verbo é usado para reportar-se à ação original de Sua grande e especial obra - o homem. Condições climáticas,
Deus, ou aos atos pelos quais o Criador fez ou chamou à exis- provisão de sustento, situações propícias para a permanência,
tência o universo, sem uso de matéria preexistente. tudo o Senhor planejou e executou.
Compreendemos, pela narrativa bíblica, que a criação teve É interessante notar, na história da criação, o comentário
períodos distintos, também chamados dias. Começavam sem- que encerra a narrativa das etapas. Após cada ato criador, Deus
pre de tarde e terminavam pela manhã, do primeiro ao sexto "viu que isso era bom" (Gn 1.10, 12, 18, 21, 25). Essa informa-
dia (Gn 1.5, 8, 13, 19, 23 e 31), como se pode ver no quadro 1,'.10 revela que o Senhor desejava oferecer ao homem ambiente
demonstrativo a seguir: propício e dispor-lhe tudo o que precisasse.
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76 Nossa Doutrina

3.2 A constituição do homem


3. A criação do homem
Segundo o Artigo que ora consideramos, Deus constituiu o
Todo o Artigo 6 é dedicado a este importante tema, que expo- homem de "uma alma, que é espírito e de um corpo composto
remos seguindo a divisão decorrente das afirmações que ele de matérias terrestres". É uma afirmativa coerente com o ensi-
contém: no bíblico: " ...formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra,
e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida ..." (Gn 2.7). A melhor
3.1 O ato criador de Deus maneira de conceber a constituição do homem é admitir que
Depois de ter preparado o mundo para a habitação do ho- este possui duas naturezas: uma física ou material, o corpo, e
mem, Deus o criou: "Também disse Deus: Façamos o homem ... uma espiritual ou imaterial, a alma (Ec 12.7 e Mt 10.28).
Criou Deus, pois, o homem, à Sua imagem, à imagem de Deus Surge uma pergunta quanto ao assunto: O homem é um ser
o criou; homem e mulher os criou" (Gn 1.26, 27; cf. SI 8.5; At de natureza dupla ou tripla? A alma e espírito são a mesma
17.26,28). Cremos, assim, que o homem não fez a si mesmo coisa ou devemos fazer distinção entre eles? Os que afirmam
nem é produto de algum processo cósmico casual. A verdade serem ambos a mesma essência, são denominados
bíblica é esta: o ser humano existe porque Deus o criou (Gn dicotomistas; os que fazem distinção de natureza entre alma e
5.1; Mt 19.4). Segundo as Escrituras, a humanidade é inevita- espírito, são os tricotomistas.
velmente criação de Deus. Ele, sendo poderoso e bom, criou a Ora, o homem é um ser uno. Somente para efeito de estudo
raça humana para amá-Ia e servi-Ia, e para desfrutar de rela- das suas partes constituintes é que se pode dividi-lo. De acor-
cionamento com Ele. do com o Artigo, como vimos acima, a posição que aceitamos é
As narrativas da criação de Adão e Eva encontram-se nos a dicotomista. Por isso apresentamos argumentos a favor dela.
dois primeiros capítulos de Gênesis. Em 1.26 e 27, a Trindade A parte imaterial do homem é biblicamente apresentada em
demonstra o Seu propósito em criar a raça humana: "Façamos dois aspectos, razão por que recebe dois nomes distintos. Como
o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança ..." vida individual e cônscia, capaz de possuir e animar o organis-
(v. 26), e depois consta no texto o breve relato do ato criativo: mo físico, recebe o nome de alma; enquanto olhada como agente
"homem e mulher os criou" (v. 27). Gênesis 2.7 narra a criação racional e moral, sujeito à influência e habitação de Deus, é
apenas do homem, indicando a sua constituição: "Então for- chamada espírito. O espírito é a natureza do homem capaz de
mou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas olhar para Deus e de receber e manifestar o Espírito Santo (Pv
narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma viven- 20.27). A alma é a capacidade do ser humano de olhar para a
te". Já em Gênesis 2.21-25, se encontra a narrativa detalhada terra e se relacionar com o mundo dos sentidos. Os argumen-
da criação da mulher. tos a favor do dicotomismo são, em suma, os seguintes:
Deus criou um só casal - Adão e Eva - e toda a humanida- a) a criação do homem. Deus sopra nele um só princípio - a
de descende dele, quer física quer espiritualmente (Rm 5.12;
alma vivente (Gn 2.7);
At 17.26), o que prova a existência de uma única espécie. Esta
b) o uso intercambiável dos termos alma e espírito no Anti-
concepção bíblica da origem do homem dá-lhe uma dignida-
go Testamento (Gn 41.8; 1 Rs 17.21; SI 42.6) e em o Novo Testa-
de como ser e uma responsabilidade que nenhuma teoria ex-
mento (Mt 26.38; Lc 8.55; Jo 12.27; 13.21);
tra-bíblica lhe outorga. Além disso, estabelece para o ser hu-
mano a base adequada de um sistema ético e o fundamento c) a atribuição de alma a Deus, que é espírito (Is 1.14; Hb
para a redenção. 10.38);
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d) a descrição de morte, como sendo a entrega do espírito com esta declaração bíblica. Afirmam que dezesseis elementos
(5131.5; Lc 23.46; At 7.59), tanto como sendo a entrega da alma do solo se encontram representados no corpo humano: cálcio,
(Gn 35.18; Ap 6.9); carbono, cloro, enxofre, flúor, fósforo, hidrogênio, iodo, ferro,
e) as passagens que afirmam que o corpo e a alma constitu- magnésio, manganês, nitrogênio, oxigênio, potássio, silício e
em o homem todo (Mt 10.28; Rm 8.10; 1 Co 5.5); sódio. Todos estão presentes na formação orgânica do homem.
f) além disso, a nossa consciência, testificando que só há E durante toda a existência, para o seu crescimento e manuten-
dois elementos em nossa natureza. Distinguimos apenas uma ção, o corpo está se apropriando, direta ou indiretamente, des-
parte material e outra imaterial. ses materiais que vêm do pó da terra.
Depois de apresentar seus argumentos a favor da dicotomia, O fato de o homem ser criado assim, deve servir-lhe como
o teólogo Augustus Hopkins Strong faz a seguinte conclusão: uma advertência quanto à sua fraqueza e mortalidade. Veja-se
...a parte imaterial do homem, vista como vida individual e que o apóstolo Paulo compara o corpo humano a "vaso de bar-
cônscia, capaz de possuir e animar um organismo físico, é cha- ro" (2 Co 4.7).
mada alma; como agente moral e racional, suscetível de influ- Por outro lado, o corpo humano do crente em Cristo é re-
ência e habitação, é denominada espírito. Este, pois, é a natu- vestido de grande dignidade, porque passa a ser a habitação
reza do homem olhando para Deus e capaz de receber e mani-
do Espírito Santo (1 Co 6.19,20). Eis a razão por que o crente é
festar o Espírito Santo; a alma é a mesma natureza olhando
instruído a preservar o seu corpo de toda a contaminação que
para a terra e tocando o mundo dos ·sentidos. O espírito é a
se faz por meio dos vícios, da impureza e da imoralidade (d. 1
parte mais elevada do homem relacionada com as realidades
espirituais; a alma é a mesma parte em relação ao COrp019. Co 6.12-18).
Quanto à distinção entre a alma e o espírito, é mais apropri-
3.3 À imagem e semelhança
ado afirmar-se que a alma é a parte imaterial do homem consi-
A Escritura apresenta a condição original do homem com a
derada como personalidade humana, a parte que pensa e quer,
frase: "imagem esemelhança de Deus" (Gn 1.26,27; 5.1; 1 Co
a sede dos sentidos; enquanto o espírito o é em referência à sua
11.7; Tg 3.9). Isso nada tem a ver com aparência física. Deus é
origem divina, o princípio da vida e da ação que controla o
espírito e não tem forma. Porém diz respeito à constituição es-
corpo. Deve-se dizer, então, que "o homem tem espírito, mas é
piritual do homem, à sua personalidade. Foi o "sopro divino"
alma"20.
que o tornou alma vivente. Foram-lhe dados muitos atributos
Quanto aos argumentos da posição tricotomista, embora "te-
dos quais Deus, como Pessoa, goza: memória, afeições, inteli-
nham alguma força, nenhum deles proporciona prova conclu-
gência, consciência, sentimentos e vontade própria. Essencial-
dente que supere o amplo testemunho bíblico, que mostra se-
mente, a nossa "imagem e semelhança" com Deus se restringe
rem os termos alma e espírito muitas vezes intercambiáveis e
à personalidade. Ele nos dotou de características pessoais, dan-
em muitos casos sinônimos"?'.
do-nos razão, sentimentos e vontade.
No que se refere à natureza física, o homem é composto do
Devemos, na interpretação das Escrituras, evitar um duplo
"pó da terra" (Gn 2.7). Os estudiosos de química concordam
perigo. O homem não foi criado tão perfeito que não pudesse
progredir, nem tão baixo que não pudesse cair. As definições a
19STRONG, op. cit., p. 486. que certamente devemos chegar, são as seguintes:
20 BERKHOF, op. cit., p. 196. a) A semelhança não foi física - Deus é espírito e não possui
21 r'RUDEM, op. cit., p. 396. membros corporais, como os homens os têm.
Artigo 6 81
80 Nossa Doutrina

b) A semelhança foi pessoal - Deus é espírito e o homem tos dos seres morais que Ele criou (Ec 7.29; Ef 4.24). Em conse-
tem espírito. Os atributos essenciais de um ser são: razão, cons- qüência, Adão tinha, antes de pecar, uma disposição moral para
ciência e vontade. Formando o homem à Sua imagem, Deus o o bem, chamada de "justiça original".
dotou daqueles atributos que pertencem à Sua própria nature- Que significa Justiça original? Não era a essência da nature-
za e espírito. O ser humano, pois, é distinto de todos os demais za do homem. Se fora, teria ela cessado de existir quando ele
habitantes da terra e imensuravelmente elevado acima deles. pecou. Também não foi um dom objetivo, que tenha recebido
Pertence à mesma ordem de seres pessoais que Deus, e por isso depois de criado, pois a Bíblia afirma que Adão a possuía des-
é capaz de manter comunhão com Ele. Comprova-o a Escritu- de o princípio.
ra: o homem pode viver em santificação (Cl3.1O); seus poderes A santidade original pode ser definida como uma tendência
intelectuais estão envolvidos no relacionamento com o Cria- das afeições e vontade do homem, embora acompanhada pelo
dor (Gn 1.26,28; 2.15,19,20). Essa semelhança é indestrutível e poder da escolha do mal, na direção do conhecimento espiritu-
constitui a capacidade que o homem possui, de entender e se al de Deus e de coisas divinas, em geral.
apropriar da redenção, dando valor à vida humana, mesmo
b) Deus criou o homem livre - Toda a doutrina da salvação
dos não regenerados (Gn 9.6; Tg 3.9).
e da perdição repousa no fato da livre vontade do homem, de
A imagem de Deus, em que o homem foi criado, não consta, onde decorre a responsabilidade. Porque tem vontade livre, é
portanto, da sua forma ou dos seus caracteres físicos nem uni- que o pecador se perde, e se perde sem que nisso haja injustiça
camente do seu intelecto ou ainda da sua imortalidade, porque
da parte de Deus.
não tem preexistência como Deus; mas consta, antes, da sua
No fato da livre vontade humana, qualquer que seja a sua
disposição moral, das suas qualificações da alma e do coração,
condição ou ambiente de vida, reside a verdade e a justiça de
que viriam a constituí-lo um súdito da lei de Deus, capaz de
cada um dar contas de si mesmo a Deus. O grande problema,
conhecer o próprio Deus e ter comunhão com Ele. A natureza
a grande tragédia do ser humano não é senão o problema de
racional, moral e espiritual do homem se acha toda incluída na
sua vontade ajustar-se ou não à vontade de Deus. E aqui a
expressão "imagem de Deus".
vontade do homem é inteiramente livre para decidir. Ele tem a
liberdade de ajustar-se ou de desajustar-se à vontade divina
3.4 A constituição moral do homem (Gn 4.7; Dt 30.15,16; Js 24.14,15).
Na continuação do Artigo 6, quando se refere à constituição "Vontade" é o poder que a alma tem de escolher entre moti-
do homem, encontramos que este foi feito "puro, inteligente e vos. Estes não coagem, mas convencem a vontade. É também a
nobre, com memória, afeições e vontade livre, sujeito Àquele capacidade especial de guiar a ação subseqüente de acordo com
que o criou". Consideremos esta parte do Artigo sob o tema "a o motivo escolhido. Em outras palavras, a vontade é o poder
constituição moral do homem". de escolher tanto o fim quanto os meios de alcançá-lo.
a) Deus criou o homem puro - Como tudo o mais da cria- É o homem livre? Se se emprega a palavra significando que
ção, o homem foi criado livre do maL Enquanto se manteve ele possa fazer algo que produza mudança definitiva na sua
em comunhão com Deus, o uso das suas faculdades eram ori- vontade e caráter, não. Exemplo: o ser humano jamais conse-
entadas no cumprimento da vontade do Senhor. guirá tomar a iniciativa da sua própria salvação. Isso, unica-
Visto que a santidade é um dos atributos fundamentais de mente Deus pode efetuar. Todavia, ele é livre no sentido de
Deus, necessariamente tem de ser um dos principais elernen- agir sem o constrangimento de forças externas, e de acordo com
82 Nossa Doutrina

a sua própria natureza, sob a influência do seu conhecimento,


desejos, sentimentos, inclinações e caráter. O homem, porém, Artigo
não é independente de Deus, das leis da natureza nem da pró-
pria natureza. As determinações são feitas conforme o seu co-
ração, e Deus o responsabiliza por seus atos.
Da Queda do Homem
c) Deus criou o homem sujeito a Ele - Sendo soberano, o
Senhor também domina o homem, e este não pode fugir da
Sua presença (SI 139.7). O grande fato é que o homem não con- O homem assim dotado e amado pelo Cria-
segue escapar de Deus. Nossos primeiros pais, quando peca- dor era perfeitamente feliz': mas tentado por
ram, tentaram fazê-lo (Gn 3.8-10). Iniciativa inútil! Quer longe um espírito rebelde (chamado por Deus "Sa-
quer perto, Deus é Aquele com Quem todos nós temos de tra- tanás"), desobedeceu ao seu Criador": des-
tar. Urge, então, enquanto é tempo de O buscar, que O busque- truiu a harmonia em que estivera com Deus;
mos; enquanto é tempo de O encontrar, que nos esforcemos perdeu a semelhança divina; tomou-se cor-
para isso (Is 55.6). rupto e miserável; deste modo vieram sobre
A sujeição do homem a Deus é uma conseqüência lógica do ele a ruína e a morte",
domínio que Ele tem sobre todas as coisas. Nada escapa ao
Seu controle; nada acontece que não seja do Seu conhecimento 1 Gênesis 1.31; 2 Gênesis 2.16,17; 3.6; 3 Romanos 5.12.
(SI 139.1-6; Lc 12.5-7).
d) Deus criou o homem responsável - Tendo criado a terra,
o Senhor deu ao homem e à mulher o privilégio de dominá-Ia.
Esse domínio não excluía o trabalho (Gn 2.15). É enganoso
pensar-se que o trabalho é um castigo de Deus para o ser hu- Esboço do comentário:
mano, ou uma das maldições conseqüentes do pecado. O ho-
mem recebeu a ordem de guardar e lavrar o jardim em que o 1. O homem era feliz
Senhor o pôs, antes de pecar. 2. O homem foi tentado a desobedecer
Por sua inteligência, por sua superioridade em relação às 2.1 O fato da tentação
outras criaturas, o homem estava em condição de exercer este 2.2 O tentador
domínio. Fomos estabelecidos acima do mundo e suas outras
2.3 O ato da desobediência
formas de vida. Isto se pode ver no mandado para dominar
sobre todo o resto da criação divina (cf. Gn 1.28). Aos filhos de 3. A extensão do pecado
Noé, ordem semelhante foi dada (cf. Gn 9.1-3). 3.1 Destruiu a harmonia entre o homem e Deus
Assim Deus fez o homem - um ser distinto de todas as ou- 3.2 Perdeu a semelhança moral
tras criaturas! 3.3 Tomou-se corrupto e miserável
3.4 Vieram a ruína e a morte

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